segunda-feira, 31 de maio de 2010

CDs do Kiss - Parte XXX - "Peter Criss" (1978)

Depois que decidi a comprar toda a discografia do Kiss, foi muito fácil encontrar os discos, mesmo os importados. O que mais demorou para adquirir foi o disco solo de Peter Criss. Demorei tanto que quando chegou a hora já havia sido lançada a discografia toda remasterizada – evidentemente que só os CDs importados eram disponíveis. Em 1998 um colega dos tempos do colégio tinha tantos CDs em casa que resolveu montar uma locadora na garagem de casa. E numa visita descobri que o cara tinha fornecedores/distribuidores/importadores de CDs, com os quais obtinha os discos com preço muito mais baixo. Então encomendei o disco solo de Peter Criss (e mais tarde o remasterizado do “Creatures of the Night”) e devo ter pago entre 10 a 15pila (a metade do preço das lojas). Sendo considerado um disco do Kiss, é certo que se trata do pior da discografia da banda. Sabe-se que o baterista não era muito prolífico e teve que recorrer a amigos (como Stan Penridge) e ressuscitar composições de suas antigas bandas (Lips), além de um ou outro cover. Ouvi esse álbum no máximo duas vezes e acho que o “Out of Control”, que o baterista lançou em 1982, após deixar o Kiss, é muito melhor.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Resenha de livro jurídico: “Teoria dos Princípios” – Humberto Ávila

Nos estudos de direito constitucional é impossível não se defrontar com a célebre questão dos princípios constitucionais e da diferenciação entre princípios e regras. Geralmente se divulgam noções parciais de dois dos mais conhecidos doutrinadores estrangeiros a esse respeito: Ronald Dworkin e Robert Alexy. Desde logo me interessei pelo assunto e não perdi a oportunidade quando fiz curso de pósgraduação para fazer a leitura desses clássicos. Até que cheguei num artigo – que pode facilmente ser encontrado em pesquisa no Google – de um tributarista gaúcho, Humberto Ávila, com o sugestivo título “Repensando o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular”. Identifiquei-me com o discurso desde logo, quando o autor enuncia um conceito sobre princípios formulado por um dos mais conhecidos autores pátrios de direito administrativo e, a partir dele, constroi raciocínios do tipo arrasa-quarteirão. Basicamente, Ávila defende que não basta apenas proclamar a importância dos princípios, dizer que são normas fundamentais, basilares, dentre outros adjetivos, sem se preocupar com a sua utilização prática. Como resolver um caso concreto com base num princípio se os juristas apenas se preocupam em dizer que os princípios são importantes? Isso não diz nada do quanto um princípio vale num caso concreto, e de como se deve aplicá-lo, tanto mais quando se verificam as relações entre outros princípios e outras regras jurídicas. Quando vi na “livraria”de um conhecido curso preparatório para concursos, não tive dúvidas de trazer para casa a 4.ª edição (de 2004) do livro “Teoria dos Princípios – da definição à aplicação dos princípios jurídicos”, da editora Malheiros. O livro tem apenas 138 páginas e custou-me pouco mais de 20 reais em 2004, mas é certo que ainda não encontrei obra que trate melhor a questão dos princípios e regras, e agora tenho muito maior rigor na leitura de outros autores que resolvem escrever alguma coisa sobre princípios. Veja-se que numa constituição como a CF/88, o tema dos princípios deve ser incorporado a praticamente todas as obras jurídicas, como as de direito constitucional, tributário, penal, administrativo, previdenciário, ambiental, urbanístico, civil, processual civil e penal, etc. E tenho me irritado quando encontro descrições superficiais ou mera reprodução de noções tradicionais sobre os princípios, sem preocupação de maior rigor na utilização das expressões e dos conceitos, e de esclarecimentos quanto ao manejo dos princípios na prática jurídica. Ávila propõe-se a conceituar princípios e regras, formular critérios adequados para sua diferenciação, bem como a tratar dos chamados “princípios” da proporcionalidade e da razoabilidade, caracterizando-os precisamente e sugerindo a adoção da terminologia “postulados normativos”. Esse livro foi uma verdadeira “paulada na cabeça” e uma aula sobre como tratar questões jurídicas de maneira simples e clara, oferecendo críticas fundamentadas, e sempre que possível com exemplos tirados da jurisprudência (superando com vantagem outros doutrinadores que repetem exemplos de autores mais remotos, ou que “tiram da cabeça” os exemplos). Além disso, foi extremamente útil para a pósgraduação e foi o ponto de partida (ou de chegada) sempre que precisei escrever sobre princípios.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

CDs do Kiss - Parte XXIX "Music From the Elder" (1981)

