"Death on the Road" é o CD duplo e DVD triplo ao vivo registrado em Dortmund no final de 2003 durante a turnê de "Dance of the Death". Levei três anos para firmar convicção na aquisição do CD e um ano para encontrá-lo com preço não exorbitante (achei na Cultura por uns R$ 39,00, bem melhor do que os salgados 69, 59 ou 54 pila que andava vendo durante todo esse tempo).
Como registro ao vivo do Iron, não é tão bom quanto o recém lançado "Flight 666", ou a dupla "A Real Live One" e "A Real Dead One", mas é melhor que "Rock in Rio", especialmente por contar com a formação atual - com três guitarristas - e se destaca por contar com as melhores músicas do "Dance of the Death", tornando aceitável a audição de algumas já batidas como "Wrathchild", "The Number of the Beast", "Run to the Hills", "The Trooper" e, principalmente, "Iron Maiden" ("Fear of the Dark" e "Can I Play With Madness", por outro lado, são sempre bem-vindas). Muito legal ouvir Bruce Dickinson cantando uma da fase Blaze Bailey, no caso, "Lord of the Flies" do "The X-Factor" (uma das melhores faixas compostas por Janick Gers com a banda).
O maior destaque é a versão ao vivo da faixa que encerra "Dance of Death", caracterizada por uma levada acústica atípica em se tratando de Iron Maiden: a bela "Journeyman" com seu refrão repetitivo mas marcante: "I know what I want and say what I want". Frequentemente acho que Steve Harris e Cia se repetem em demasia em muitas composições, mas em "Journeyman" os caras ousaram e mandaram muito bem.
Esse disco ao vivo facilitou bastante a tarefa de curtir músicas como "Dance of Death", "Paschendale" (aquele início com o lick de tappings na guitarra e o acompanhamento no hi-hat me parecia irritante nas primeiras audições) e "No More Lies", que são das melhores do "Dance of Death" e ficaram excelentes em suas versões "live", e para mim só isso já faz valer o cd duplo ao vivo, que ajuda a concentrar a atenção nas faixas novas mais representativas do álbum novo.
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