- o Wander Wildner e outros músicos gaúchos tiveram reconhecido em juízo o direito de exercer a atividade de músico independentemente de registro ou licença na Ordem dos Músicos do Brasil.
A decisão do recurso especial (Resp 587591 - DJ 05.05.2004) movido pela OMB em mandado de segurança impetrado pelos músicos, em que pese não ter conhecido do recurso (ausência de prequestionamento da questão federal - a decisão recorrida se fundamentou na Constituição Federal), fixou alguns pontos pacíficos nos Tribunais Superiores. A decisão monocrática do Ministro Francisco Falcão, que negou seguimento ao Resp, transcreveu excerto da ementa do acórdão do TRF 4.ª região (tribunal a quo) - "A atividade de músico, por força da Carta Política de 1988, não depende de qualquer registro ou licença, não podendo ser impedida a sua livre expressão por interesses da Ordem dos Músicos do Brasil" - bem como trecho esclarecedor do próprio decisum - "A Carta Política de 1988 garante, no inciso XIII do art. 5º, o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Já no seu inciso IX, do mesmo artigo, assegura à atividade artística, dentre elas a música, a sua livre expressão, independe de licença. Logo, a atividade de músico, por força de norma constitucional, não depende de qualquer registro ou licença, não podendo ser impedida a sua livre expressão por interesses da Ordem dos Músicos do Brasil. Ainda, entendo que regulamentação ou não da referida atividade não causa qualquer prejuízo à sociedade, à saúde, à liberdade ou à segurança dos cidadãos".
sexta-feira, 27 de agosto de 2004
quinta-feira, 19 de agosto de 2004
quarta-feira, 18 de agosto de 2004
terça-feira, 17 de agosto de 2004
sexta-feira, 13 de agosto de 2004
Show BURNIN´ BOAT (12/08/2004 - Croco)
Seguramente, este foi o melhor show da história da BURNIN´ BOAT. Vivenciamos aquele tipo de noite em que TUDO deu certo; realmente, uma noite memorável.
A passagem de som estava marcada para as 18h; chegamos lá depois das 20h, e a bateria recém estava sendo ajeitada. Passamos o som primeiro, pois estávamos todos lá (com exceção do Luciano): a 1.ª banda da noite, Ultrasônica só chegou na hora do show, e a 3.ª banda, Coyote Junkie estava dispersa.
Na passagem, iniciamos tocando ACE´S HIGH. Eu utilizei o ampli Fender Princeton, com sua própria distorção - decisão acertadíssima - e o Cláudio usou o Behringer V-Amp 2 , que todas as revistas de guitarra nacionais consagram como o melhor simulador de amplificadores e efeitos do mercado. Conforme o próprio Cláudio, esse simulador não é tão bom assim, "nada supera um bom amplificador".
Efetuados ajustes, tocamos PERFECT STRANGERS, já com Vinícius nos teclados. Foi uma versão majestosa, todos perfeitamente afinados, e os presentes se entusiasmaram bastante. Seguimos, então, com AS I AM (duas vezes).
Os shows, propriamente, só começaram às 0h. A Ultrasônica (que no flyer era definida como do estilo "hard pop") tinha bons músicos (destaque para o baixista e para a Ibanez Jem branca de um dos guitarristas). Abriram com LIKE A STONE, apresentaram composições próprias (que não foram do meu agrado - mas respeitei bastante o fato de que eles baixaram a afinação da sexta corda para D), e fizeram uns covers muito bons de Foo Fighters entre outros. Fecharam com KILLING IN THE NAME do Rage Agains the Machine, que ficou muito legal e empolgou a galera. Aliás, a presença do público, surpreendentemente, foi muito boa.
Enquanto nos arrumávamos para assumir o palco, tocou no som mecânico belas músicas: ROAD TO HELL, LONG LIVE ROCK´N´ROLL, entre outras.
Nosso set list foi inteiro apresentado corrido, com pequenas pausas entre as músicas. Foi uma estratégia espontânea e certeira - não demos descanso aos ouvidos de ninguém. A afinação em D ficou com peso e vigor na medida. O público reagiu bem a todas as nossas músicas, mas teve algumas que a empolgação foi geral.
ACE´S HIGH se confirmou como uma ótima escolha para abrir shows. Em seguida puxei NOISE GARDEN, cujo riff principal fica otimizado pela afinação. Rolou algum alvoroço do público, que balançou a cabeça no ritmo cadenciado da música. BLACK DRESSING SOUL ficou boa também. A essas alturas eu já não ouvia mais o baixo do Luís Carlos e a guitarra do Cláudio, mas tenho convicção de que mandaram muito bem. Sem ouvi-los, o jeito foi confiar no instinto e na bateria do Bruce e seguir adiante.
