sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ensaio URSO - Parte III (Complexo Master, 29.07.2010)

Ensaio #3 - URSO (29.07.2010)
Tão logo saímos do ensaio #2 tentamos agilizar no Music Box o ensaio #3; só que a agenda dos caras estava incompatível com a do estúdio, então deixamos em aberto. Dei o toque no Valmor para o Complexo Master e o cara foi rápido em agilizar o encontro nessa semana mesmo. Cheguei com antecedência, bati um papo com o proprietário e recebi notícias de que a situação para um empreendimento daqueles não é fácil (exige fôlego financeiro por tempo indeterminado, aparentemente) enquanto ouvia o ensaio da Procura-se Quem Fez Isso. Instalamo-nos (o Andrio ficou com o Fender Hot Deville e eu fiquei com um do tipo para vários instrumentos) e aquecemos com uma jam na qual toquei o riff de "Ferramenta". A jam se desenvolveu, o Andrio agregou melodias, e o Valmor sugeriu o título: "Sai Nadando no Riacho Ipiranga". Tocamos "Conselhos Que Vos Deixo" algumas vezes, sempre com alguma coisa a mais. Sai redondinho o nosso single, "All Black". Tive bastante trabalho para achar um timbre decente, e não fiquei satisfeito com nenhum, apesar de mexer bastante no EQ do PODxt e nos botões de tom e nos captadores da Fender. O Andrio realmente consegue uns timbres muito bons, com um grave que não alcanço (talvez o segredo esteja nos pedais dele, ou então minha guitar é uma porcaria, ou eu não tenho a manha - o que é mais provável). De qualquer maneira, o volume dele estava bem alto e tentei acompanhar (teve uma hora que achei que as coisas estavam realmente altas), mas o Brenno e o Valmor comentaram que não ouviram muito bem a minha guitar (provavelmente pela posição do amplificador em relação a eles). Como o estúdio tinha preços muito diferenciados para gravação, utilizamos nossas câmeras caseiras (o Valmor levou uma Sony, que logo perdeu a bateria, e eu me responsabilizei pela Panasonic e pela Kodak). "All Black" não precisa mais do que uma execução para sair boa. Então partimos para "Imigrante", a qual já estamos todos familiarizados e teve boas versões (e é legal ver que todos se divertem de tocar suas várias partes). Fizemos "A Morte, o Bem e o Malzbier Livre" um par de vezes (na segunda eu alterei um pouco um riff heavy que não me parecia funcionando muito bem). Acalmamos as coisas em "Quero Dormir na Minha Cama", que é bom praticar para agregar partes novas (a ideia é que a minha guitarra toque algo diferente, vou ver se faço a lição de casa - é que acho o riff do Andrio muito bom, então fica difícil criar algo tão bom em cima). O peso voltou com "Sem Prejuízo" e finalizamos com "Chafurdando a Miuda" (que me parece uma excelente para encerrar os trabalhos". Entre uma e outra o Andrio, o Valmor e o Brenno tocaram "The Cringe" do Zeppelin (e ficou muito legal, apesar de complicadíssima para quem só tinha ouvido sem dar bola) e a melhor do Pelican (foi bom visualizar a posição dos riffs para tirar em casa).











