segunda-feira, 21 de março de 2005

Grêmio 1x0 Caxias (Gauchão, Estádio Olímpico, 20/03/2005, 16:00)

Início da fase semifinal. Foi bom pegar o Caxias logo agora, pois no domingo passado, em Caxias do Sul, o Grêmio levou um vareio (3x0); em casa, neste domingo, teve a chance de mostrar que aquele jogo havia sido um acidente de percurso.

Sem poder contar com Marcus Vinícius (suspenso), De León improvisou Gustavo como volante e anunciou que o esquema seria 4-3-3, com o ataque Somália-Marcelinho-Márcio Oliveira. Essas modificações, que pareciam assustadoras, acabaram dando certo, com os méritos ao técnico gremista. A verdade é que Márcio Oliveira foi essencial, pois não atuou fixo como atacante (ponta-esquerda). Movimentou-se, conforme a bola estivesse com Marcelinho, com o Grêmio ou com o Caxias. Gustavo foi muito elogiado pelos comentaristas (Wianey na Gaúcha, e os do Bate Bola da TVCOM - melhor programa esportivo, disparado).

Tiago Prado teve atuação destacada no 1.º tempo. Márcio salvou nos últimos 10 minutos, quando o Caxias resolveu atacar; durante toda a partida, a equipe caxiense apenas viu o Grêmio jogar. Mesmo no 2.º tempo, quando o jogo ficou mais tempo no campo do Grêmio, o Caxias não levou perigo.



A vitória surgiu cedo, aos 18 min do 1.º tempo, com um golaço de falta cobrada por Márcio Oliveira. A arbitragem foi de lascar: o pior momento foi no final do 1.º tempo, quando o Grêmio tinha uma falta para cobrar no ataque, quase um escanteio. Gaciba marcou a falta, posicionou a barreira, e quando o jogador do Grêmio estava prestes a chutar, o árbitro encerrou o 1.º tempo. Como disse o Wianey, faltou, no mínimo, bom senso.

GRÊMIO: Márcio 1, Luiz Felipe 2, Alessandro Lopes 3, Tiago Prado 4, Marcinho 6, Nunes 5, Gustavo 8 (Élton), Bruno 9, Marcelinho 7 (Samuel), Márcio Oliveira 11 (Saraiva), Somália 10. Técnico: De León.
CAXIAS: Luiz Müller, Rogério (Camozzato), Samuel, Luciano, Cris, Wellington Monteiro, Ademir Sopa (Everton), Canhoto, Giovani (Eduardo), Fabrício, Guilherme. Técnico: Mano Menezes
Trio: Leonardo Gaciba, Marcos Ibañez, Luís Roberto Guaranha
Público Total: 16.842

Fórmula 1 - GP da Malásia (2.ª etapa, 20/03/2005, 4:00)

Enfim, uma corrida digna de ser vista. Não lembro de ter visto outra com tantas fechadas e com tantas disputas de posição. Foram, no mínimo, empolgantes as "brigas de foice" entre Ralfinho Schumacher, Webber e Heidfeld, e entre Webber e Fisichella (que terminou com o abandono de ambos). A largada também foi momento de tensão e me admirou que não ocorreram acidentes.

Os brasileiros tiveram atuação apagada: Massa não consegue pilotar com regularidade, e Rubinho largou em 12.º e gastou logo os pneus. Aliás, essa regra que impede as trocas de pneus no fim-de-semana foi a responsável direta pelo aumento da competitividade na corrida. Com o calor malaio, os pneus se desgastaram brutalmente, e seguido víamos freadas fortes nas curvas por parte de todos os pilotos. Schumacher foi outro com atuação apagada, mas conseguiu chegar em 7.º.

A McLaren vem fracassando. Räikkönen ainda teve um pneu furado, obrigando-o a completar uma volta inteira com 3 rodas (no meio da última reta antes da reta de chegada, o pneu furado desprendeu-se completamente da roda, deixando detritos na pista).
A Toyota impressionou por ter andado bem nos treinos e na corrida, e parece ser a maior ameaça ao título da Renault. A BAR (que não contou com Sato - virose - e sim com Anthony Davidson) não repete o bom ano de 2004. A RBR não foi brilhante, mas pela 2.ª vez seus 2 carros pontuam.

O calor malaio foi tão violento (50ºC), que no pódio, Alonso e Trulli pouco comemoraram, e o espanhol até dobrou os joelhos mesmo na hora do hino de seu país.

Durante a transmissão da Globo, o destaque, mais uma vez, foi o Luciano Burti, com comentários cada vez mais certeiros. É o único que consegue traduzir e interpretar os diálogos entre as equipes e os pilotos.

1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 56 1h31m33.736
2. JARNO TRULLI Italy Toyota 56 24.327
3. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 56 32.188
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 56 41.631
5. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 56 51.854
6. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 56 1m12.543
7. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 56 1m19.988
8. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 56 1m20.835

Campeonato 2005
1 Alonso 16
2 Fisichella 10
3 Trulli, Rubinho, Coulthard, Montoya 8
7 Heidfeld 6
8 Ralfinho, Webber 4
10 Klien 3
11 Schumacher 2
12 Raikkonen 1



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GrandPrix
Sutton-Images
Formula 1 official site

sexta-feira, 18 de março de 2005

Menina de Ouro (Million Dollar Baby)

Sábado passado, no Cinemark.

