- foi ontem, e começou bem atrasado (no mínimo 1 hora). Saí de casa 15 pras 7, e sozinho, porque as combinações com o Daniel não frutificaram. O Icaraí (L.49), me deixou na frente do Gigantinho. Fila tradicional, furo idem. Não estava esperando lotação completa - e pior que lotou completamente... na pista não dava pra respirar. O show do Hellacopters foi rude por causa disso. Assisti esse show na pista, bem no fundo à esquerda do palco, junto com o Nílton e seu parceiro sósia do Clóvis(Cláudio).
Sobre o Hellacopters, foi bom, mas nada excepcional. As músicas são rocks simples, mas festeiros e enérgicos, descompromissado e tal... é legal, mas as músicas acabam não se diferenciando muito umas das outras. Pro meu gosto, fez falta uns riffs com a 6a corda solta... A banda curte mais riffs com power chords. O melhor momento foi a música HOPELESS CASE OF A KID IN DENIAL ("This song is about myself", segundo o vocalista/guitarrista), que era a única que eu conhecia bem, e já curtia bastante. Findo o show, tratei de arrumar um lugar na arquibancada, pois a próxima banda prometia som pancadão. Acabei me posicionando num lugar acima dos odiáveis VIPs, o que me impediu de acompanhar a bateria do Igor (mas os demais membros deu pra ver bem).
Sepultura foi um baita show. Andreas Kisser manda muito, e o Derrick Green foi bem também - parece fazer menos esforço que o Max pra gritar, e não perde a voz. Muitos bons momentos, especialmente os riffs do Andreas e o bumbo duplo do Igor (que estava bem alto, destacando-se no som em geral). Aliás, esses bumbos duplos, que surpreendentemente não predominam nas músicas, acabam me emocionando mais que todos os solos de guitarra tocados durante a noite. Realmente, bumbo duplo tem seu valor. Não lembro bem das músicas, mas me parece que abriram com uma do ROORBACK, seguindo SLAVE NEW WORLD (baita música). Outras músicas ouro foram CHOKE, uma outra que não sei o nome mas tem uma parte "Can you take it? Can you take it?", todas as do Roorback (umas 3, acho), BIOTECH IS GODZILLA (matadora, ainda com aquela jam Led Zeppelin - seria "Can't quit you baby"???), sem contar as tradicionais REFUSE/RESIST e TERRITORY (tocadas bem mais rápidas, que foram as únicas músicas que eu senti falta duma 2a guitar - sobre TERRITORY, acho que nunca vi o Andreas acertar a parte "tapping" do solo). No "encore" rolou ARISE (uma correria violenta, mas que tem um riff bala mais pro fim) e ROOTS BLOODY ROOTS. Teve também aquela BULLET THE BLUE SKY. Enfim, showzaço.
Deep Purple foi emocionante. Abriram com HIGHWAY STAR, e rolou uma empolgação violenta. Lá de cima dava pra ver a massa na pista com os braços levantados e cantando junto - pude ter uma pequena noção de como deve ser estar no palco tocando e comandando a galera. Seguiu WOMAN FROM TOKYO, que é a única música que eu dispensaria do set. Mas foi bem. Se não estou enganado, rolou SILVER TONGUE do disco novo. Nessa a galera ficou quieta - notável a diferença. Mas a música funcionou muito bem, ainda mais com o riff pesadão nos versos. Já é hora de referir que o MVP dessa formação, no meu sentir, é o Don Airey. O cara destruiu no hammond e piano, especialmente no seu solo (antes de PERFECT STRANGERS; tava na cara que ia rolar essa depois do solo), onde o cara tocou temas eruditos, AQUARELA DO BRASIL, e o tema de STAR WARS (que ficou igual, parecia uma orquestra naquele teclado). Ele tem um jeito bem peculiar de solar - toca com a mão direita, e com a esquerda ele fica batendo em notas próximas - o efeito visual é de que o cara é o maior virtuose do mundo. Sem contar a hora que ele solou no piano e inverteu as mãos. Outro momento inesperado foi KNOCKING AT YOUR BACK DOOR, que ficou massa. Do disco novo rolou ainda HAUNTED, CONTACT LOST, I GOT YOUR NUMBER (que eu acho bem fraca) e HOUSE OF PAIN (muito bala, a melhor do disco novo, junto com a música título).
Teve ainda o momento Steve Morse jukebox, onde ele tocou (acompanhado de Ian Paice e Roger Glover) alguns trechos de músicas conhecidíssimas: SWEET CHILD O´MINE, WHOLE LOTTA LOVE e PURPLE HAZE. Teve uma, depois da do Guns, que eu não reconheci (admito). Seria extraordinário se o Morse tocasse também uns riffs Purple sem Gillan, tipo BURN e STORMBRINGER. Depois do momento Hendrix, o Morse emendou SMOKE ON THE WATER. Outro momento Morse foi aquela instrumental THE WELL DRESSED GUITAR, que bem poderia ter sido gravada pro Bananas.
Rolaram ainda: LAZY, SPACE TRUCKIN', e no encore, HUSH e BLACK NIGHT. Uma pena que não tocaram nada do Purpendicular e do Abandon. Nem do Fireball. Em compensação, Ian Gillan esteve bem a noite toda. E o cara se apresentou descalço (teve um na pista que jogou um tênis pro palco, foi engraçado...).
Enfim, foi uma bela noite, apesar do ginásio lotado (o local não comporta aquele povo todo - ainda bem que não precisei do banheiro). Sepultura foi matador e DP foi bem emocionante mesmo. Vida longa ao Don Airey!
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