Por motivo de viagens (a trabalho e a lazer), nos encontramos quase três semanas depois do quinto ensaio, e nesta ocasião firmei a convicção de que o fundamental para um bom e produtivo ensaio é o "aquecimento". Dito isto, quero crer que não é exagero afirmar que este sexto ensaio foi o mais produtivo. Afinal, compusemos seis músicas boas, algumas das quais muito boas. O início, admito, não foi fácil, pois tive dificuldade com o freestyle do Alemão. Mas as coisas melhoraram (para mim) quando resolvi experimentar uns timbres do feijãozinho que simulam amplificadores utilizados por R. Blackmore e B. May. Então enfileiramos umas quantas novas composições, uma mais legal que a outra, todas com letras criadas na hora pelo Marcelo, assim como as nossas partes. Em uma, na qual a letra faz uma homenagem a uma preciosidade que todos (os homens) gostam, acompanhei basicamente o Alemão com uma base em C e pegada rocker, e verso em G-F#-F; na segunda, que começou bem legal com o timbre Jarre/Final Countdown do Triton, acompanhei com uns barulhos com a mão direita martelando as notas mais agudas da guitarra (timbre Pink Floyd) e depois uma pequena melodia, com letra "religiosa", digamos assim, pelo título; a terceira foi um pouco mais pesada (solo de guitarra e tal), mas com a levada característica de outras composições, dedicada a um recente e controverso diploma legal; a quarta lembrou um pouco o clima de outra já antiga deles, e comecei com um timbre utilizando tremolo (que exclui quando entrou o vocal), tocando basicamente os acordes com um só ataque (stroke), que acompanharam a letra desoladora; a quinta teve uma letra típica de bandas porto-alegrenses dos anos 80, que acompanhei com uma levada rock´n´roll convencional. Bem, a sexta composição, deste sexto ensaio, pessoalmente, foi a minha favorita. Toquei com guitarra limpa uma seqüência de acordes meio intrincada (para mim, pois não consigo fazer a transição do 3.º para o 4.º sem errar), que criei no 2.º semestre do ano passado, e com a qual não sabia bem o que fazer (tipo, o que viria depois desses acordes?). Não sei os nomes dos acordes, mas botei as notas num programa de edição de tablaturas e saiu isso: Am - Dmadd9 - Dmadd11 - Asus4/5+. Esses acordes acabam dando um clima meio etéreo, que foi muito bem acompanhado pelo Alemão com um timbre viajante no Triton (c107). E o Marcelo teve a felicidade de encaixar uma letra TSN, que ficou perfeita (com valoroso backing vocal do Marcão). E essa é a música, i. é, os acordes na guitarra limpa, o timbre de sintetizador viajante, e a letra TSN. Para mim, foi o "Momento Lucky Strike". Ao final, rolou uma nova e melhor cover de "Fear of the Dark" do Iron Maiden, na qual só toquei os acordes Dm-C-D-F-G com a guitarra limpa e o Alemão acompanhou improvisando com um timbre Fender Rhodes muito legal. Tenho certeza que tocamos (mas não veio o mp3) uma com riff em C, levada rocker, com guitarra timbre Blackmore/May.
Finalmente, tive a oportunidade de alcançar para o Alemão o cd duplo ao vivo do Dream Theater "Once in a Livetime" (adquirido no estoque da finada Banana Records, em data recente), que é a amostra perfeita do sintetizador Korg do Derek Sherinian (espero que o cara curta esse registro de uma das minhas bandas favoritas). Em retorno, o Alemão emprestou um cd que nunca tinha ouvido falar, gravado por instrumentistas que respeito bastante; trata-se do Front Page, do trio Biréli Legrène, Dominique Di Piazza e Dennis Chambers. Bem, admito que só conhecia Legrène pelo nome, e que não conhecia Di Piazza. Seja como for, é um belo exemplar de jazz, no qual o destaque, para mim, é o batera Dennis Chambers: o cara tem um estilo muito conhecido, e é espetacular ouvir o que esse sujeito consegue fazer (e eu que achava que só o Portnoy era capaz de tocar coisas impossíveis).
2 comentários:
Que notícia legal, essa do 20.000!
Te invejo, pois meu blog dificilmente chegará lá.
bjos
Nem precisa invejar, pois com a quantidade de amigos que tens, alcançarás os 20.000 bem antes dos meus 5 anos!
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