segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Discos essenciais: Derek Sherinian "Planet X"(1999)
O disco que mais ouvi em 2011 foi lançado em 1999; no segundo semestre do ano passado teve um período de uns 2 ou 3 meses que ouvi ininterruptamente todos os dias, no carro, o primeiro disco solo do Derek Sherinian, o "Planet X". Esse álbum foi gravado após a abrupta saída do tecladista do Dream Theater (John Petrucci e Mike Portnoy gravaram dois discos bem sucedidos de prog metal instrumental com Jordan Rudess como Liquid Tension Experiment, e acabaram convidando o cara para ser o tecladista do Dream Theater). O plano de Sherinian era gravar um disco instrumental no qual os músicos tocassem de maneira tão forte que "inspirasse medo na concorrência". Seja como for, Sherinian se aliou a um baterista fenomenal, Virgil Donati, e chamou Tony Franklin e Brett Garsed para completar o time. E o objetivo foi plenamente alcançado: as músicas são ótimas e a tocabilidade perfeita.
"Planet X" começa com um petardo em três partes: "Atlantis: Part 1. "Apocalypse 1470 B.C." logo apresenta um trecho no qual teclado, guitarra, baixo e bateria executam licks rapidíssimos em uníssono em tempo quebrado. É a música que dá o tom da performance dos caras. "Atlantis: Part 2. "Sea of Antiquity", por outro lado, já é mais calma, e apresenta um belíssimo solo de guitarra de Brett Garsed, bem melódico e com notas bem escolhidas, sem virtuosismo excessivo. Por fim, a trilogia de abertura encerra com domínio de Sherinian e umas partes progs e quebradas muito legais: "Atlantis: Part 3. "Lost Island".
"Crab Nebulae" tem um ótimo riff de guitarra, acompanhado de um teclado climático do Sherinian. Já "Box" tem um riff de teclado que parece bem apreciado pelo tecladista, pois ele retomou em seu último disco solo como faixa de abertura de "Oceana" (de 2011). Mas essa versão original é melhor, sobretudo por contar com mais um belo solo melódico de Garsed.
Há versatilidade, vez que "Money Shot" é uma espécie de "Hot for Teacher", e "Day in the Sun" tem uma levada faceira, demonstrando que Donati sabe tocar com groove, além dos tempos quebrados. Nessa é muito legal o tema de teclado/guitarra. "State of Delirium" é uma das minhas favoritas: tem andamento arrastado, um tema simples, e ótimos solos de Sherinian, com timbres matadores. "Space Martini" tem uma levada incrível do Donati, na qual se destaca a técnica do cara no bumbo duplo. "Brunei Babylon" fecha o disco perfeito com mais timbres marcantes e solos enérgicos do Sherinian.
A partir desse disco, Sherinian dedicou-se a lançar discos solo sob seu nome, bem como discos com Donati denominando a banda de Planet X.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário