sábado, 24 de maio de 2008

Ensaio - The Osmar-Band - O primeiro foi em 20.05.2008

Não posso deixar de registrar que na última terça-feira participei de um dos ensaios da Osmar Band, capitaneada pelo grande Marcelo M.A.B., depois de muito adiamento. Sobre o som dos caras, posso apenas dizer que é completamente diferente da Burnin´ Boat, e um pouco diferente de outras bandas que (bem ou mal) já participei; qualquer descrição com palavras é despicienda (para entender, tem que ouvir), e é por isso que logo na primeira vez que ouvi os caras disse que tinham os elementos do rock progressivo (embora esse não seja nem de perto o som dos caras).

A banda é composta por Marcelo nos vocais e na percussão (!), Marcão na bateria eletrônica e Alemão no Korg Triton. Esse Korg Triton é que é o negócio. Faz tudo (mesmo), só falta servir cafezinho, digamos assim. Fiquei deslumbrado com esse teclado, e ouvi timbres bem Derek Sherinian e Rick Wakeman - uma hora dessas vou querer tocar também. Além disso, tem lá um violão Yamaha com cordas de aço muito bom de tocar e com um baita som. O local dos ensaios também é muito legal - como definiu o Marcelo, trata-se de um bunker, no qual, apesar da proximidade, todos ficam confortáveis; há uma mesa de 4 canais e um amplificador onde todos os instrumentos saem - o volume é bem razoável.

Os caras já têm um repertório, que é incrementado a cada ensaio, pois, até onde sei, todas as composições nascem espontaneamente nos próprios ensaios (isso já estou bem acostumado a fazer, pois costumava fazer ensaios bastante criativos com o Bruce na Burnin´ Boat). Liguei a guitarra na Digitech RP-6 e me dispus a fazer o que sempre faço e gosto de fazer: tocar o tempo todo. Os caras recém tinham composto "Índio", e me pus a acompanhá-los. Mas foi a partir da música seguinte que peguei o jeito e toquei do jeito mais maluco na guitarra, utilizando bastante a alavanca e todos os truques guitarrísticos que conheço (ou pelo menos os que eu consigo tocar).

Fiquei satisfeito com algumas coisas que toquei - espero ouvir os mp3 para conferir o resultado. No final, os caras brincaram com a monumental coleção de cds do Alemão, segundo este composta de cds de jazz (será que tem algo de fusion?), e rolou o convite para participar do próximo evento. Isso tudo serviu para me pilhar ainda mais para incrementar meus equipamentos.

Formula 1 - GP da Turquia (5.ª etapa, 11.05.2008, 9h)

O GP da Turquia foi importante para dois dos três pilotos brasileiros: para Barrichello, marcaria a oportunidade rara de se tornar o recordista em GP´s disputados, ao largar pela 257.ª vez, ultrapassando o folclórico Riccardo Patrese (o italiano chegou a brincar dizendo que se conformava em perder a marca para o brasileiro, mas que se fosse Schumacher ele arranjaria um carro para alinhar novamente); para Massa, que venceu os últimos dois GP´s disputados no circuíto turco, seria a corrida para retomar a condição de postulante ao título de 2008.

Massa andou muito rápido nos treinos e fez o melhor tempo no treino classificatório. Hamilton surpreendeu e também ficou na primeira fila - o inglês adotou a estratégia de largar com pouco combustível e fazer uma parada a mais.

Na largada, Massa se manteve na frente, seguido por Hamilton, e abriu distância segura. Nos primeiros pits, Hamilton parou primeiro, Massa algumas voltas depois, mas o inglês apertou e assumiu a liderança, ameaçando brevemente a vitória do ferrarista (que retomou a frente quando Hamilton fez o terceiro pit-stop). A estratégia de Hamilton teria dado certo se tivesse conseguido passar de Massa e abrir distância antes da primeira parada. Tudo isso serviu para demonstrar que Massa está mais cerebral e que consegue correr pensando nos pontos e no campeonato, e a vitória foi decorrência disso.

Próximo GP é em Mônaco, e dessa vez não perco, como em 2007 (não escrevi nenhum artigo para a revista, e assim não vou acompanhar o congresso).

