Most Valuable Player: Steve Vai
Best New Talent: n/a
Best Guitarist: Steve Vai
Biggest Disappointment: Dream Theater "Octavarium"
Worst Band: são muitas...
BEST GUITAR ALBUMS OF 2005
Rock: n/a
Punk/Alternative: n/a
Metal: n/a
HALL OF FAME AWARDS
Best Guitarist: Steve Vai
Best Album: Deep Purple "Machine Head"
Melhor DVD: G3 Live in Tokyo (Petrucci, Satriani, Vai)
Melhor Show: Whitesnake no Gigantinho
Banda nacional: n/a
sexta-feira, 30 de dezembro de 2005
domingo, 25 de dezembro de 2005
DVD - G3 Live in Tokyo Satriani/Vai/Petrucci
Advertido pelo Bruce, nesse fim-de-semana de Natal fui atrás de um dos poucos lançamentos que me chamaram a atenção este ano: o DVD do G3 Live in Tokyo, com Satch, Vai e Petrucci. Em alguns aspectos esse registro é diferente dos anteriores com Satch, Vai e Johnson e Satch, Vai e YJM, a serem destacadas oportunamente.
A performance solo de Petrucci foi representada por apenas 2 composições de seu álbum solo. Desde logo, o que chama a atenção é a presença de Mike Portnoy, pois ao que me consta, não foi ele o baterista que tocou no Suspended Animation. De qualquer maneira, DAMAGE CONTROL é uma música muito mais interessante do que GLASGOW KISS. Além de ficar devendo bastante na questão performance de palco, Petrucci demonstrou que está no ápice do caminho que vem desenvolvendo ultimamente, que é o de mostrar-se como o maior palhetador de guitarra que se tem notícia. O inconveniente dessa história é que, ao contrário do que poderia parecer, essa palhetada "fritada" que marcou Train of Thought do Dream Theater não é nem um pouco fluida. É do tipo: "Ah, lá vem ele com a fritada". Os outros guitarristas - Satch, Vai e até Malmsteen - possuem igualmente uma palhetada bem rápida e vigorosa, mas não tão cacete quanto a de Petrucci. Foi-se o tempo do Petrucci de Images & Words, Awake, A Change of Seasons, no qual eu tinha extrema dificuldade de eleger o melhor solo de guitarra, simplesmente pelo fato de que eu não sabia quais as músicas que ele solava (solos de teclado de Moore eram muito mais freqüentes).
Vai, como de costume, proporciona a melhor apresentação, não importa se as músicas são boas ou não, são conhecidas ou não. THE AUDIENCE IS LISTENING é conhecida e arrebenta. O cara espanca a alavanca e pisa com toda força o wah-wah. O jeito que ele toca é realmente empolgante. O músico é acompanhado, mais uma vez, por Tony Macalpine, Billy Sheehan e Dave Weiner (Jeremy Colsen é o batera). No meio de AUDIENCE..., Vai fica atrás de Sheehan e toca o baixo, enquanto o baixista toca a guitarra. BUILDING THE CHURCH tem um início que eu não pude deixar de remeter ao solo de JUDGEMENT DAY do Van Halen, com tapping de duas mãos.
Das 3 faixas solo de Satch, 2 são do álbum mais recente Is There Love in Space?: UP IN FLAMES e SEARCHING. A melhor, com toda certeza, é WAR do excelente disco THE EXTREMIST. O baixista da banda de apoio, desta vez, foi Matt Bissonette.
Na jam com os 3 guitarristas é que ocorreram as maiores diferenças em relação às edições anteriores do G3: logo na 1.ª música, FOXEY LADY, a banda de apoio, que geralmente é composta pelos músicos do Satriani, desta feita contou com Portnoy na batera. Satch cantou essa, daquele jeito que ele vem imprimindo, com o vocal mais baixo possível. Em todos os duelos entre os guitarristas, quem se sai melhor é Vai.
Acredito que nessa edição, as músicas da jam foram escolhidas por Satriani. LA GRANGE contou com 2 baixistas (Sheehan e Bissonette), batera de Jeff Campiteli e vocal de Sheehan. É indisfarçável, sobretudo na performance dos guitarristas, que Eddie Van Halen se inspirou nessa música para compor o clássico HOT FOR TEACHER. A última da jam, e a mais esperada, foi SMOKE ON THE WATER, interpretada brilhantemente por Bissonette nos vocais. Ainda aqui houve 2 baixistas. No bônus do DVD há filmagens da passagem de som, e mostra os caras se acertando para tocar os versos de SMOKE... (aquela passagem de G para F e para G de volta, no último compasso, é traiçoeira para quem não costuma ouvir a música).
Ainda acho o G3 com Malmsteen o melhor, mas com essa seqüência de lançamentos resta aguardar pelo G3 com o Paul Gilbert (que é o cara ideal para entrar no clima de galinhagem das jams) e o G3 com Eddie Van Halen (que é o único guitarrista vivo com aptidão para superar Vai e Satriani).
A performance solo de Petrucci foi representada por apenas 2 composições de seu álbum solo. Desde logo, o que chama a atenção é a presença de Mike Portnoy, pois ao que me consta, não foi ele o baterista que tocou no Suspended Animation. De qualquer maneira, DAMAGE CONTROL é uma música muito mais interessante do que GLASGOW KISS. Além de ficar devendo bastante na questão performance de palco, Petrucci demonstrou que está no ápice do caminho que vem desenvolvendo ultimamente, que é o de mostrar-se como o maior palhetador de guitarra que se tem notícia. O inconveniente dessa história é que, ao contrário do que poderia parecer, essa palhetada "fritada" que marcou Train of Thought do Dream Theater não é nem um pouco fluida. É do tipo: "Ah, lá vem ele com a fritada". Os outros guitarristas - Satch, Vai e até Malmsteen - possuem igualmente uma palhetada bem rápida e vigorosa, mas não tão cacete quanto a de Petrucci. Foi-se o tempo do Petrucci de Images & Words, Awake, A Change of Seasons, no qual eu tinha extrema dificuldade de eleger o melhor solo de guitarra, simplesmente pelo fato de que eu não sabia quais as músicas que ele solava (solos de teclado de Moore eram muito mais freqüentes).
