– devo admitir, desde logo, que trata-se de um péssimo disco do KISS. Lançado em 1985, mostra a banda definitivamente submersa no movimento hair metal, pouco se diferenciando – visual e musicalmente – das outras bandas da época (Poison, Motley Crue, dentre muitíssimas outras). Em Asylum a banda abandona o visual de couro preto, apresentando-se com roupas extravagantes e cores chamativas (a contracapa e os vídeos promocionais veiculados na MTV). Mark St. John foi substituído por Bruce Kulick, ainda durante a Animalize tour, devido a uma doença nas mãos (síndrome de Reiter), e segue a linha de solos ultrarápidos, sem objetividade. O som da banda também sofre com os excessos da época, resultando uma massa pasteurizada na forma de 10 músicas.
Destaques, na verdade, são poucos. Há uma grande música – TEARS ARE FALLING, composta por Paul Stanley. Essa é uma das melhores composições da banda nos anos 80. Bruce foi bastante feliz no solo – um dos melhores de sua carreira. Começa aos poucos, com uma outra guitarra em harmonia, até atingir o clímax no final, que se sobrepõe ao refrão – nada muito inovador, mas extremamente eficiente. Outros destaques são a introdução de bateria de Eric Carr em KING OF THE MOUNTAIN (basicamente um mini-solo bastante vigoroso); duas músicas rápidas mas totalmente esquecíveis – I´M ALIVE (de Paul) e LOVE´S A DEADLY WEAPON (de Gene); SECRETLY CRUEL – uma música razoável de Gene sobre groupies; UH ALL NIGHT – uma tentativa de reviver os bons tempos, com um refrão repetitivo. WHO WANTS TO BE LONELY é uma boa música, composta por Paul e que até ganhou um vídeo na MTV. Vale ainda referir a mixagem das guitarras – terrível, omitindo detalhes que poderiam enriquecer as composições.
Esse disco foi lançado no apogeu da época de extravagâncias da banda, que se mantinha muito mais com a força do nome do que propriamente com as músicas e shows. Vem a comprovar que o Kiss quando inventa de ‘seguir a tendência’ acaba passando do ponto, tornando-se alvo fácil para a crítica e subestimada pelo público. Essa fase ainda iria produzir um disco de músicas inéditas (CRAZY NIGHTS) e outro de “greatest hits”, com 2 músicas inéditas (SMASHES, TRASHES & HITS).
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