Turkish Grand Prix Results - 11 May 2008 - 58 Laps
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIME/RETIRE
1. Felipe Massa Brazil Ferrari 58 1h26m49.451
2. Lewis Hamilton Britain McLaren-Mercedes 58 3.779
3. Kimi Raikkonen Finland Ferrari 58 4.271
4. Robert Kubica Poland BMW Sauber 58 21.945
5. Nick Heidfeld Germany BMW Sauber 58 38.741
6. Fernando Alonso Spain Renault 58 53.724
7. Mark Webber Australia Red Bull-Renault 58 1m04.229
8. Nico Rosberg Germany Williams-Toyota 58 1m11.406
9. David Coulthard Britain Red Bull-Renault 58 1m15.270
10. Jarno Trulli Italy Toyota 58 1m16.344
11. Jenson Button Britain Honda 57 1 Lap
12. Heikki Kovalainen Finland McLaren-Mercedes 57 1 Lap
13. Timo Glock Germany Toyota 57 1 Lap
14. Rubens Barrichello Brazil Honda 57 1 Lap
15. Nelson Piquet Brazil Renault 57 1 Lap
16. Adrian Sutil Germany Force India-Ferrari 57 1 Lap
17. Sebastian Vettel Germany Toro Rosso-Ferrari 57 1 Lap
R Sebastien Bourdais France Toro Rosso-Ferrari 24 Spin
R Kazuki Nakajima Japan Williams-Toyota 1 Damage
R Giancarlo Fisichella Italy Force India-Ferrari 0 Accident
FASTEST LAP: Kimi Raikkonen Finland Ferrari 20 1:26.506

DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. KIMI RAIKKONEN Finland Ferrari 35
2. FELIPE MASSA Brazil Ferrari 28
LEWIS HAMILTON Britain McLaren-Mercedes 28
4. ROBERT KUBICA Poland BMW Sauber 24
5. NICK HEIDFELD Germany BMW Sauber 20
6. HEIKKI KOVALAINEN Finland McLaren-Mercedes 14
7. MARK WEBBER Australia Red Bull-Renault 10
8. FERNANDO ALONSO Spain Renault 9
JARNO TRULLI Italy Toyota 9
10. NICO ROSBERG Germany Williams-Toyota 8
11. KAZUKI NAKAJIMA Japan Williams-Toyota 5
12. JENSON BUTTON Britain Honda 3
13. SEBASTIEN BOURDAIS France Toro Rosso-Ferrari 2

CONSTRUCTORS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS CONSTRUCTOR POINTS
1. FERRARI 63
2. BMW SAUBER 44
3. MCLAREN-MERCEDES 42
4. WILLIAMS-TOYOTA 13
5. RED BULL-RENAULT 10
6. RENAULT 9
TOYOTA 9
8. HONDA 3
9. TORO ROSSO-FERRARI 2

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Shows XXV - WHITESNAKE (11.05.2008, 20h, Teatro do Bourbon Country, Porto Alegre/RS)

Há pelos menos dois meses soube da confirmação da apresentação do Whitesnake em Porto Alegre para o dia das mães (11.05.2008), mas foi só na semana passada que pude ter a certeza (e a felicidade) de que tudo estava em ordem para poder acompanhar o evento. Só que ao contrário do show do Whitesnake de 2005, no qual eles abriram para o Judas Priest, no Gigantinho, a banda está em divulgação do seu disco mais recente (o muito bom "Good to Be Bad") e contou com bastante divulgação. Nessas condições, no jornal de sexta saiu notícia sobre o show, dando conta de que os ingressos disponíveis eram apenas para pista e camarote (130 e 180 pila, respectivamente). Assim, pouco adiantava falar com a Fernanda (que conhecia o local e uma vez tinha dito que uma determinada posição - tipo mezanino, não lembro - era melhor e mais barato do que outra, que em princípio deveria ser mais cobiçada). Sem muitas opções, resolvi encarar o camarote, e escolhi um que me pareceu bem centralizado.