Fizemos uma ótima versão para HIDDEN. Dessa vez, eu senti aquele riff inicial melhor do que nunca. No meio da música, naquela parada, fizemos o trecho AS I AM do último do Dream Theater. Vinícius e Cris assumiram teclado e vocal, e a música ficou muito bem executada. Nesta a galera se empolgou também. A meu juízo, é o tipo de música que é mais legal de tocar do que de ouvir no cd.
Vinícius, então, fez a clássica introdução de PERFECT STRANGERS, e ali eu percebi que a sensação de tocar com o cara é o mais próximo do que se pode chegar à sensação de tocar com o próprio Jon Lord ou Don Airey. O Luís Carlos referiu que se arrepiou nessa introdução; e não é sem razão. Eu não me arrepiei, mas tremi-a-perninha nessa (e em todas as músicas do set list). A execução foi brilhante, e causou comoção na galera. E o teclado fez toda a diferença, pois nos ensaios, só com as guitarras, a música perde bastante o brilho.
Pausa para anunciar o show da banda do Vinícius - Hiléia - no dia 21/08. Não há dúvidas de que o cara é o MVP de qualquer show, de modo que a apresentação da Hiléia, com músicas próprias e covers de Dream Theater, é bastante aguardada. O Henrique, responsável pelas (belas) fotos do show, não perdeu tempo e gritou SPECTREMAN.
A galera pediu mais Deep Purple - teve quem gritou BURN. E seguimos exatamente com essa, que ficou uma bala. Mais uma vez o Vinícius tocou o solo do Blackmore; e o Cláudio, o do Jon Lord. Finalizamos com HUNTING HIGH AND LOW.
O cara da mesa de som já estava prestes a colocar o som mecânico, quando puxei SPECTREMAN. A música não tinha sido ensaiada com o Luís Carlos, por isso não estava prevista. Mas, realmente, não podia faltar. E tocamos assim mesmo. O Lukee tentou acompanhar - não deu muito certo - mas o importante mesmo era tocar. Risos por toda parte. Aí sim, acabamos a apresentação, e o cara da mesa botou MAN IN THE BOX no som mecânico - coincidentemente, é a música que eu venho palpitando para tocar nos shows.
A Coyote Junkie fez uma bela apresentação, só com covers de rock. Os caras estavam muito bem ensaiados, e tinham um guitarrista muito bom, com pentatônicas certeiras. O vocalista eu também curti, deu conta de alcançar o timbre de Brian Johnson e Axl Rose em músicas difíceis como BACK IN BLACK, WELCOME TO THE JUNGLE, entre outras. Rolou até JAILBREAK do AC/DC, que foi a música que me impulsionou para o hard rock/metal em 1993.
Os melhores comentários do show quem ouviu foi o Cláudio. Um dos guitarristas da 1.ª banda (Ultrasônica) achou que a nossa afinação era em B, porque segundo ele "eu toco em D, mas não fica assim tão pesado"; perguntou também se a Cris era da banda, referindo que ela tinha se apresentado bem. Eu, particularmente, fiquei bastante satisfeito com os comentários elogiosos sobre as composições próprias e ao peso das guitarras. De fato, foi uma noite memorável em que tudo deu certo.
A passagem de som estava marcada para as 18h; chegamos lá depois das 20h, e a bateria recém estava sendo ajeitada. Passamos o som primeiro, pois estávamos todos lá (com exceção do Luciano): a 1.ª banda da noite, Ultrasônica só chegou na hora do show, e a 3.ª banda, Coyote Junkie estava dispersa.
Na passagem, iniciamos tocando ACE´S HIGH. Eu utilizei o ampli Fender Princeton, com sua própria distorção - decisão acertadíssima - e o Cláudio usou o Behringer V-Amp 2 , que todas as revistas de guitarra nacionais consagram como o melhor simulador de amplificadores e efeitos do mercado. Conforme o próprio Cláudio, esse simulador não é tão bom assim, "nada supera um bom amplificador".
Efetuados ajustes, tocamos PERFECT STRANGERS, já com Vinícius nos teclados. Foi uma versão majestosa, todos perfeitamente afinados, e os presentes se entusiasmaram bastante. Seguimos, então, com AS I AM (duas vezes).
