
Sem a pedaleira do Cláudio, tivemos contratempos com a afinação - ele teve que baixar a 6a corda para D nas nossas músicas, e voltar para a afinação normal nos covers (e em HIDDEN). A ordem das músicas é previsível: ACE´S HIGH, BLACK DRESSING SOUL, NOISE GARDEN (insisto que o riff ganhou muita "presença" com a distorção do Marshall) e a nova HEAL MY SOUL. Esta última fica melhor a cada execução. HIDDEN está sendo tocada com afinação normal, uma vez que no show contaremos com a participação valorosa e sempre aguardada do Vinícius (da Hiléia) nos teclados.
Os covers são PERFECT STRANGERS, FOR WHOM THE BELL TOLLS e CRAZY TRAIN. Sobre a do Metallica, apesar de ser uma música muito fácil (provavelmente, é a mais simples e fácil do Metallica - não tem solos -; inobstante, é uma das melhores) não é o tipo de música que estamos acostumados a tocar. Esclareço: nosso esquema funciona basicamente em cima de riffs (e alguns acordes), um após o outro. E, pra mim (que não sou nenhum virtuose) é o esquema que funciona. Assim, quando determinada música exige "algo a mais", ou seja, quando tem um trecho que não seja fundado em riffs ou acordes, como é o caso de FOR WHOM THE BELL TOLLS (refiro-me àquela parte no meio, depois do primeiro "refrão"), ou, por exemplo, qualquer música do Van Halen, temos sérios problemas (eu, principalmente). Tenho que talvez funcione melhor se o Cláudio tocar essa parte, pois ele é mais dado a solos e outras intervenções que não sejam só riffs e acordes. Sem contar que essa música, especialmente, tem um "feel" ou "feeling" que é impossível de reproduzir - só o Metallica faz essa música ficar boa, de modo que qualquer comparação que se faça com a nossa versão é covardia (essa advertência serve para os meus amigos fanáticos, como eu, por Metallica - os grandes Barboza e Frau - bem como para todos os que se fizerem presentes no dia do show).
Já no que se refere à do Ozzy, tivemos um verdadeiro Momento Lucky Strike. Não deveríamos mais nos surpreender com isso, mas o fato é que o Cláudio reproduziu fielmente, nota-por-nota, o (fantástico) solo do Randy Rhoads. Nós já vimos o Cláudio (aka Clóvis) reproduzindo os solos do Black Sabbath, do Iron Maiden (até do Steve Vai, em FOOL FOR YOUR LOVING), mas dessa vez o cara se superou. O resto da música, com as participações dos demais, ficou muito bom também.
Particularmente, eu também tive um Momento Lucky Strike: foi já ao final do ensaio, quando o Luke se aproximou e estatuiu que "o diabo é que esses teus riffs são viciantes" (referiu-se ao riff de HEAL MY SOUL). É o tipo de comentário que eu mais valorizo; o que diz respeito aos riffs e às músicas. Afinal, não é fácil compor músicas próprias (que não sejam reproduções descaradas das bandas que tocam na Pop Rock) e montar uma banda para tocá-las. A impressão com a qual eu sempre convivi é a de que só os integrantes da banda é que curtem essas músicas. Mas esse comentário do Luke, que eu reputo isento (não tem rabo preso com ninguém, e tem uma história recente com a banda), é do tipo de comentário que redime e inspira - pra continar compondo.
Por fim, cabe registrar os backing vocals do Luke em BLACK DRESSING SOUL, HEAL MY SOUL (quando ficar pronta RESTLESS SOUL, teremos a "trilogia soul") e até FOR WHOM. O momento galinhagem ficou por conta do Luciano, que assumiu minha guitarra e fez uma jam com alguns riffs do álbum SABBATH BLOODY SABBATH.
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