Ensaio The Osmar Band - "Achtunddreissig" 27.07.2010

38.º ensaio The Osmar Band (27.07.2010)
Parece que estamos retomando o caminho da regularidade, pois a banda conseguiu se reunir três vezes consecutivas (na semana passada tive que faltar por compromissos em Brasília). Desta feita, resolvi levar a Gibson, sobretudo porque havia tocado com a Fender no fim-de-semana anterior. O Alemão fez a convocação para um horário mais cedo que o costumeiro, então cheguei bem depois de todos. Foi providenciada a comemoração do aniversário do Marcão e, após, descemos para o 38.º ensaio. Desde logo, e durante todo o ensaio, enfrentei dificuldades com o timbre de Gibson. Achei que estava ardido em demasia, e tentei compensar com o botão do tom mais perto do zero, o que não foi satisfatório o tempo todo. Olhei a mesa de som para conferir o EQ, mas não encontrei nada que pudesse ser mudado. Então utilizei vários timbres do PODxt com resultados mistos. O Alemão estava inspiradíssimo, puxando na sequencia as clássicas da banda, primeiro no Triton, depois no violão de cordas de aço. Houve espaço, ainda, para umas duas ou três jams novas com letra do Marcelo. Foram executadas: a introdução, a do nome de bairro inverossímil do interior do estado, (com o Alemão no violão de cordas de aço) a do sotaque do centro do país (na qual fiz um solo contuntente, conforme o Marcelo), a da letra impublicável (versão mais lenta, meio bossa para o Marcelo), a clássica do primeiro ensaio, a que tira sarro de um momento político do ano passado. Os caras lembraram de uma jam mais antiga e o Marcelo fez nova letra, prestando homenagem para a recém partida gatinha Osmar que nos acompanhava desde o início de 2009. Umas jams de blues viraram música com letra jocosa sobre mulheres com sapato grande, e por fim aprendi e recuperamos uma das antigas, sobre o Marcão.











quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ensaio The Osmar Band - "Siebenunddreissig" 13.07.2010

37.º ensaio The Osmar Band - 13.07.2010
Mais de um mês e finalmente nos reunimos para o 37.º ensaio. Apesar do tempo afastado, estávamos todos relaxados e, após os trâmites iniciais, executamos várias das clássicas da banda, em versões muito boas, acertando todas as partes que outrora se mostravam dificultosas. Levei a Fender e achei que o timbre estava agudo demais - talvez seja por conta do EQ da mesa de som - então fiz algo inédito que foi deixar o botão de tom do captador da ponte no 0 (ele sempre fica no 10). Achei muito bom o timbre (no PODxt deixei num com distorção de amplifixador Plexi) e executei muitos solos, aproveitando inspirações Stevie Ray Vaughan, David Gilmour, Eric Clapton e Ace Frehley que ando ouvindo com assiduidade. O Marcelo trouxe o micro só que, por questões mal resolvidas de back up, o cara não tinha letra nenhuma para cantar, então fomos no modo voo noturno (sem saber as letras, os acordes e os timbres de Triton). Na semana seguinte estaria em Brasília, então os caras agendaram um ensaio em trio e não deixar de aproveitar a disponibilidade do Alemão.













sábado, 24 de julho de 2010

Ensaio URSO - Parte II (24.07.2010, Music Box)

Ensaio n.º 2 - URSO (24.07.2010)
As competitivas agendas de todos nós só permitiram um segundo ensaio quatro meses depois do primeiro. O interregno foi dedicado às gravações das composições daquela jam inaugural e das novas composições, geralmente riffs que mando para o Valmor trabalhar à vontade. Este segundo ensaio foi precipitado fundamentalmente pela perspectiva do nosso primeiro show, que seria em 20/08/2010, no Dr. Jeckyll, mas que acabou frustrado por um compromisso profissional importante do Brenno. De todo modo, não se cogitou desmarcar o ensaio, sobretudo para podermos praticar as composições que estamos formatando e, quem sabe, adicionar novas jams. Brenno (com outro baixo, muito bacana, e sem os pedais de efeitos), eu (utilizei basicamente o timbre do amplificador Soldano do PODxt), Valmor e Andrio (acredito que com menos pedais do que da outra vez) fomos acompanhados por um bom período pela Cris e pelo Marcelo, o qual se responsabilizou por gravações com a máquina do Valmor (a minha ficou posicionada num ângulo contrário ao da câmera do estúdio, mas não captou coisa muito boa). Sugeri iniciarmos com "Conselhos que Vos Deixo", e não perdemos muito tempo, nem tocamos mais do que duas vezes, para decorar as suas duas partes (riff e acordes) principais. Mais familiarizados estávamos com o nosso single, "All Black", que foi tocada umas três vezes. A composição mais recente, "Imigrante", era a que mais nos despertou curiosidade, pois com os riffs que mandei o Valmor organizou uma faixa bem complexa, com várias partes, algumas das quais bastante intrincadas, mas todas divertidas de tocar. Utilizamos a manha do Dream Theater de escrever uma pauta com os nomes dos riffs e partes e o número de repetições (o Andrio escreveu tudo na lousa do estúdio). A terceira execução já ficou muito boa, e foi fundamental a dica do Brenno para a parte com os acordes pesados e abafados no meio (contar primeiro até seis, depois até sete). Brincamos um pouco com "Quero Dormir na Minha Cama" (a única que não utiliza afinação drop-C - é padrão um tom abaixo) e chamei "Almoço no Filhote" (esta última precisa ainda de organização). Das que já se encontram no estágio "demo" foram tocadas "A Morte, o Bem e o Malzbier Livre" e "Sem Prejuízo". Por fim, com o tempo estourando, lembrei de tocar um riff do Andrio que curti muito no primeiro ensaio, "Chafurdando a Miuda". Só temos esse riff hipnótico, então depois de algum tempo com as guitarras em uníssono, resolvi arriscar e mandei uns licks David Gilmour... quando identifiquei a escala e as notas corretas, achei que o resultado ficou bem massa, liberando o Andrio, o Brenno e o Valmor para mudar eventualmente a base. As tentativas para já marcar o terceiro ensaio na próxima semana foram infrutíferas, mas agosto pode nos revelar novas datas.