Os shows, propriamente, só começaram às 0h. A Ultrasônica (que no flyer era definida como do estilo "hard pop") tinha bons músicos (destaque para o baixista e para a Ibanez Jem branca de um dos guitarristas). Abriram com LIKE A STONE, apresentaram composições próprias (que não foram do meu agrado - mas respeitei bastante o fato de que eles baixaram a afinação da sexta corda para D), e fizeram uns covers muito bons de Foo Fighters entre outros. Fecharam com KILLING IN THE NAME do Rage Agains the Machine, que ficou muito legal e empolgou a galera. Aliás, a presença do público, surpreendentemente, foi muito boa.
Enquanto nos arrumávamos para assumir o palco, tocou no som mecânico belas músicas: ROAD TO HELL, LONG LIVE ROCK´N´ROLL, entre outras.
Nosso set list foi inteiro apresentado corrido, com pequenas pausas entre as músicas. Foi uma estratégia espontânea e certeira - não demos descanso aos ouvidos de ninguém. A afinação em D ficou com peso e vigor na medida. O público reagiu bem a todas as nossas músicas, mas teve algumas que a empolgação foi geral.
ACE´S HIGH se confirmou como uma ótima escolha para abrir shows. Em seguida puxei NOISE GARDEN, cujo riff principal fica otimizado pela afinação. Rolou algum alvoroço do público, que balançou a cabeça no ritmo cadenciado da música. BLACK DRESSING SOUL ficou boa também. A essas alturas eu já não ouvia mais o baixo do Luís Carlos e a guitarra do Cláudio, mas tenho convicção de que mandaram muito bem. Sem ouvi-los, o jeito foi confiar no instinto e na bateria do Bruce e seguir adiante.
Fizemos uma ótima versão para HIDDEN. Dessa vez, eu senti aquele riff inicial melhor do que nunca. No meio da música, naquela parada, fizemos o trecho AS I AM do último do Dream Theater. Vinícius e Cris assumiram teclado e vocal, e a música ficou muito bem executada. Nesta a galera se empolgou também. A meu juízo, é o tipo de música que é mais legal de tocar do que de ouvir no cd.
Vinícius, então, fez a clássica introdução de PERFECT STRANGERS, e ali eu percebi que a sensação de tocar com o cara é o mais próximo do que se pode chegar à sensação de tocar com o próprio Jon Lord ou Don Airey. O Luís Carlos referiu que se arrepiou nessa introdução; e não é sem razão. Eu não me arrepiei, mas tremi-a-perninha nessa (e em todas as músicas do set list). A execução foi brilhante, e causou comoção na galera. E o teclado fez toda a diferença, pois nos ensaios, só com as guitarras, a música perde bastante o brilho.
Pausa para anunciar o show da banda do Vinícius - Hiléia - no dia 21/08. Não há dúvidas de que o cara é o MVP de qualquer show, de modo que a apresentação da Hiléia, com músicas próprias e covers de Dream Theater, é bastante aguardada. O Henrique, responsável pelas (belas) fotos do show, não perdeu tempo e gritou SPECTREMAN.
A galera pediu mais Deep Purple - teve quem gritou BURN. E seguimos exatamente com essa, que ficou uma bala. Mais uma vez o Vinícius tocou o solo do Blackmore; e o Cláudio, o do Jon Lord. Finalizamos com HUNTING HIGH AND LOW.
O cara da mesa de som já estava prestes a colocar o som mecânico, quando puxei SPECTREMAN. A música não tinha sido ensaiada com o Luís Carlos, por isso não estava prevista. Mas, realmente, não podia faltar. E tocamos assim mesmo. O Lukee tentou acompanhar - não deu muito certo - mas o importante mesmo era tocar. Risos por toda parte. Aí sim, acabamos a apresentação, e o cara da mesa botou MAN IN THE BOX no som mecânico - coincidentemente, é a música que eu venho palpitando para tocar nos shows.
A Coyote Junkie fez uma bela apresentação, só com covers de rock. Os caras estavam muito bem ensaiados, e tinham um guitarrista muito bom, com pentatônicas certeiras. O vocalista eu também curti, deu conta de alcançar o timbre de Brian Johnson e Axl Rose em músicas difíceis como BACK IN BLACK, WELCOME TO THE JUNGLE, entre outras. Rolou até JAILBREAK do AC/DC, que foi a música que me impulsionou para o hard rock/metal em 1993.