Ganhador de Oscar de melhor filme, no cinema, eu só havia visto Titanic. E Clint, atuando, jamais em cinema (só no vídeo). De modo que assistir a Menina de Ouro foi, por assim dizer, uma dupla satisfação.
Clint impõe ao seu personagem as características usualmente empregadas em outros de seus filmes: tipo que não demonstra sentimentos, piadas sutis, tom irônico grande parte do tempo, frases espirituosas e de efeito. Mas durante toda a projeção de Menina de Ouro, não me ocorreu nenhuma lembrança dos filmes passados de Clint (tipo Crime Verdadeiro, Poder Absoluto, Mundo Perfeito, The Rookie, Tightrope), o que considero positivo. Não entendo nada de direção de filmes, mas acredito que neste Clint se superou (não por acaso foi o ganhador do Oscar) em comparação com os filmes citados, que são sonolentos ( tem que ser fã para assistir a alguns deles). Desde Sobre Meninos e Lobos que Clint engrandeceu o seu trabalho como diretor.
O filme é bom, especialmente pelo desfecho, que eu particularmente não gostei, mas que pelo menos não é do tipo previsível ou totalmente descartável. Credito as minhas reservas à "virada" na história ao fato de não estar habituado a filmes com esse tipo de final trágico.
Gostei especialmente de 3 momentos/cenas: (1) a transição de uma cena de luta para outra na qual é introduzida a Hilary Swank (a atriz é mostrada, mas por alguns instantes ainda se ouve o público da cena anterior); (2) na seqüência que mostra a Hilary ganhando várias lutas no primeiro assalto, tem uma com a câmara acompanhando a atriz até o meio do ringue, até que ela desaparece e só vemos Clint ao fundo, mas ouvimos que ela derrotou a adversária com poucos golpes (é legal porque não vemos a luta, só implicitamente sabemos que ela ganhou a luta); (3) a cena em que Hilary vê um cachorro com uma garotinha num posto de gasolina, e depois conta para Clint uma história com o seu pai - uma cena aparentemente irrelevante, mas que posteriormente cumpre uma função chave no filme.

segunda-feira, 7 de março de 2005

Fórmula 1 - GP da Austrália (06/03/2005, 0:00)

A temporada 2005 começou bem, com pole e vitória de Fisichella. O fuso horário da Austrália facilitou tremendamente a tarefa de acompanhar as transmissões do treino de sábado (que passou aqui as 23h30min de sexta) e da corrida (meia-noite de sábado para domingo). O novo sistema de classificação teve êxito nesta 1.ª corrida, pois obrigou às McLaren largar no meio do grid, e Schumacher na última fila, uma vez que choveu no meio do 1.º treino, favorecendo o Fisichella que recém completara a melhor volta, em pista seca. Foi legal também ver o Villeneuve largando em 4.º.

Na largada o destaque foi o Coulthard que, irreconhecível dos tempos da McLaren, passou para 3.º na freada da curva, passando o Webber. Villeneuve se deu mal e caiu bastante. Rubinho fez uma bela corrida, como de costume, e acho que será o maior beneficiado com as alterações no regulamento (racionamento no uso de pneus e motores). Mas não dá pra, na 1.ª corrida, fazer que nem o Galvão Bueno, que passou a transmissão inteira dizendo: "Olha que esse é o ano do Rubinho! Tô dizendo que esse é o ano do Rubinho!". Se for, melhor; mas, se não for, normal. Acho desprezível essa de ficar "esquentando" o cara, criando expectativas falsas no público. Afinal, todos conhecemos o Rubinho e sabemos que se TUDO der certo, ele corresponde.
Aliás, acho que já é hora da Globo se utilizar nas transmissões da dupla do SporTV, Sérgio Maurício e Lito Cavalcanti. Os dois são entrosados, fazem comentários curtos, e conhecem bastante automobilismo em todas as categorias (eles ficam longe do "achismo" dos narradores, todos, da Globo e do Reginaldo Leme). Quando sai fumaça de trás de um carro, eles não dizem, simplesmente, "tá saindo fumaça do carro do fulano"; dizem algo do tipo "estourou o câmbio/motor do fulano" ou então que "fulano teve problemas no diferencial".
Foi bom ver a Renault andando de forma competitiva, assim como a Red Bull, que parece que vai ser constante presença na zona de pontuação. Espero que a McLaren (carro mais legal, com os chifres), com Montoya e Raikkonen, mostrem mais competitividade, assim como a Williams.

1. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 57 1h24m17.336
2. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 57 5.553
3. FERNANDO ALONSO Spain Renault 57 6.712
4. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 57 16.131
5. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 57 16.908
6. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 57 35.033
7. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 57 38.997
8. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 57 39.633

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