sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Ensaio Burnin´ Boat (Até 2010)

Passados dois anos do último ensaio, reunimo-nos para aproveitar a rápida passagem do Cláudio, que vem fixando residência na Finlândia. Foi no novo estúdio Toca Aí, às 21h, terça-feira, 07.02.2008. Antes, porém, o Cláudio, eu e o Nilton passamos na casa do Bruce, da Cris e da Agatha (cresceu bastante e está bem esperta) para buscar todo o material que o Bruce tivesse disponível sobre a banda (fotos e vídeos, principalmente), a fim de que eu digitalize tudo e continue no meu projeto de escrever a história da Burnin´ Boat (afinal, estamos comemorando 10 anos de banda). O Gilberto nos encontraria direto no local do ensaio.

Fomos a pé ao estúdio (os quatro mais a Cris), que fica na Av. Benjamin Constant. Pluguei a minha guitarra direto no amplificador Fender que tinha lá, e logo percebi que o aparelho não tinha um bom som. O Cláudio utilizou-se de todo o seu equipamento, de maneira que o amplificador não fez a menor diferença. O Nilton, que, assim como o Cláudio e eu, também alegou não tocar há meses, parecia em plena forma, pois o som do baixo ficou muito bom. Valemo-nos da afinação normal. Tão logo nos instalamos, após alguma hesitação, nos pusemos a tocar HIGHWAY STAR, o que se revelou uma decisão precipitada, e a nossa versão (principalmente o meu solo) foi precária, digamos assim. Restou-nos praticar com as músicas próprias, e tocamos ACE´S HIGH (não baixamos a afinação para dropped-D) e BLACK DRESSING SOUL – e o resultado, em ambos os casos, foi bem melhor.

O Gilberto chegou e praticamos um pouco de DARSKIDE OF AQUARIUS (sem vocal), que era uma música para ser coverizada desde que o Nilton entrou para a banda em 2000. Seguimos, então, para território conhecido: MAN ON THE SILVER MOUNTAIN. Aqui ficou evidente que eu teria dificuldades para solar, afinal não toco regularmente há muitos anos, e os aquecimentos em casa no violão não foram suficientes para que se pudesse encarar duas horas de bends e licks, sobretudo quando as cordas da guitarra estão com tensão alta em relação ao braço (me dei conta disso no decorrer do ensaio). Tocamos PERFECT STRANGERS, que rolou muito bem (se acertamos os primeiros acordes C-D, é certo que a execução vai ser boa), inclusive nas partes que geralmente acarreta algum tropeço.

Não estou certo da ordem das músicas, mas pelo fato de que o Gilberto não lembrava a letra de nenhuma das próprias, tocamos só covers, o que para mim foi uma pena. A única exceção foi uma da extinta Bed Reputation (que eu gostaria de incorporar ao repertório da Burnin´ Boat): LOVE IS NOT A FAIRYTALE, letra do Gilberto, dedilhado meu, refrão do Nilton, base do solo minha, solo do Cláudio. Essa música ficou muito boa, e acredito que tenha sido registrada pela máquina do Cláudio (manejada com muita eficiência pela Cris, a quem agradeço muito por ter fotografado e filmado o ensaio inteiro com três! máquinas).

A todo momento brincávamos de tocar BURN ou KILL THE KING, mas tínhamos de esperar a hora certa. Assim, atacamos de FOOL FOR YOUR LOVING (o Cláudio que lembrou dessa, e ainda desempenhou o solo do Steve Vai com a costumeira naturalidade). Pedi que tocássemos um Iron Maiden, que sempre funciona nessas ocasiões, mas os caras sugeriram THE EVIL THAT MEN DO... não é das minhas favoritas, então fomos de NEON KNIGHTS. Quando chegou a hora do solo, o Nilton e eu não lembramos das notas, e assim comecei a fazer a base do solo de RUN TO THE HILLS (na verdade, queria tocar parte de THE EVIL...), e fomos nessa até o final (o Gilberto cantou uns versos). 2 MINUTES TO MIDNIGHT o Gilberto refugou, então puxei THE WICKER MAN, que é muito fácil e boa.

O Nilton insistiu bastante até que fizemos uma versão tosca de YOU GIVE LOVE A BAD NAME, seguida de uma versão razoável de IT´S MY LIFE. Mais para o final, chegou o momento para KILL THE KING, que rolou, bem ou mal (não lembrei do tom do solo, enfim).

Com pouco tempo antes do término do horário do estúdio, cogitou-se PARANOID, prontamente afastada; veio, então, BURN, que foi legal, com os solos invertidos (primeiro o Cláudio, depois eu). O Gilberto deu uma insistida em MISTREATED, mas achei que não estava em condições de lembrar dos riffs, quanto mais interpretá-los; além disso, pensava que o Cláudio não sabia essa, só que o cara pegou de ouvido de tantas vezes que tocamos em ensaios passados. Acabou rolando uma versão muito boa desse clássico do Deep Purple. Já no final, o Nilton puxou (do nada, pois jamais praticamos para shows) N.I.B., e acompanhamos.

Para fechar a noite, já nos descontos, SMOKE ON THE WATER, a qual toquei sem a palheta e ainda fiz o meu melhor solo da noite - que acabou não registrado, para minha decepção, pelo esgotamento da memória da câmera.

Ao final, voltamos e lamentavelmente o Nilton foi vitimado pela violência urbana – levaram o rádio-cd do carro dele. O cara acionou o seguro (não havia nada que podíamos fazer), e como é costume em situações do tipo, fizemos todo o tipo de
gozação a respeito.

Seja como for, a brincadeira certa é a de que nos encontraremos de novo em 2010.

Seguem alguns vídeos.

1) Aquecendo: "Darkside of Aquarius"



2) "Man on the Silver Mountain"



3) "Faltam 4 minutos e meio", anunciou a Cris:



4) Segue um excerto de BURN, do Deep Purple.



5) Fool for your loving



6) Kill the King



7) Neon Knights & Run to the Hills

2 comentários:

Cláudio disse...

Legal! Apesar de eu não lembrar de metade das músicas =) Tenho quase uma hora de gravacao na minha camera, se quiser vemos um jeito de eu te passar os videos.

Guilherme disse...

esse material é indispensável, os vídeos e as fotos. se tu puderes, poderias utilizar algo do tipo o http://www.yousendit.com/ para mandar esses arquivos.

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