Os melhores comentários do show quem ouviu foi o Cláudio. Um dos guitarristas da 1.ª banda (Ultrasônica) achou que a nossa afinação era em B, porque segundo ele "eu toco em D, mas não fica assim tão pesado"; perguntou também se a Cris era da banda, referindo que ela tinha se apresentado bem. Eu, particularmente, fiquei bastante satisfeito com os comentários elogiosos sobre as composições próprias e ao peso das guitarras. De fato, foi uma noite memorável em que tudo deu certo.
quinta-feira, 12 de agosto de 2004
Ensaio BURNIN´ BOAT - Na hora a gente acerta
- Foi das 0h às 2h, da madrugada de 11 para 12/08, no estúdio Hurricane (Av. Pernambuco, 1900). Na verdade, o início atrasou uns bons 15 minutos, pois a banda do dono do estúdio estava ocupando o espaço, com um death metal surpreendentemente bom (riffs muito inspirados e inspiradores).
Desta feita, contamos com o retorno do Cláudio. Novamente eu me utilizei da Digitech + Jackhammer, mas não achei bom o timbre (muito saturado).
As músicas próprias rolaram tranqüilamente. Cláudio estava em forma, e a execução não apresentou dificuldades. Tivemos contratempos com os covers, especialmente na hora dos solos, pois estamos deixando espaço para o Vinícius (tecladista) fazê-los. Pelo menos, aparentemente, AS I AM vai rolar bem, pois o Cláudio tirou os riffs, e praticamos bastante no ensaio. A Cris vai cantar essa.
terça-feira, 10 de agosto de 2004
Ensaio BURNIN´ BOAT - Cafezes (aka cafezinho)
- Às 14:00, no estúdio Hurricane, na Av. Pernambuco, perto do Bruce. A sala era bem escura - só tinha uma lâmpada - mas tinha bons equipamentos e boa acústica. Desta feita, usei o ampli que tinha lá no canal limpo - reativei a Digitech (utilizei 2 efeitos que eu gostava bastante quando entrei na banda, em 1998), com a distorção do Jackhammer - o timbre ficou mais abelhudo, mas eu curti.
A boa notícia é que Cláudio se fará presente no show de quinta-feira. Tudo indica que amanhã ele se juntará aos outros 4 (eu, Bruce, Luciano, Luis Carlos) para um único ensaio.
Iniciamos o ensaio sem o Luciano - tocamos as 4 nossas, com bom aproveitamento. Fiz só alguns solos - NOISE GARDEN e BLACK DRESSING SOUL. Com o Cláudio, posso me concentrar nos riffs e nas bases, que é a função que eu pretendo me seguir. As músicas estão muito boas - o Luis Carlos (aka Lukee) está se saindo muito bem, acompanhando com desenvoltura todas as músicas, e arriscando até os sonhados backing vocals (BLACK DRESSING SOUL e BURN). O Luciano modificou um pouco os vocais em NOISE GARDEN (na 1.ª vez), com resultados bem expressivos.
Acredito que o set list esteja formado nesta ordem: ACE´S HIGH (mais curta, com um solo apenas), NOISE GARDEN (sem a introdução aquela), BLACK DRESSING SOUL, HIDDEN w/AS I AM, PERFECT STRANGERS, BURN e HUNTING HIGH AND LOW.
Não nos permitimos jams neste ensaio; só rolou a música egípcia (RAMSES).
As afinações são drop-D nas 4 nossas, e normal nos covers.
Ao que tudo indica, repetiremos a participação especial do tecladista fenômeno Vinícius, nos 3 covers.
segunda-feira, 9 de agosto de 2004
domingo, 8 de agosto de 2004
Ensaio Burnin´ Boat - Improvisando
- foi neste sábado, 14:00, no Estúdio Cidade Baixa (pertíssimo da minha casa). Preparatório para o show de 12/08 (próxima quinta!). Por uma série de razões alheias a nossa vontade, a formação da banda estará completamente descaracterizada: o Luís Carlos será o baixista, e eu o único guitarrista. O repertório será curto e pesado.
O Estúdio Cidade Baixa ficou grande para nós quatro (estou acostumado a tocar com alguém batendo na minha guitar, tanto em shows como em outros estúdios). Eu, particularmente, estava destreinado, de modo que a minha atuação ficou bastante comprometida, especialmente nos solos - que eu já julgava não precisar mais fazê-los. Pois vou ter que reaprender licks e tudo mais, a fim de fazer o menos feio possível. Toquei direto no ampli do estúdio.
