Na última corrida do campeonato mais longo da história da Fórmula 1 restava, ainda, a disputa pelo campeonato de construtores, com vantagem de 2 pontos da Renault sobre a McLaren. A Renault, a fim de consagrar-se campeã, correu com os motores sem a limitação das provas anteriores.
Por alguma razão, perdi o treino de classificação às 2h da madrugada de sexta para sábado. De qualquer sorte, Alonso e Fisichella formaram a 1.ª fila, seguidos de Raikkonen. Montoya fez o 5.º tempo, Schumacher o 6.º, e Massa o 11.º. Karthikeyan surpreendeu e fez tempo melhor que os pilotos da Minardi, do seu companheiro na Jordan, Villeneuve e Pizzonia.
O GP da China tinha largada prevista para as 4h de sábado para domingo, já sob o horário de verão brasileiro. No warm up, antes dos carros alinharem para o grid, Schumacher foi estranhamente abalroado por Albers, acarretando a destruição de ambos os carros. Os dois pilotos largaram dos boxes com os carros reserva.
Na largada, Alonso saiu na ponta e Fisichella soube conter os pilotos da McLaren. Sato queimou a largada e foi penalizado com uma passagem pelos boxes. A corrida seguia sem maiores emoções quando Montoya, em determinada curva, passou sobre uma tampa de drenagem do circuito. O objeto permaneceu na pista e determinou a entrada do carro madrinha por algumas voltas. Montoya ainda foi duas vezes aos boxes - para trocar o pneu avariado e para abastecimento -, mas foi obrigado a desistir da prova.
A corrida foi novamente interrompida após forte batida de Karthikeyan - seu carro, destroçado, parou no meio da reta. Cumpre salientar que a transmissão de TV perdeu de mostrar devidamente esse acidente, assim como a incrível rodada de Schumacher, atrás de Massa, numa curva de baixa velocidade e com o carro-madrinha na pista. E por falar em transmissão de TV, por causa da corrida da Stock Car em Tarumã neste fim-de-semana, ficamos privados dos sempre pertinentes comentários do Luciano Burti. O narrador Cléber Machado mostrou-se particularmente irritante, sobretudo quando insinuou que as equipes teriam de pedir previamente à direção de prova para trocar de pneu quando este estivesse a ponto de causar perigo ao piloto. Reginaldo Leme viu-se obrigado a intervir e esclarecer que a equipe é quem assume a incumbência de efetuar a troca, justificando-se com a direção de prova ao final da corrida. Não entendo porque o narrador do SporTV, Lucas Pereira, não é convocado para tomar conta do automobilismo na Globo. Até o seu substituto, Daniel Pereira, que eu não conhecia, se mostrou mais competente que os da Globo.
No final da prova, Fisichella, que perdera a 2.ª posição para Raikkonen nos boxes (2.ª parada), foi penalizado com uma passagem nos boxes por ter bloqueado indevidamente a entrada dos demais pilotos nos boxes; a intenção do italiano era guardar em movimento o pit de Alonso, tentando resguardar sua posição na volta à pista. Tal expediente foi utilizado pela McLaren no GP da Bélgica, sem maior constrangimento e sem conseqüência alguma, de modo que eu não entendi a razão da
punição ao Fisichella.
Com isso, Ralfinho assumiu a 3.ª posição e subiu ao pódio. Klien fez uma bela corrida e pressionou muito o Massa nas últimas 15 voltas; o brasileiro, apesar do equipamento inferior, suportou as ameaças do austríaco e marcou pontos suficientes para finalizar o campeonato na frente de Villeneuve. Barrichello, por sua vez, com pneus bastante desgastados, não teve a mesma sorte, e sucumbiu diante de Weber, Button e Coulthard.
O GP da China serviu para consolidar o título de Alonso, pois foi a sua 7.º vitória em 2005 - o espanhol terminou empatado com Raikkonen em número de vitórias, mas superou o finlandês em termos de regularidade.