Apesar do lugar marcado, procurei chegar com antecedência, e antes das 19h já tinha assumido meu posto. Não era tão bom para tirar fotos como pensava, então comecei a planejar como faria para conseguir bons ângulos. No sistema de som rolou umas boas músicas antigas do AC/DC, além de outras nada empolgantes de bandas que não conheço.

Os caras ingressaram no palco na hora marcada, e abriram com uma do disco novo: "Best Years". O som estava perfeito, e as guitarras estavam uma paulada, especialmente a de Doug Aldrich, que é favorecida em comparação com a de Reb Beach. Já tinha lido umas resenhas no Whiplash, então sabia que a faixa seguinte seria uma das minhas favoritas, "Fool for Your Loving" (que não havia sido tocada na outra apresentação de 2005), e assim me posicionei para registrá-la. A versão que essa formação toca é mais parecida com a tocada originalmente por Mardsen/Galley, com os solos da versão de Steve Vai (que eu prefiro integralmente). De toda maneira, é uma baita música, pena que Coverdale deixa o microfone para o público cantar o primeiro e significativo verso: "I was born under a bad sign (...)".

Fool for Your Loving



Não demorou para Coverdale demonstrar todo o seu carisma e a notável competência para interagir com a galera; o cara elogiou o teatro (realmente, muito bonito), definido como um belo lugar para terminar a turnê pelo Brasil, e fez questão de dizer que as gaúchas são as mais bonitas e que nós somos os maiores f.d.p´s de sortudos (o que é inteiramente verdade). Seguiram, então, com uma das minhas favoritas de um dos melhores discos dos anos 1980: "Bad Boys" do disco 1987. O riff inicial é espetacular, e ficou magnífico na Les Paul de Aldrich. Os caras ainda fizeram aquela citação do riff de "Children of the Night" entre os solos. Baita empolgação com essa música pesada e bem virtuosa, isto é, perfeita.

Bad Boys



Coverdale começou a introduzir uma "dedicada a Mel Galley", quando foi avisado que ainda não era hora de tocar uma "das antigas", e sim uma do disco novo, a boa "Can You Hear the Wind Blow", na qual o destaque, mais uma vez, foi a guitarra de Aldrich.

Agora sim, em homenagem a Mel Galley (guitarrista da formação pré-1987, e que está numa situação não muito boa de saúde), rolou a clássica "Love Ain´t no Stranger", que é o tipo de música que não tem como não gostar.

Durante "Lay Down Your Love", resolvi fazer a minha parte e arranjei um lugar na primeira fila do camarote, sentado no chão com as pernas cruzadas, e apoiando as máquinas numa providencial "prateleira" de madeira. Coverdale pergunta se Porto Alegre ainda era a cidade do amor, e então seguiu-se "Is This Love", que sempre é tocada bem lenta, num andamento e numa execução comoventes (não por acaso, trata-se de uma das maiores baladas - power ballads - de todos os tempos).

Há espaço para o duelo de guitarras entre Aldrich e Beach, um pouco diferente do tocado em 2005, e um pouco longo (talvez), mas me ocupei o tempo todo. Segue-se, então, outra da melhor época da banda: "Crying in the Rain", com direito a solo de batera de Chris Frazier, que foi o único que não veio em 2005, pois na época quem empunha as baquetas era o famoso Tommy Aldridge. Bem, já estou farto de solos de bateria, e esse de Frazier foi bem fraco (pior que o do Aldridge), mas por outro lado, o cara é melhor para tocar as músicas do Whitesnake (bate forte, mas não é do tipo "marreta").

Se tinha algo que não estava esperando era um momento acústico, e Coverdale e Aldrich ficaram sozinhos no palco para interpretar a bela "The Deeper the Love". Acho que Aldrich chegou a errar uns acordes no começo e no final, mas não comprometeu a execução dessa boa surpresa. Para minha felicidade, os caras não ficaram só nisso, e inseriram uma música extra no set list, mais adiante, com o resgate de uma das antigas, "Guilty of Love". Coverdale, ao final, disse "surpriiiise!", e durante a faixa, repetia "Rock in Rio", lembrando o histórico festival de 1985, no qual a banda foi uma das que se apresentaram (notável como teve banda boa nesse evento). As guitarras de Beach e Aldrich estava com o peso na medida certa, dando uma refrescada nesse bom rockinho acelerado.