Vai, como de costume, proporciona a melhor apresentação, não importa se as músicas são boas ou não, são conhecidas ou não. THE AUDIENCE IS LISTENING é conhecida e arrebenta. O cara espanca a alavanca e pisa com toda força o wah-wah. O jeito que ele toca é realmente empolgante. O músico é acompanhado, mais uma vez, por Tony Macalpine, Billy Sheehan e Dave Weiner (Jeremy Colsen é o batera). No meio de AUDIENCE..., Vai fica atrás de Sheehan e toca o baixo, enquanto o baixista toca a guitarra. BUILDING THE CHURCH tem um início que eu não pude deixar de remeter ao solo de JUDGEMENT DAY do Van Halen, com tapping de duas mãos.
Das 3 faixas solo de Satch, 2 são do álbum mais recente Is There Love in Space?: UP IN FLAMES e SEARCHING. A melhor, com toda certeza, é WAR do excelente disco THE EXTREMIST. O baixista da banda de apoio, desta vez, foi Matt Bissonette.
Na jam com os 3 guitarristas é que ocorreram as maiores diferenças em relação às edições anteriores do G3: logo na 1.ª música, FOXEY LADY, a banda de apoio, que geralmente é composta pelos músicos do Satriani, desta feita contou com Portnoy na batera. Satch cantou essa, daquele jeito que ele vem imprimindo, com o vocal mais baixo possível. Em todos os duelos entre os guitarristas, quem se sai melhor é Vai.
Acredito que nessa edição, as músicas da jam foram escolhidas por Satriani. LA GRANGE contou com 2 baixistas (Sheehan e Bissonette), batera de Jeff Campiteli e vocal de Sheehan. É indisfarçável, sobretudo na performance dos guitarristas, que Eddie Van Halen se inspirou nessa música para compor o clássico HOT FOR TEACHER. A última da jam, e a mais esperada, foi SMOKE ON THE WATER, interpretada brilhantemente por Bissonette nos vocais. Ainda aqui houve 2 baixistas. No bônus do DVD há filmagens da passagem de som, e mostra os caras se acertando para tocar os versos de SMOKE... (aquela passagem de G para F e para G de volta, no último compasso, é traiçoeira para quem não costuma ouvir a música).
Ainda acho o G3 com Malmsteen o melhor, mas com essa seqüência de lançamentos resta aguardar pelo G3 com o Paul Gilbert (que é o cara ideal para entrar no clima de galinhagem das jams) e o G3 com Eddie Van Halen (que é o único guitarrista vivo com aptidão para superar Vai e Satriani).
terça-feira, 1 de novembro de 2005
Discoteca Erga Omnes (Iron Maiden)
Iron Maiden é um caso particular de banda que todo mundo gosta (pelo menos era assim no início dos anos 90). Ainda hoje é muito fácil encontrar alguém na rua com uma camiseta do Iron - geralmente encontra-se até mais de uma pessoa. É fácil, também, encontrar-se o tipo realmente fanático pela banda inglesa, que tem todos os CDs e adora tudo o que os caras fazem. E não é por acaso, uma vez que a banda surgiu no início dos anos 80, naquela onda de bandas britânicas de heavy metal, e caracterizou-se por um som pesado mas com demonstrações de qualidade de todos os músicos. Conquanto liderada, de início, por um vocalista limitado mas com carisma no palco (Paul Di´anno), a banda tinha uma dupla boa de guitarristas (Dave Murray e Dennis Stratton, este substituído em seguida por Adrian Smith, e este, por sua vez, uma década depois, por Janick Gers), que solavam muito e compunham bons riffs, e um baixista e letrista (Steve Harris) com uma pegada muito peculiar, que favoreceu a notabilização da banda pelo estilo eqüino de algumas composições (RUN TO THE HILLS é o melhor exemplo, com aquela levada de cavalaria). O Iron é o tipo de banda impossível de buscar "inspiração", sob pena de tornar uma composição imediatamente classificável como "plágio" ou "cópia".
Só fui tomar contato com o som da banda após a aquisição de aparelho de CD no dia dos namorados de 1993. Na época os CDs eram muito baratos, e eu me permiti comprar no antigo Renner do Iguatemi (ficava na frente da Multisom do lado da Paquetá) um disco do Iron para conhecer (na mesma oportunidade, e com a mesma finalidade, eu também levei um do Metallica; no caso foi o Master of Puppets, amplamente recomendado pelo Diego e pelo Gugu).
A banda sempre teve todos os discos lançados no Brasil, o que não era comum, de modo que a escolha de um disco para adquirir era difícil para quem não conhecia nada dos caras. O "critério" foi o quantitativo: escolhi o CD que tinha o maior número de músicas, no caso o Fear of the Dark (12 faixas). Por coincidência era o mais recente lançamento de estúdio da banda, que havia se apresentado no Gigantinho em 1992 para promovê-lo.
FEAR OF THE DARK (1992)
Demorei um pouco para digerir o disco, pois eu estava mais acostumado com o som direto e com os riffs abertos do AC/DC, mas de cara gostei da 1.ª música - BE QUICK OR BE DEAD - que é o meu estilo de música: rápida e com um bom riff de início (as guitarras remetem às músicas mais rápidas do Rainbow, tipo KILL THE KING). Geralmente a primeira música dos álbuns de estúdio do Iron são rápidas e boas, e servem para abrir os shows da turnê respectiva.
O álbum conta com algumas músicas com apelo radiofônico como FROM HERE TO ETERNITY e, especialmente, WASTING LOVE. Por essa razão, muitos fanáticos desprezam o CD, considerado "comercial". São duas boas músicas, na verdade, mas eu não costumo ouvi-las - geralmente eu passo fast forward para a próxima faixa. Outras que passam batido, conquanto tenham bons momentos - seja um bom riff ou um bom refrão - são FEAR IS THE KEY, THE APPARITION e THE FUGITIVE.
Tem duas músicas que na época eu não dei muita bola, já que não faziam parte do repertório dos shows, mas que agora eu curto muito: CHAINS OF MISERY (baita refrão, bom riff hard rock - gosto muito da parte do Dave Murray no pre-chorus) e JUDAS BE MY GUIDE (excelente música hard rock dos anos 80, com um belo riff principal - que é o mesmo do refrão).