“The Elder”, ou “Music From the Elder” é outro dos discos do Kiss sobre o qual já escrevi nas primeiras épocas deste blog. Acrescento, apenas, que tenho duas versões, a remasterizada e a não-remasterizada. A primeira comprei na extinta The Wall do Iguatemi em 1997 (salvo engano) e a segunda comprei mais recentemente, em 2006 ou 2007 numa loja da Gal. Chaves (no térreo, perto da escadaria). Assim como no caso de “Creatures of the Night”, a versão remasterizada tem um som muito melhor, com as guitarras e baixo mais vivos e bateria mais agressiva, além do volume geral mais alto. Na época, 1981, o fracasso comercial de “The Elder” foi tão grande que a banda não saiu em turnê para promovê-lo – limitando-se a uma fantástica apresentação no programa rival do Saturday Night Live, o extinto Fridays, no qual fizeram versões matadoras para “The Oath”, “A World Without Heroes” e “I” (além desta, houve apresentação em outro programa da época, bem como uma sem Ace para um programa italiano – este vídeo aparece no DVD “Kiss My Ass”). Trata-se do primeiro registro de estúdio de Eric Carr, que havia sido recrutado para a turnê de "Unmasked" no ano anterior.

KISS é a minha banda favorita, do coração, e isso não é segredo de ninguém. Proponho-me então a escrever algumas linhas sobre os discos dessa banda (talvez todos, com o tempo), por enquanto, sem preocupações cronológicas.

Music from the Elder - lançado em 1981, é o mais controvertido álbum do Kiss, pelo momento histórico vivido pela banda e também pelo tipo de música registrado no disco. A banda enfrentava uma séria crise de identidade no começo dos anos 80, após o lançamento de 2 discos (Dynasty e Unmasked, 1979 e 1980) fortemente orientados pelo pop e disco music. Os planos de retornar às origens e fazer um álbum pesado (que se chamaria Rockin´ with the boys) foram abandonados quando o produtor Bob Ezrin foi chamado para ajudar a banda a se reerguer. Ezrin, que havia trabalhado no The Wall do Pink Floyd (e antes ainda, em 1976 com o próprio Kiss no álbum Destroyer - o mais bem sucedido até então), sugeriu que o Kiss fizesse também o seu disco conceitual (Gene Simmons e Paul Stanley aceitaram a idéia - Ace Frehley votou vencido, e Eric Carr não gostou da idéia, mas como era músico contratado, nao tinha direito a voto). O conceito do disco foi delineado por Gene, e trata da história de um garoto, mais ou menos no estilo "Senhor dos Anéis".

Fanfare é o tema inicial, interpretado por uma orquestra. É curto, mas crescente e tenso, abrindo caminho para a próxima música.

Just a boy traz Paul cantando em falsete, introduzindo a história do garoto. Apesar de curta, é uma bela música e tem até um solo de Paul. Gosto particularmente do refrão. Aqui já se percebe a intenção de fazer um grande disco, mas totalmente em descompasso com o passado da banda (natural que os fãs, na época, iriam estranhar). Note o belo timbre do baixo. Eric Carr se mostra bastante contido nessa e em todas as faixas de Elder (não é um álbum de rock, é um álbum conceitual).

Odissey é a música mais grandiosa de Elder. Composta por um tal de Tony Powers, é cantada por Paul, numa interpretação bastante diferente do que estamos acostumados (um registro bastante grave). Começa com piano e tem uma orquestra acompanhando (parece mais uma música da Broadway). Essa é uma música realmente difícil de ouvir, pois Ezrin a deixou pomposa demais. Parece-me que o solo também foi gravado por Paul.

Only you é totalmente Gene. Inicia com um riff em D, bastante tenso. Traz uma marca de Gene que o baixo acompanhando o vocal (no início). Não é uma música inesquecível, mas é muito bem feita. Não tem uma estrutura tradicional (verso-refrão), e sim várias partes reunidas (e que funcionam muito bem). Há uma participação de Paul nos vocais. Note que no final há uma retomada sugestiva do tema de Just a boy (bela sacada, afinal, é um álbum conceitual).

Under the rose é outra de Gene. Essa é a que mais me lembra Pink Floyd (The Wall). Sempre tive essa recordação por causa do coro no refrão, que remete a alguma música do The Wall que não lembro. Belo riff segue o coro "Under the rooooose". Há um belo solo de Ace, mas que foi severamente picotado por Ezrin. Mas ainda assim, criou um efeito bacana no final, harmonizando com o refrão.

Dark Light é a música do Ace em Elder. Inicialmente entitulada Don´t Run, a letra foi totalmente re-escrita por Gene, mas preservou toda a melodia que Ace havia criado para o vocal (inclusive as partes faladas - rap? - entre os versos). Há um solo shred de Ace acompanhado somente por bateria.

A world without heroes é a música mais conhecida de Elder. Teve até um vídeo promocional, e foi tocada no MTV Unplugged. Bela música, composta por Paul e com letra de Gene (a partir de uma idéia de Lou Reed). Os solos também são de Paul. Aqui a orquestração de Ezrin funciona bem.

