
Não lembro exatamente da ordem na qual fui conhecendo (e adquirindo alguns d)os discos do Malmsteen. Em 1998, com os preços dos CDs importados muito convidativos, pude adquirir o 2.º álbum do guitarrista, naquela loja de CDs do Iguatemi que não tem mais (teve vários nomes, sendo o mais marcante Zeppelin).
MARCHING OUT, definitivamente, é um CD brilhante e um dos meus favoritos de todos os tempos.. Mais uma vez contando com Soto nos vocais, todas as músicas do álbum são excelentes. I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT é uma baita música, com belo riff, versos, refrão, interlúdio, e solo. O disco tem também uma música obscura que eu adoro, que é ON THE RUN AGAIN (com riff bem hard rock). ANGUISH AND FEAR tem título legal, e a música, como sempre, corresponde. Das mais emocionantes são DON´T LET IT END (introdução ouro no violão nylon, e vocal emocionante de Soto) e o clássico I AM A VIKING (gosto dos versos e do vocal do Soto). As demais são músicas diretas e muito boas: CAUGHT IN THE MIDDLE, SOLDIER WITHOUT FAITH, DISCIPLES OF HELL (versos legais e vocal massa de Soto).

O primeiro da carreira do sueco,
RISING FORCE, eu adquiri na Banana do Iguatemi, em 1998/99, juntamente com o 1.º do Hammerfall (um dos melhores da minha coleção) e o mais recente, na época, do Axel Rudi Pell. Na loja tinha um vendedor conhecedor de metal, que ficou tentando me empurrar um dos Keeper of the Seven Keys (do Helloween, se é que é preciso dizer de quem se trata).
Trata-se de um verdadeiro clássico (muito embora não seja dos meus prediletos) e quase integralmente instrumental. A performance de FAR BEYOND THE SUN é absolutamente empolgante (dizer que o cara não tem feeling é um absurdo, após ouvir os vibratos, bends, e, principalmente, a "pegada" do sueco nessa faixa. Uma pena que as versões ao vivo são todas pífias). O fenomenal vocalista Jeff Scott Soto marca presença em NOW YOUR SHIPS ARE BURNED e AS ABOVE SO BELOW. Dentre as instrumentais, EVIL EYE é uma das melhores, com as suas várias partes. FAREWELL é um dedilhado no violão de nylon, com menos de 1 min, que reprisa a introdução de BLACK STAR, e é a única música do Malmsteen que eu consigo tocar inteira. É uma bela peça, muito bem composta, sem nenhuma nota rápida.
TRILOGY eu não tenho na minha coleção (é da coleção do Tiago), mas posso dizer que (a) é o primeiro com Mark Boals nos vocais; (b) contém o clássico YOU DON´T REMEMBER I´LL NEVER FORGET (bons versos, bom refrão, belo riff de teclado; ao vivo é uma música extremamente empolgante); (c) contém a boa LIAR, rápida (gosto dos versos) e com letra autobiográfica (mas não cacete como as mais recentes); (d) e contém o clássico instrumental TRILOGY SUITE OP. 5 (os primeiros 3 minutos são sensacionais).
ODISSEY foi das minhas últimas aquisições, mediante trocas na Porto Alegre CDs (na época em que ainda se localizava no 2.º andar da Gal. Chaves). Trata-se do disco com o famigerado Joe Lynn Turner nos vocais e em todas as letras e, segundo a lenda, foi lançado após um monumental acidente automobilístico do guitarrista. A primeira música, RISING FORCE, eu já conhecia a versão ao vivo do CD LIVE; contém a
melhor seção de arpejos da carreira do guitarrista. Não esqueço da primeira vez que ouvi esse trecho; a música, em si, já é boa, mas aquela seqüência me derrubou. O álbum traz a radiofônica HEAVEN TONIGHT (as radiofônicas do Malmsteen tem sempre o mesmo estilo). Outras legais são BITE THE BULLET, RIOT IN THE DUNGEONS, KRAKATAU e FASTER THAN THE SPEED OF LIGHT - todas com bons riffs e pesadas.
ECLIPSE foi lançado após LIVE IN LENINGRAD (que não tenho na minha coleção; esse é da coleção da recentemente fechada MadSound). Acho que ECLIPSE foi adquirido na Multisom, com preço de nacional (não sei se foi erro na etiquetagem). De qualquer maneira, trata-se de uma tremenda porcaria; é um disco mal gravado, mal cantado (Goran Edman), mal composto. Naturalmente que existem bons momentos: BEDROOM EYES (não é das minhas favoritas, mas é fácil de tocar e fica bem ao vivo), SEE YOU IN HELL (o riff foi aproveitado em uma canção do ATTACK). A instrumental faixa-título é muito boa.
FACING THE ANIMAL eu comprei na época do lançamento (no mesmo dia em que comprei o bom Crystal Planet do Satriani), em 1998, e é outra bomba. Marcou a volta do guitarrista para uma grande gravadora, mas nos trouxe uma série de músicas fracas, escritas para agradar os ouvidos “da galera” – notadamente o público norte-americano, que abandonou o guitarrista no começo da década de 90. O vocal rouco de Mats Leven não me agradou. Mas, como sempre, boas músicas se fazem presente: BRAVEHEART (bela mudança no final, com um riff muito bom, bela presença de Cozy Powell), MY RESSURRECTION (é uma boa música, admito), POISON IN MY VEINS (bom riff e bom bumbo duplo do bom Cozy Powell), ANOTHER TIME (radiofônica e poser pra caramba, mas bem legal). Da turnê desse disco saiu um disco e um vídeo gravados no Brasil, com um punhado de boas músicas.