O repertório não foge muito do que vimos tocando: ACE´S HIGH, NOISE GARDEN, BLACK DRESSING SOUL e HIDDEN. Nesta última, acertamos tocar parte de AS I AM do Dream Theater. Quanto a covers: PERFECT STRANGERS, BURN e HUNTING HIGH AND LOW. Acredito que esse repertório ultrapassa além do aceitável o limite de 35 minutos estipulados para a nossa apresentação. No próximo ensaio, melhor entrosados, poderemos ajeitar as coisas.
A atuação do Luís Carlos, diferentemente da minha, foi bastante inspirada. Logicamente, enfrentamos algumas dificuldades com as músicas próprias, uma vez que o baixista recém está se familiarizando com as mesmas. Ainda assim, tocamos todas do começo ao fim, de modo que só se fazem necessários pequenos ajustes.
HIDDEN foi a que se prestou a maiores improvisações - justamente a que o Luís Carlos não tinha nenhuma referência de tablatura ou cifra. Achei interessante esse fato, pois assim HIDDEN é uma música que cada baixista que já passou pela banda tocou de um jeito diferente (cada qual imprimindo suas próprias influências e - por que não - o seu feeling).
Em tempo: ao final, depois de tocarmos 2 vezes cada música do show, fizemos uma jam muito boa; rolou, essencialmente, Metallica: SEEK AND DESTROY (dos tempos da Ruligans), tentativa de CREEPING DEATH, e uma bela versão de FOR WHOM THE BELL TOLLS (o Bruce finalmente acompanhou certinho boa parte das viradas do Lars). Outro destaque foi SYMPHONY OF DESTRUCTION (nunca havia tocado com um baixista que a soubesse inteira).
O Estúdio Cidade Baixa ficou grande para nós quatro (estou acostumado a tocar com alguém batendo na minha guitar, tanto em shows como em outros estúdios). Eu, particularmente, estava destreinado, de modo que a minha atuação ficou bastante comprometida, especialmente nos solos - que eu já julgava não precisar mais fazê-los. Pois vou ter que reaprender licks e tudo mais, a fim de fazer o menos feio possível. Toquei direto no ampli do estúdio.
O repertório não foge muito do que vimos tocando: ACE´S HIGH, NOISE GARDEN, BLACK DRESSING SOUL e HIDDEN. Nesta última, acertamos tocar parte de AS I AM do Dream Theater. Quanto a covers: PERFECT STRANGERS, BURN e HUNTING HIGH AND LOW. Acredito que esse repertório ultrapassa além do aceitável o limite de 35 minutos estipulados para a nossa apresentação. No próximo ensaio, melhor entrosados, poderemos ajeitar as coisas.
A atuação do Luís Carlos, diferentemente da minha, foi bastante inspirada. Logicamente, enfrentamos algumas dificuldades com as músicas próprias, uma vez que o baixista recém está se familiarizando com as mesmas. Ainda assim, tocamos todas do começo ao fim, de modo que só se fazem necessários pequenos ajustes.
HIDDEN foi a que se prestou a maiores improvisações - justamente a que o Luís Carlos não tinha nenhuma referência de tablatura ou cifra. Achei interessante esse fato, pois assim HIDDEN é uma música que cada baixista que já passou pela banda tocou de um jeito diferente (cada qual imprimindo suas próprias influências e - por que não - o seu feeling).
Em tempo: ao final, depois de tocarmos 2 vezes cada música do show, fizemos uma jam muito boa; rolou, essencialmente, Metallica: SEEK AND DESTROY (dos tempos da Ruligans), tentativa de CREEPING DEATH, e uma bela versão de FOR WHOM THE BELL TOLLS (o Bruce finalmente acompanhou certinho boa parte das viradas do Lars). Outro destaque foi SYMPHONY OF DESTRUCTION (nunca havia tocado com um baixista que a soubesse inteira).
sexta-feira, 6 de agosto de 2004
Site com resenhas de shows do Dr. Sin
- finalmente as resenhas que postei neste blog serviram para algo positivo. Agora aquelas que fiz dos dois shows do Dr. Sin (e um do Tritone) em Porto Alegre também se encontram em um belo site dedicado ao Dr. Sin, mantido pelo Marlon (seção "Matérias"). Pretendo, com o tempo, contribuir com resenhas dos cds da banda. Avante Dr. Sin!