The oath é a melhor música disparado! Começa com um riff heavy, bem cavalgado de Paul, que ainda canta bem alto (note o refrão em falsete). Baita música! Se o disco inteiro fosse assim, sem as perfumarias de Ezrin, o Kiss  teria se dado muito melhor na época. No peso, Eric Carr também se destaca - note que nos versos ele alterna o andamento da bateria. E ainda há espaço para sua marca registrada - os rolos, sempre brilhantes.

Mr. Blackwell começa com o baixo distorcido de Gene, parecendo ter sido feito sob medida para apresentações ao vivo (onde ele faria o tradicional 'blood spitting'). A única parte a ser notada é o riff do refrão. Mais um solo de Ace totalmente pervertido por Ezrin.

Escape from the island é uma música instrumental fenomenal! Rápida e pesada. Da última vez que ouvi notei que lembra um pouco de Rush até - o baixo acompanha os rolos da bateria, há uma parada no meio com bateria tribal e baixo. Bom solo de Ace, com direito a um tapping discreto e tudo. Aqui, mais do que nunca, Eric Carr mostra o seu potencial.

I é a última música, e traz uma rara alternância de vocais entre Paul & Gene, no estilo Shout it out Loud (Destroyer, 1976). É uma boa música até, mas sofre um pouco com o refrão ufanista repetido exaustivamente.

Concluindo: atualmente, entendo que esse disco é execrado somente por Gene, Ace e Paul, uma vez que entre os fãs da banda Elder tem boa aceitação. E é um bom disco, nada parecido com o que a banda havia gravado até então e bem distante do que viria a gravar posteriormente. Mas é notável o esforço de fazer um disco bom, que trouxesse de novo o nome Kiss ao estrelado. Na época nao funcionou - foi um erro estratégico que quase acarretou o fim da banda. Mas, por sorte, Gene e Paul nao se deram por vencidos, e ainda iriam produzir um grande álbum em comemoração aos 10 anos da banda em 1982.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ensaio The Osmar Band - "Fünfunddreissig" 20.05.2010

35.º ensaio The Osmar Band - 20.05.2010
Mais do que todos e mais do que nunca era eu quem estava mais ansioso pelo 35.º ensaio. A Fender passou por importantes modificações (ação mais alta das cordas e cordas com espessura mais grossa, 011), além do fato de que há um trastejamento incômodo que tem me levado várias vezes na loja da boa música, e queria me certificar, de uma vez, se era o caso de deixar lá para avaliação de um luthier (possivelmente para retificar os trastes). O Marcão e eu chegamos juntos e assistimos ao 2.º tempo de Estudiantes x Inter, e o resultado foi favorável ao time do Marcão. Quando descemos, o Marcelo logo teve problemas com o seu micro, sendo certo que isso não se resolveu até quase o final do ensaio, e o cara ficou sem acesso às letras (e o Alemão sem acesso aos timbres de Triton, e eu sem acesso aos acordes) durante esse tempo. Demoramos um pouco para engatar nas jams. Executamos a introdução, a do bairro "fictício", entre outras jams, nas quais tentei experimentar a Fender, e notei que é fato o que dizem sobre cordas mais altas: os bends ficam muito bons, mas é difícil de empregar outras técnicas. Rolaram algumas jams promissoras: uma com cara de música de baile e outra em A e E na qual o Alemão e eu simultaneamente acertamos as notas e fiz uma melodia sobre esses acordes. Aqui aproveitei para fazer um longo solo na Strato, e curti bastante o timbre do PODxt e o da própria guitar. É possível que tenha me inspirado nos CDs que ando ouvindo ("A Momentary Lapse of Reason" do Pink Floyd e o único disco do Derek & the Dominos). Muitos licks com pentatônicas (tentando ir além dos padrões que executo sempre). Com o micro do Marcelo reabilitado, resgatamos uma das antigas dos caras, que tem uma letra de agosto/1993 do Marcelo e um timbre de Triton com o qual o Alemão faz uns acordes sinistros que fazem a música. Achei sensacional o encaixe dos acordes: para mim é C, G#, F e G, sendo que há espaço para Bb na chegada e na saída do C. Para encerrar, fizemos versões bastante boas para a clássica do primeiro ensaio, a minha favorita (do sotaque do cento do país) e a mais acústica, com letra impublicável (que está no blog da banda).









terça-feira, 18 de maio de 2010

Discos essenciais – Soundgarden “Superunknown” (1994)

Soundgarden "Superunknown" (1994)
Entre meados de 1992 até 1996 acompanhei a MTV e descobri muitas bandas; jamais, no entanto, aderi ao som divulgado "no momento". Por exemplo, quando só tocava vídeos Guns´n´Roses (“Use Your Illusion I e II”) e Metallica (“Black Album”), deixava a TV no “mute”, pois nem queria saber dessas bandas, que atualmente ouço, tenhos Cds, e aprecio (muito mais o Metallica do que o Guns). Outras bandas que tocavam direto na MTV nos primórdios dos anos 1990: EMF, Information Society, U2 (Achtung Baby), Erasure, dentre outras.

