Palco dos testes durante todo o ano, o circuíto de Barcelona é bem conhecido por todas as equipes e pilotos. Agregando-se a isso a característica de ser pouco favorável à ultrapassagens, e de que dos últimos 11 GPs lá disputados, quem largou na pole position foi vencedor em 10 oportunidades, podia-se prever uma corrida enfadonha. E com o tempo ensolarado na Espanha, nem cogitei gravar o GP, apesar de ter conseguido acompanhar partes dos treinos livres.
Dito isso, a corrida se decidiu no treino classificatório de sábado. Raikkonen fez o melhor tempo, largou na frente no domingo e venceu de ponta-a-ponta. Alonso, correndo em casa, utilizou-se da tática de colocar pouco combustível para conseguir um bom tempo no treino, e alinhou em segundo. Na largada, Massa, o terceiro, mandou bem e fez o que lhe competia: passou Alonso antes da primeira curva e garantiu a dobradinha da Ferrari. Mais tarde o espanhol abandonaria com problemas no motor.
Se não por outra coisa, essa corrida ficou marcada pelo violento acidente de Kovalainen: o finlandês passou na zebra em uma curva, e quando se preparava para a seguinte a suspensão quebrou/pneu furou e o carro saiu reto, só parando sob a proteção de pneus. A imagem da câmera "on board" foi impressionante, e a equipe de resgate demorou para chegar, mas o piloto foi removido com sucesso do carro e saiu na maca, dando sinal de ok.
Piquet andou bem em todos os treinos, e alinhou em 10.º, mas não demorou para o cara sair da pista sozinho, e chocar-se com Bourdais numa tentativa de ultrapassagem (não concordei com quem achou que o brasileiro se precipitou). Barrichello se involveu num insólito acidente nos boxes com Fisichella. É bom que se diga que o italiano vem andando forte, na medida do possível, com a sua Force India.
Se por um lado no GP da Espanha muitas equipes apareceram com carros alterados aerodinamicamente (Honda e Renault ficarm muito legais, principalmente o segundo, que na parte de trás lembrou um carro dos anos 70/80), a Super Aguri quase não levou seus carros para a pista e tem o futuro incerto (um interessado na sua aquisição desistiu da compra, e Aguri Suzuki aparentemente está com problemas financeiros para manter a equipe).
Spanish Grand Prix Results - 27 April 2008 - 66 Laps
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIME/RETIRE
1. Kimi Raikkonen Finland Ferrari 66 1h38m19.051
2. Felipe Massa Brazil Ferrari 66 3.228
3. Lewis Hamilton Britain McLaren-Mercedes 66 4.187
4. Robert Kubica Poland BMW Sauber 66 5.694
5. Mark Webber Australia Red Bull-Renault 66 35.938
6. Jenson Button Britain Honda 66 53.010
7. Kazuki Nakajima Japan Williams-Toyota 66 58.244
8. Jarno Trulli Italy Toyota 66 59.435
9. Nick Heidfeld Germany BMW Sauber 66 1m03.073
10. Giancarlo Fisichella Italy Force India-Ferrari 65 1 Lap
11. Timo Glock Germany Toyota 65 1 Lap
12. David Coulthard Britain Red Bull-Renault 65 1 Lap
13. Takuma Sato Japan Super Aguri-Honda 65 1 Lap
R Nico Rosberg Germany Williams-Toyota 41 Engine
R Fernando Alonso Spain Renault 34 Engine
R Rubens Barrichello Brazil Honda 34 Damage
R Heikki Kovalainen Finland McLaren-Mercedes 21 Accident
R Anthony Davidson Britain Super Aguri-Honda 8 Radiator
R Sebastien Bourdais France Toro Rosso-Ferrari 7 Damage
R Nelson Piquet Brazil Renault 6 Accident
R Adrian Sutil Germany Force India-Ferrari 0 Accident
R Sebastian Vettel Germany Toro Rosso-Ferrari 0 Accident
FASTEST LAP: Kimi Raikkonen Finland Ferrari 46 1:21.670
Points standings (after 4 rounds)
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. KIMI RAIKKONEN Finland Ferrari 29
2. LEWIS HAMILTON Britain McLaren-Mercedes 20
3. ROBERT KUBICA Poland BMW Sauber 19
4. FELIPE MASSA Brazil Ferrari 18
5. NICK HEIDFELD Germany BMW Sauber 16
6. HEIKKI KOVALAINEN Finland McLaren-Mercedes 14
7. JARNO TRULLI Italy Toyota 9
8. MARK WEBBER Australia Red Bull-Renault 8
9. NICO ROSBERG Germany Williams-Toyota 7
10. FERNANDO ALONSO Spain Renault 6
11. KAZUKI NAKAJIMA Japan Williams-Toyota 5
12. JENSON BUTTON Britain Honda 3
13. SEBASTIEN BOURDAIS France Toro Rosso-Ferrari 2
CONSTRUCTORS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS CONSTRUCTOR POINTS
1. FERRARI 47
2. BMW SAUBER 35
3. MCLAREN-MERCEDES 34
4. WILLIAMS-TOYOTA 12
5. TOYOTA 9
6. RED BULL-RENAULT 8
7. RENAULT 6
8. HONDA 3
9. TORO ROSSO-FERRARI 2
segunda-feira, 28 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Shows XXIV - HELLOWEEN & GAMMA RAY (Pepsi on Stage, 22.04.2008, 22h)
Posso dizer que depois do show do Symphony X agreguei uma motivação para assistir shows em Porto Alegre, que é fazer filmes e tirar fotos para registrar o evento. Valorizo bastante essas memórias (não por acaso, me empenho em fazer resenhas de todos os shows que assisto, para preservar o máximo de informações e sensações desses momentos únicos), e sempre que puder documentar, com fotos e vídeos, os shows, assim o farei.
