O primeiro cd do Deep Purple que ouvi foi logo um dos melhores cds ao vivo de todos os tempos, o “Made in Japan”, isso em 1993, bem na época em que estava alugando tudo quanto era disco para conhecer tantas bandas quantas possíveis e tal. Sem saber de nada, previamente, sobre a banda ou o repertório, fui logo com a cara de “Highway Star” (sempre gostei de músicas rápidas, i. é, com andamento rápido) e, evidentemente, de “Smoke on the Water” (só era familiarizado com o riff, que todo mundo conhece). Mas foi apenas quanto tomei contato com outro cd ao vivo, registrado em data mais recente (1993/94), que comecei a ter o Deep Purple como uma das minhas bandas favoritas. Em 1995 adquiri por um preço bem acessível, numa loja no térreo da Gal. Chaves, o “Come Hell or High Water”. Esse disco, lançado em 1994, contém registro da última turnê de Ritchie Blackmore com a banda, no ano anterior, que promovia o disco de estúdio “The Battle Rages On”, e este, por sua vez, representava a volta (pela 2.ª vez) da formação clássica (Mark II) de Blackmore/Glover/Gillan/Lord/Paice, tudo isso em comemoração aos 25 anos de atividade da banda..
É curioso como dos inúmeros cds ao vivo (entre oficiais e bootlegs) de todas as inúmeras fases do Deep Purple, foi a partir desse “Come Hell or High Water” que comecei a querer ouvir (e saber sobre) a banda. É certo que o disco não conta com as melhores performances (só pude avaliar isso bem depois), mas, bem ou mal, é divertido de ouvir e particularmente foi suficiente para apresentar algumas faixas mais importantes, além de servir como prévia da notória característica dos caras de improvisar em algumas faixas. Um bom exemplo é durante “Speed King”, na qual após uma troca de licks entre Blackmore e Jon Lord, a banda toca por oito vezes o riff de “Burn” (que não faz parte do repertório desse Mark II, vez que, como se sabe, foi registrada pelo Mark III).
Se se pode opor alguma resistência à performance de um ou outro integrante, ou à execução de alguma música, o fato é que não há como reclamar do set-list, pois todas as faixas são muito boas ou excelentes: “Highway Star”, “Black Night”, “A Twist in the Tale”, “Child in Time”, “Anyone´s Daughter”, “`Perfect Strangers”, “Anya”, “Smoke on the Water” (Blackmore e Lord se revezam durante o solo que, na versão de estúdio, é de guitarra), “Speed King”. Pessoalmente, as favoritas são “Highway Star” (mesmo na fase com Tommy Bolin, qualquer versão dessa música é boa; nesse disco Lord acompanha Blackmore na parte rápida e mais famosa do solo de guitarra), “Black Night” (embora, atualmente, já esteja cansado de ouvir essa música manjada), “A Twist in the Tale” (riff rápido, lembra o Rainbow - talvez não seja por acaso que a faixa título de "The Battle Rages On" recicla, digamos assim, um riff que aparece no meio da faixa "Fire Dance" do disco "Bent Out of Shape" do Rainbow), “Anyone´s Daughter” (quase idêntica à versão de estúdio, e muito legal, com guitarra limpa, Hammond e meia-lua e bumbo de Paice), bem como a própria “Anya” (com riff de teclado legal e tudo). Além disso, aqui aparece a última versão defensável para “Child in Time”, pois a voz de Gillan já não acompanha mais os agudos e os gritos histéricos da parte final.
Nesse ano de 2008, o Marcelo "Osmar Band" tomou contato com o Deep Purple (e curtiu bastante) através de outro disco ao vivo, desta feita o registrado no famoso festival de Mountreaux, já com a formação mais recente (Airey/Gillan/Glover/Morse/Paice), o que me faz concluir que independente da fase, do repertório ou da formação, um disco ao vivo do Deep Purple sempre é um bom jeito para conhecer e virar fã da banda.
2 comentários:
Curiosamente, meu interesse pelo Purple também se deu através de um album ao vivo (apesar de ser uma coletânea), o "Nobody's Perfect". Gastei muito aquele disquinho!
SOU SUSPEITA EM TERMOS DO PURPLE.
EM CADA ETAPA, UMA BANDA SURPREENDENTE!!!
CURTO O PURPLE DESDE 1975 QUANDO OUVI PELA PRIMEIRA VEZ MADE IN EUROPE. D +.
BANANAS UM DISCO QUE TAMBÉM TEM SUA PARTICULARIDADE. GILLAN ESTÁ MAIS CENTRADO E MANDOU VER MUITO BEM. SÓ LAMENTO A AUSÊNCIA DO LORD, MAS O AIREY SE ENCAIXOU BEM. E O MORSE?
ELE ESTÁ A VONTADE. EXCELENTE!!!
QUE ELES POSSAM CONTINUR NESSA TRAJETÓRIA MARAVILHOSA.
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