AFRAID TO SHOOT STRANGERS e FEAR OF THE DARK, com aqueles duetos melódicos fantásticos de guitarra, são músicas especiais, e essa impressão ficou fortalecida com as versões ao vivo do A Real Dead One. A primeira inicia com uma bela melodia sobre um "dedilhado", cujo padrão foi utilizado em outras músicas dos discos posteriores (esse dedilhado, na verdade, é apenas as - 3 - notas do power chord tocadas isoladamente, sem maior sofisticação). Aquele dueto, sobre o qual Dickinson canta o título da faixa, é fenomenal. FEAR OF THE DARK, a música, é uma das melhores músicas da banda, praticamente um épico devido à quantidade de riffs e andamentos - começa calmamente, com um "dedilhado" nos power chords D-C-Bb-F-G, e um teminha que reproduz a melodia da voz. Segue, então, uma correria pauleira, e após os versos. No meio tem 1 dueto grande de guitarra, com 2 teminhas, um após o outro - ambos fantásticos. Poucas bandas conseguem fazer com tanta desenvoltura a passagem de andamentos rápidos para lentos; essa é uma das virtudes do Iron.
A versão do álbum que eu tenho não é mais aquela adquirida na forma acima noticiada (troquei na Stoned); posteriormente comprei aquele relançamento com CD bônus, com faixas muito boas ao vivo (da turnê do No Prayer for the Dying) e outros covers e músicas de galinhagem (Roll Over Vic Vella).
A REAL LIVE ONE (1993)
A Real Live One, já referido, eu tomei contato logo em seguida (metade de 1993), mediante locação na famigerada Madsound. Lembro que curti CAN I PLAY WITH MADNESS, além das já conhecidas do Fear of the Dark. A última música, que eu achava que era a de encerramento do show (era a de encerramento do disco de estúdio), era a faixa título do Fear of the Dark, e parecia perfeita para tal finalidade. Mal sabia que essa era apenas a metade do show (só com o Live at Donnington é que pude conhecer um show do Iron na integralidade).
Outra impressão que eu tenho até hoje é a de que as versões ao vivo daquela época são muito superiores às versões de estúdio. As músicas ficam mais rápidas e com "mais energia", adicionado ao fato de que Bruce Dickinson estava em plena forma cantando como nunca, e cada guitarra ficava em um lado do fone de ouvido, de modo que se podia perceber claramente a diferença de estilo entre Gers e Murray.
A REAL DEAD ONE (1993)
Algum tempo depois eu adquiri nas Americanas do Praia de Belas o A Real Dead One, por um preço muito convidativo (por um bom tempo as Americanas foram excelentes fornecedoras de CDs "de relevo" por preços acessíveis). O disco tem a mesma qualidade de som e performance, e conta com os clássicos da banda até a época do Live After Death. THE NUMBER OF THE BEAST, THE TROOPER, 2 MINUTES TO MIDNIGHT, RUN TO THE HILLS e HALLOWED BE THY NAME contam com versões empolgantes. Não há que se desprezar, ainda, algumas músicas que não faziam parte do repertório de todos os shows como PROWLER (bela versão, bem emocionante), TRANSYLVANIA e WHERE EAGLES DARE. SANCTUARY é uma música que não faz parte de nenhum álbum de estúdio, e a qual eu nunca gostei - honestamente, não sei porque integrou o repertório de tantas turnês, até a do Brave New World (ver o CD Rock in Rio).
Seja como for, quando eu quero ouvir CDs ao vivo do Iron eu ouço A Real Live One e A Real Dead One (recentemente foram relançados em CD duplo sob o título A Real Live Dead One).
Como sói acontecer, a partir de então resolvi ir atrás de TODOS os discos da banda; assim, fui alugando um por um numa locadora da Rua Mal. Floriano, que ficava onde agora se encontra a Boca do Disco do Getúlio (lembro que eu sempre ia com o Giulia e o Marcus Vinícius, e que eles me acompanhavam não só por ser caminho para as paradas de ônibus, mas também pelo fato da atendedora da locadora na época ser muito bonita - foi frustrante quando o dono comunicou que ela não trabalhava mais lá por ter se casado...). De todos aqueles CDs o mais marcante foi Powerslave, alugado no verão (janeiro) de 1994; alguns discos parecem ter sido feitos em épocas específicas do ano, ou pelo menos parecem representar perfeitamente determinada estação; no caso, dois discos eu acho que se afinam com o verão: o próprio Powerslave e Hot in the Shade do Kiss.
POWERSLAVE (1984)
Dois clássicos abrem Powerslave: ACES HIGH e 2 MINUTES TO MIDNIGHT. A primeira trata de temas muito caros a Steve Harris (aviação e guerra), e tem vários riffs - é uma música bem orquestrada. A segunda é um verdadeiro clássico, provavelmente uma das melhores músicas do gênero. Começa com um riff de guitarra simples mas genial, e tem várias partes diferentes - tem até uma sessão instrumental entre os solos de Smith e Murray. A Burnin´ Boat tocou essa música em muitos ensaios e em alguns shows.
O disco conta ainda com uma música instrumental muito boa - LOSFER WORDS - e outras músicas obscuras, mas com qualidade como THE DUELLISTS e FLASH OF THE BLADE. Outros dois clássicos da banda são reservados para o final: a faixa-título, com muitas partes, andamentos (rápido e lento) e, sobretudo, riffs (o que serve de apoio para os versos, o do pre-chorus, o que serve de base para os solos - muito empolgante). Tem um dedilhado no meio que é base para um solo no meio da música, que é perfeito, e é acompanhado por uma linha de baixo que é praticamente outro solo. Enfim, uma profusão de sons - todos os músicos, nessa parte da música, executam tarefas bem distintas que se somam e se harmonizam para criar um momento de extrema criatividade. Essa música foi executada no primeiro show da Burnin´ Boat, no Teatro de Elis em 2000, e causou comoção nessa parte.
RIME OF THE ANCIENT MARINER é a primeira composição com mais de 10 minutos dos discos de estúdio do Iron. Junto com THE SIGN OF THE CROSS, do The X Factor, é o mais prog que a banda consegue chegar. Da mesma forma que POWERSLAVE, a música, RIME tem várias partes distintas, e uma letra muito longa. Um riff muito legal aparece lá pelas tantas, e é acompanhado por Bruce Dickinson a la BLACK DOG - os versos são cantados nas pausas do riff. No meio tem uma parte sonolenta em que o baixo executa arpejos e surge uma narração de um poema de Samuel Taylor Coleridge . Segue-se, então, uma daquelas retomadas empolgantes que o Iron costuma fazer após esses momentos mais sossegados.