Já tive oportunidade para assistir ao Helloween em 2001, no Opinião. A época era outra: a banda contava com Grapow e Kusch (que eu considerava os melhores músicos daquela formação), e a turnê era a de divulgação do The Dark Ride (que eu considerava "fraquíssimo" na época, e agora acho bem legal, especialmente por causa do peso das guitarras, e pelo fato de que os caras tentaram compor algumas coisas diferentes - em que pese algumas músicas-chavão tipo "Salvation", mas isso não vem ao caso agora). O Helloween retornou outras duas vezes em 2003 e 2006 (sempre no Opinião), mas não tive interesse em acompanhar, mesmo que em todas as ocasiões houvesse mudanças na formação e discos sendo promovidos. Para esse show, os alemães estão divulgando o Gambling With the Devil, e junto com os já conhecidos Andi Deris, Michael Weikath e Markus Grosskopf, vieram o guitarrista Sascha Gaerstner e o batera Dani Löble. Ouvi muito pouco esse disco, assim como praticamente desconheço as faixas de Rabbits Don´t Come Easy e da 3.ª parte do Keeper of the Seven Keys, e assim sabia que teria dificuldades para identificar parte do set list.
Há menos de um mês que soube da confirmação da rodada dupla Helloween & Gamma Ray, mas só comprei o ingresso quando tive a certeza de que não teria nenhum outro evento mais urgente e importante para acompanhar. Achei os preços bem razoáveis (pista: 40 pila; mezanino/louge: 60 pila), e mesmo sem saber exatamente a respeito do local, mas querendo sobretudo um lugar melhor possível para as providências referidas acima, resolvi tirar o escorpião do bolso e comprar o ingresso do mezanino.
Antes do show de Porto Alegre, as bandas se apresentaram em Curitiba e no Rio de Janeiro, e assim pude conferir as resenhas que saíram no Whiplash. A esperada reunião das bandas para tocar umas músicas clássicas do Helloween só aconteceu no Rio, de modo que não era possível saber se haveria repeteco por aqui.
Ninguém entrou em contato para combinar nada, e a não ser uma breve troca de idéias com o Rinaldo, não procurei parceria. Dirigi-me ao local depois das 21h30min, e cheguei com bastante tranqüilidade (fica exatamente na frente do aeroporto); o estacionamento é terceirizado e caro (15 pila), mas muito organizado e bastante conveniente tanto para entrar como para sair. A revista foi breve, recebi a pulseira da área "privilegiada", e logo fui buscar a melhor posição possível, enquanto rolava nos telões o recente show do Iron Maiden no Gigantinho. O local é muito amplo, e assim não lotou. Mas o público foi muito bom - se fosse no Opinião, teria lotado. Todo mundo teve espaço sossegado, e por todas as razões estou considerando o Pepsi on Stage o local preferido para shows (apesar do Opinião ser bem perto e tradicional).
Não demorou e em seguida o Gamma Ray iniciou sua apresentação. Reconheço que não sou familiarizado com o repertório da banda de Kai Hansen, de modo que uma avaliação individualizada das músicas fica prejudicada. Mas os caras abriram com uma bem boa, e de cara me abri para o som excelente do Pepsi on Stage, sobretudo o som das guitarras - a combinação Gibson Flying V e parede de Marshalls de Hansen ficou muito legal (na hora pensei como deve ser boa a sensação de tocar uma composição própria, com um equipamento de qualidade e volume afu - talvez tenha experimentado isso no show da Burnin´ Boat na Croco).
No decorrer do set list do Gamma Ray fui perdendo interesse no som da banda, e me concentrei nas fotos. Um dos melhores momentos foi quando foi interpretada uma música do Helloween, da época de Hansen: a rápida "Ride the Sky". Fiz valer a prerrogativa do ingresso e me desloquei pelo local inteiro, na pista e no mezanino. Lá pelas tantas encontrei a Hadige, com um cara que também era do Sévigné, e logo em seguida o Sávio, ex-batera da Hibria (da turma eles mantêm contato apenas com o famigerado Jorge Gordo).
Apesar de não ser fã das composições do guitarrista, reconheço que Kai Hansen (a) é um excelente frontman; (b) toca guitarra muito bem; (c) canta bem (discordo de quem diz que o cara não manda bem no vocal); (d) bem ou mal conseguiu montar uma banda, que se não é tão bem-sucedida quanto o Helloween que ele ajudou a fundar, pelo menos é bem reputada dentro do "metal melódico" e conta com uma carreira consolidada. O cara ainda teve um momento para mexer com a galera durante "Heavy Metal Universe", e mostrou-se carismático. Além dele, os músicos de apoio são bem competentes (não os conheço o suficiente para saber quem é da formação original ou não).
O Gamma Ray se despediu rapidamente e as atividades foram interrompidas por uma meia-hora. Aí lembrei do set list do Helloween no show de Curitiba, e sabendo que música de abertura seria a que dá nome à banda (que tem 10 minutos - daria tempo para um monte de fotos), e a segunda seria "Sole Survivor" (uma das minhas favoritas), me programei para fazer as fotos durante a primeira na pista, e o vídeo da segunda na parte de cima.
Aí foi isso: os caras entraram após a música introdutória e executaram "Halloween". Depois dos muitos riffs e solos, subi para o mezanino e me preparei para "Sole Survivor". Não me decepcionei: a música é excelente e a performance dos alemães, matadora. O som ambiente é muito bom, e deu para ouvir claramente todos os instrumentos e o vocal.
Sole Survivor
Seguiu-se, então, uma das antigas e obscuras, "March of Time", com a qual não era muito familiarizado. Deris anunciou o single do novo álbum, "As Long As I Fall", que achei muito fraca. Depois os caras tocaram outra que não é das minhas conhecidas, "A Tale That Wasn´t Right", que não me animou muito. Resolvi, então, descer e fui avançando até chegar bem do lado esquerdo do palco.
Rolou um solo de bateria absolutamente dispensável, tanto mais quando se sabe o que é um bom solo de bateria após ver um solo de Eric Carr (RIP), como aquele memorável de 1988 no Japão (Dani Löble solou, ainda, sobre uma base pretensamente samba, e aí a coisa piora, porque o melhor solo nesse esquema é o de Ivan Busic, registrado no disco Brutal com o nome "Kizumba"). Avancei mais um pouco e fiquei bem perto do Weikath (não sabia que o cara era tão magro e medonho), e aproveitei o momento para registrar a próxima, um clássico do metal melódico: "Eagle Fly Free". Não tinha ângulo para enquadrar o palco inteiro, então resolvi mirar nos que ficavam mais perto do canto (sobretudo o próprio Weikath).
Eagle Fly Free
Mesmo antes daquele momento já tinha ficado claro que os caras estão em excelente forma, dominando completamente o repertório. O novato Sascha é tão agitador quanto o Grosskopf, e achei legal o entusiasmo de Deris, que interpretou as músicas o tempo todo enquanto cantava (e o cara mandou muito bem no vocal), além de se dirigir à cidade ("Porto Alegreei") e arranhar um espanhol.
A próxima foi uma do disco novo que achei absolutamente brilhante: "The Bells of the Seven Hells". Trata-se de uma baita composição, com belos riffs e um invejável refrão fácil de assimilar, do tipo "simples mas sofisticado". Lá pelo meio tem um riff mais "moderno", não muito típico do Helloween, e foi aí que entendi o que o Weikath quis dizer numa entrevista para o Whiplash que os caras procuravam sempre evoluir (ao invés de sempre fazer o mesmo tipo de disco), inclusive incorporando sons mais novos para "agradar os filhos do Deris". Compreendi perfeitamente o recado e fiquei satisfeito com essa disposição para evoluir, pois nada mais aborrecedor do que ouvir versões para músicas já consagradas pelos caras nos discos mais antigos.
Ainda durante "Eagle Fly Free", mas sobretudo a partir dessa "Bells of the Seven Hells", comecei a sofrer os efeitos da exposição prolongada às caixas de som com volume brutal (cada pedalada no bumbo parecia um soco no peito). Bem perto do palco como eu estava o som estava alto, mas estava bom e não havia como se afastar dali.