Antes de FACING THE ANIMAL, Yngwie lançou um disco de covers,
INSPIRATION, que eu adquiri na Banana do Praia de Belas em 1996/97, por uns 30 pila (importado). O disco conta com um best of de músicos convidados: Jeff Scott Soto, Jens Johansson, David Rosenthal, Mark Boals, Joe Lynn Turner. Malmsteen não se conteve e homenageou várias vezes seu ídolo Ritche Blackmore: nada menos que MISTREATED (não ficou muito legal), CHILD IN TIME (idem), DEMONS EYE (ficou massa), PICTURES OF HOME (ficou boa), GATES OF BABYLON (ficou boa) foram gravadas. Sobrou espaço para uma inspiradíssima versão para CARRY ON MY WAYWARD SON, que valeu o disco. Também ficaram legais ANTHEM e IN THE DEAD OF NIGHT.

Sobre
ALCHEMY eu
já falei em outro post, pois se trata de um dos
discos que só eu considero como essencial. Adquiri na Megaforce, e recentemente comprei na Saraiva o relançamento com capa diferente, por uns 11´90. É um álbum para ouvir com carinho, e continuo achando fantásticas LEONARDO, STAND, BLITZKRIEG, WIELD MY SWORD, LEGION OF THE DAMNED, DEAMON DANCE, entre outras.

A minha versão de
WAR TO END ALL WARS (com os bônus japoneses) eu também adquiri na Megaforce. Assim como o anterior, conta com Boals nos vocais; mas as composições aqui não são tão fortes. Gosto da primeira música, PROPHET OF DOOM, mas tenho que reconhecer que nesse disco a produção a cargo do próprio guitarrista é lamentável: o som da guitarra quase arruina as músicas, sem contar que o cara coloca o volume da guitarra lá em cima, em prejuízo dos vocais (isso fica evidente nessa PROPHET OF DOOM, na qual Yngwie não pára de solar, mesmo a música já tendo voltado para o refrão). Esse é o último disco no qual o sueco foi capaz de compor um clássico: no caso, CRUCIFY. Com afinação dropped-D, o riff é uma cavalice, literalmente. Essa música é realmente uma paulada e muito boa. Outros destaques são BAD REPUTATION, THE WIZARD, MASQUERADE e TAROT (essa tem um riff legal de teclado, e é arrastada, no estilo YJM). Tanto ALCHEMY quanto esse WAR TO END ALL WARS contaram com o talentoso baterista John Macaluso. (
Em 2007 adquiri por um bom preço na Saraiva esse belo cd, sem os bônus da versão japonesa)
Na turnê desse disco, Malmsteen contou com Jorn Lande nos vocais em alguns shows, mas uma severa briga apartou a brilhante formação da turnê: Lande, Macaluso e Olausson saíram para formar a Ark. Só que dessa vez o sueco se superou: chamou Doogie White (ex-Rainbow no Stranger in us All) e Derek Sherinian. Após os ataques de 11 de setembro, Malmsteen e essa banda se apresentaram no Opinião (em show
memorável e controvertido cuja resenha consta desse blog).
O guitarrista gravou, então, com essa formação, um disco que prometia muito, mas que acabou se revelando um álbum totalmente comum. ATTACK! é fraco e desperdiça os talentos de White e Sherinian (notadamente esse último, que, pela participação em Attack! ganhou uma parceria de Malmsteen em seu disco solo - BLACK UTOPIA -, numa faixa brilhante, muito melhor do que Attack inteiro).

E Malmsteen realmente vem se empenhando em gravar CDs muito abaixo da crítica - aliás, todos os CDs do guitarrista são criticados após o lançamento, mas, dos lançamentos mais recentes (anos 90), só ATTACK! e
UNLEASH THE FURY são realmente despiciendos. Este último ainda conta com Doogie White, mas as composições são tão ruins quanto as do primeiro. Aparentemente, Yngwie perdeu a mão para compor boas músicas. Seja como for, ainda há espaço para bons riffs como em CRACKING THE WHIP. (
Adquiri esse disco em 2007 na Saraiva por um preço bem acessível).
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