quinta-feira, 18 de novembro de 2004
Ensaio BURNIN´ BOAT (Addicted to that RIFF)
Das 20:00 - 22:00, no Groove (aparentemente, agora Music Box). Formação completa. Nesse estúdio eu não me atrevo a usar meus pedais - tem um magnífico Marshall JCM, com uma magnífica distorção (é uma experiência memorável e "indescritível" tocar o riff de NOISE GARDEN nesse ampli). O Cláudio teve problemas com a dúzia de fontes que ele levou para alimentar sua pedaleira, de modo que se utilizou somente do Sansamp plugado no outro Marshall. Alcançou um timbre não menos divino. Espero que as fitas tenham captado bem as guitarras.
Sem a pedaleira do Cláudio, tivemos contratempos com a afinação - ele teve que baixar a 6a corda para D nas nossas músicas, e voltar para a afinação normal nos covers (e em HIDDEN). A ordem das músicas é previsível: ACE´S HIGH, BLACK DRESSING SOUL, NOISE GARDEN (insisto que o riff ganhou muita "presença" com a distorção do Marshall) e a nova HEAL MY SOUL. Esta última fica melhor a cada execução. HIDDEN está sendo tocada com afinação normal, uma vez que no show contaremos com a participação valorosa e sempre aguardada do Vinícius (da Hiléia) nos teclados.
Os covers são PERFECT STRANGERS, FOR WHOM THE BELL TOLLS e CRAZY TRAIN. Sobre a do Metallica, apesar de ser uma música muito fácil (provavelmente, é a mais simples e fácil do Metallica - não tem solos -; inobstante, é uma das melhores) não é o tipo de música que estamos acostumados a tocar. Esclareço: nosso esquema funciona basicamente em cima de riffs (e alguns acordes), um após o outro. E, pra mim (que não sou nenhum virtuose) é o esquema que funciona. Assim, quando determinada música exige "algo a mais", ou seja, quando tem um trecho que não seja fundado em riffs ou acordes, como é o caso de FOR WHOM THE BELL TOLLS (refiro-me àquela parte no meio, depois do primeiro "refrão"), ou, por exemplo, qualquer música do Van Halen, temos sérios problemas (eu, principalmente). Tenho que talvez funcione melhor se o Cláudio tocar essa parte, pois ele é mais dado a solos e outras intervenções que não sejam só riffs e acordes. Sem contar que essa música, especialmente, tem um "feel" ou "feeling" que é impossível de reproduzir - só o Metallica faz essa música ficar boa, de modo que qualquer comparação que se faça com a nossa versão é covardia (essa advertência serve para os meus amigos fanáticos, como eu, por Metallica - os grandes Barboza e Frau - bem como para todos os que se fizerem presentes no dia do show).
Já no que se refere à do Ozzy, tivemos um verdadeiro Momento Lucky Strike. Não deveríamos mais nos surpreender com isso, mas o fato é que o Cláudio reproduziu fielmente, nota-por-nota, o (fantástico) solo do Randy Rhoads. Nós já vimos o Cláudio (aka Clóvis) reproduzindo os solos do Black Sabbath, do Iron Maiden (até do Steve Vai, em FOOL FOR YOUR LOVING), mas dessa vez o cara se superou. O resto da música, com as participações dos demais, ficou muito bom também.
Particularmente, eu também tive um Momento Lucky Strike: foi já ao final do ensaio, quando o Luke se aproximou e estatuiu que "o diabo é que esses teus riffs são viciantes" (referiu-se ao riff de HEAL MY SOUL). É o tipo de comentário que eu mais valorizo; o que diz respeito aos riffs e às músicas. Afinal, não é fácil compor músicas próprias (que não sejam reproduções descaradas das bandas que tocam na Pop Rock) e montar uma banda para tocá-las. A impressão com a qual eu sempre convivi é a de que só os integrantes da banda é que curtem essas músicas. Mas esse comentário do Luke, que eu reputo isento (não tem rabo preso com ninguém, e tem uma história recente com a banda), é do tipo de comentário que redime e inspira - pra continar compondo.
Por fim, cabe registrar os backing vocals do Luke em BLACK DRESSING SOUL, HEAL MY SOUL (quando ficar pronta RESTLESS SOUL, teremos a "trilogia soul") e até FOR WHOM. O momento galinhagem ficou por conta do Luciano, que assumiu minha guitarra e fez uma jam com alguns riffs do álbum SABBATH BLOODY SABBATH.
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