A temporada de 2005 foi mesmo longa e cansativa, sobretudo pela série de corridas no domingo pela manhã (teve mês com 4 GP´s!). Foi positivo, pelo menos, o fim da supremacia da Ferrari e de Schumacher, com a ascensão de novos pilotos com futuro promissor e uma disputa de campeonato empolgante entre um piloto veloz e já experiente, correndo por uma equipe bem estruturada e com carro competitivo, e outro igualmente veloz, que adquiriu muita experiência, correndo com o carro mais veloz mas com problemas de confiabilidade do motor. É indiscutível que Alonso e Renault mereceram os títulos; os destaques, no entanto, ao longo da temporada foram Raikkonen e a McLaren, que aparecem como postulantes diretos para a disputa de 2006, juntamente com Montoya, que aparentemente acertou o passo na equipe inglesa. Foi legal de ver, também, o bom desempenho da RBR com Coulthard e Klien, bem como algumas apresentações empolgantes do Massa. A Toyota e a BAR, igualmente, tiveram bons momentos. Jordan e Minardi correram com os pilotos mais destacados dos últimos anos, e fizeram uma boa temporada, em comparação com as anteriores. Lamentável foi ver o campeão do mundo Jacques Villeneuve correndo sem inspiração e com o futuro
comprometido na categoria. Pizzonia foi outra decepção - não dá nem pra torcer pelo cara, depois das fracas atuações nas 5 provas em que teve chance como piloto titular, ao substituir o demissionário Heidfeld. Barrichello cumpriu uma temporada melancólica, ao ser desprezado de vez pela Ferrari e especialmente pelo companheiro Schumacher (a ultrapassagem na última volta em Mônaco foi equiparável a um insulto, na minha opinião; sem contar a fechada na 1.ª curva de Indianápolis, na volta do alemão dos boxes).
Em 2005, praticamente todos os pilotos pontuaram, e todas as equipes tiveram chances de aparecer nas transmissões. Essa temporada, mais do que as anteriores desde 1986 (ou antes até, nas quais tenho memória fragmentária), eu pude acompanhar o desenrolar de todas as corridas e a performance de todos os pilotos. Nesse sentido, a revista Racing e, sobretudo, as conversas com o Gilberto (não o Dioberto) e as resenhas neste blog, foram muito proveitosas - as resenhas cumpriram a finalidade que eu me propus no início deste ano, e certamente essa iniciativa será direcionada para outros eventos (v.g., Copa do Mundo da Alemanha).
A categoria se aproxima cada vez mais de se tornar uma disputa entre montadoras, após a venda da Jordan para Midland, da Minardi para a RBR, da Sauber para a BMW, e da BAR para a Honda. Espera-se que o ano de 2006 conte com mais equipes e pilotos brigando pelo título. McLaren e Renault naturalmente correm pelo campeonato; Honda desponta como outra favorita, especialmente por ter assumido de vez a BAR e com a dupla de pilotos dos sonhos (Button e Barrichello). Toyota, que teve um bom final de temporada, também poderá andar mais forte. A temporada de 2006 reserva algumas atrações particulares, como será observar a performance das equipes RBR júnior - que assume a Minardi -; Midland, que adquiriu a Jordan; Williams que correrá sob novo patrocinador e com motores Cosworth, após anos de patrocínio da HP e motores BMW; e, finalmente, a BMW e a Honda com equipes próprias. Para os brasileiros será de particular interesse acompanhar como se comportarão Rubinho na Honda e Massa na Ferrari. Depois de muitos anos poderemos contar com pilotos em equipes de ponta, e em condições de brigar por vitórias. Mas o melhor é aguardar e torcer para que tudo dê certo - o que vier é lucro.
