Semana passada foi curta, então não deu para avisar com antecedência a ausência. Esse 15.º ensaio foi especial por um acontecimento inédito desde o meu ingresso na banda: além da tradicional platéia formada pela cachorrada, o Paulinho acompanhou o evento na íntegra, e se ocupou o tempo todo, fotografando, filmando, fazendo caricaturas muito legais, e também dando conta do back-up vocals nos principais hits da banda. Antes, porém, vimos os dois clipes (muito engraçados, acho que em breve estarão disponíveis) que ele produziu com músicas antigas dos caras, que eles sequer lembram de terem composto; além disso, atualizamos o material para os próximos clipes. Além de muito talentoso, e figuraça, o Paulinho se revelou conhecedor profundo do bom hard rock dos anos 70, do rock progressivo, do heavy metal, e também de todas as vertentes do rock; para finalizar, é a única pessoa que conheço que não curte Deep Purple mas adora Rainbow. Mais uma vez levei apenas a BFG e o XT, e estava com os dedos em forma após dois dias praticando bastante. Utilizei timbres com distorção mais rocker, então as músicas ficaram com maior pegada do que de costume - particularmente, gostei bastante. O Alemão, inicialmente, também ficou na guitarra - até arrebentar a corda D (sobrou, então, para o violão de cordas de aço). Ainda não estamos com as condições ideais de gravação, mas o Marcão arranjou uma maneira de registrar os ensaios com a filmadora e manter a qualidade do áudio (o ensaio passado, que não participei, ficou com umas gravações muito boas). Abrimos com uma da época de Rio Grande que depois tocamos no 13.ª ensaio e tem letra que se vale do sotaque de um estado do centro do país. Finalmente descobri que os acordes dessa são simplesmente Dm, G e Am, com o refrão em F e G. Fiz uns solos com pentatônica que ficaram legais da primeira vez; na segunda, valendo para a gravação, o resultado não foi tão expressivo. O mesmo se deu quando tocamos uma cuja letra versa sobre um sério problema masculino, e é sobre os acordes A G F, com refrão em F e E. Seja como for, ambas ficaram muito legais, e na última o Paulinho se empolgou e contribuiu com backing vocals. Rolou uma versão alternativa em B A G e G F#. Sem distorção, tocamos duas das minhas favoritas: uma com levada andina em G, F e E - dessa vez o Marcelo não colocou vocais -, e a outra com a sequência de acordes Am - Dmadd9 - Dmadd11 - Asus4/5+ (se ganhássemos 10mil reais para cada vez que um de nós disse que essa música é muito boa, poderíamos comprar um outro Triton ou uma Gibson Les Paul Standard - de fato, essa música é muito legal, não requer ensaios, e levou o Paulinho a dizer que se parecia com algo do Pink Floyd no disco "Animals", o que foi bom ouvir, pois é um dos meus discos favoritos da banda, conforme já escrevi aqui). Já no final, rolou outro hit, na qual faço uma linha tipo "walking bass" e depois toco os acordes C, Bb, Eb e F. Agora está ficando mais forte a convicção de eleger e ensaiar adequadamente um repertório fixo de músicas para eventual apresentação para os amigos. Abaixo segue a primeira e memorável versão da música andina, executada no longínquo 10.º ensaio:
Ao final, lancei para os caras uns cds que tenho repetidos em casa, e que são dos favoritos da coleção: o bootleg Kiss "Alive V - live at Obras Sanitarias, três do Rainbow ("Rising", "Difficult to Cure", e "Bent Out of Shape"), "Stained Class" do Judas Priest, "Tarkus" do Emerson, Lake & Palmer, "A Trick of the Tail" do Genesis, "When Dream and Day Unite" do Dream Theater. Por outro lado, o Alemão emprestou cds de três grandes guitarristas, para consolidar a troca de influências: John McLaughlin, Larry Carlton e Mike Stern.
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