No mesmo esquema de "composições novas = músicas boas", seguiu uma do disco anterior, a 3.ª parte do Keeper of the Seven Keys: "King for a 1000 Years". Trata-se de uma música bem longa, mas muito boa.
Começava a me afastar da beira do palco, quando Deris anunciou uma do disco Dark Ride; nessa hora, sabia que se tratava de "If I Could Fly", que diferentemente da opinião de outros, acho uma bela música (mais lenta, espécie de balada com peso).
If I Could Fly
Os caras encerraram o set list regular com outro clássico indispensável da época de Hansen: "Dr. Stein". É notável isso de terem certas músicas infalíveis para tocar durante o show. Essa, em especial, certamente, era uma das favoritas de todos os que estavam presentes. Os caras foram muito inteligentes no bom-humor da letra e na levada quase rocker, e isso é bastante difícil de alcançar (nos discos há exemplos de como isso não deu certo).
Tão rápido quanto se retiraram, os músicos voltaram para um medley de boas músicas: "Perfect Gentleman", "I Can" (de um dos meus discos favoritos, Better Than Raw, que só eu considero essencial - ainda vou acrescentar à lista), "Where the Rain Grows" (mais uma bela faixa do Master of the Rings), novamente "Perfect Gentleman" (com a tradicional participação da platéia), "Power" (verdadeiro hino, do excelente disco Time of the Oath), e "Keeper of the Seven Keys".
O show, até aqui, já tinha sido muito bom, apesar de que, para o meu gosto, uma banda como o Helloween, que tem vários discos lançados, deveria montar um repertório no qual contivesse, no mínimo, uma música de cada disco (afinal, se cada disco lançado "é o melhor do que os anteriores", nada mais justo do que incluir uma faixa por disco para dar uma espécie de satisfação àquele que, eventualmente, comprou determinado cd). Seja como for, para aguardar a provável reunião Gamma Ray & Helloween para o grande final, resolvi subir de volta ao mezanino.
E assim, sem maiores introduções, o batera chamou no hi-hat e do backstage os caras começaram a tocar "Future World". Hansen e Deris dividiram os vocais de forma bem equilibrada, e os quatro guitarristas destruiram ao fazer os "duetos" simultaneamente.
Future World
Sem tempo para respirar, emendaram outra da época de Hansen, "I Want Out".
I Want Out
Finalmente os quatro guitarristas, dois baixistas, um vocalista e um baterista se despediram, e rapidamente deixaram o palco.
Agora espero que se confirmem outras atrações em Porto Alegre, como Symphony X, Scorpions, Megadeth, entre outros, e espero ainda que estejamos todos em ordem até lá.
Já tive oportunidade para assistir ao Helloween em 2001, no Opinião. A época era outra: a banda contava com Grapow e Kusch (que eu considerava os melhores músicos daquela formação), e a turnê era a de divulgação do The Dark Ride (que eu considerava "fraquíssimo" na época, e agora acho bem legal, especialmente por causa do peso das guitarras, e pelo fato de que os caras tentaram compor algumas coisas diferentes - em que pese algumas músicas-chavão tipo "Salvation", mas isso não vem ao caso agora). O Helloween retornou outras duas vezes em 2003 e 2006 (sempre no Opinião), mas não tive interesse em acompanhar, mesmo que em todas as ocasiões houvesse mudanças na formação e discos sendo promovidos. Para esse show, os alemães estão divulgando o Gambling With the Devil, e junto com os já conhecidos Andi Deris, Michael Weikath e Markus Grosskopf, vieram o guitarrista Sascha Gaerstner e o batera Dani Löble. Ouvi muito pouco esse disco, assim como praticamente desconheço as faixas de Rabbits Don´t Come Easy e da 3.ª parte do Keeper of the Seven Keys, e assim sabia que teria dificuldades para identificar parte do set list.
Há menos de um mês que soube da confirmação da rodada dupla Helloween & Gamma Ray, mas só comprei o ingresso quando tive a certeza de que não teria nenhum outro evento mais urgente e importante para acompanhar. Achei os preços bem razoáveis (pista: 40 pila; mezanino/louge: 60 pila), e mesmo sem saber exatamente a respeito do local, mas querendo sobretudo um lugar melhor possível para as providências referidas acima, resolvi tirar o escorpião do bolso e comprar o ingresso do mezanino.
Antes do show de Porto Alegre, as bandas se apresentaram em Curitiba e no Rio de Janeiro, e assim pude conferir as resenhas que saíram no Whiplash. A esperada reunião das bandas para tocar umas músicas clássicas do Helloween só aconteceu no Rio, de modo que não era possível saber se haveria repeteco por aqui.