CHINESE GRAND PRIX RESULTS - OCTOBER 16, 2005 - 56 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 56 1h39m53.618
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 56 4.015
3. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 56 25.376
4. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 56 26.114
5. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 56 31.839
6. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 56 36.400
7. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 56 36.842
8. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 56 41.249
9. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 56 44.247
10. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 56 59.977
11. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 56 1m24.648
12. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 56 1m32.812
13. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 55 1 Lap
14. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 55 1 Lap
15. JARNO TRULLI Italy Toyota 55 1 Lap
16. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 51 5 Laps
R TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 34 Gearbox
R NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 28 Accident
R JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 24 Damage
R MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 22 Spin
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 56 1:33.242
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 133
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 112
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 62
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 60
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 58
6. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 45
7. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 38
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 37
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 36
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 24
13. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 11
14. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 9
16. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
17. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
18. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
CONSTRUCTORS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS CONSTRUCTOR POINTS
1. RENAULT 191
2. MCLAREN-MERCEDES 182
3. FERRARI 100
4. TOYOTA 88
5. WILLIAMS-BMW 66
6. BAR-HONDA 38
7. RED BULL-COSWORTH 34
8. SAUBER-PETRONAS 20
9. JORDAN-TOYOTA 12
10. MINARDI-COSWORTH 7
quinta-feira, 20 de outubro de 2005
terça-feira, 11 de outubro de 2005
Fórmula 1 - GP do Japão (18.ª etapa, 10/10/2005, 2:00)
Com o campeonato decidido em favor de Alonso, as atenções se voltam para o campeonato de construtores e para a próxima temporada. A cada dia surgem novidades, como a confirmação da compra da BAR pela Honda - já a partir de 2006 Rubinho e Button correrão sob o nome da Honda, sendo que provavelmente haverá um time B da construtora japonesa, no qual correria Sato e outro piloto (Davidson?). Anunciou-se, também, o interesse da Coca-Cola em ingressar com patrocínio forte para alguma equipe, a fim de rivalizar com a Red Bull. Outra confirmação foi que a Williams correrá com motores Toyota em 2007.
Falou-se que nestas duas últimas provas haveria maior disputa de posições, especialmente quanto aos pilotos da Renault e McLaren pela decisão do título de construtores; Alonso, já campeão, poderia ser mais agressivo e seria desejável que brigasse pela vitória e não somente pelos pontos. Isso tudo sem menosprezar a disputa entre as outras equipes por melhores colocações no campeonato, como BAR, Toyota, Ferrari, Williams e RBR.
O treino de sábado (horário excelente - 1h da manhã de sexta para sábado) foi espetacular. A pista estava molhada, mas não chovia no início da classificação. Os brasileiros, no entanto, fizeram voltas medíocres, especialmente Pizzonia. Depois da metade do treino começou a chover forte, o que prejudicou os últimos a saírem da pista. O grid ficou, então, praticamente invertido. Ralfinho foi o pole, seguido de Button e Fisichella. Mas Alonso foi o 16.º, e Raikkonen 17.º. Schumacher largou mais à frente, em 14.ª. Para se ter uma idéia, Albers foi o 13.º.
Na largada, Ralfinho manteve a liderança, mas Button foi mal (saia uma estranha fumaça da BAR do inglês). Coulhtard foi brilhante, largando em 6.º e conseguindo 2 posições antes da 1.ª curva. Sato e Rubinho se passaram na mesma curva e foram para a areia; o brasileiro furou o pneu traseiro esquerdo e o japonês danificou o bico. Antes da reta dos boxes, Villeneuve apertou Montoya e mandou o colombiano para o guard rail. Posteriormente foi considerado culpado pelo acidente e foi-lhe acrescido 20s do tempo de prova. O carro-madrinha entrou e liderou os carros por mais de 5 voltas. Na relargada, Schumacher superou Klien. Pizzonia, de maneira ridícula, rodou e saiu da prova de forma melancólica. O Cléber Machado chegou a gritar "Olha aí o Weber rodando". Quando a TV mostrou que era o Pizzonia, fez-se um silêncio, e ninguém mais tocou no assunto. A transmissão, diga-se, foi um desastre; o narrador, em dado momento, saiu-se com um "a Honda equipa a equipe BAR".
Mais adiante Sato tirou Trulli da corrida - no final da corrida foi considerado culpado pelo incidente e foi excluído do resultado final da prova. Para o próximo GP, na China, Sato será substituído por Anthony Davidson.
