quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Top 10 - Riffs espetaculares

Bons riffs de guitarra são, para mim, o essencial, sobretudo quando se trata de rock. E chamo de espetaculares aqueles riffs que empolgam desde a primeira vez que ouvimos. É comum dizer-se que determinado disco ou artista demanda várias audições para realmente ser apreciado, mas um riff espetacular não: ao ouvi-lo já sabemos instantaneamente que se trata de uma música memorável. Segue a lista de 10 riffs desta espécie:

1) Black Sabbath: "Iron Man" e "Under the Sun" - a banda inglesa fundou o heavy metal e é conhecida pelos riffs sensacionais de Tony Iommi. O riff de IRON MAN é um dos mais famosos e foi imortalizado por Beavis and Butthead (tãa nãa nã-nã-nã, tãnãnãnãnãna nã-nã nã-nã). UNDER THE SUN, por sua vez, é a última faixa do disco Volume 4, e a primeira vez que o ouvi foi numa coletânea que tinha disponível na TV3 (Forever). A música começa com uns acordes, e depois entra o riff que desde o primeiro momento entendi que se tratava de um riff que sintetizava tudo o que a banda representava em termos de som pesado.

2) AC/DC: "Thunderstruck" - o Diego da Hibria me emprestou uma fita K7 com o disco Razor´s Edge, e a primeira faixa abria com um riff de Angus Young com notas dispersadas na 2.ª corda. O riff acompanha a música inteira e é, de fato, espetacular.

3) Dream Theater: "The Glass Prison" e "Pull me Under" - o primeiro é do disco "6 Degrees of Inner Turbulence", e é o último riff espetacular composto por John Petrucci. Por outro lado, o riff de PULL ME UNDER foi o primeiro da espécie, e é aquele que vem logo depois da introdução "acústica".

4) Yes: "Machine Messiah" - essa banda progressiva não é muito dada a riffs memoráveis de guitarra: para mim são muito mais significativos o baixo de Chris Squire, os teclados de Rick Wakeman/Patrick Moraz/Geoff Downes, e a bateria de Alan White/Bill Bruford, mas essa faixa do disco Drama começa com um riff espetacular e poderoso, dobrado pelo baixo e pelos teclados. Ouvi o riff pela primeira vez num bootleg do Dream Theater, no qual há um medley de músicas do Yes. Quando pedi para ouvir o Drama na Toca do Disco (na R. Garibaldi) identifiquei o riff e soube ali de que só podia se tratar de um disco matador.

5) Metallica: "Sad But True" - um dos meus riffs preferidos de todos os tempos é esse que acompanha a segunda faixa do melhor disco de rock dos anos 90: o álbum preto. A afinação em D tornou-o ainda mais significativo.

6) Europe/John Norum: "Scream of Anger" - por alguma razão, no início dos anos 2000, estava pesquisando sobre músicas do John Norum quando me deparei com uma versão ao vivo para essa SCREAM OF ANGER. Cliquei no play, e após a introdução do vocalista ("this is an Europe song... but it´s not that one... this is called Scream of Anger") fiquei com o queixo caído. O riff tem várias notas, é bem trabalhoso e bem trabalhado. Levei alguns anos para tirar as notas de cabeça, e até hoje não estou certo de que realmente toco o riff corretamente. A versão de estúdio do Europe é bem menos poderosa. Boa mesmo é a versão do disco ao vivo no Japão do guitarrista sueco (demorou anos para encontrar o disco com um preço aceitável - numa loja da Gal. Chaves).

7) Kiss: "I´ve Had Enough" - um dos primeiros discos do Kiss que ouvi, quando resolvi conhecer a banda em 1993, foi Animalize, e desde a primeira audição não consegui tirar da cabeça o riff inicial de I´VE HAD ENOUGH. Não só o riff é espetacular, como a música inteira (letra e vocal de P. Stanley, bateria de E. Carr e solos de Mark St. John) é uma das minhas favoritas de todos os tempos. Não por acaso, Kiss é a minha banda favorita de todos os tempos, e muitos outros riffs são, para mim, significativos como THE OATH, I STOLE YOUR LOVE, CREATURES OF THE NIGHT, TEARS ARE FALLING...

8) Deep Purple: "Burn" - não tem como não gostar desse riff. Uma música com um título tão legal só podia começar arrasa-quarteirão. Para completar, tem ainda as interpretações de David Coverdale e Glenn Hughes. É um verdadeiro clássico do hard rock, absolutamente empolgante, e quando o ouvi no Made in Europe, lembrei do documentário em vhs na época do Joe Lynn Turner e pude descansar: "achei o riff mais espetacular do Deep Purple".

9) Rainbow: "Spotlight Kid" e "Kill the King" - R. Blackmore não fica atrás de T. Iommi em matéria de riffs, e esses dois são a base sobre a qual se fundou o heavy melódico, e em função desses riffs que Y. Malmsteen e Helloween tiveram material de inspiração para construir suas próprias composições. E isso não me parece pouco.

10) Dr. Sin: "Fire" e "Time After Time"; Dokken: "Erase the Slate"; Winger: "Blind Revolution Mad"; Mercyful Fate: "The Uninvited Guest" e "The Night"; King Diamond: "The Family Ghost"; Yngwie Malmsteen: "Rising Force"; Megadeth: "Holy Wars" e "Train of Consequences"; Symphony X: "Sea of Lies"; Van Halen: "Unchained" - muito provavelmente eu deveria ter feito um top 20, mas a verdade é que mesmo um top 20 seria insuficiente para dar conta de listar os riffs espetaculares. Cada um destes tem uma qualidade em comum e incomum. E em todos os casos, assim como nos precedentes, a minha reação desde o primeiro instante foi a de saber que se tratava de uma peça musical diferenciada. FIRE é um riff correria, bem ao estilo heavy melódico, mas impossível de tocar corretamente (técnica, "feeling" e "pegada", necessariamente) a não ser que o guitarrista se chame Edu Ardanuy; TIME AFTER TIME é baseado na 6.ª corda solta, a melhor de todas; ERASE THE SLATE é do tipo que nem sei como se toca de tão bom; BLIND REVOLUTION MAD vale pela introdução de violão de Kip Winger; THE UNINVITED GUEST e THE NIGHT, assim como THE INVISIBLE GUEST são exemplos dos riffs matadores das bandas de King Diamond; RISING FORCE tem dois momentos brilhantes - o riff principal, e o interlúdio rapidíssimo; HOLY WARS é uma autêntica paulada na orelha, do início ao fim - escolha um momento qualquer dos seus 5, 6 minutos e terá um riff espetacular; TRAIN OF CONSEQUENCES não só tem um riff espectacular, como é uma música perfeita (tema para outro post); SEA OF LIES é rápido, com 5.ª corda solta e após o refrão é sensacional; UNCHAINED é o melhor riff com afinação drop-D de todos os tempos.

De minha parte, os riffs espetaculares da Burnin´ Boat são o riff inicial de Hidden, o principal de Heartbreakin´ e de Boats are Burning. Lamentavelmente não fui eu quem compôs o riff espetacular de Ace´s High - essa felicidade coube ao Daniel "Ace" Lairihoy.

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