sexta-feira, 25 de junho de 2010

Resenhas de CD – Rolling Stones “Bridges to Babylon” (1997)

Rolling Stones “Bridges to Babylon” (1997) 
A biografia que li dos Stones (da série “Rough Guide”) não recomendava nada a partir de “Tattoo You”. Nunca é bom adotar preconceitos dos outros, pois curti muito mais o “Steel Wheels”, consoante já expus. Depois de ouvir o também denegrido “No Security” (no Rough Guide dizia que esse álbum ao vivo só valia para a dupla de fãs que figurou na capa), tive uma boa impressão de faixas como “Flip of the Switch”, “Saint of Me”, “Out of Control” e “Thief in the Night”. Nessas condições é que resolvi trazer para casa a versão remasterizada de “Bridges to Babylon”, da Saraiva.

Não por acaso, as faixas citadas são as melhores do disco. “Flip of the Switch” é o rock acelerado (que nunca é despiciendo em discos de rock), “Saint of Me” e “Out of Control” têm bons refrões e “Thief in the Night” é uma bela música de Keith Richards. Todas elas, em especial as três últimas, me fazem crer e confiar que os Stones ainda conseguem compor um punhado de bons acordes e melodias.

Quanto ao restante de “Bridges to Babylon”, convém dizer que se trata de um disco no qual Mick Jagger tentou, mais uma vez, modernizar o som da banda, trazendo para produzir algumas faixas os famosos Dust Brothers. Então mais uma vez se assistiu ao conflito entre o “moderno” Mick Jagger e o “old school” Keith Richards. Achei o single “Anybody Seen My Baby?” uma das mais fracas do disco (realmente digno de “skip forward”), e “Already Over Me” não é tão boa como o Rough Guide quer fazer crer, embora admita que é uma das que mais se parecem com os Stones das antigas (sobretudo pelo vocal do refrão).

Gostei muito de uma das que mais sofreram tratamento dos Dust Brothers: “Might As Well Get Juiced” tem samplings e tal, mas curti bastante o som hipnótico que acompanha toda a faixa. Esse foi o caso de experimentalismo que deu certo, incluídos os vocais processados de Jagger.

Se “Bridges to Babylon” foi lançado apenas 3 anos depois de “Voodoo Lounge”, por outro lado, levou 8 anos para a banda voltar ao estúdio para gravar músicas inéditas (“A Bigger Bang”). Em todo o caso, “Bridges to Babylon” serviu para confirmar a minha predileção pela fase mais recente – que coincide com essas edições remasterizadas.

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