sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ensaio The Osmar Band: "I´m Eighteen" 23.06.2009

Ensaio típico de inverno, com frio e chuva. Ajustamos os instrumentos e quando a coisa engrenou ficou claro que se impunha montar novamente o micro para gravar o ensaio. Rapidamente o Marcão botou a máquina para funcionar e não demorou para as criações ganharem forma, com qualidade muito boa. Utilizei a BFG com a pedaleira Korg do Alemão; este se alternou no violão de corda de aço e o Triton. O Marcelo, por sua vez, se mostrou inspirado nas novas letras. Gravamos, então, quatro faixas: uma já tradicional, sobre um problema que aflige o sexo masculino (essa versão ficou meio truncada, pois não lembrei da entrada do solo); uma outra que pelo menos para mim era nova, na qual segui os acordes que o Alemão estava tocando, e com letra cujo título remete a uma antiga propaganda de refrigerante; já nos descontos, a saideira foi uma na qual utilizei um timbre com distorção e um efeito chorus bem anos 1980, e toquei um riff básico com a cavalgada típica do Iron Maiden sobre os power chords B-A e E-G-A, o qual foi acompanhado pelo Alemão no baixo com captadores ativos; a melhor, que desde já é um autêntico clássico da banda, foi uma com letra inspirada nos mais recentes escândalos envolvendo membros das casas legislativas federais, na qual o Alemão empregou os acordes B-A-E.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

CD ao vivo - Iron Maiden "Death on the Road" (2005)

"Death on the Road" é o CD duplo e DVD triplo ao vivo registrado em Dortmund no final de 2003 durante a turnê de "Dance of the Death". Levei três anos para firmar convicção na aquisição do CD e um ano para encontrá-lo com preço não exorbitante (achei na Cultura por uns R$ 39,00, bem melhor do que os salgados 69, 59 ou 54 pila que andava vendo durante todo esse tempo).

Como registro ao vivo do Iron, não é tão bom quanto o recém lançado "Flight 666", ou a dupla "A Real Live One" e "A Real Dead One", mas é melhor que "Rock in Rio", especialmente por contar com a formação atual - com três guitarristas - e se destaca por contar com as melhores músicas do "Dance of the Death", tornando aceitável a audição de algumas já batidas como "Wrathchild", "The Number of the Beast", "Run to the Hills", "The Trooper" e, principalmente, "Iron Maiden" ("Fear of the Dark" e "Can I Play With Madness", por outro lado, são sempre bem-vindas). Muito legal ouvir Bruce Dickinson cantando uma da fase Blaze Bailey, no caso, "Lord of the Flies" do "The X-Factor" (uma das melhores faixas compostas por Janick Gers com a banda).

O maior destaque é a versão ao vivo da faixa que encerra "Dance of Death", caracterizada por uma levada acústica atípica em se tratando de Iron Maiden: a bela "Journeyman" com seu refrão repetitivo mas marcante: "I know what I want and say what I want". Frequentemente acho que Steve Harris e Cia se repetem em demasia em muitas composições, mas em "Journeyman" os caras ousaram e mandaram muito bem.

Esse disco ao vivo facilitou bastante a tarefa de curtir músicas como "Dance of Death", "Paschendale" (aquele início com o lick de tappings na guitarra e o acompanhamento no hi-hat me parecia irritante nas primeiras audições) e "No More Lies", que são das melhores do "Dance of Death" e ficaram excelentes em suas versões "live", e para mim só isso já faz valer o cd duplo ao vivo, que ajuda a concentrar a atenção nas faixas novas mais representativas do álbum novo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

DVD - "Iron Maiden - Flight 666 The Film"

No começo do ano vi que ficou em cartaz por algumas poucas semanas o filme-documentário do Iron Maiden a respeito da turnê "Somewhere Back in Time" de 2008. Agora lamento ter deixado passar a oportunidade de ver na tela grande imagens muito boas da banda. O que me consola é que o documentário não é do tipo espetacular. A direção ficou por conta dos mesmos caras que fizeram o bom "Metal, A Headbangers Story", e isso fica bem claro logo no início quando aparece o mesmo sujeito apresentando o filme da mesma forma pessoal do outro filme, i. é, em primeira pessoa ("fui convidado para fazer um documentário sobre a turnê da minha banda favorita"). É o mesmo recurso que utilizo neste espaço, mas não sou cineasta; achei que faltou criatividade - será que o cara vai aparecer em todos os seus filmes e declarar suas preferências musicais (quantas bandas favoritas o cara tem?)?

Acredito que em seis semanas devem ter sido filmadas cenas melhores que muitas das que aparecem, e achei exagerado o número de cenas que vamos ver no DVD bonus, com o set list na íntegra, com cada música registrada em uma cidade diferente. Independentemente disto, algumas sequências são antológicas, como as bonitas cenas captadas na Argentina e uma brilhante com Nicko McBrain: no show em Los Angeles apareceram diversas figuras conhecidas, como Dio, Tom Morello entre outros; Lars Ulrich é perguntado sobre eventual influência de Nicko em seu estilo, e o líder do Metallica responde "com certeza, a única coisa sobre Nicko é que ele deveria tocar numa bateria menor para podermos ver o que ele está tocando"; a cena seguinte mostra Nicko praticando numa bateria bem menor, com poucas peças, para aquecimento, e o baterista exclama "veja, tenho plateia", e então aparece o grande Vinny Appice. Momento Lucky Strike do vídeo. Além disso, e como mera curiosidade, ainda em Los Angeles, é bem documentado o estilo workaholic de Steve Harris; o baixista vai ao estúdio para encontrar Kevin Shirley e conferir a mixagem de "For the Greater Good of God", e finalmente descobri porque o produtor também atende pela alcunha de "Caveman" (conforme consta dos encartes dos discos do Dream Theater e do próprio Iron).

No DVD bônus com a íntegra do set list ainda é emocionante a performance da banda e do público durante "Ace´s High". Particularmente, achei interessantes as cenas da câmera posicionada na bateria mostrando o bumbo; Nicko toca descalço e não se vale de pedal duplo ou de dois bumbos, mesmo nas passagens mais rápidas: o cara tem o pé direito bem rápido mesmo (conferir o final de "2 Minutes to Midnight", entre outras até mais expressivas). Nicko sempre aparece tirando sarro ou falando bobagem, ao mesmo tempo em que só conhecemos o seu trabalho no Iron, de maneira que fica difícil levá-lo a sério, mas devo admitir que se trata de um excelente baterista de heavy metal. Não lembrava que havia um dueto de solos em "Can I Play With Madness" e foi interessante ver Murray e, principalmente, Smith deixando para Gers alguns solos das músicas das antigas.

De todos os CDs e DVDs ao vivo lançados pelo Iron, esse "Flight 666" é talvez o mais valoroso.

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