quarta-feira, 14 de julho de 2010

CDs do Kiss - Parte XXXVI - "Gods of Thunder" (1993)



 Em termos de bootlegs do Kiss, a época da turnê do "Animalize" é uma das mais frutíferas. Já tive vários em casa (todos foram trocados por outros discos do Kiss nas bocas do disco), e mais recentemente (a partir de meados dos anos 2000) resolvi retê-los, toda vez que tivesse a oportunidade (evidentemente que com os programas de compartilhamento de arquivos essa situação foi amenizada). Já sabia que no acervo da Espaço Vídeo havia alguns bootlegs do Kiss, de maneira que corri rápido pra lá quando soube que eles estavam liquidando à moda "locação sem devolução". Fiz uma resenha mais ou menos nessa época, conforme segue:

Bruce Kulick ingressou efetivamente na banda para a turnê europeia do disco "Animalize", em 1984, ocupando a vaga de Mark St. John (RIP), e é notável como a substituição pouco se fez notar ou sentir, pois a banda parece tão bem ensaiada como se Kulick fosse o guitarrista solo há anos. É exatamente dessa época o bootleg "Gods of Thunder", que traz parte do show de 11.10.1984 em Ipswich, com excelente qualidade de som (soundboard), aparentemente transmitido por rádio FM na oportunidade. Particularmente, entendo que caberia um "Alive III" para registrar essa época, conquanto admita que as músicas estão com andamento bem mais rápido devido à levada forte de Eric Carr. O bootleg em questão é valioso por conter uma das poucas versões ao vivo de "I´ve Had Enough": é a minha favorita de "Animalize" e não entendo a razão pela qual essa música foi abandonada dos set lists, apesar de que "Under the Gun" é muito boa também. As 10 faixas coincidentemente estão bem distribuídas, pois há as antigas ("Detroit Rock City", "Cold Gin" e "Strutter"), as recentes ("Fits Like a Glove", "Heavens on Fire", "Under the Gun", "I´ve Had Enough") e as últimas da fase mascarada ("I Still Love You", "I Love It Loud", "Creatures of the Night").

quarta-feira, 7 de julho de 2010

CDs do Kiss – Parte XXXV - "Live in Japan 88"

Kiss "Live in Japan'88"
Em meados dos anos 1990 o divertido era adquirir bootlegs (na época chamava de “piratas”) do Kiss. Afinal, havia muitos disponíveis nas bocas do disco, geralmente da turnê do “Animalize”, em 1984, do “Crazy Nights”, em 1988, ou então das turnês a partir do “Revenge”, em 1992, e antes do retorno das máscaras em 1996. Nessas condições, trouxe para casa vários desses bootlegs, geralmente envolvidos em trocas com outros CDs do Kiss; e posteriormente me desfiz da maioria deles, e eventualmente readquiri todos os CDs oficiais do Kiss (a maioria antes do lançamento dos remasterizados). Um dos que mantive é do lendário giro pelo Japão em 1988.

