– fui no dia da estréia mundial, 4.ª feira, com o grande Daniel, lá no Bourbon “Cântri”, 21:30. E vou me filiar aos que entendem ser este filme longo demais, e, sobretudo, decepcionante. Na verdade, o que eu acho ruim na saga toda é essa história da cidade Zion, e a guerra contra as máquinas. Tivesse a trama ficado centrada no Neo, suas dúvidas, inquietações e ansiedades, o filme seria muito melhor (embora, talvez, não rendesse continuações). Acompanhar toda aquela batalha da cidade vs. máquinas foi uma tarefa enfadonha, e durante a exibição, nos momentos de calmaria, eu ouvi vários bocejos nas proximidades do meu assento. Ademais, pensando bem, após o fim do filme, todos (ou quase todos) os diálogos são inúteis, especialmente os travados com “A” Oráculo, que limita-se a dissimular respostas, esvaziando-as em termos vagos e inúteis mesmo (“O que eu devo fazer? Onde devo ir?” – “Você sabe a resposta...”). Talvez (e muito provavelmente) eu só vá gostar mais do filme quando começar a ler os livros e artigos que andam escrevendo por aí. Gozado que nenhum personagem predomina na projeção deste terceiro filme – não fossem os 2 primeiros, poderíamos achar que Morpheus é tão coadjuvante quanto o general aquele da Zion (aquele que curte um monte a guerra, e acha que todos os outros são babacas).
Em que pese tudo isso, acho que é uma trilogia obrigatória de ser vista, uma vez que não se trata apenas de um filme com duas continuações. Matrix trouxe consigo uma cultura nova, bem como é um daqueles filmes que marcam época no cinema e no entretenimento, em termos de filmagem, técnicas, e efeitos especiais, além da história – que no primeiro filme realmente pareceu inovadora. Não vou comparar com as grandes produções dos anos 70 e 80, mas Matrix é daqueles filmes que serão lembrados, e do tipo que as próximas gerações gostariam de ter nascido a tempo de vê-lo na época do lançamento.
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