Ninguém entrou em contato para combinar nada, e a não ser uma breve troca de idéias com o Rinaldo, não procurei parceria. Dirigi-me ao local depois das 21h30min, e cheguei com bastante tranqüilidade (fica exatamente na frente do aeroporto); o estacionamento é terceirizado e caro (15 pila), mas muito organizado e bastante conveniente tanto para entrar como para sair. A revista foi breve, recebi a pulseira da área "privilegiada", e logo fui buscar a melhor posição possível, enquanto rolava nos telões o recente show do Iron Maiden no Gigantinho. O local é muito amplo, e assim não lotou. Mas o público foi muito bom - se fosse no Opinião, teria lotado. Todo mundo teve espaço sossegado, e por todas as razões estou considerando o Pepsi on Stage o local preferido para shows (apesar do Opinião ser bem perto e tradicional).
Não demorou e em seguida o Gamma Ray iniciou sua apresentação. Reconheço que não sou familiarizado com o repertório da banda de Kai Hansen, de modo que uma avaliação individualizada das músicas fica prejudicada. Mas os caras abriram com uma bem boa, e de cara me abri para o som excelente do Pepsi on Stage, sobretudo o som das guitarras - a combinação Gibson Flying V e parede de Marshalls de Hansen ficou muito legal (na hora pensei como deve ser boa a sensação de tocar uma composição própria, com um equipamento de qualidade e volume afu - talvez tenha experimentado isso no show da Burnin´ Boat na Croco).
No decorrer do set list do Gamma Ray fui perdendo interesse no som da banda, e me concentrei nas fotos. Um dos melhores momentos foi quando foi interpretada uma música do Helloween, da época de Hansen: a rápida "Ride the Sky". Fiz valer a prerrogativa do ingresso e me desloquei pelo local inteiro, na pista e no mezanino. Lá pelas tantas encontrei a Hadige, com um cara que também era do Sévigné, e logo em seguida o Sávio, ex-batera da Hibria (da turma eles mantêm contato apenas com o famigerado Jorge Gordo).
Apesar de não ser fã das composições do guitarrista, reconheço que Kai Hansen (a) é um excelente frontman; (b) toca guitarra muito bem; (c) canta bem (discordo de quem diz que o cara não manda bem no vocal); (d) bem ou mal conseguiu montar uma banda, que se não é tão bem-sucedida quanto o Helloween que ele ajudou a fundar, pelo menos é bem reputada dentro do "metal melódico" e conta com uma carreira consolidada. O cara ainda teve um momento para mexer com a galera durante "Heavy Metal Universe", e mostrou-se carismático. Além dele, os músicos de apoio são bem competentes (não os conheço o suficiente para saber quem é da formação original ou não).
O Gamma Ray se despediu rapidamente e as atividades foram interrompidas por uma meia-hora. Aí lembrei do set list do Helloween no show de Curitiba, e sabendo que música de abertura seria a que dá nome à banda (que tem 10 minutos - daria tempo para um monte de fotos), e a segunda seria "Sole Survivor" (uma das minhas favoritas), me programei para fazer as fotos durante a primeira na pista, e o vídeo da segunda na parte de cima.
Aí foi isso: os caras entraram após a música introdutória e executaram "Halloween". Depois dos muitos riffs e solos, subi para o mezanino e me preparei para "Sole Survivor". Não me decepcionei: a música é excelente e a performance dos alemães, matadora. O som ambiente é muito bom, e deu para ouvir claramente todos os instrumentos e o vocal.
Sole Survivor
Seguiu-se, então, uma das antigas e obscuras, "March of Time", com a qual não era muito familiarizado. Deris anunciou o single do novo álbum, "As Long As I Fall", que achei muito fraca. Depois os caras tocaram outra que não é das minhas conhecidas, "A Tale That Wasn´t Right", que não me animou muito. Resolvi, então, descer e fui avançando até chegar bem do lado esquerdo do palco.
Rolou um solo de bateria absolutamente dispensável, tanto mais quando se sabe o que é um bom solo de bateria após ver um solo de Eric Carr (RIP), como aquele memorável de 1988 no Japão (Dani Löble solou, ainda, sobre uma base pretensamente samba, e aí a coisa piora, porque o melhor solo nesse esquema é o de Ivan Busic, registrado no disco Brutal com o nome "Kizumba"). Avancei mais um pouco e fiquei bem perto do Weikath (não sabia que o cara era tão magro e medonho), e aproveitei o momento para registrar a próxima, um clássico do metal melódico: "Eagle Fly Free". Não tinha ângulo para enquadrar o palco inteiro, então resolvi mirar nos que ficavam mais perto do canto (sobretudo o próprio Weikath).