Essa época foi o auge do que se convencionou chamar de “grunge”, que era o som das bandas de Seattle e de outras que lhe seguiram, com as características que todos conhecem (som distorcido, músicas simples, apelo anticomercial, temáticas depressivas, visual despojado, etc), como uma reação ao hard rock farofa que predominou na década anterior (músicas melódicas, virtuosismo, apelo comercial e radiofônico, temáticas de festas e mulheres, visual escandaloso, etc). E nunca tive interesse por essas bandas de Seattle – as músicas não pareciam boas e toda aquela falação não me apelava.

Todos esses anos passados, reuni as condições de firmar opiniões sobre o som de algumas das bandas da época. Em 2009 acompanhei com interesse o retorno do Alice in Chains. Afinal, essa era uma banda de heavy metal de Seattle, com riffs bem construídos e derivados de Tony Iommi como devem ser os bons riffs de heavy metal (“Man in the Box”, “Angry Chair”, “We Die Young”, dentre outros), e capitaneada por um bom guitarrista de heavy metal (Jerry Cantrell). A única característica em comum com as bandas de grunge foi a cidade de origem, Seattle.

Outra banda que não tinha muito a ver com Nirvana, Pearl Jam e similares era o Soundgarden. Na época não conseguia identificar o que tinha de bom em músicas como “Black Hole Sun”, que dominavam os “Disk MTV” e “Top 20 Brasil”. Por alguma razão, em abril/2009, aproveitei os baixos preços dos CDS na Musimundo e trouxe para casa o disco mais bem sucedido do Soundgarden, o “Superunknown”.

Bem vistas as coisas, a banda de Chris Cornell e Kim Thayl (e Matt Cameron e bem Shepperd) é outra das que buscaram inspiração em bandas como Black Sabbath (dentre outras). Os caras utilizam afinações alternativas, mais pesadas, guitarras com captadores duplos e timbres com bastante distorção, e as estruturas das músicas contêm riffs bons de heavy metal e andamentos quebrados. Além disso, há melodias nos vocais de Cornell. O som resultante é (possivelmente) único e é imperioso considerar o Soundgarden (pelo menos dessa época) como uma grande banda de som pesado.

“Superunknown” vendeu como água na época, e emplacou vários hits. De fato, é um disco muito bom, com várias composições fortes, e de maneira geral as músicas estão dispostas numa ordem favorável, sem repetições de temas. As melhores são “Let Me Drown” (abertura com um bom riff simples e uma levada esperta de bateria), “My Wave”, “Fell on Black Days” (timbre quase limpo, andamento quebrado, refrão muito melódico, um dos hits), “Superunknown” (excelente riff, com variação nos versos), “Black Hole Sun” (faixa mais conhecida, com dedilhados e acordes majestosos no refrão marcante), “Spoonman” (andamento quebrado, riff pesado, boas melodias nas vozes, inclusive os versos entre Cornell e Shepperd), “The Day I Tried to Live” (outro hit, sonoridade esquisita por cortesia da afinação alternativa, vocais matadores). Esse grande número de boas músicas é balanceado com algumas fracas como “Kickstand” (parece umas daquelas rapidinhas do Guns tipo “Get in the Ring”). Talvez o disco tenha ficado longo demais (70min) – na época estávamos na iminência da predominância do formato CD sobre o vinil.

Hoje em dia não é mais comum ouvir um disco com composições inéditas tão boas e homogêneas em termos de som pesado. Por isso acabo ouvindo sempre as mesmas, apesar de tentar ouvir bandas novas. Esse “Superunknown” é de 1994, mas consigo apreciá-lo como se fosse o lançamento de agora. A banda retomou atividades recentemente, e espera-se um novo disco de material inédito (o último disco data de 1996), e que tenha o mesmo êxito do Alice in Chains.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Grêmio 1x2 Corinthians (Brasileirão 2010, 2.ª rodada, Estádio Olímpico, 16.05.2010, 16h)