The Deeper the Love



"Ain´t no Love in the Heart of the City" é outra das antigas, mas não é das minhas favoritas. Talvez seja uma boa para agradar o público feminino, por causa da sua levada mais sexy.

Bem, aí foi o momento de uma outra das melhores da banda, e um verdadeiro clássico do hard rock: "Give me All Your Love". É uma das minhas favoritas de todos os tempos, um baita hard rock. Gosto muito da versão do disco 1987, com o teclado bem marcante. Considero essa uma das músicas definitivas de hard rock, por esse teclado fazendo o riff dobrado com as guitarras, versos muito bem escritos ("When I first saw you babe, You took my breath away, I knew your name was Trouble, but my heart got in the way", ou então "I am blinded ´bout your smile, and crazy ´bout your walk, I shiver and shake when I hear your baby talk, I´m a fool for your lovin'"), e refrão pegajoso, sem contar o solo de guitarra muito inspirado de John Sykes (reproduzido com estilo pelo valoroso Aldrich). No show os caras fizeram uma versão matadora, que empolgou bastante a galera.

Give me All Your Love



Para liquidar, os caras tocaram outro clássico: "Here I Go Again", que ficou muito boa.

Após uma breve pausa, a banda voltou para uma versão arrasa-quarteirão do hino de sua época de ouro: "Still of the Night". Admito que nunca fui o maior fã dessa música, apesar de reconhecer que é uma baita composição; mas essa que eles tocaram em Porto Alegre foi a melhor versão que já vi/ouvi em todos os cds e vídeos que tive contato. Cara, essa versão de "Still of the Night" foi matadora do início ao fim. Felizmente tive a presença de espírito de registrá-la (ajudou ter ainda espaço na máquina para todas as faixas do bis).

Still of the Night



Um dos momentos que estava aguardando era o momento "a capella" de Coverdale para cantar "Soldier of Fortune", da época do Deep Purple (disco Stormbringer). Talvez fosse melhor com o violão acompanhando, mas ainda assim é sempre bom ter a oportunidade de ouvir a voz de Coverdale (o cara ainda manda muito bem, apesar dos anos de estrada). Seja como for, essa é uma música que considero muito especial e foi um verdadeiro privilégio ter tido a oportunidade de acompanhar uma das composições que sempre quis ver ao vivo.

Soldier of Fortune



Para finalizar, as músicas que tinham servido de abertura do show de 2005: "Burn", com parte de "Stormbringer" no meio, ambas da época do Deep Purple (a minha favorita, de 1974/1975). Aqui cabe registrar que Aldrich faz uma versão incrível do solo de guitarra de Blackmore, com direito a passagens extremamente virtuosísticas. Num dos raros momentos de destaque, o tecladista Timothy Drury fez um solo muito bom, lembrando bastante a versão de estúdio registrada por Jon Lord. Reb Beach é notoriamente um excelente backing vocal, além de exímio guitarrista, mas desta vez ele não repetiu o vocal estilo Glenn Hughes na parte "You know we have no time". Quanto ao baixista Uriah Duffy, bem, o sujeito fez o que se espera dele num elenco de estrelas: tocou corretamente todas as músicas, e ficou basicamente sem a atenção dos holofotes (Beach também não destaque... realmente, é Coverdale e Aldrich que dominam os spots).

Burn e Stormbringer



No final, estávamos todos muito satisfeitos e agradecidos pela excelente apresentação do Whitesnake. Um cara bem ao meu lado, mas que estava no outro camarote, resolveu fazer uma coisa que não tenho coragem de fazer, e conseguiu uma coisa que achei que jamais dariam para ele: o set-list dos caras da iluminação/som. Ele chamou a atenção e pediu para esses caras o set-list; o sujeito que estava embaixo não teve dúvidas e lançou a folha para cima. Pedi para tirar uma foto e dei os parabéns.

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