Eagle Fly Free
Mesmo antes daquele momento já tinha ficado claro que os caras estão em excelente forma, dominando completamente o repertório. O novato Sascha é tão agitador quanto o Grosskopf, e achei legal o entusiasmo de Deris, que interpretou as músicas o tempo todo enquanto cantava (e o cara mandou muito bem no vocal), além de se dirigir à cidade ("Porto Alegreei") e arranhar um espanhol.
A próxima foi uma do disco novo que achei absolutamente brilhante: "The Bells of the Seven Hells". Trata-se de uma baita composição, com belos riffs e um invejável refrão fácil de assimilar, do tipo "simples mas sofisticado". Lá pelo meio tem um riff mais "moderno", não muito típico do Helloween, e foi aí que entendi o que o Weikath quis dizer numa entrevista para o Whiplash que os caras procuravam sempre evoluir (ao invés de sempre fazer o mesmo tipo de disco), inclusive incorporando sons mais novos para "agradar os filhos do Deris". Compreendi perfeitamente o recado e fiquei satisfeito com essa disposição para evoluir, pois nada mais aborrecedor do que ouvir versões para músicas já consagradas pelos caras nos discos mais antigos.
Ainda durante "Eagle Fly Free", mas sobretudo a partir dessa "Bells of the Seven Hells", comecei a sofrer os efeitos da exposição prolongada às caixas de som com volume brutal (cada pedalada no bumbo parecia um soco no peito). Bem perto do palco como eu estava o som estava alto, mas estava bom e não havia como se afastar dali.
No mesmo esquema de "composições novas = músicas boas", seguiu uma do disco anterior, a 3.ª parte do Keeper of the Seven Keys: "King for a 1000 Years". Trata-se de uma música bem longa, mas muito boa.
Começava a me afastar da beira do palco, quando Deris anunciou uma do disco Dark Ride; nessa hora, sabia que se tratava de "If I Could Fly", que diferentemente da opinião de outros, acho uma bela música (mais lenta, espécie de balada com peso).
If I Could Fly
Os caras encerraram o set list regular com outro clássico indispensável da época de Hansen: "Dr. Stein". É notável isso de terem certas músicas infalíveis para tocar durante o show. Essa, em especial, certamente, era uma das favoritas de todos os que estavam presentes. Os caras foram muito inteligentes no bom-humor da letra e na levada quase rocker, e isso é bastante difícil de alcançar (nos discos há exemplos de como isso não deu certo).
Tão rápido quanto se retiraram, os músicos voltaram para um medley de boas músicas: "Perfect Gentleman", "I Can" (de um dos meus discos favoritos, Better Than Raw, que só eu considero essencial - ainda vou acrescentar à lista), "Where the Rain Grows" (mais uma bela faixa do Master of the Rings), novamente "Perfect Gentleman" (com a tradicional participação da platéia), "Power" (verdadeiro hino, do excelente disco Time of the Oath), e "Keeper of the Seven Keys".
O show, até aqui, já tinha sido muito bom, apesar de que, para o meu gosto, uma banda como o Helloween, que tem vários discos lançados, deveria montar um repertório no qual contivesse, no mínimo, uma música de cada disco (afinal, se cada disco lançado "é o melhor do que os anteriores", nada mais justo do que incluir uma faixa por disco para dar uma espécie de satisfação àquele que, eventualmente, comprou determinado cd). Seja como for, para aguardar a provável reunião Gamma Ray & Helloween para o grande final, resolvi subir de volta ao mezanino.
E assim, sem maiores introduções, o batera chamou no hi-hat e do backstage os caras começaram a tocar "Future World". Hansen e Deris dividiram os vocais de forma bem equilibrada, e os quatro guitarristas destruiram ao fazer os "duetos" simultaneamente.
Future World
Sem tempo para respirar, emendaram outra da época de Hansen, "I Want Out".
I Want Out
Finalmente os quatro guitarristas, dois baixistas, um vocalista e um baterista se despediram, e rapidamente deixaram o palco.
Agora espero que se confirmem outras atrações em Porto Alegre, como Symphony X, Scorpions, Megadeth, entre outros, e espero ainda que estejamos todos em ordem até lá.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Formula 1 - GP do Bahrein (3.ª etapa, 06.04.2008, 8h30min)
Ano passado Massa venceu o GP do Bahrein, e passou a figurar como postulante ao título. Em 2008, uma vitória no mesmo circuito se impunha, a fim de estancar as críticas e desconfianças que recaíram fortemente sobre o brasileiro. Na semana prévia ao GP, noticiou-se a existência de fotos e vídeos comprometedores envolvendo o presidente da Fia, Max Mosley, o que acabou afastando o foco sobre os pilotos.