Grêmio 1x2 Corinthians - 2.ª rodada Brasileirão 2010, 16.05.2010
No início do Brasileirão com fórmula por pontos corridos, quando os primeiros campeões eram conhecidos com várias rodadas de antecedência, parecia coerente e oportuno para os times que participam de outras competições mais curtas simultaneamente (Libertadores, Copa do Brasil e Copa Sulamericana) jogarem as rodadas iniciais do Brasileirão com time de reservas, poupando os titulares para os jogos decisivos das competições em formato mata-mata. Ocorre que esse entendimento começou a ser questionado quando recentes campeonatos nacionais foram decididos por um ou dois pontos, então veio aquela noção tipo “se tivéssemos escalados os titulares na 1.ª ou 2.ª rodada e vencido aquele jogo fácil que perdemos com os reservas, poderíamos ser campeões”. Além disso, observou-se que os clubes europeus também disputam simultaneamente competições importantes (Champions league e os campeonatos nacionais), não se observando com tanta intensidade a preservação dos titulares (p. ex., Robben e Ribbery do Bayern München jogam todos os jogos e restaram campeões da Bundesliga 2010 e finalistas da Champions League). Isso, contudo, ainda não foi suficiente para alterar as coisas no Grêmio, e assim se decidiu que a Copa do Brasil 2010 seria privilegiada em desfavor das rodadas iniciais do Brasileirão 2010.

O Grêmio iniciou sua campanha no Brasileirão 2010 contra o Atlético-GO, em Goiânia. Entraram em campo meia dúzia de titulares, e o resultado foi um 0x0. Provavelmente venceríamos esse jogo fora de casa, se se tivesse contado com Jonas, Borges e Douglas, principalmente. Esse trio foi poupado para o primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil 2010 contra o Santos. Esse jogo, disputado em 12.05.2010, no Estádio Olímpico, às 21h50min de uma quarta-feira, foi considerado como um jogo histórico e dentre os melhores dos últimos tempos. Afinal, o Grêmio enfrentava o famigerado Santos de Dorival Jr, Neymar, Robinho e Ganso. Sabia-se que haveria gols de ambos os lados. O que não se sabia era que o Grêmio sairia para o intervalo da partida perdendo por 2x0. Além disso, Jonas desperdiçou uma penalidade. E todas as outras inúmeras conclusões do ataque gremista foram rechaçadas pelo goleiro santista, que parecia estar em noite iluminada. No entanto, assim como ocorrera em jogos recentes (contra o Inter, Fluminense) o Grêmio de Silas voltou para o 2.º tempo com outro ânimo. Além do ânimo veio o bom futebol. E assim o Grêmio empilhou gols em cima do Santos, virando do 0x2 para um 4x2 eletrizante. Borges marcou três gols e Jonas fez um golaço de fora da área. Robinho diminuiu a alegria geral ao fazer o 4x3. Na quarta-feira seguinte, 19.05.2010, se realizará o jogo decisivo, na Vila Belmiro. O Grêmio tem apenas a vantagem do empate; já o Santos pode vencer por qualquer placar até o 4x3; se der 4x3 para o Santos tem disputa por pênaltis, e derrota por placar superior a este a classificação é gremista. Como se sabe, o regulamento da Copa do Brasil privilegia os gols marcados fora de casa como critério de desempate em resultados iguais.

Após uma partida tão marcante, o Grêmio voltou ao Estádio Olímpico para enfrentar o Corinthians pela 2.º rodada do Brasileirão 2010. O “timão” de Mano Menezes não contaria com Ronaldo Fenômeno, preservado por “dores musculares”. Veio Roberto Carlos, além dos já conhecidos William e Alessandro. Tcheco ficou no banco de reservas. Silas resolveu escalar o time misto novamente. Só que dessa vez as escolhas foram mal feitas e o Grêmio não atacou, não jogou, e perdeu.

Aos 5min o Corinthians já fazia 1x0. Alguém disse que o Grêmio já deveria sair perdendo para que os jogadores começassem a fazer algo em campo. Nessa partida, porém, nem com a derrota parcial os jogadores puderam fazer alguma coisa. Bergson, escalado no ataque, teve sua oportunidade para jogar 90min e não correspondeu. Mas outros também fracassaram como Douglas, Rochemback, Leandro, Fernando, Bruno Collaço, etc. Até Victor, outrora, muralha intransponível, vem falhando seguidamente na bola aérea e na comunicação com os zagueiros. Fala-se que o cara sentiu demasiadamente a não convocação para a Seleção Brasileira de Dunga para a Copa do Mundo da África do Sul. Fato é que Victor não vem demonstrando a segurança que nos acostumamos em 2008/2009. E me parece que isso vem desde o jogo do Gauchão que o cara brigou em campo com um adversário, mostrando um destempero inédito.

No 2.º tempo, o Corinthians sacramentou a vitória com um gol bobo, daqueles que tentamos tirar com o olho: a bola cruzou a área, passando por Victor e por todos os zagueiros, e Souza fez o 2x0.

Coisa que não entendo é porque Maylson e Mithyuê não são as primeiras opções nesse time misto. Sobretudo depois que Maylson entrou no jogo e 2min depois fez o gol de honra, num chutaço cruzado na grande área; mesmo jogando uns 20min por jogo, Maylson é o terceiro artilheiro gremista da temporada, com 10 gols, atrás de Jonas (19) e Borges (16).