O padrão do Kiss nos anos 1980 foi o de lançar um disco com faixas inéditas e promovê-lo com uma turnê caseira (EUA e Canadá) que não ultrapassa meia dúzia de meses. Em 1984 a banda voltou a visitar a Europa, face a boa acolhida do “Animalize” e seu single “Heavens on Fire”. Em 1985 veio o “Asylum”, concomitantemente a oficialização de Bruce Kulick, e um pequeno recesso para o retorno, em 1987, com o “Crazy Nights”. Este contou com a produção de Ron Nevison (guitarras polidas e teclados) e músicas feitas para arena (“Crazy Crazy Nights”, “Turn on the Night”, “Bang Bang You”, “Reason to Live”). Após a turnê tradicional, foi agendada uma turnê em solo japonês, que serviria como retorno após mais de uma década sem shows por lá. Os caras se reuniram para ensaiar um repertório com algumas alterações em comparação com o da turnê do “Crazy Nights” e fizeram shows espetaculares em meados de 1988.

Em 1994 ouvi um bootleg com registro de parte de um destes shows: trata-se do segundo volume do CD duplo “Dr. Love´s House”. O som não era muito bom, mas o repertório, fantástico: com “War Machine”, solo de Eric Carr, etc. Acredito, inclusive, que o solo de bateria de Carr é o melhor que já ouvi, e no youtube existem vídeos com a performance. Lá por 1997/1998 encontrei numa loja de CDs do Praia de Belas, no balaio, um bootleg contendo quase toda a apresentação do Kiss em Tóquio: “Live in Japan'88”.

Diferentemente de tantos outros bootlegs, aqui a qualidade de som é muito boa, direto da mesa de áudio. Além disso, a banda estava muito bem ensaiada e as performances de todos estava em alto nível, de maneira que bem podia ter sido lançado como um “Alive III” (lembrando que não contamos com nenhum “Alive” com Eric Carr, apesar dos tantos anos que ele serviu à banda).

O repertório contou com faixas antigas (“Love Gun”, “Cold Gin”, “Calling Dr. Love”, “Black Diamond”, “Shout It Out Loud”, “Strutter”, “Rock and Roll All Nite” e “Detroit Rock City”) e mais recentes (“Bang Bang You”, “Fits Like A Glove”, “Crazy Crazy Nights”, “No, No, No”, “Reason to Live”, “Heavens on Fire”, “War Machine”, “I Love it Loud”, “Lick It Up”), além de recuperar um clássico: “I Was Made For Lovin You”. A execução das músicas, como padrão da época, era bem acelerado (reparar em “Love Gun” e “Detroit Rock City”), então temos versões únicas e matadoras para “Lick It Up”e “Shout It Out Loud”, destacando-se os vocais de Paul Stanley (o cara estava no auge da fase “cantar tão alto a ponto dos olhos saírem da órbita”).

O tempo todo Paul e Gene Simmons interagem com a plateia, inclusive com frases em japonês (muito aplaudidas essas tentativas de comunicação na língua materna dos anfitriões). Praticamente todas as faixas são anunciadas previamente, e acho marcantes esses momentos: “I think is time for us to call the doctor... not just any doctor... a doctor for this! We need... DR. LOVE!” (introdução para “Calling Dr. Love”), “We´re goin´ to do a song now... this is a ballad... everybody loves a ballad... comes off... “Crazy Nights”... This song is called... ooooh (diz algo em japonês)... this song is called “Reason (pausa curta) to live” (introdução para “Reason to Live”).

Nesse CD não constam “War Machine” e o solo de bateria de Eric Carr, nem “No, No, No” e o solo de guitarra de Bruce Kulick (acompanhado em alguns momentos por Carr, numa referência à introdução de “Hot for Teacher” do Van Halen). Por outro lado, o solo de Gene Simmons (com participação de Carr) antecede “I Love it Loud”, na qual há uma desafinada de Gene na parte em que se exige o canto do público.

Esse bootleg fica muito bom especialmente a partir da metade do set list, quando são executadas as músicas antigas, sendo certo que as versões para “Lick it Up”, “Shout It Out Loud” e “Black Diamond” são grandes momentos da apresentação.

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