Seja como for, Massa foi o mais rápido nos treinos livres, mas Kubitza conseguiu marcar o melhor tempo no treino classificatório, graças a um carro com menos combustível e a um pequeno deslize do brasileiro na zebra de uma curva. Barrichello e Piquet alinharam no pelotão intermediário (após a 10.ª colocação).
Na largada, Massa conseguiu pular na frente do polonês, que algumas voltas depois perdeu a 2.ª posição para Raikkonen. Diferentemente do GP da Malásia, Massa conseguiu abrir e manter uma distância segura em relação ao finlandês, e assim não foi ultrapassado nos pits. Sempre que Raikkonen pareceu ameaçar a liderança, Massa "pisava no da direita" e consolidava a liderança. A vitória foi tranqüila e serviu para marcar seus primeiros pontos na temporada.
Hamilton teve uma corrida complicada: começou com uma má largada (o carro ficou imóvel por instantes), caiu para 10.ª posição, perdeu o bico num choque com Alonso (na transmissão se disse que era o Piquet), caiu para último e partiu daí fazendo algumas ultrapassagens.
Piquet teve o desempenho prejudicado pelo carro ruim (nem Alonso vem conseguindo correr com regularidade), já denunciado na conversa pelo rádio com a equipe na volta de apresentação, quando ficou patente um problema com o câmbio. Barrichello levou o carro até o final e nada mais. A Toyota vem conquistando pontos importantes com Trulli, Kovalainen manteve a regularidade, assim como a BMW e seus pilotos (a equipe lidera o campeonato de construtores).
Bahrain Grand Prix Results - 6 April 2008 - 57 Laps
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIME/RETIRE
1. Felipe Massa Brazil Ferrari 57 1h31m06.970
2. Kimi Raikkonen Finland Ferrari 57 3.339
3. Robert Kubica Poland BMW Sauber 57 4.998
4. Nick Heidfeld Germany BMW Sauber 57 8.409
5. Heikki Kovalainen Finland McLaren-Mercedes 57 26.789
6. Jarno Trulli Italy Toyota 57 41.314
7. Mark Webber Australia Red Bull-Renault 57 45.473
8. Nico Rosberg Germany Williams-Toyota 57 55.889
9. Timo Glock Germany Toyota 57 1m09.500
10. Fernando Alonso Spain Renault 57 1m17.181
11. Rubens Barrichello Brazil Honda 57 1m17.862
12. Giancarlo Fisichella Italy Force India-Ferrari 56 1 Lap
13. Lewis Hamilton Britain McLaren-Mercedes 56 1 Lap
14. Kazuki Nakajima Japan Williams-Toyota 56 1 Lap
15. Sebastien Bourdais France Toro Rosso-Ferrari 56 1 Lap
16. Anthony Davidson Britain Super Aguri-Honda 56 1 Lap
17. Takuma Sato Japan Super Aguri-Honda 56 1 Lap
18. David Coulthard Britain Red Bull-Renault 56 1 Lap
19. Adrian Sutil Germany Force India-Ferrari 55 2 Laps
R Nelson Piquet Brazil Renault 40 Gearbox
R Jenson Button Britain Honda 19 Damage
R Sebastian Vettel Germany Toro Rosso-Ferrari 0 Accident
FASTEST LAP: Heikki Kovalainen Finland McLaren-Mercedes 49 1:33.193
Standings
Points standings (after 3 rounds)
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. KIMI RAIKKONEN Finland Ferrari 19
2. NICK HEIDFELD Germany BMW Sauber 16
3. LEWIS HAMILTON Britain McLaren-Mercedes 14
ROBERT KUBICA Poland BMW Sauber 14
HEIKKI KOVALAINEN Finland McLaren-Mercedes 14
6. FELIPE MASSA Brazil Ferrari 10
7. JARNO TRULLI Italy Toyota 8
8. NICO ROSBERG Germany Williams-Toyota 7
9. FERNANDO ALONSO Spain Renault 6
10. MARK WEBBER Australia Red Bull-Renault 4
11. KAZUKI NAKAJIMA Japan Williams-Toyota 3
12. SEBASTIEN BOURDAIS France Toro Rosso-Ferrari 2
CONSTRUCTORS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS CONSTRUCTOR POINTS
1. BMW SAUBER 30
2. FERRARI 29
3. MCLAREN-MERCEDES 28
4. WILLIAMS-TOYOTA 10
5. TOYOTA 8
6. RENAULT 6
7. RED BULL-RENAULT 4
8. TORO ROSSO-FERRARI 2
Seja como for, Massa foi o mais rápido nos treinos livres, mas Kubitza conseguiu marcar o melhor tempo no treino classificatório, graças a um carro com menos combustível e a um pequeno deslize do brasileiro na zebra de uma curva. Barrichello e Piquet alinharam no pelotão intermediário (após a 10.ª colocação).