LIVE AFTER DEATH (1985)
Da turnê de POWERSLAVE foi gravado um show nos EUA que deu origem ao CD LIVE AFTER DEATH, que eu já tive em 3 oportunidades 3 versões diferentes: a original, com CD single; uma do primeiro relançamento, com CD bônus contendo faixas não incluídas no LP; e um segundo relançamento com outro CD bônus contendo outras
faixas da mesma época, diferentes das do CD anterior. Os dois primeiros eu inclui em negociações nas lojas que trocam CDs (Stoned e uma no viaduto da Av. Borges). O outro eu ainda tenho - adquiri na Multisom exclusivamente pelo fato de que o preço era de CD simples, em que pese o fato de se tratar de CD duplo.
Por aí já se vê que LIVE AFTER DEATH não é nem de perto um dos meus favoritos. E não é para menos, em que pesem opinião da maioria dos fãs da banda, que entendem este como o melhor CD ao vivo da banda: Bruce Dickinson, na época, tinha uma voz muito ruim comparada com a que ele teve nos anos 90 até hoje; o som das guitarras era muito ruim, sem nem um pouco da "energia" que se ouve nos discos A REAL LIVE ONE, A REAL DEAD ONE e LIVE AT DONNINGTON; os backing vocals de Adrian Smith, por vezes, soam desafinados. O repertório é bom, conquanto tenha algumas faixas que eu não costumo ouvir como REVELATIONS, SANCTUARY e RUNNING FREE. Cumpre salientar, todavia, a excelente versão de FLIGHT OF ICARUS, mesmo com Dickinson se destruindo para alcançar as notas certas.
SOMEWHERE IN TIME (1986)
SOMEWHERE IN TIME eu conheci ao alugar na Madsound em um fim-de-semana de 1996; após ouvir as primeiras três músicas adquiri a convicção de que era um baita disco, e comprei aquele do primeiro relançamento com um CD bônus (com músicas tipo REACH OUT, JUANITA entre outras). CAUGHT SOMEWHERE IN TIME é um clássico do Maiden, com toda a dramaticidade que se costumava empregar nesse tipo de composição - início pomposo, com um teminha, outro teminha a toda velocidade, entre outros eventos.
WASTED YEARS é uma bela música de hard rock dos anos 80, composta por Smith. A seguinte é SEA OF MADNESS, e nesta o destaque é o baixo. Os riffs de Murray e Smith ficam prejudicados pelo som das guitarras, empastelados por sintetizadores. Esses recursos artificiais são geralmente maléficos nesse estilo de música, que a torna imediatamente datada. O disco inteiro é recheado dessas guitarras sintetizadas e marcou o início da utilização de teclados nos álbuns de estúdio do Iron.
Como destaque sobram HEAVEN CAN WAIT, uma das minhas favoritas, especialmente naquela parte "Taaaaaaake my hand, I´ll lead you to the promise land". Até o "ô-ô-ôo", que geralmente soa forçado em determinadas músicas, serviu bem até na versão de estúdio; STRANGER IN A STRANGE LAND não é uma composição típica da banda, pelo andamento e pela ausência de duetos de guitarra (os teminhas). Tem um estilo hard rock, com um bom refrão.
SEVENTH SON OF A SEVENTH SON (1988)
SEVENTH SON OF A SEVENTH SON é dos discos que me despertam menor interesse, muito embora nele estejam registrados pelo menos 3 músicas boas: o clássico THE EVIL THAT MEN DO (que não é das minhas favoritas; eu diria que é uma das que eu menos curto, de tão banalizada pelas bandas cover e pelo próprio Iron - até a Burnin´ Boat já tocou essa ao vivo), a outra clássica CAN I PLAY WITH MADNESS (gosto daquele teclado no refrão, poser pra caramba), e THE CLAIRVOYANT (gosto dos teminhas). INFINITE DREAMS é o tipo de música que o Iron já fez e continua fazendo - a banda se ressente de alguma repetição quanto a dedilhados e progressão de acordes (C-D-E e suas variações, incluindo, por vezes, B ou G). Ouvi muito pouco esse disco em relação aos outros da coleção - prefiro o CD bônus, que tem algumas versões ao vivo muito boas de KILLERS e THE PRISONER, bem como uma versão atualizada de CHARLOTTE THE HARLOT.
Os discos mais antigos do Iron, pessoalmente, despertam pouca curiosidade. Todos são excelentes - o mais importante deles é The Number of the Beast - , mas são de escasso interesse, talvez pelo próprio fato de serem muito bem acolhidos por público e crítica (dá-se o mesmo com os primeiros álbuns do Black Sabbath com o Ozzy - do 1.º até o Sabbath Bloody Sabbath - de valor musical e histórico indiscutível, mas que eu já ouvi o suficiente; prefiro os controvertidos discos dos anos 80). O caso mais notável é o de Peace of Mind, que tem músicas do tipo THE TROOPER e FLIGHT OF ICARUS, mas que jamais me comoveu a ponto de adquiri-lo em loja - bastou-me a locação na antiga locadora da Rua Mal. Floriano.
Dessa época (antes de Powerslave), algumas músicas são fantásticas como PHANTOM OF THE OPERA (inacreditável que os caras não incluam essa no set list dos shows - a única música dessa época que ainda é interpretada é WRATHCHILD, e isso ocorre em todas as turnês, inexplicavelmente). HALLOWED BE THY NAME é outra das favoritas, e tem uma letra magnífica. Em regra eu não dou a mínima para as letras, mas nesse caso é imperioso reconhecer que tem belos versos, e a história narrada é praticamente teatral. Outra com letra de destaque é THE TROOPER, e também vale lembrar RUN TO THE HILLS.
THE X FACTOR (1995)
Mesmo o fato de recairem as músicas, em regra, sobre os mesmos acordes (power chords) C-D-E, o Iron conseguiu por muito tempo compor de maneira a tornar interessantes as músicas, com alguns riffs de efeito moral e teminhas bem sacados. Com o tempo (depois do Fear of the Dark) essa capacidade foi se dissipando e hoje é preciso alguma boa vontade para encarar determinadas faixas dos discos mais recentes. Dentre estes o melhor é The X Factor.
