- acabei de assistir o DVD (cortesia do Barboza). Como todos os documentários dessa série "Behind the Music", o do Megadeth também é bem legal. A figura principal - não poderia deixar de ser - é o Dave Mustaine; toda sua trajetória foi reconstituída, desde a infância, passando pela fase Metallica, até o lançamento do World Needs a Hero.
Uma das características mais fortes dessa série "Behind..." é o apelo às fases de declínio das bandas participantes, e o Megadeth não é exceção. Boa parte do vídeo é ocupada pelas descrições de porres e, principalmente, o (ab)uso sistemático de drogas. Como a banda sempre aumentou suas vendas a cada disco lançado - não havendo que se falar em fracasso de público ou crítica - , só mesmo os casos de drogadição ocupariam o lado dramático e deprimente do vídeo.
O documentário conta com depoimentos de quase todos os ex-integrantes da banda - ficaram de fora Gar Samuelsson (baterista dos 2 primeiros discos, morto em 1999), Chuck Beller (baterista no "So Far, So Good, So What" e Nick Menza (baterista por quase 10 anos - aqui a briga parece ter sido feia). Os comentários mais relevantes (tirando os do próprio Dave Mustaine, e os do David Ellefson), são de Chris Poland (guitarrista dos primeiros 2 discos) e da duplinha James Hetfield & Lars Ulrich.
Duas partes me chamaram a atenção mais de perto:
1) a discussão que levou à expulsão de Jeff Young (guitarrista do álbum "So Far, So Good, So What"), que dava em cima da mulher do Mustaine na época, cujo nome aparece na música WAKE UP DEAD (no final, o vocalista grita "Diana!" - só assim pra entender porque o cara grita o nome duma mulher no final da música: era a que ele tava pegando na época, o que acaba conferindo maior autenticidade à própria letra desta faixa);
2) o lançamento do "Black Album" do Metallica, pouco depois do "Countdown to Extinction". É fato notório que Dave montou o Megadeth para se vingar de James & Lars, que o haviam expulsado do Metallica (e isso é confirmado no vídeo). Só que ele não podia contar com um disco tão bem sucedido por parte dos seus desafetos - deixando-o, efetivamente, arrasado (mesmo depois de ter lançado um baita disco, que chegou à platina duplo). E isso chegou mesmo ao ponto de dar fim ao maior tempo de abstinência alcançado até a data. Ao que parece, o ápice dessa fase é um grande festival em que as duas bandas se apresentaram no mesmo palco - Dave confessa que ficou de olho no Kirk Hammet o show inteiro, pensando consigo mesmo que aquele lugar era seu. Mas o mais impressionante foi o relato de que os caras tinham um show no mitológico Budokan (Japão), mas que teve de ser cancelado devido a uma overdose de Dave, que acarretou-lhe uma parada cardíaca num quarto de hospital. Putz, o cara morreu e foi ressuscitado!!
Emocionante também, mas de outra maneira, foi a descrição do período de composição do "Countdown..." (que é o meu disco favorito da banda, embora o "Rust in Piece" seja o ouro também), segundo David Ellefson: no pátio do estúdio de gravação tinha uma tabela de basquete, e toda vez que os caras voltavam pra tocar, Dave tirava um riff novo (SWEATING BULLETS e SYMPHONY OF DESTRUCTION - aliás, o baixista reproduz com perfeição os riffs, atingindo exatamente as notas da guitarra).
1) Holy Wars
2) Train of Consequences
3) Skin O´ My Teeth e Ashes in Your Mouth
4) Wake Up Dead e The Conjuring
5) Reckoning Day
Bonus Tracks
6) Architecture of Aggression
7) Hook in Mouth
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