

Em que pesem todas essas colocações, talvez o fato fundamental de ETERNAL IDOL seja a participação de Ray Gillen nas gravações. O bootleg THE RAY GILLEN YEARS, que eu encontrei na Stoned Discos, contém todas as músicas do ETERNAL IDOL (mais algumas ao vivo, da turnê do Seventh Star). Esses registros com Ray Gillen realmente me impressionaram; acredito que são o mais próximo dos vocais que eu considero perfeitos. A voz do cara é magnífica, e aparentemente ele não emprega muito esforço para alcançar notas altíssimas, sem prejuízo de intensa emoção. Tony Martin, na versão oficial de ETERNAL IDOL, reproduz com algum sucesso as linhas vocais de Gillen, mas sem a mesma empatia.
A influência de Ray Gillen foi tamanha que eu me vi compondo uma letra (Heal my Soul) com base na métrica dos versos e na linha vocal de ANCIENT WARRIOR, para ser cantada sobre um riff que eu havia composto (levemente "influenciado" por Junkyard Dog do Winger).
Nota-se que a essencialidade de ETERNAL IDOL reside menos no Black Sabbath e nos riffs de Tony Iommi do que na participação de Ray Gillen na pré-gravação do disco. Mas tal constatação não autoriza qualquer desmerecimento em relação às músicas propriamente ditas. Há pelo menos uma música espetacular - THE SHINING (esta sim, ficou bem melhor com Gillen do que com Tony Martin). Mas as outras músicas também são boas, e não há nada que justifique a obscuridade em que este disco foi submetido que não seja a fase tormentosa pela qual o Sabbath passou durante a sua gravação e posterior turnê.
3 comentários:
Hard Life To Love tbm é uma música mt boa !
Hard Life To Love tbm é mt boa !
Sim, é uma baita música !
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