Após a saída de Bruce Dickinson, no início dos anos 90, a banda fez uma espécie de vestibular para a escolha do novo vocalista. Hoje em dia se sabe que muitos dos melhores vocalistas do gênero se prestaram para fazer audições e enviar material a ser analisado por Harris e Cia, dentre os quais DC Cooper, Doogie White e até o André Matos. No final das contas, de forma surpreendente, os caras optaram por um vocalista já conhecido (deles) de turnês passadas na Inglaterra, que se apresentava com a desconhecida Wolfbane: trata-se de Blaze Bailey. A escolha dividiu os fãs, e a maioria dos que eu conheço torceu o nariz para a escolha. De Bruce a Blaze os estilos são completamente diferentes - o último é mais contido pois sua voz não tem nada do alcance do primeiro. Mas esse não foi o maior problema; a questão tornou-se delicada pelo fato de que Dickinson, além de excelente vocalista, é um perfeito frontman, extremamente carismático. Não é alguém fácil de ser substituído. Blaze, por sua vez, tem alcance limitado e carisma praticamente nulo - nem se fale na sua pífia performance de palco.
Em 95, então no colégio, eu fui o primeiro a ouvir The X Factor (locação na Madsound). O som do disco causou estranheza, uma "sensação de quarto escuro", provavelmente devido à capa, ao encarte e à primeira faixa do álbum, que inicia com um sinistro canto gregoriano. Lembro que ninguém gostou da novidade. Com o tempo eu acabei gostando de THE SIGN OF THE CROSS, MAN ON THE EDGE ("Falling dooown"), FORTUNES OF WAR. A primeira é um épico ao estilo da banda, com bons riffs, um baita refrão, e uma parte instrumental bem qualificada. Gosto muito dessa música, que felizmente ganhou uma versão com 3 guitarristas e na voz de Bruce Dickinson no álbum Rock in Rio. MAN ON THE EDGE é outra das minhas favoritas, com um estilo bem Rainbow. Geralmente eu não gosto de refrões limitados ao título da faixa, ou algum outro verso, cantado repetidamente (v.g., BLOOD BROTHERS), mas nesse caso entendo que funcionou adequadamente.
Muitas das letras de The X Factor tratam de guerra, geralmente associada à dor e perda. É um tema recorrente, sobretudo nas letras de Steve Harris. FORTUNES OF WAR é uma boa música, bem interpretada por Bailey, e com alguns trechos bem imponentes, surpreendentemente com um violão acústico. O refrão tem aquela repetição do título da música, mas finaliza com um verso rimando, o que quebra a monotonia ("Fortunes of War; fortunes of war; fortunes of war; no pain anymore"). É o tipo de coisa que os caras deveriam fazer sempre, pra evitar refrões enjoados tipo BLOOD BROTHERS e BRAVE NEW WORLD. Outra com o mesmo estilo, e bem legal, é THE AFTERMATH.
Da turnê de lançamento saíram alguns bootlegs, dentre os quais se destaca The Eternal Flame, nos quais o repertório invariavelmente incluíam HEAVEN CAN WAIT, WRATHCHILD, THE EVIL THAT MEN DO, IRON MAIDEN, AFRAID TO SHOOT STRANGERS e THE TROOPER junto com FORTUNES OF WAR, THE AFTERMATH, SIGN OF THE CROSS, LORD OF THE FLIES e MAN ON THE EDGE. Algumas das clássicas do Iron, mas que exigiam alcance muito alto do vocalista, foram excluídas. Claramente se percebia que Bailey não dava conta em determinadas ocasiões.
VIRTUAL XI (1998)
O disco seguinte, Virtual XI, eu ouvi um pouco na época do lançamento (aluguei na Madsound), e agora mais recentemente. Nunca fui fã desse disco, e mesmo algumas músicas me causavam irritação. Só mais recentemente é que percebi que se trata de um bom álbum, com uma boa música de abertura (FUTUREAL) e alguns bons momentos em LIGHTNING STRIKES TWICE (mesmo com parte do refrão - aquele "Strikes twice!" - algo bizarro de ouvir). Jamais gostei de THE CLANSMAN, com aquele início com bends iguais aos de INFINITE DREAMS e "dedilhado" nos power chords exaustivamente repetidos em outras músicas. Entretanto, ouvindo o CD com isenção de ânimo (humm), já admito que a música é boa e que aquela parte "Fredooooom" não é despicienda.
Após o lançamento de Virtual XI, e uma turnê melancólica que se seguiu, promoveu-se uma reunião com Bruce Dickinson e Adrian Smith sendo agregados ao grupo, excluindo-se Blaze Bailey. Lembro que a expectativa era enorme, pois o som da banda parecia ideal para uma formação com 3 guitarras; neste caso as opções eram inúmeras: v.g., duas guitarras executariam um dueto, e a terceira, os acordes; ou 3 guitarras executariam um mesmo tema, mas em diferentes posições da escala (terça ou quinta); solos dos 3 guitarristas na mesma música.
BRAVE NEW WORLD (2001)
Por isso o lançamento de Brave New World foi cercado de um entusiasmo que eu jamais tinha visto, e nem se repetiu até hoje. O CD foi adquirido por praticamente todos os meus conhecidos na época, ou pelo menos todos os que estavam envolvidos nesse tipo de música. Não por acaso eu acabei inaugurando aquele esquema pré-venda da Saraiva, e o meu exemplar chegou quando eu menos esperava.
Após as primeiras audições, restou uma sensação de frustração com algumas composições. A banda resolveu apostar nas fórmulas consagradas dos discos anteriores, deixando pouco espaço para inovações. THE WICKER MAN é uma boa música de abertura, uma das melhores da carreira do Iron. Inicialmente eu achava aquele "ô-ô-ô-ôu" um pouco forçado, mas hoje em dia não vejo maiores problemas. O solo de Adrian Smith é bem legal. GHOST OF THE NAVIGATOR começa bem, tem bom riff e bons versos, mas não gosto muito do pre-chorus ("and I know, I know, I knoooow"), do chorus, e da parte que vem em seguida. Algumas música são realmente boas, como DREAM OF MIRRORS e THE NOMAD.
ROCK IN RIO (2003)
No final das contas, Brave New World não é o tipo de disco que dá vontade de ouvir por vários dias. Em janeiro de 2002, a banda se apresentou no Rock in Rio e gravou um CD ao vivo e um DVD. O repertório foi decepcionante, pois a ordem das músicas era facilmente adivinhável. E se tem uma coisa que eu diria que pode arruinar um show é um set list previsivel. A única surpresa ficou por conta da performance do Bruce Dickinson que cantou e correu muito o show inteiro.
Pessoalmente, a melhor música do show foi THE SIGN OF THE CROSS, que já era uma das minhas favoritas, e que ficou excelente na voz de Dickinson. O álbum demorou muitos meses para ser lançado, devido ao fato de que alguns canais terem sido danificados. Entendo que o problema não foi totalmente solucionado, pois algumas faixas têm a linha de baixo muito ruim, como em THE WICKER MAN.
Adquiri o CD nas Americanas, sem muita empolgação, mais em atenção ao fato de ser um disco ao vivo com 3 bons guitarristas. Entretanto, os problemas de áudio tornam o disco difícil de ourir - ainda prefiro os velhos A REAL LIVE ONE, A REAL DEAD ONE e LIVE AT DONNINGTON.
DANCE OF DEATH (2004)
Eu não esperava outro lançamento de inéditas do Iron tão cedo. Mas os caras sabem que o tempo está curto, e os próprios integrantes da banda admitem que é hora de aproveitar o máximo e capitalizar em cima de discos de estúdio, turnês e discos ao vivo. Entendo que é o melhor que eles têm a fazer mesmo, sobretudo em atenção ao fato de que a banda tem um público cativo e fanático, o que é garantia de sucesso dos lançamentos.
Ouvi pela primeira vez Dance of Death já desacreditado de que encontraria alguma novidade que motivasse a aquisição do CD. E de fato, na época achei o disco muito fraco, totalmente previsível - até postei um comentário na época, neste espaço.
Tomado de uma curiosidade súbita por esses CDs da banda, após o lançamento (inesperado, por mim) de Death on the Road, resolvi adquirir Dance of the Death na Saraiva. E não me arrependo - o disco abre com uma faixa que eu menosprezei de início, mas que é muito boa: WILDEST DREAMS. Outras músicas legais são THE JOURNEYMAN ("I know what I want, and say what I want"), NO MORE LIES, a própria faixa-título, e PASCHENDALE.
É evidente que as composições guardam aquele estilo consagrado pelo Iron, com progressões de acordes baseados no C-D-E ou Bb-D-D, subindo ou descendo para G ou F ocasionalmente.
Em Death on the Road podemos ver, finalmente, a voz de Dickinson perdendo a força. O cara continua mandando bem, mas em alguns momentos se percebe que o esforço do vocalista acaba prejudicando a clareza dos versos mais altos. É uma pena, mas esse fenômeno é inevitável e todos os vocalistas invariavelmente passam por ele (só Glenn Hughes mantém a forma, apesar da voz ter-se modificado em certa medida; Rob Halford é outro que preserva o alcance).
Definitivamente, o Iron é uma das bandas que eu iria assistir se viesse a Porto Alegre. É uma pena que ainda não vieram divulgar o Dance of Death ou o Death on the Road, sobretudo diante das visitas recentes do Judas Priest (turnê do Angel of Retribution), do Whitesnake, e do Stratovarius.
Só fui tomar contato com o som da banda após a aquisição de aparelho de CD no dia dos namorados de 1993. Na época os CDs eram muito baratos, e eu me permiti comprar no antigo Renner do Iguatemi (ficava na frente da Multisom do lado da Paquetá) um disco do Iron para conhecer (na mesma oportunidade, e com a mesma finalidade, eu também levei um do Metallica; no caso foi o Master of Puppets, amplamente recomendado pelo Diego e pelo Gugu).
A banda sempre teve todos os discos lançados no Brasil, o que não era comum, de modo que a escolha de um disco para adquirir era difícil para quem não conhecia nada dos caras. O "critério" foi o quantitativo: escolhi o CD que tinha o maior número de músicas, no caso o Fear of the Dark (12 faixas). Por coincidência era o mais recente lançamento de estúdio da banda, que havia se apresentado no Gigantinho em 1992 para promovê-lo.
FEAR OF THE DARK (1992)
Demorei um pouco para digerir o disco, pois eu estava mais acostumado com o som direto e com os riffs abertos do AC/DC, mas de cara gostei da 1.ª música - BE QUICK OR BE DEAD - que é o meu estilo de música: rápida e com um bom riff de início (as guitarras remetem às músicas mais rápidas do Rainbow, tipo KILL THE KING). Geralmente a primeira música dos álbuns de estúdio do Iron são rápidas e boas, e servem para abrir os shows da turnê respectiva.
O álbum conta com algumas músicas com apelo radiofônico como FROM HERE TO ETERNITY e, especialmente, WASTING LOVE. Por essa razão, muitos fanáticos desprezam o CD, considerado "comercial". São duas boas músicas, na verdade, mas eu não costumo ouvi-las - geralmente eu passo fast forward para a próxima faixa. Outras que passam batido, conquanto tenham bons momentos - seja um bom riff ou um bom refrão - são FEAR IS THE KEY, THE APPARITION e THE FUGITIVE.
Tem duas músicas que na época eu não dei muita bola, já que não faziam parte do repertório dos shows, mas que agora eu curto muito: CHAINS OF MISERY (baita refrão, bom riff hard rock - gosto muito da parte do Dave Murray no pre-chorus) e JUDAS BE MY GUIDE (excelente música hard rock dos anos 80, com um belo riff principal - que é o mesmo do refrão).
AFRAID TO SHOOT STRANGERS e FEAR OF THE DARK, com aqueles duetos melódicos fantásticos de guitarra, são músicas especiais, e essa impressão ficou fortalecida com as versões ao vivo do A Real Dead One. A primeira inicia com uma bela melodia sobre um "dedilhado", cujo padrão foi utilizado em outras músicas dos discos posteriores (esse dedilhado, na verdade, é apenas as - 3 - notas do power chord tocadas isoladamente, sem maior sofisticação). Aquele dueto, sobre o qual Dickinson canta o título da faixa, é fenomenal. FEAR OF THE DARK, a música, é uma das melhores músicas da banda, praticamente um épico devido à quantidade de riffs e andamentos - começa calmamente, com um "dedilhado" nos power chords D-C-Bb-F-G, e um teminha que reproduz a melodia da voz. Segue, então, uma correria pauleira, e após os versos. No meio tem 1 dueto grande de guitarra, com 2 teminhas, um após o outro - ambos fantásticos. Poucas bandas conseguem fazer com tanta desenvoltura a passagem de andamentos rápidos para lentos; essa é uma das virtudes do Iron.
