
Só que o livro é bem mais minucioso, e esclarece com certa precisão o surgimento e a consolidação da Adidas de forma cronológica, acompanhando os grandes eventos esportivos – Copa do Mundo e Olimpíadas. Além disso, são preciosas as referências indiretas, como o aparecimento de outras empresas esportivas como Umbro, Nike, Reebook e Le Coq Sportif, e ainda os bastidores das eleições dos presidentes das grandes associações esportivas, Fifa e COI. Dá até para entender, de certa forma como, essas associações reuniram tantos recursos e, conseqüentemente, poder. Consta, além de tudo, a origem da famigerada ISL, criada por Horst Dassler (maior responsável pelo desenvolvimento internacional da marca Adidas) para gerenciar direitos esportivos. Notáveis são ainda as estratégias para a consolidação da marca, especialmente acordos com atletas como Kareem Abdul Jabbar e Muhammad Ali.
O livro é bem escrito, as referências históricas e factuais (inclusive ao Brasil) me parecem corretas, e a leitura é favorecida justamente pelo entrelaçamento da corrida pela expansão da marca com os Jogos Olímpicos e as Copas do Mundo. É difícil acompanhar todos os esquemas e decorar todos os nomes das pessoas envolvidas (gerentes e administradores, contatos e atletas e distribuidores), mas o texto supera isso repetindo os nomes e as funções das pessoas, possivelmente para evitar consultas sucessivas às páginas anteriores. O desfecho do livro acaba praticamente coincidindo com o falecimento de Horst Dassler, na época da Copa da Itália em 1990, numa época de dificuldades para a marca, restando poucas páginas para a descrição do seu restabelecimento e continuidade em outras mãos.
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