A corrida teve uns pegas muito legais, notadamente entre Schumacher, Alonso e Raikkonen. O espanhol superou o alemão duas vezes, e o finlandês uma, por fora, na 1.ª curva. No final, Alonso ultrapassou Weber na reta dos boxes com grande valentia. Raikkonen teve de parar para um último abastecimento quando liderava, voltando 7s atrás de Fisichella. Passou, então, a caçar o italiano, e na penúltima volta, ultrapassou brilhantemente o 2.º piloto da Renault. Foi uma atuação memorável do finlandês - que agora tem uma vitória a mais que o campeão Alonso - em uma corrida empolgante.
O próximo fim-de-semana encerra a atual temporada, com o GP da China, e será disputado já no nosso horário de verão.
JAPANESE GRAND PRIX RESULTS - OCTOBER 9, 2005 - 53 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 53 1h29m02.212
2. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 53 1.633
3. FERNANDO ALONSO Spain Renault 53 17.456
4. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 53 22.274
5. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 53 29.507
6. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 53 31.601
7. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 53 33.879
8. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 53 49.548
9. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 53 51.925
10. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 53 57.509
11. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 53 58.221
12. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 53 1m00.633
13. TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 52 1 Lap
14. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 52 1 Lap
15. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 51 2 Laps
16. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 51 2 Laps
17. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 49 4 Laps
R ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 9 Spin
R JARNO TRULLI Italy Toyota 9 Accident
R JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 0 Accident
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 44 1:31.540
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 123
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 104
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 62
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 60
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 53
6. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 39
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 38
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 36
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 34
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 24
13. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
14. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
15. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
16. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
Falou-se que nestas duas últimas provas haveria maior disputa de posições, especialmente quanto aos pilotos da Renault e McLaren pela decisão do título de construtores; Alonso, já campeão, poderia ser mais agressivo e seria desejável que brigasse pela vitória e não somente pelos pontos. Isso tudo sem menosprezar a disputa entre as outras equipes por melhores colocações no campeonato, como BAR, Toyota, Ferrari, Williams e RBR.
O treino de sábado (horário excelente - 1h da manhã de sexta para sábado) foi espetacular. A pista estava molhada, mas não chovia no início da classificação. Os brasileiros, no entanto, fizeram voltas medíocres, especialmente Pizzonia. Depois da metade do treino começou a chover forte, o que prejudicou os últimos a saírem da pista. O grid ficou, então, praticamente invertido. Ralfinho foi o pole, seguido de Button e Fisichella. Mas Alonso foi o 16.º, e Raikkonen 17.º. Schumacher largou mais à frente, em 14.ª. Para se ter uma idéia, Albers foi o 13.º.
Na largada, Ralfinho manteve a liderança, mas Button foi mal (saia uma estranha fumaça da BAR do inglês). Coulhtard foi brilhante, largando em 6.º e conseguindo 2 posições antes da 1.ª curva. Sato e Rubinho se passaram na mesma curva e foram para a areia; o brasileiro furou o pneu traseiro esquerdo e o japonês danificou o bico. Antes da reta dos boxes, Villeneuve apertou Montoya e mandou o colombiano para o guard rail. Posteriormente foi considerado culpado pelo acidente e foi-lhe acrescido 20s do tempo de prova. O carro-madrinha entrou e liderou os carros por mais de 5 voltas. Na relargada, Schumacher superou Klien. Pizzonia, de maneira ridícula, rodou e saiu da prova de forma melancólica. O Cléber Machado chegou a gritar "Olha aí o Weber rodando". Quando a TV mostrou que era o Pizzonia, fez-se um silêncio, e ninguém mais tocou no assunto. A transmissão, diga-se, foi um desastre; o narrador, em dado momento, saiu-se com um "a Honda equipa a equipe BAR".
Mais adiante Sato tirou Trulli da corrida - no final da corrida foi considerado culpado pelo incidente e foi excluído do resultado final da prova. Para o próximo GP, na China, Sato será substituído por Anthony Davidson.
A corrida teve uns pegas muito legais, notadamente entre Schumacher, Alonso e Raikkonen. O espanhol superou o alemão duas vezes, e o finlandês uma, por fora, na 1.ª curva. No final, Alonso ultrapassou Weber na reta dos boxes com grande valentia. Raikkonen teve de parar para um último abastecimento quando liderava, voltando 7s atrás de Fisichella. Passou, então, a caçar o italiano, e na penúltima volta, ultrapassou brilhantemente o 2.º piloto da Renault. Foi uma atuação memorável do finlandês - que agora tem uma vitória a mais que o campeão Alonso - em uma corrida empolgante.
O próximo fim-de-semana encerra a atual temporada, com o GP da China, e será disputado já no nosso horário de verão.
JAPANESE GRAND PRIX RESULTS - OCTOBER 9, 2005 - 53 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 53 1h29m02.212
2. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 53 1.633
3. FERNANDO ALONSO Spain Renault 53 17.456
4. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 53 22.274
5. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 53 29.507
6. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 53 31.601
7. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 53 33.879
8. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 53 49.548
9. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 53 51.925
10. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 53 57.509
11. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 53 58.221
12. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 53 1m00.633
13. TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 52 1 Lap
14. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 52 1 Lap
15. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 51 2 Laps
16. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 51 2 Laps
17. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 49 4 Laps
R ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 9 Spin
R JARNO TRULLI Italy Toyota 9 Accident
R JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 0 Accident
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 44 1:31.540
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 123
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 104
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 62
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 60
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 53
6. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 39
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 38
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 36
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 34
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 24
13. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
14. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
15. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
16. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
segunda-feira, 3 de outubro de 2005
Discoteca Erga Omnes (Stratovarius)
VISIONS (1997)
Visions foi o primeiro cd que eu ouvi da banda finlandesa, em 1997, mediante locação na famigerada Mad Sound. A escolha foi basicamente pela capa e pelo nome (na parede havia ainda Dreamspace, Fourth Dimension e Episode - todos foram devidamente locados posteriormente). Enfim, a capa e o nome sugeriam que o som seria heavy melódico, e que provavelmente seria bom.
Na audição a primeira surpresa: em que pese constar do tracklist que a primeira faixa é KISS OF JUDAS, na verdade a música inaugural é a clássica BLACK DIAMOND. O riff de abertura (e do refrão) é interpretado por Jens Johansson no harpischord (cravo), bem no estilo do primeiro disco do Malmsteen. Enfim, é o clássico da banda, como SMOKE ON THE WATER é para o Deep Purple e PARANOID é para o Black Sabbath.
KISS OF JUDAS nunca foi das minhas favoritas, mas eu diria que funciona bem ao vivo. Começa com uma levada bem básica na bateria, que acompanha toda a música. O que funciona bem é a guitarra e o vocal de Kotipelto, além do refrão fácil.
FOREVER FREE começa do jeito que eu gosto, com um baita riff com a guitarra desacompanhada. A essas alturas eu já estava curioso para ouvir os outros cds da banda. É de notar que o solo de teclado é violento - geralmente os solos de Johansson não são tão expressivos. Antes do solo tem um teminha muito legal do Tolkki.
BEFORE THE WINTER é bem ruim, como geralmente o são as músicas com dedilhado do Stratovarius.
LEGIONS é outra daquelas que são o meu tipo de música: começa com um riff ouro de guitarra. A fórmula (verso-prechorus-verso-prechorus-refrão-riff-verso-prechorus-refrão-riff-solos-teminha-solo-riff-etc)que segue é batida, mas o riff é matador e ganha a música toda. Efetivamente, é um dos meus Top 10 Riffs de heavy melódico. O refrão, apesar de ufanístico e edificante, é legal, notadamente por causa do vocalista.
THE ABYSS OF YOUR EYES, PARADISE e COMING HOME são músicas que eu verdadeiramente não ouço. Todas têm alguns bons momentos, mas em regrão são dispensáveis (mesmo PARADISE, que foi requisitada no show do Opinião por parte do público, e COMING HOME que foi efetivamente interpretada).
HOLY LIGHT é a instrumental que o STratovarius costumava enfiar nos discos até então. É legal, mas não consegue disfarçar o rip-off do Malmsteen do 1.º disco (com aquela paradinha no meio para um dedilhado de violão, como em Icaru´s Fanfare).