Aparentemente toda essa péssima atuação está justificada pelo esforço reunido para o jogo da próxima quarta-feira, 19.05.2010, contra o Santos pela Copa do Brasil 2010.

GRÊMIO: Victor, Joílson, Mário Fernandes (Fernando), Rafael Marques e Bruno Collaço; Willian Magrão, Fábio Rochemback, Douglas (Jonas) e Hugo (Maylson); Leandro e Bergson. Técnico: Silas

CORINTHIANS Felipe, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias e Jucilei; Jorge Henrique (Danilo), Souza (Paulinho) e Dentinho (Iarley). Técnico: Mano Menezes

Gols: Ralf, aos cinco minutos do primeiro tempo; Souza, aos 19, e Maylson, aos 29 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Jorge Henrique, Dentinho (Corinthians); Douglas, Leandro, Willian Magrão (Grêmio). Árbitro: Elmo Alves Cunha Resende (GO). Auxiliares: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Cristhian Passos Sorence (GO).

CDs do Kiss - Parte XXVIII "Smashes, Trashes & Hits" (1989)

A grande coletânea do Kiss nos anos 1970 foi o “Double Platinum”. Nos anos 1980, o “Smashes, Trashes & Hits”. É um recurso das gravadoras de capitalizar com o acervo de uma banda em período no qual não há previsão de um disco com material inédito, e às vezes serve para uma banda se desincumbir de obrigações contratuais. No caso deste disco, constam duas músicas inéditas, remixagem de algumas músicas e uma versão de discutível utilidade de “Beth” com vocais de Eric Carr.

A banda ainda se identificava com o hair metal, mas nos vídeos promocionais de “Let´s Put the X in Sex” e “You Make Me Rock Hard” os caras se vestem de couro preto, abando o visual multicolorido que os acompanhava desde 1984. As músicas são de Paul Stanley – Gene Simmons se dedicava a projetos cinematográficos – e foram feitas para tocar na rádio, com refrões de fácil assimilação. A melhor é a primeira (no vídeo Paul sequer aparece empunhando uma guitarra), e é muito boa uma versão tocada nas Kiss Conventions de 1995, na qual Gene, Paul, Bruce e Eric Singer são acompanhados por uma menina nos vocais (a guria canta a letra inteira e com boa afinação).

Do material antigo aparecem as mais óbvias, como “Detroit Rock City” e “Love Gun”, só que a remixagem tentou atualizar o timbre da bateria, e aí o resultado ficou artificial demais. Não dá pra ouvir, o melhor é recorrer às versões originais.

A única vantagem de Eric Carr ter gravado “Beth” é ter o registro dos seus vocais num álbum do Kiss. O cara cantou exatamente do mesmo jeito que Peter Criss, e o acompanhamento é igual ao do “Destroyer”. Podiam, pelo menos, ter mudado o arranjo, v.g., tocando em formato acústico. O fato de que “Beth” é identificada como A música de Peter Criss é causa de rejeição dessa versão de Carr por parte dos fãs da banda.

Então apenas por três faixas é que vale a aquisição dessa coletânea. Nunca foi lançado o CD de fabricação nacional, então comprei o disco importado na extinta The Wall do Iguatemi em 1997.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Resenha de livros jurídicos: “Curso de Direito Tributário” - Hugo de Brito Machado

Um dos livros mais clássicos de direito tributário é o “Curso” do Hugo de Brito Machado. Tive contato com a obra quando foi dada, na faculdade, a parte dos tributos em espécie. O “Curso” tem a vantagem sobre outras obras de incluir, além da parte geral, uma parte dedicada justamente aos tributos em espécie. Na época, no entanto, li rapidamente os capítulos sobre tributos como IPTU e achei que, como estudo para as trabalhosas provas da faculdade, a leitura de apenas esse livro era insuficiente, apesar do professor dizer o contrário. Acabei trocando na livraria por um outro “Curso” de outro renomado tributarista (Sacha Calmon Navarro Coelho); no final das contas, o livro do HBM era o suficiente mesmo para aquelas provas. Mais recentemente, retomando estudos para concurso público, adquiri uma versão 2008. Esse livro é campeão de vendas e é atualizado todo ano; o número de páginas sempre aumenta, e sempre há preocupação em atualizar com as emendas constitucionais mais recentes, bem como a sempre prolífica legislação tributária (a jurisprudência não é tão atualizada quando se desejaria - nesse sentido convém acompanhar os informativos das cortes superiores). A leitura é boa, apesar de que para acompanhar o raciocínio do autor por vezes pressupõem-se algumas noções prévias que estão dispersas em outros lugares do texto. Além disso, o tom exageradamente pró-consumidor em muitos casos torna as coisas enfadonhas, pois a argumentação às vezes é simplista (acho que não basta simplesmente reclamar sobre as medidas provisórias em matéria tributária, e alegar que viola princípios constitucionais, pois me parece que deve ser demonstrada nos casos concretos onde se encontram as violações aos princípios constitucionais – ou seja, não gosto muito de entrar na onda das inconstitucionalidades por retórica), embora seja imperioso referir que a maioria das obras de direito tributário são nesses termos. Obra clássica, compreensiva, boa leitura, indispensável, boa para estudos de concursos, acadêmicos e profissionais.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Resenha de livros jurídicos: “Direito Tributário Brasileiro” - Luciano Amaro