terça-feira, 3 de agosto de 2004
Os discos do KISS - parte VI (Crazy Nights)
- disputando com Asylum e Hot in the Shade o posto de pior disco do Kiss, Crazy Nights sofre com os excessos tão caros aos anos 80. A produção de Ron Nevison (bem sucedido com outras bandas, como Ozzy Osbourne e Heart) neutralizou totalmente as guitarras (a mixagem é péssima e o timbre indefinido - sem contar que, na época, Bruce Kulick possuia um timbre horrível nos solos), assim como adotou (dispensáveis) teclados em quase todas as faixas, provavelmente para torná-lo ainda mais radiofônico. A minha convicção é de que se trata de um disco com boas músicas, que teria sido um clássico nas mãos do Bob Rock (seria tão bom quanto Slippery When Wet).
Em 1987, quando Crazy Nights foi lançado, a banda encontrava-se dividida como nunca entre o batalhador e compositor incansável Paul, e o aspirante a ator de Hollywood Gene. As contribuições deste para o álbum são muito pouco inspiradas, refletindo uma falta de interesse pela banda. Por seu lado, Paul insiste em compor hinos do hard rock, simples, mas sem jamais deixar de adicionar alguns elementos de requinte.
CRAZY CRAZY NIGHTS já denuncia toda a intenção do disco. É um hino anos 80 de Paul, com refrão pegajoso e contagiante, e letra ufanista. Ganhou um vídeo na MTV bem colorido e grandioso.
I´LL FIGHT HELL TO HOLD YOU é uma música obscura, mas muito boa. Tem vários riffs, é bem construída, e não previsível. Acho espetacular a parte que precede o refrão, com a Eric Carr dobrando as guitarras. No solo de Bruce, o riff da base é sensacional, mas quase inaudível. O refrão é cantado em registro altíssimo. Provavelmente é a que se daria melhor numa versão atualizada.
BANG BANG YOU é outra do Paul, datadíssima. Ainda assim eu gosto bastante, especialmente o pre-chorus "and we go one, two, three, four/when midnight come I´ll be at your door". Não é por nada que a música foi composta por Paul e Desmond Child. Funciona muito bem ao vivo.
NO NO NO é do Gene, e começa com Eric e Bruce tentando reproduzir a introdução de HOT FOR TEACHER do Van Halen, com a batera correndo e a guitar solando (tappings e tudo mais). O bumbo duplo de Eric fica totalmente submerso na mixagem, um desperdício. Aqui, quem gravou o baixo foi o próprio Gene, e isso fica claro pelo timbre do instrumento, bem diferente do que os das outras faixas (especialmente, é óbvio, as composições de Paul).
Típica música do Gene na época é HELL OR HIGH WATER. E isso é o tanto quanto basta para que eu me faça entender. Uma das poucas de Gene que foi reproduzida ao vivo (em raros shows).
MY WAY: outra naquele estilo contagiante de Paul. No refrão, o registro da voz é muito alto - é quase inacreditável como ele consegue atingir com naturalidade um tom tão alto. Se fosse o Bon Jovi, com produção do Bob Rock, seria um clássico (como o seria o disco inteiro nessas condições).
WHEN YOUR WALLS COME DOWN é uma das piores músicas da banda. Aqui Paul se deixou levar por uma excessiva empolgação, e o clima festivo é risível (o pre-chorus naquele estilo pergunta e resposta diz tudo).
REASON TO LIVE é uma balada belíssima, como em regra são as baladas de Paul. Toda ela é bem construída, uma parte leva à outra com naturalidade. O solo de Bruce Kulick é o melhor do disco (ele costuma caprichar nas lentas). Não é por nada que é mais uma música da dupla Paul e Desmond Child.
GOOD GIRL GONE BAD surpreende - não é ruim, em se tratando de Gene nos anos 80. Tem uma parte no meio que ficou muito boa - a música fica "suspensa", Gene canta sobre alguns acordes, com a bateria apenas "esperando" o retorno da música.
TURN ON THE NIGHT é outro hit de Paul. A música inteira é boa, e o solo de Bruce, correto.
THIEF IN THE NIGHT, curiosamente, é uma música do Gene que remonta à época do Creatures of the Night. Uma demo dessa música, com Eric Carr, Paul e Gene foi utilizada no primeiro disco da cantora Wendy O. Williams (WOW, 1984), e difere pouco da versão de Crazy Nights. Seria uma baita música se tivesse sido gravada para o Creatures, com aquele som inigualável de bateria, e peso nas guitarras.
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