A faixa título encerra o disco com bons riffs, mas tem quase 10 minutos, o que dispersa um pouco a audição.
É inegável a influência dessas músicas do Stratovarius sobre o estilo das músicas que eu costumo compor, notadamente no início do meu envolvimento com bandas (e particularmente, no caso da Burnin´ Boat). Não é a toa que os primeiros riffs que eu compus seguem bem a influência de Stratovarius e Malmsteen (v.g., I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT), como nos casos de TIMESLIDE (música inacabada da Burnin´ Boat, que só tem a letra do Bruce e o riff) e de SLUTS OF JUSTICE (outra inacabada, embora nos últimos tempos - aproximadamente 3 anos - era interpretada na integralidade, geralmente sem vocais).
EPISODE (1996)
Episode é o álbum antecessor de Visions, e o primeiro com Jens Johansson. A primeira música, FATHER TIME, eu tive como a minha favorita da banda por muito tempo (até recentemente). O riff principal é formado nas mesmas posições de BURN do Deep Purple. WILL THE SUN RISE? é uma boa música, com soluções muito interessantes, especialmente o final do riff. No meio da música tem um interlúdio muito interessante, mas que só fica legal na versão de estúdio - ao vivo não flui.
ETERNITY não é das minhas favoritas, especialmente pelos versos com bateria, baixo e acordes no violão. As coisas melhoram, contudo, no pre-chorus e no refrão (este sim muito legal). Depois da instrumental EPISODE, tem a fantástica SPEED OF LIGHT. Efetivamente, não tem o que não gostar nessa música: um baita riff no início (desacompanhado), um dueto furioso de guitarra e teclado e um bom refrão.
UNCERTAINTY eu só curti realmente após ouvir uma versão ao vivo. O riff é muito bom, altamente influenciável. Após SEASON OF CHANGE (anunciada por Kotipelto no show no Opinião como a "mais prog" do repertório), segue a instrumental STRATOSPHERE; bela música, que evidencia a influência Blackmore/Malmsteen mais do que nunca. BABYLON tem o mesmo tom épico de UNCERTAINTY e também é muito boa - até a letra é decente.
A última música digna de nota é FOREVER, uma baladinha em que a dupla Tolkki e Kotipelto, surpreendentemente, acertaram a mão. A música ficou muito melhor na versão ao vivo do Visions of Europe, na qual conta com um backing vocal do público a la LOVE OF MY LIFE do Queen no Rock in Rio.
Fourth Dimension (1995)
Esse é o primeiro com o vocalista Timo Kotipelto, e inicia com um clássico da banda, AGAINST THE WIND. Essa música tem um dos pre-chorus mais legais, especialmente ao vivo onde Tolkki e Kotipelto cantam os versos alternadamente. DISTANT SKIES é uma das favoritas, principalmente pela versão ao vivo do Visions of Europe. O riff é muito legal, e os vocais são contidos e bons, sem aquela afetação tradicional dos vocalistas de heavy melódico. É o tipo de música que eu gostaria de tocar.
As duas primeiras músicas me empolgavam bastante na volta para casa nos tempos de PUCRS, no Campus Ipiranga. A terceira música, GALAXIES, é bem característica da banda, com um refrão muito bom.
STRATOVARIUS é um instrumental, basicamente igual a STRATOSPHERE (do Episode) e HOLY LIGHT (Visions). LORD OF THE WASTELAND é uma das melhores do disco, com um bom riff no harpischord, reproduzido em seguida pela guitarra uma oitava abaixo. Antes do 1.º verso tem um riff muito legal.
030366 (esse é o nome da música) é bem estranha, com umas quebradas bizarras (principalmente na parte só com o baixo), e os vocais com efeitos sombrios. Não sei o que os caras pretendiam com todas essas esquisitices. WE HOLD THE KEY só conta com um bom refrão. TWILIGHT SYMPHONY é outro clássico, mas não é das minhas favoritas. Tenta incorporar elementos eruditos, como o nome sugere, especialmente no interlúdio com guitarra e teclado no contraponto.
Dreamspace (1994)
Esse disco eu consegui emprestado com o Tiago, e é o último com o Timo Tolkki acumulando os vocais com a guitarra. Tolkki tem um alcance impressionante, e o disco tem três músicas que são das minhas favoritas da banda: WE ARE THE FUTURE, SHATTERED e REIGN OF TERROR. As três iniciam com riffs matadores. A última o Bruce costumava dizer que se tratava de um R.O. de SYMPHONY OF DESTRUCTION do Megadeth. Após os solos, Tolkki emite um agudo altíssimo, muito impressionante. SHATTERED é outra que é o meu tipo de música, com um baita riff, bem rápido, que também serve de refrão.
Visions foi o primeiro cd que eu ouvi da banda finlandesa, em 1997, mediante locação na famigerada Mad Sound. A escolha foi basicamente pela capa e pelo nome (na parede havia ainda Dreamspace, Fourth Dimension e Episode - todos foram devidamente locados posteriormente). Enfim, a capa e o nome sugeriam que o som seria heavy melódico, e que provavelmente seria bom.
Na audição a primeira surpresa: em que pese constar do tracklist que a primeira faixa é KISS OF JUDAS, na verdade a música inaugural é a clássica BLACK DIAMOND. O riff de abertura (e do refrão) é interpretado por Jens Johansson no harpischord (cravo), bem no estilo do primeiro disco do Malmsteen. Enfim, é o clássico da banda, como SMOKE ON THE WATER é para o Deep Purple e PARANOID é para o Black Sabbath.
KISS OF JUDAS nunca foi das minhas favoritas, mas eu diria que funciona bem ao vivo. Começa com uma levada bem básica na bateria, que acompanha toda a música. O que funciona bem é a guitarra e o vocal de Kotipelto, além do refrão fácil.
FOREVER FREE começa do jeito que eu gosto, com um baita riff com a guitarra desacompanhada. A essas alturas eu já estava curioso para ouvir os outros cds da banda. É de notar que o solo de teclado é violento - geralmente os solos de Johansson não são tão expressivos. Antes do solo tem um teminha muito legal do Tolkki.
BEFORE THE WINTER é bem ruim, como geralmente o são as músicas com dedilhado do Stratovarius.
LEGIONS é outra daquelas que são o meu tipo de música: começa com um riff ouro de guitarra. A fórmula (verso-prechorus-verso-prechorus-refrão-riff-verso-prechorus-refrão-riff-solos-teminha-solo-riff-etc)que segue é batida, mas o riff é matador e ganha a música toda. Efetivamente, é um dos meus Top 10 Riffs de heavy melódico. O refrão, apesar de ufanístico e edificante, é legal, notadamente por causa do vocalista.
THE ABYSS OF YOUR EYES, PARADISE e COMING HOME são músicas que eu verdadeiramente não ouço. Todas têm alguns bons momentos, mas em regrão são dispensáveis (mesmo PARADISE, que foi requisitada no show do Opinião por parte do público, e COMING HOME que foi efetivamente interpretada).
HOLY LIGHT é a instrumental que o STratovarius costumava enfiar nos discos até então. É legal, mas não consegue disfarçar o rip-off do Malmsteen do 1.º disco (com aquela paradinha no meio para um dedilhado de violão, como em Icaru´s Fanfare).
A faixa título encerra o disco com bons riffs, mas tem quase 10 minutos, o que dispersa um pouco a audição.
É inegável a influência dessas músicas do Stratovarius sobre o estilo das músicas que eu costumo compor, notadamente no início do meu envolvimento com bandas (e particularmente, no caso da Burnin´ Boat). Não é a toa que os primeiros riffs que eu compus seguem bem a influência de Stratovarius e Malmsteen (v.g., I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT), como nos casos de TIMESLIDE (música inacabada da Burnin´ Boat, que só tem a letra do Bruce e o riff) e de SLUTS OF JUSTICE (outra inacabada, embora nos últimos tempos - aproximadamente 3 anos - era interpretada na integralidade, geralmente sem vocais).
EPISODE (1996)
Episode é o álbum antecessor de Visions, e o primeiro com Jens Johansson. A primeira música, FATHER TIME, eu tive como a minha favorita da banda por muito tempo (até recentemente). O riff principal é formado nas mesmas posições de BURN do Deep Purple. WILL THE SUN RISE? é uma boa música, com soluções muito interessantes, especialmente o final do riff. No meio da música tem um interlúdio muito interessante, mas que só fica legal na versão de estúdio - ao vivo não flui.
ETERNITY não é das minhas favoritas, especialmente pelos versos com bateria, baixo e acordes no violão. As coisas melhoram, contudo, no pre-chorus e no refrão (este sim muito legal). Depois da instrumental EPISODE, tem a fantástica SPEED OF LIGHT. Efetivamente, não tem o que não gostar nessa música: um baita riff no início (desacompanhado), um dueto furioso de guitarra e teclado e um bom refrão.
UNCERTAINTY eu só curti realmente após ouvir uma versão ao vivo. O riff é muito bom, altamente influenciável. Após SEASON OF CHANGE (anunciada por Kotipelto no show no Opinião como a "mais prog" do repertório), segue a instrumental STRATOSPHERE; bela música, que evidencia a influência Blackmore/Malmsteen mais do que nunca. BABYLON tem o mesmo tom épico de UNCERTAINTY e também é muito boa - até a letra é decente.
A última música digna de nota é FOREVER, uma baladinha em que a dupla Tolkki e Kotipelto, surpreendentemente, acertaram a mão. A música ficou muito melhor na versão ao vivo do Visions of Europe, na qual conta com um backing vocal do público a la LOVE OF MY LIFE do Queen no Rock in Rio.
Fourth Dimension (1995)
Esse é o primeiro com o vocalista Timo Kotipelto, e inicia com um clássico da banda, AGAINST THE WIND. Essa música tem um dos pre-chorus mais legais, especialmente ao vivo onde Tolkki e Kotipelto cantam os versos alternadamente. DISTANT SKIES é uma das favoritas, principalmente pela versão ao vivo do Visions of Europe. O riff é muito legal, e os vocais são contidos e bons, sem aquela afetação tradicional dos vocalistas de heavy melódico. É o tipo de música que eu gostaria de tocar.
As duas primeiras músicas me empolgavam bastante na volta para casa nos tempos de PUCRS, no Campus Ipiranga. A terceira música, GALAXIES, é bem característica da banda, com um refrão muito bom.
STRATOVARIUS é um instrumental, basicamente igual a STRATOSPHERE (do Episode) e HOLY LIGHT (Visions). LORD OF THE WASTELAND é uma das melhores do disco, com um bom riff no harpischord, reproduzido em seguida pela guitarra uma oitava abaixo. Antes do 1.º verso tem um riff muito legal.
030366 (esse é o nome da música) é bem estranha, com umas quebradas bizarras (principalmente na parte só com o baixo), e os vocais com efeitos sombrios. Não sei o que os caras pretendiam com todas essas esquisitices. WE HOLD THE KEY só conta com um bom refrão. TWILIGHT SYMPHONY é outro clássico, mas não é das minhas favoritas. Tenta incorporar elementos eruditos, como o nome sugere, especialmente no interlúdio com guitarra e teclado no contraponto.
Dreamspace (1994)
Esse disco eu consegui emprestado com o Tiago, e é o último com o Timo Tolkki acumulando os vocais com a guitarra. Tolkki tem um alcance impressionante, e o disco tem três músicas que são das minhas favoritas da banda: WE ARE THE FUTURE, SHATTERED e REIGN OF TERROR. As três iniciam com riffs matadores. A última o Bruce costumava dizer que se tratava de um R.O. de SYMPHONY OF DESTRUCTION do Megadeth. Após os solos, Tolkki emite um agudo altíssimo, muito impressionante. SHATTERED é outra que é o meu tipo de música, com um baita riff, bem rápido, que também serve de refrão.
Assinar:
Postagens (Atom)