No início dos meus estudos de direito tributário, no final da faculdade, tive grande dificuldade para assimilar as espetaculares aulas de um grande professor (não por acaso foi patrono ou paraninfo da nossa turma). As explanações eram densas e o raciocínio, rápido, então acompanhei a sugestão do professor e adquiri o livro do Luciano Amaro. E no mesmo dia, li com atenção a partir do capítulo 3 sobre “tributos”. Essa obra de Amaro, como tantos outros, é apenas sobre a “parte geral” do direito tributário, i. É, não se dedica aos tributos em espécie. A leitura é muito boa, pois o autor tem um texto claro e com rigor científico, o que facilita as coisas (não é preciso brigar com o livro para conseguir entendê-lo). Além disso, Amaro adota uma postura crítica diante das orientações de outros doutrinadores e da jurisprudência, e mesmo do próprio texto legal, de maneira que é uma leitura provocativa: ao mesmo tempo em que lemos, refletimos e questionamos certas coisas, diferentemente de outros livros de direito tributário. Um exemplo que me ocorre agora é o das memoráveis páginas nas quais o autor critica o conceito de tributo formulado pelo Código Tributário Nacional. Outros conceitos-chave são esmiuçados, como os de fato gerador/hipótese de incidência, obrigação tributária e crédito tributário, etc. Não é uma leitura do tipo “fast food” e exige um pouco de dedicação, mas é o meu livro favorito de direito tributário.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

CDs do Kiss - Parte XXVII "Crazy Nights" (1988)

Sobre “Crazy Nights” já tive oportunidade para escrever nos primórdios deste blog, conforme adiante transcrito. Cabe acrescentar que adquiri o disco na extinta The Wall do Iguatemi em 1997; na turnê respectiva a banda voltou a tocar em solo japonês em 1988, onde foi registrado no Budokan um show espetacular e que teria sido um perfeito “Alive III”. Tal show foi objeto de vários bootlegs: o “Dr. Love´s House” partes um e dois (a primeira parte – CD simples – aluguei numa locadora que ficava onde agora se localiza a Boca do Disco e compreende o repertório até “War Machine”, incluindo o magnífico solo de bateria de Eric Carr – é o melhor solo de bateria que já vi); e o “Live in Japan”, que é um CD simples com quase todo set list (foram excluídos o solo de bateria, “War Machine”). No volume 2 do Kissology, um dos DVDs bônus era parte desse show no Budokan. Após “Crazy Nights”, a banda lançou uma coletânea (“Smashes, Trashes & Hits”) e começou a preparar a grande fase dos anos 1990 com um bom disco, “Hot in the Shade”.

- disputando com Asylum e Hot in the Shade o posto de pior disco do Kiss, Crazy Nights sofre com os excessos tão caros aos anos 80. A produção de Ron Nevison (bem sucedido com outras bandas, como Ozzy Osbourne e Heart) neutralizou totalmente as guitarras (a mixagem é péssima e o timbre indefinido - sem contar que, na época, Bruce Kulick possuia um timbre horrível nos solos), assim como adotou (dispensáveis) teclados em quase todas as faixas, provavelmente para torná-lo ainda mais radiofônico. A minha convicção é de que se trata de um disco com boas músicas, que teria sido um clássico nas mãos do Bob Rock (seria tão bom quanto Slippery When Wet).

Em 1987, quando Crazy Nights foi lançado, a banda encontrava-se dividida como nunca entre o batalhador e compositor incansável Paul, e o aspirante a ator de Hollywood Gene. As contribuições deste para o álbum são muito pouco inspiradas, refletindo uma falta de interesse pela banda. Por seu lado, Paul insiste em compor hinos do hard rock, simples, mas sem jamais deixar de adicionar alguns elementos de requinte.

CRAZY CRAZY NIGHTS já denuncia toda a intenção do disco. É um hino anos 80 de Paul, com refrão pegajoso e contagiante, e letra ufanista. Ganhou um vídeo na MTV bem colorido e grandioso.

I´LL FIGHT HELL TO HOLD YOU é uma música obscura, mas muito boa. Tem vários riffs, é bem construída, e não previsível. Acho espetacular a parte que precede o refrão, com a Eric Carr dobrando as guitarras. No solo de Bruce, o riff da base é sensacional, mas quase inaudível. O refrão é cantado em registro altíssimo. Provavelmente é a que se daria melhor numa versão atualizada.

