- tem só três músicas, onde os guitarristas sobem ao palco para um duelo interminável, para deleite exclusivo dos apreciadores do instrumento. Duas do Hendrix (VOODOO CHILD - apropriada ao vocal limitado de YJM, e LITTLE WING - apropriada ao vocal limitado de Vai). A última faixa é ROCKIN IN THE FREE WORLD (Neil Young?).
Em todas quem inicia solando é YJM, seguido de Vai e Satch. Este é o único que tenta reproduzir um estilo mais contido, com licks que remetem ao próprio Hendrix, mas logo volta, com os demais, ao virtuosismo. Os duelos deixam ainda mais evidente o que todos já sabemos: YJM SÓ toca aquilo. Não tem truque nenhum - ou melhor, o truque é a palhetada rapidíssima. Vai e Satch possuem muito mais recursos - são guitarristas verdadeiramente completos. O dvd certamente deve ser mais interessante do que o cd nessa parte dos duelos, pois os caras (menos YJM) aparentemente fazem coisas incríveis com o Floyd Rose, além dos harmônicos artificiais (gritinhos), dentre outros truques.
No revezamento de solos, Vai e Satch apresentam licks e recursos novos em cada investida, enquanto que YJM repete todas as vezes aquele sobe-e-desce de escalas. Uma pena que não tenha insistido mais nos arpejos, que é o seu forte. Mas essa "limitação" não impede de reverenciar tremendamente o vibrato poderoso, que o distingue de todos os outros virtuoses do mundo. É o que confere o famoso "feeling", se é que o sueco tem algum (s.m.j., eu acho que tem - diferente do BB King, do Gilmour e do Brian May, mas tem).
quarta-feira, 31 de março de 2004
sexta-feira, 26 de março de 2004
G3 (Satch, Vai, YJM) - Rockin in the free world (cd 1)
- cd (e dvd) inesperado de um encontro de guitarristas quase inverossímil. Trata-se de um verdadeiro dream team, formado pelos 3 principais guitarristas surgidos desde os anos 80. Seria algo como reunir Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page nos anos 70, guardadas as proporções.
Quanto à escolha do repertório para o cd, entendo que YJM se deu melhor - salvo a eleição de RED HOUSE, totalmente dispensável, uma vez que na parte do show com os 3 guitarristas reunidos já havia 2 músicas do Hendrix, além do fato que YJM não canta um ovo. Enfim, pelo menos em RED HOUSE há um belo solo de teclado (algo raro num show do sueco). BLITZKRIEG talvez seja a melhor música do cd, perdendo apenas para ALWAYS WITH ME, ALWAYS WITH YOU. Tem ainda a excelente (e empolgante) TRILOGY SUITE OP. 5. Nessa parte do YJM nota-se claramente que o seu show divide-se em duas partes perfeitamente distintas: 1) YJM solando com a banda; 2) YJM solando sem a banda. Felizmente, fomos poupados de outras versões das já manjadíssimas FAR BEYOUND THE SUN e BLACK STAR.
A parte de Vai é, seguramente, a mais fraca. Entendo que Vai escolheu 3 músicas inexpressivas do seu repertório - milhares de outras músicas mais interessantes me ocorrem. Vale mesmo pelo malabarismo que Vai sempre proporciona - mas fica chato depois de ouvir pela primeira vez. O som dos teclados, além de contar com um timbre datado e inconveniente, está exageradamente alto.
Satch selecionou músicas que destacam bastante alguns truques que ele se utiliza. THE EXTREMIST tem aqueles harmônicos artificiais altíssimos (os famosos "gritinhos"), além de mostrar o cara tocando uma harmônica (sem trocadilho). MIDNIGHT é inteira tocada com a técnica two hands. THE MYSTICAL POTATOE GROOVE HEAD THING tem uma parte fantástica com arpejos ligados (sem palhetada), que impressiona bastante. CRYSTAL PLANET dispensa comentários, assim como ALWAYS WITH ME, ALWAYS WITH YOU (uma das músicas mais bonitas já compostas).
Quanto à escolha do repertório para o cd, entendo que YJM se deu melhor - salvo a eleição de RED HOUSE, totalmente dispensável, uma vez que na parte do show com os 3 guitarristas reunidos já havia 2 músicas do Hendrix, além do fato que YJM não canta um ovo. Enfim, pelo menos em RED HOUSE há um belo solo de teclado (algo raro num show do sueco). BLITZKRIEG talvez seja a melhor música do cd, perdendo apenas para ALWAYS WITH ME, ALWAYS WITH YOU. Tem ainda a excelente (e empolgante) TRILOGY SUITE OP. 5. Nessa parte do YJM nota-se claramente que o seu show divide-se em duas partes perfeitamente distintas: 1) YJM solando com a banda; 2) YJM solando sem a banda. Felizmente, fomos poupados de outras versões das já manjadíssimas FAR BEYOUND THE SUN e BLACK STAR.
A parte de Vai é, seguramente, a mais fraca. Entendo que Vai escolheu 3 músicas inexpressivas do seu repertório - milhares de outras músicas mais interessantes me ocorrem. Vale mesmo pelo malabarismo que Vai sempre proporciona - mas fica chato depois de ouvir pela primeira vez. O som dos teclados, além de contar com um timbre datado e inconveniente, está exageradamente alto.
Satch selecionou músicas que destacam bastante alguns truques que ele se utiliza. THE EXTREMIST tem aqueles harmônicos artificiais altíssimos (os famosos "gritinhos"), além de mostrar o cara tocando uma harmônica (sem trocadilho). MIDNIGHT é inteira tocada com a técnica two hands. THE MYSTICAL POTATOE GROOVE HEAD THING tem uma parte fantástica com arpejos ligados (sem palhetada), que impressiona bastante. CRYSTAL PLANET dispensa comentários, assim como ALWAYS WITH ME, ALWAYS WITH YOU (uma das músicas mais bonitas já compostas).
terça-feira, 23 de março de 2004
Dr. Sin: 10 anos ao vivo
- a melhor banda de hard rock do Brasil (talvez a única...) lança um belo cd duplo (e dvd) comemorativo de 10 anos de atividade. O repertório traz músicas de todos os cds, sendo que a qualidade da gravação e a performance dos caras estão muito bem registradas.
As músicas que mais empolgam nesse duplo ao vivo, sem dúvida, são as do cd "Brutal". DOWN IN THE TRENCHES (com jam), KARMA, ISOLATED e FIRE (a melhor de todas) se destacam facilmente. YEARS GONE é surpresa - achei um pouco fraca, mas quem sabe no dvd fique melhor. As músicas do cd da época do Michael Vescera ficaram bem na voz do Andria Busic - a não ser TIME AFTER TIME. FLY AWAY não é das melhores músicas, mas tem um solo fantástico de Ardanuy no final.
Os pontos fracos ficam com as músicas da época do cd "Insinity": LEAVING AND LEARNING e ZERO. FUTEBOL, MULHER & ROCK´N´ROLL, pelo contrário, ficou sensacional. REVOLUTIONS é legal pelo refrão - mas fica um pouco prejudicada pelo clima excessivamente Led Zep.
SOMETIMES tem uma intro totalmente Rush anos 80, mas com vantagem para o Dr. Sin, que faz a música ficar interessante com o acréscimo de riffs pesados (na parte "I´m on my own..." e tal) entre outras passagens legais.
A participação de André Mattos na música FIRE foi desprezível. O cara já não tem mais voz "limpa", de modo que não dá pra entender nada do que ele canta (a não ser nos agudos de "Fireeeeeeeee" que "salvam" a performance).
O dvd provavelmente é mais recomendável para aquisição, porque o Ardanuy manda muito na guitar (é o melhor guitarrista de rock do Brasil, e um dos melhores em atividade no mundo), com uma baita técnica e belo timbre (além da famosa "pegada").
As músicas que mais empolgam nesse duplo ao vivo, sem dúvida, são as do cd "Brutal". DOWN IN THE TRENCHES (com jam), KARMA, ISOLATED e FIRE (a melhor de todas) se destacam facilmente. YEARS GONE é surpresa - achei um pouco fraca, mas quem sabe no dvd fique melhor. As músicas do cd da época do Michael Vescera ficaram bem na voz do Andria Busic - a não ser TIME AFTER TIME. FLY AWAY não é das melhores músicas, mas tem um solo fantástico de Ardanuy no final.
Os pontos fracos ficam com as músicas da época do cd "Insinity": LEAVING AND LEARNING e ZERO. FUTEBOL, MULHER & ROCK´N´ROLL, pelo contrário, ficou sensacional. REVOLUTIONS é legal pelo refrão - mas fica um pouco prejudicada pelo clima excessivamente Led Zep.
SOMETIMES tem uma intro totalmente Rush anos 80, mas com vantagem para o Dr. Sin, que faz a música ficar interessante com o acréscimo de riffs pesados (na parte "I´m on my own..." e tal) entre outras passagens legais.
A participação de André Mattos na música FIRE foi desprezível. O cara já não tem mais voz "limpa", de modo que não dá pra entender nada do que ele canta (a não ser nos agudos de "Fireeeeeeeee" que "salvam" a performance).
O dvd provavelmente é mais recomendável para aquisição, porque o Ardanuy manda muito na guitar (é o melhor guitarrista de rock do Brasil, e um dos melhores em atividade no mundo), com uma baita técnica e belo timbre (além da famosa "pegada").
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