segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Resenha de CD: Mastodon "The Hunter" (2011)
Depois do bem sucedido "Crack the Skye", o Mastodon se credenciou como uma das grandes bandas atuais de heavy metal. Particularmente para mim, foi um dos discos mais esperados de 2011, e confiava bastante nele para se tornar um dos meus favoritos de todos os tempos.
Fato é que os caras, alegadamente, resolveram se divertir, e lançaram um álbum com músicas curtas (por volta de 3min) e enxutas, sem complicações, mais direto ao ponto. Assim, há pouco do prog metal de "Crack the Skye", e mesmo de discos mais remotos, sendo que o batera chegou a comentar que "The Hunter" se parecia com "Leviathan". As músicas foram compostas individualmente pelos guitarristas e pelo baterista, sem muita interação da banda, e muita coisa composta na época dos discos anteriores foi aproveitada (por exemplo, "Stargasm" parece uma sobra de "Crack the Skye"). Os vocais estão mais limpos e melódicos, os riffs menos complicados (dá para tocar numa boa "Black Tongue", "Curl of the Burl" e "Spectrelight" - esta com alguma prática na palhetada da mão direita).
O lançamento teve direito a uma faixa liberada com antecedência, "Curl of the Burl", com uma competição num site dedicado para eleger aquele que fizesse a melhor versão para a faixa (ganhou um brasileiro que a executou num violão Tagima). Quem comprasse pelo iTunes ganhava duas faixas bônus, e quem adquirisse a versão "deluxe" faturava um DVD com making of, salva-tela e tal.
A data do lançamento era em setembro de 2011, e vi nos pré-vendas dos sites da Saraiva e Cultura por R$ 29,90. Aguardei e fui vendo a previsão dos sites sendo postergadas por vários dias, até que resolvi adquirir pela Amazon mesmo (saiu mais barato, uns 13 dólares - CD+frete). Deu tempo para ler as resenhas dos usuários e firmar a convicção que a versão deluxe não valia os dólares a mais (o making of era tosco, apenas o batera falando algumas coisas sobre as músicas, nada de imperdível).
"The Hunter" é alinhado com a proposta, um disco divertido. É provável que garanta novos fãs, mas na discografia da banda é um álbum que fica perdido. Há boas faixas como "Curl of the Burl" (afinação drop-C com a 6.ª corda em A; bons riffs, bom refrão), "Black Tongue" (afinação drop-D, ótimo tema no meio), "Stargasm" (épica faixa, poderia ser mais longa). No mais, as músicas têm alguns destaques com alguns riffs ou partes, mas parece que faltou um pouco mais de dedicação para deixá-las amadurecidas e, por que não, matadoras.
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