Rolling Stones “Bridges to Babylon” (1997) |
Não por acaso, as faixas citadas são as melhores do disco. “Flip of the Switch” é o rock acelerado (que nunca é despiciendo em discos de rock), “Saint of Me” e “Out of Control” têm bons refrões e “Thief in the Night” é uma bela música de Keith Richards. Todas elas, em especial as três últimas, me fazem crer e confiar que os Stones ainda conseguem compor um punhado de bons acordes e melodias.
Quanto ao restante de “Bridges to Babylon”, convém dizer que se trata de um disco no qual Mick Jagger tentou, mais uma vez, modernizar o som da banda, trazendo para produzir algumas faixas os famosos Dust Brothers. Então mais uma vez se assistiu ao conflito entre o “moderno” Mick Jagger e o “old school” Keith Richards. Achei o single “Anybody Seen My Baby?” uma das mais fracas do disco (realmente digno de “skip forward”), e “Already Over Me” não é tão boa como o Rough Guide quer fazer crer, embora admita que é uma das que mais se parecem com os Stones das antigas (sobretudo pelo vocal do refrão).
Gostei muito de uma das que mais sofreram tratamento dos Dust Brothers: “Might As Well Get Juiced” tem samplings e tal, mas curti bastante o som hipnótico que acompanha toda a faixa. Esse foi o caso de experimentalismo que deu certo, incluídos os vocais processados de Jagger.
Se “Bridges to Babylon” foi lançado apenas 3 anos depois de “Voodoo Lounge”, por outro lado, levou 8 anos para a banda voltar ao estúdio para gravar músicas inéditas (“A Bigger Bang”). Em todo o caso, “Bridges to Babylon” serviu para confirmar a minha predileção pela fase mais recente – que coincide com essas edições remasterizadas.
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