BANG BANG YOU é outra do Paul, datadíssima. Ainda assim eu gosto bastante, especialmente o pre-chorus "and we go one, two, three, four/when midnight come I´ll be at your door". Não é por nada que a música foi composta por Paul e Desmond Child. Funciona muito bem ao vivo.

NO NO NO é do Gene, e começa com Eric e Bruce tentando reproduzir a introdução de HOT FOR TEACHER do Van Halen, com a batera correndo e a guitar solando (tappings e tudo mais). O bumbo duplo de Eric fica totalmente submerso na mixagem, um desperdício. Aqui, quem gravou o baixo foi o próprio Gene, e isso fica claro pelo timbre do instrumento, bem diferente do que os das outras faixas (especialmente, é óbvio, as composições de Paul).

Típica música do Gene na época é HELL OR HIGH WATER. E isso é o tanto quanto basta para que eu me faça entender. Uma das poucas de Gene que foi reproduzida ao vivo (em raros shows).

MY WAY: outra naquele estilo contagiante de Paul. No refrão, o registro da voz é muito alto - é quase inacreditável como ele consegue atingir com naturalidade um tom tão alto. Se fosse o Bon Jovi, com produção do Bob Rock, seria um clássico (como o seria o disco inteiro nessas condições).

WHEN YOUR WALLS COME DOWN é uma das piores músicas da banda. Aqui Paul se deixou levar por uma excessiva empolgação, e o clima festivo é risível (o pre-chorus naquele estilo pergunta e resposta diz tudo).

REASON TO LIVE é uma balada belíssima, como em regra são as baladas de Paul. Toda ela é bem construída, uma parte leva à outra com naturalidade. O solo de Bruce Kulick é o melhor do disco (ele costuma caprichar nas lentas). Não é por nada que é mais uma música da dupla Paul e Desmond Child.

GOOD GIRL GONE BAD surpreende - não é ruim, em se tratando de Gene nos anos 80. Tem uma parte no meio que ficou muito boa - a música fica "suspensa", Gene canta sobre alguns acordes, com a bateria apenas "esperando" o retorno da música.


TURN ON THE NIGHT é outro hit de Paul. A música inteira é boa, e o solo de Bruce, correto.

THIEF IN THE NIGHT, curiosamente, é uma música do Gene que remonta à época do Creatures of the Night. Uma demo dessa música, com Eric Carr, Paul e Gene foi utilizada no primeiro disco da cantora Wendy O. Williams (WOW, 1984), e difere pouco da versão de Crazy Nights. Seria uma baita música se tivesse sido gravada para o Creatures, com aquele som inigualável de bateria, e peso nas guitarras.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

CDs do Kiss - Parte XXVI "Paul Stanley" (1978)

O disco solo de Ace Frehley de 1978 é uma aula de bom gosto na guitarra. Mas o que trouxe as composições mais fortes é o de Paul Stanley. O cara conseguiu fazer um disco bem balanceado entre rocks, baladas, músicas épicas e outras obscuras, de maneira que é possível dizer que vale tanto quanto um disco do Kiss por si só. Se Ace conseguiu o melhor produtor (o lendário Eddie Kramer), Paul contou com o auxílio de Bob Kulick, cuja história no Kiss remonta ao período do ingresso de Ace na banda.

O disco abre com uma tipo épica, com magnífica interpretação vocal de Paul. “Tonight You Belong to Me” inicia com um dedilhado e vocais em falsete, que dão um lugar a um riffão com Power chords bem típico de Paul (estilo de “Thrills in the Night”). Se fosse do Kiss certamente seria um clássico da banda.

“Move On” é um rock´n´roll acelerado, com letra bem sacada, e belo refrão, que foi eleita para ser executada no set list da turnê do “Dynasty” (a de Gene foi “Radioactive”, a de Peter, “Tossin and Turnin” e a de Ace, “New York Groove”). Outras composições curtas e roqueiras são “Wouldn´t You Like to Know Me” (baita pré-chorus e melodias grudentas), “It´s Alright”, “Love in Chains” e “Goodbye”.

“Ain´t Quite Right” é uma composição madura e sossegada; “Take Me Away (Together As One” é um épico estilo Led Zeppelin na alternância entre momentos delicados e agressivos. “Hold Me, Touch Me (Think of Me When We´re Apart” é a balada açucarada que Paul é especialista (reparar no momento pouco antes de entrar o refrão). Todas essas faixas são excelentes.

Comprei o disco na extinta The Wall do Iguatemi, em 1997, e no início de 2000 encontrei o remasterizado por um bom preço numa loja de CDs que havia em Gramado (dei de presente de aniversário para a Carol, amiga dos tempos da Burnin´ Boat).

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails