sexta-feira, 15 de junho de 2007

Shows XXII - Symphony X (Bar Opinião, 14.06.2007, 22h)

Diferentemente do show do Testament, que ocorreu no mesmo dia do jogo entre Grêmio e Cerro Porteño pela Libertadores 2007 no Estádio Olímpico (optei pelo segundo e perdi a apresentação da banda de São Francisco, que veio com Alex Skolnick e tudo mais), não houve evento que conflitasse com o show do Symphony X em Porto Alegre, no valoroso Bar Opinião.

Propositalmente perdi as apresentações das bandas de abertura, Osmium e Magician, e cheguei por volta das 22h, horário previsto para a atração principal. Foi o tempo de ver os roadies testando os instrumentos, percorrer de cima a baixo o Opinião para localizar um lugar decente e tentar encontrar alguém conhecido (nada feito, nem os onipresentes Jorge, Diego, Sávio, etc.), e me acomodar na parte de cima, logo atrás do cara da mesa de luz.

Os caras entraram no palco, acenaram brevemente para a galera, e sem maiores introduções, o batera Jason Rullo chamou no hi-hat, e a banda veio com OF SINS AND SHADOWS, do belo disco "The Divine Wings of Tragedy". Seguiu-se, então, outra paulada, desta vez do novo disco "Paradise Lost": DOMINATION.



Michael Romeo fica o tempo todo no canto dele (direito do baterista), mas balança a cabeça e toca todos aqueles riffs e solos complexos como se fosse uma barbada. Russell Allen, por sua vez, mostrou que é um dos melhores entre vocalistas de hard rock/heavy metal: o cara canta muito, tão bem quanto nos discos de estúdio, e tem presença de palco.

Uma das minhas favoritas, INFERNO (UNLEASH THE FIRE), levantou a galera (como já o fizeram as anteriores). Essa tem pelo menos dois riffs muito legais (o primeiro e o segundo, este com harmônico artificial a la Zakk Wylde), e uma levada quebrada bem interessante. É do disco "The Odissey", que é um disco muito competente.



O disco "V - New Mythology", tido como o melhor da banda, não é dos meus prediletos, mas tem uma bela música, que funciona espetacularmente ao vivo, graças ao riff e a levada de Jason Rullo: EVOLUTION (THE GRAND DESIGN).

O momento calmaria chegou após breves palavras saudatórias de Allen com outra do "V": COMMUNION AND THE ORACLE.



SMOKE AND MIRRORS, bem rápida, foi a única música tocada do disco "Twilight in Olympus", do qual gosto bastante e acho que é o que melhor apresenta a mistura de peso e melodia do Symphony X (os álbuns seguintes são mais pesados e tendentes aos riffs estilo Pantera).

Duas músicas, com riffs grosseiramente pesados, do disco novo foram apresentadas em seqüência: SET THE WORLD ON FIRE, com refrão facilmente assimilável, e SERPENT´S KISS, que tem um riff inicial muito bem sacado, com levada solta na bateria.

Possivelmente a música mais pesada de "The Odissey" foi tocada: KING OF TERRORS. O refrão é bem legal, com Allen cantando a plenos pulmões uma linha que me parece difícil de reproduzir ao vivo (é do tipo "só pra quem sabe").



O grande momento da noite eu já sabia que seria com SEA OF LIES, espécie de "Pull me Under" do SyX, que até bem pouco tempo considerava a sua melhor música. Seja como for, ao vivo é matadora, tanto pelo riff, como pelo refrão magnífico ("Liiiiiiiiies"), e até aquele dueto guitarra-teclado, que sempre achei meio gratuito, ficou muito legal (Romeo toca aquilo fazendo tapping, se balançando todo, fazendo com extrema desenvoltura e perfeição uma parte com tappings, hammer-ons e pull-offs bem rápidos). Depois dos solos rolou uma paradinha para o discurso de despedida de Allen.



Uma hora de show e a banda se despede, para voltar instantes depois para o bis. Anunciam mais uma música, e tocam THE ODISSEY, que tem uns 24 minutos. Talvez fosse mais produtivo esse tempo se tocassem meia dúzia de músicas curtas, mas enfim, não é toda banda que tem uma boa música de 24 minutos. E bem vistas as coisas, o ideal mesmo seria que eles tocassem essa faixa, e depois meia dúzia de músicas curtas. Mas os caras ficaram só com essa THE ODISSEY, com várias partes, trechos instrumentais intercalados com partes cantadas, alguns bons riffs (pelo menos um bastante inspirador, lá pela metade, que eu vacilei e não consegui registrar, mas é antes da parte "A thousand ages", ou coisa parecida).



Por volta de 23h30min, deu-se por encerrados os trabalhos. O show foi muito bom, mas curto - acho que foi a vez que voltei mais cedo pra casa de um evento desses.

3 comentários:

vinícius disse...

showzaço!

teus vídeos estão sendo categoricamente roubados (as usual).

discordo sobre o odissey/6doit. o six foi, pra mim, o último grande do DT. e eu acho ele não muito, mas suficientemente melhor que o outro.

vinícius disse...

pensando bem, eu discordo contigo sobre um monte de coisa, hhaeuiae.

Anônimo disse...

odissey tem muito do que eu gostaria de ouvir no 6degrees. mas retirei a menção para desenvolver isso num outro post, se for o caso.

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