terça-feira, 26 de outubro de 2004

Discos Essenciais: YNGWIE MALMSTEEN - ALCHEMY

Lembro de ter reagido positivamente ao guitarrista sueco após ouvir THE SEVENTH SIGN (pela segunda vez, pois da primeira, em 1994 eu não dei muita bola...) e MAGNUM OPUS, ambos alugados na CD Express (não consigo lembrar em que ano). FIRE & ICE também tinha lá, e é um bom disco. A partir daí fui tomando gosto por todos os álbuns do YJM, uns mais (além dos já citados, MARCHING OUT) outros menos (ECLIPSE).

Mas um disco que eu gostei desde a primeira vez que ouvi é esse ALCHEMY. Marcou a volta de Mark Boals aos vocais - mas isso, efetivamente, é o de menos. Interessa é que eu havia me desapontado bastante com o disco anterior: FACING THE ANIMAL, lançado por uma grande gravadora (depois de alguns anos no ostracismo), revelou um Malmsteen preocupado em agradar mais aos executivos do que aos fãs de riffs pesados e rápidos. Enfim, o guitarrista "enfrentou a fera" e foi devorado.

Pois ALCHEMY, justamente, representou o retorno a uma musicalidade que lhe é mais própria. E fica evidente que FACING... fora um disco composto "sob encomenda". Em ALCHEMY estão registrados os solos mais furiosos que eu já ouvi. Quem não consegue prestar atenção nos solos, nem os distinguir entre as músicas e discos da carreira do sueco(é o caso da grande maioria, incluindo até mesmo dos que tocam o instrumento), jamais perceberá tal fato. WIELD MY SWORD (desde já, uma das minhas músicas favoritas) tem um solo enorme, mas sensacional. A mim parece que Malmsteen se propôs a gravar as músicas mais destruidoras que ele conseguiria reunir em um disco - e entendo que ele restou bem sucedido.

Outras músicas excelentes: LEONARDO (bom vocal, bons versos), BLITZKRIEG (instrumental tecnicamente insuperável; um resumo do repertório de cliches neoclassicos que funcionou bem), THE STAND (um clone bem melhorado da música título do FACING THE ANIMAL), além de quatro músicas matadoras em seqüência: LEGION OF THE DAMNED, DEAMON DANCE (7,405,926), HANGAR 18, AREA 51 e VOODOO NIGHTS.

Enfim, não há o que não gostar nesse disco, altamente inspirado e inspirador (como diria o outro...). Aguardei quase um ano pelo lançamento nacional desse cd, que acabou nunca acontecendo (tive de me socorrer na Megaforce...).

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