Na largada, Massa conseguiu pular na frente do polonês, que algumas voltas depois perdeu a 2.ª posição para Raikkonen. Diferentemente do GP da Malásia, Massa conseguiu abrir e manter uma distância segura em relação ao finlandês, e assim não foi ultrapassado nos pits. Sempre que Raikkonen pareceu ameaçar a liderança, Massa "pisava no da direita" e consolidava a liderança. A vitória foi tranqüila e serviu para marcar seus primeiros pontos na temporada.
Hamilton teve uma corrida complicada: começou com uma má largada (o carro ficou imóvel por instantes), caiu para 10.ª posição, perdeu o bico num choque com Alonso (na transmissão se disse que era o Piquet), caiu para último e partiu daí fazendo algumas ultrapassagens.
Piquet teve o desempenho prejudicado pelo carro ruim (nem Alonso vem conseguindo correr com regularidade), já denunciado na conversa pelo rádio com a equipe na volta de apresentação, quando ficou patente um problema com o câmbio. Barrichello levou o carro até o final e nada mais. A Toyota vem conquistando pontos importantes com Trulli, Kovalainen manteve a regularidade, assim como a BMW e seus pilotos (a equipe lidera o campeonato de construtores).
Bahrain Grand Prix Results - 6 April 2008 - 57 Laps
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIME/RETIRE
1. Felipe Massa Brazil Ferrari 57 1h31m06.970
2. Kimi Raikkonen Finland Ferrari 57 3.339
3. Robert Kubica Poland BMW Sauber 57 4.998
4. Nick Heidfeld Germany BMW Sauber 57 8.409
5. Heikki Kovalainen Finland McLaren-Mercedes 57 26.789
6. Jarno Trulli Italy Toyota 57 41.314
7. Mark Webber Australia Red Bull-Renault 57 45.473
8. Nico Rosberg Germany Williams-Toyota 57 55.889
9. Timo Glock Germany Toyota 57 1m09.500
10. Fernando Alonso Spain Renault 57 1m17.181
11. Rubens Barrichello Brazil Honda 57 1m17.862
12. Giancarlo Fisichella Italy Force India-Ferrari 56 1 Lap
13. Lewis Hamilton Britain McLaren-Mercedes 56 1 Lap
14. Kazuki Nakajima Japan Williams-Toyota 56 1 Lap
15. Sebastien Bourdais France Toro Rosso-Ferrari 56 1 Lap
16. Anthony Davidson Britain Super Aguri-Honda 56 1 Lap
17. Takuma Sato Japan Super Aguri-Honda 56 1 Lap
18. David Coulthard Britain Red Bull-Renault 56 1 Lap
19. Adrian Sutil Germany Force India-Ferrari 55 2 Laps
R Nelson Piquet Brazil Renault 40 Gearbox
R Jenson Button Britain Honda 19 Damage
R Sebastian Vettel Germany Toro Rosso-Ferrari 0 Accident
FASTEST LAP: Heikki Kovalainen Finland McLaren-Mercedes 49 1:33.193
Standings
Points standings (after 3 rounds)
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. KIMI RAIKKONEN Finland Ferrari 19
2. NICK HEIDFELD Germany BMW Sauber 16
3. LEWIS HAMILTON Britain McLaren-Mercedes 14
ROBERT KUBICA Poland BMW Sauber 14
HEIKKI KOVALAINEN Finland McLaren-Mercedes 14
6. FELIPE MASSA Brazil Ferrari 10
7. JARNO TRULLI Italy Toyota 8
8. NICO ROSBERG Germany Williams-Toyota 7
9. FERNANDO ALONSO Spain Renault 6
10. MARK WEBBER Australia Red Bull-Renault 4
11. KAZUKI NAKAJIMA Japan Williams-Toyota 3
12. SEBASTIEN BOURDAIS France Toro Rosso-Ferrari 2
CONSTRUCTORS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS CONSTRUCTOR POINTS
1. BMW SAUBER 30
2. FERRARI 29
3. MCLAREN-MERCEDES 28
4. WILLIAMS-TOYOTA 10
5. TOYOTA 8
6. RENAULT 6
7. RED BULL-RENAULT 4
8. TORO ROSSO-FERRARI 2
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