O disco solo de Ace Frehley de 1978 é uma aula de bom gosto na guitarra. Mas o que trouxe as composições mais fortes é o de Paul Stanley. O cara conseguiu fazer um disco bem balanceado entre rocks, baladas, músicas épicas e outras obscuras, de maneira que é possível dizer que vale tanto quanto um disco do Kiss por si só. Se Ace conseguiu o melhor produtor (o lendário Eddie Kramer), Paul contou com o auxílio de Bob Kulick, cuja história no Kiss remonta ao período do ingresso de Ace na banda.
O disco abre com uma tipo épica, com magnífica interpretação vocal de Paul. “Tonight You Belong to Me” inicia com um dedilhado e vocais em falsete, que dão um lugar a um riffão com Power chords bem típico de Paul (estilo de “Thrills in the Night”). Se fosse do Kiss certamente seria um clássico da banda.
“Move On” é um rock´n´roll acelerado, com letra bem sacada, e belo refrão, que foi eleita para ser executada no set list da turnê do “Dynasty” (a de Gene foi “Radioactive”, a de Peter, “Tossin and Turnin” e a de Ace, “New York Groove”). Outras composições curtas e roqueiras são “Wouldn´t You Like to Know Me” (baita pré-chorus e melodias grudentas), “It´s Alright”, “Love in Chains” e “Goodbye”.
“Ain´t Quite Right” é uma composição madura e sossegada; “Take Me Away (Together As One” é um épico estilo Led Zeppelin na alternância entre momentos delicados e agressivos. “Hold Me, Touch Me (Think of Me When We´re Apart” é a balada açucarada que Paul é especialista (reparar no momento pouco antes de entrar o refrão). Todas essas faixas são excelentes.
Comprei o disco na extinta The Wall do Iguatemi, em 1997, e no início de 2000 encontrei o remasterizado por um bom preço numa loja de CDs que havia em Gramado (dei de presente de aniversário para a Carol, amiga dos tempos da Burnin´ Boat).
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