A versão do álbum que eu tenho não é mais aquela adquirida na forma acima noticiada (troquei na Stoned); posteriormente comprei aquele relançamento com CD bônus, com faixas muito boas ao vivo (da turnê do No Prayer for the Dying) e outros covers e músicas de galinhagem (Roll Over Vic Vella).
A REAL LIVE ONE (1993)
A Real Live One, já referido, eu tomei contato logo em seguida (metade de 1993), mediante locação na famigerada Madsound. Lembro que curti CAN I PLAY WITH MADNESS, além das já conhecidas do Fear of the Dark. A última música, que eu achava que era a de encerramento do show (era a de encerramento do disco de estúdio), era a faixa título do Fear of the Dark, e parecia perfeita para tal finalidade. Mal sabia que essa era apenas a metade do show (só com o Live at Donnington é que pude conhecer um show do Iron na integralidade).
Outra impressão que eu tenho até hoje é a de que as versões ao vivo daquela época são muito superiores às versões de estúdio. As músicas ficam mais rápidas e com "mais energia", adicionado ao fato de que Bruce Dickinson estava em plena forma cantando como nunca, e cada guitarra ficava em um lado do fone de ouvido, de modo que se podia perceber claramente a diferença de estilo entre Gers e Murray.
A REAL DEAD ONE (1993)
Algum tempo depois eu adquiri nas Americanas do Praia de Belas o A Real Dead One, por um preço muito convidativo (por um bom tempo as Americanas foram excelentes fornecedoras de CDs "de relevo" por preços acessíveis). O disco tem a mesma qualidade de som e performance, e conta com os clássicos da banda até a época do Live After Death. THE NUMBER OF THE BEAST, THE TROOPER, 2 MINUTES TO MIDNIGHT, RUN TO THE HILLS e HALLOWED BE THY NAME contam com versões empolgantes. Não há que se desprezar, ainda, algumas músicas que não faziam parte do repertório de todos os shows como PROWLER (bela versão, bem emocionante), TRANSYLVANIA e WHERE EAGLES DARE. SANCTUARY é uma música que não faz parte de nenhum álbum de estúdio, e a qual eu nunca gostei - honestamente, não sei porque integrou o repertório de tantas turnês, até a do Brave New World (ver o CD Rock in Rio).
Seja como for, quando eu quero ouvir CDs ao vivo do Iron eu ouço A Real Live One e A Real Dead One (recentemente foram relançados em CD duplo sob o título A Real Live Dead One).
Como sói acontecer, a partir de então resolvi ir atrás de TODOS os discos da banda; assim, fui alugando um por um numa locadora da Rua Mal. Floriano, que ficava onde agora se encontra a Boca do Disco do Getúlio (lembro que eu sempre ia com o Giulia e o Marcus Vinícius, e que eles me acompanhavam não só por ser caminho para as paradas de ônibus, mas também pelo fato da atendedora da locadora na época ser muito bonita - foi frustrante quando o dono comunicou que ela não trabalhava mais lá por ter se casado...). De todos aqueles CDs o mais marcante foi Powerslave, alugado no verão (janeiro) de 1994; alguns discos parecem ter sido feitos em épocas específicas do ano, ou pelo menos parecem representar perfeitamente determinada estação; no caso, dois discos eu acho que se afinam com o verão: o próprio Powerslave e Hot in the Shade do Kiss.
POWERSLAVE (1984)
Dois clássicos abrem Powerslave: ACES HIGH e 2 MINUTES TO MIDNIGHT. A primeira trata de temas muito caros a Steve Harris (aviação e guerra), e tem vários riffs - é uma música bem orquestrada. A segunda é um verdadeiro clássico, provavelmente uma das melhores músicas do gênero. Começa com um riff de guitarra simples mas genial, e tem várias partes diferentes - tem até uma sessão instrumental entre os solos de Smith e Murray. A Burnin´ Boat tocou essa música em muitos ensaios e em alguns shows.
O disco conta ainda com uma música instrumental muito boa - LOSFER WORDS - e outras músicas obscuras, mas com qualidade como THE DUELLISTS e FLASH OF THE BLADE. Outros dois clássicos da banda são reservados para o final: a faixa-título, com muitas partes, andamentos (rápido e lento) e, sobretudo, riffs (o que serve de apoio para os versos, o do pre-chorus, o que serve de base para os solos - muito empolgante). Tem um dedilhado no meio que é base para um solo no meio da música, que é perfeito, e é acompanhado por uma linha de baixo que é praticamente outro solo. Enfim, uma profusão de sons - todos os músicos, nessa parte da música, executam tarefas bem distintas que se somam e se harmonizam para criar um momento de extrema criatividade. Essa música foi executada no primeiro show da Burnin´ Boat, no Teatro de Elis em 2000, e causou comoção nessa parte.
RIME OF THE ANCIENT MARINER é a primeira composição com mais de 10 minutos dos discos de estúdio do Iron. Junto com THE SIGN OF THE CROSS, do The X Factor, é o mais prog que a banda consegue chegar. Da mesma forma que POWERSLAVE, a música, RIME tem várias partes distintas, e uma letra muito longa. Um riff muito legal aparece lá pelas tantas, e é acompanhado por Bruce Dickinson a la BLACK DOG - os versos são cantados nas pausas do riff. No meio tem uma parte sonolenta em que o baixo executa arpejos e surge uma narração de um poema de Samuel Taylor Coleridge . Segue-se, então, uma daquelas retomadas empolgantes que o Iron costuma fazer após esses momentos mais sossegados.
LIVE AFTER DEATH (1985)
Da turnê de POWERSLAVE foi gravado um show nos EUA que deu origem ao CD LIVE AFTER DEATH, que eu já tive em 3 oportunidades 3 versões diferentes: a original, com CD single; uma do primeiro relançamento, com CD bônus contendo faixas não incluídas no LP; e um segundo relançamento com outro CD bônus contendo outras
faixas da mesma época, diferentes das do CD anterior. Os dois primeiros eu inclui em negociações nas lojas que trocam CDs (Stoned e uma no viaduto da Av. Borges). O outro eu ainda tenho - adquiri na Multisom exclusivamente pelo fato de que o preço era de CD simples, em que pese o fato de se tratar de CD duplo.
Por aí já se vê que LIVE AFTER DEATH não é nem de perto um dos meus favoritos. E não é para menos, em que pesem opinião da maioria dos fãs da banda, que entendem este como o melhor CD ao vivo da banda: Bruce Dickinson, na época, tinha uma voz muito ruim comparada com a que ele teve nos anos 90 até hoje; o som das guitarras era muito ruim, sem nem um pouco da "energia" que se ouve nos discos A REAL LIVE ONE, A REAL DEAD ONE e LIVE AT DONNINGTON; os backing vocals de Adrian Smith, por vezes, soam desafinados. O repertório é bom, conquanto tenha algumas faixas que eu não costumo ouvir como REVELATIONS, SANCTUARY e RUNNING FREE. Cumpre salientar, todavia, a excelente versão de FLIGHT OF ICARUS, mesmo com Dickinson se destruindo para alcançar as notas certas.
SOMEWHERE IN TIME (1986)
SOMEWHERE IN TIME eu conheci ao alugar na Madsound em um fim-de-semana de 1996; após ouvir as primeiras três músicas adquiri a convicção de que era um baita disco, e comprei aquele do primeiro relançamento com um CD bônus (com músicas tipo REACH OUT, JUANITA entre outras). CAUGHT SOMEWHERE IN TIME é um clássico do Maiden, com toda a dramaticidade que se costumava empregar nesse tipo de composição - início pomposo, com um teminha, outro teminha a toda velocidade, entre outros eventos.
WASTED YEARS é uma bela música de hard rock dos anos 80, composta por Smith. A seguinte é SEA OF MADNESS, e nesta o destaque é o baixo. Os riffs de Murray e Smith ficam prejudicados pelo som das guitarras, empastelados por sintetizadores. Esses recursos artificiais são geralmente maléficos nesse estilo de música, que a torna imediatamente datada. O disco inteiro é recheado dessas guitarras sintetizadas e marcou o início da utilização de teclados nos álbuns de estúdio do Iron.
Como destaque sobram HEAVEN CAN WAIT, uma das minhas favoritas, especialmente naquela parte "Taaaaaaake my hand, I´ll lead you to the promise land". Até o "ô-ô-ôo", que geralmente soa forçado em determinadas músicas, serviu bem até na versão de estúdio; STRANGER IN A STRANGE LAND não é uma composição típica da banda, pelo andamento e pela ausência de duetos de guitarra (os teminhas). Tem um estilo hard rock, com um bom refrão.
SEVENTH SON OF A SEVENTH SON (1988)
SEVENTH SON OF A SEVENTH SON é dos discos que me despertam menor interesse, muito embora nele estejam registrados pelo menos 3 músicas boas: o clássico THE EVIL THAT MEN DO (que não é das minhas favoritas; eu diria que é uma das que eu menos curto, de tão banalizada pelas bandas cover e pelo próprio Iron - até a Burnin´ Boat já tocou essa ao vivo), a outra clássica CAN I PLAY WITH MADNESS (gosto daquele teclado no refrão, poser pra caramba), e THE CLAIRVOYANT (gosto dos teminhas). INFINITE DREAMS é o tipo de música que o Iron já fez e continua fazendo - a banda se ressente de alguma repetição quanto a dedilhados e progressão de acordes (C-D-E e suas variações, incluindo, por vezes, B ou G). Ouvi muito pouco esse disco em relação aos outros da coleção - prefiro o CD bônus, que tem algumas versões ao vivo muito boas de KILLERS e THE PRISONER, bem como uma versão atualizada de CHARLOTTE THE HARLOT.
Os discos mais antigos do Iron, pessoalmente, despertam pouca curiosidade. Todos são excelentes - o mais importante deles é The Number of the Beast - , mas são de escasso interesse, talvez pelo próprio fato de serem muito bem acolhidos por público e crítica (dá-se o mesmo com os primeiros álbuns do Black Sabbath com o Ozzy - do 1.º até o Sabbath Bloody Sabbath - de valor musical e histórico indiscutível, mas que eu já ouvi o suficiente; prefiro os controvertidos discos dos anos 80). O caso mais notável é o de Peace of Mind, que tem músicas do tipo THE TROOPER e FLIGHT OF ICARUS, mas que jamais me comoveu a ponto de adquiri-lo em loja - bastou-me a locação na antiga locadora da Rua Mal. Floriano.
Dessa época (antes de Powerslave), algumas músicas são fantásticas como PHANTOM OF THE OPERA (inacreditável que os caras não incluam essa no set list dos shows - a única música dessa época que ainda é interpretada é WRATHCHILD, e isso ocorre em todas as turnês, inexplicavelmente). HALLOWED BE THY NAME é outra das favoritas, e tem uma letra magnífica. Em regra eu não dou a mínima para as letras, mas nesse caso é imperioso reconhecer que tem belos versos, e a história narrada é praticamente teatral. Outra com letra de destaque é THE TROOPER, e também vale lembrar RUN TO THE HILLS.
THE X FACTOR (1995)
Mesmo o fato de recairem as músicas, em regra, sobre os mesmos acordes (power chords) C-D-E, o Iron conseguiu por muito tempo compor de maneira a tornar interessantes as músicas, com alguns riffs de efeito moral e teminhas bem sacados. Com o tempo (depois do Fear of the Dark) essa capacidade foi se dissipando e hoje é preciso alguma boa vontade para encarar determinadas faixas dos discos mais recentes. Dentre estes o melhor é The X Factor.
Após a saída de Bruce Dickinson, no início dos anos 90, a banda fez uma espécie de vestibular para a escolha do novo vocalista. Hoje em dia se sabe que muitos dos melhores vocalistas do gênero se prestaram para fazer audições e enviar material a ser analisado por Harris e Cia, dentre os quais DC Cooper, Doogie White e até o André Matos. No final das contas, de forma surpreendente, os caras optaram por um vocalista já conhecido (deles) de turnês passadas na Inglaterra, que se apresentava com a desconhecida Wolfbane: trata-se de Blaze Bailey. A escolha dividiu os fãs, e a maioria dos que eu conheço torceu o nariz para a escolha. De Bruce a Blaze os estilos são completamente diferentes - o último é mais contido pois sua voz não tem nada do alcance do primeiro. Mas esse não foi o maior problema; a questão tornou-se delicada pelo fato de que Dickinson, além de excelente vocalista, é um perfeito frontman, extremamente carismático. Não é alguém fácil de ser substituído. Blaze, por sua vez, tem alcance limitado e carisma praticamente nulo - nem se fale na sua pífia performance de palco.
Em 95, então no colégio, eu fui o primeiro a ouvir The X Factor (locação na Madsound). O som do disco causou estranheza, uma "sensação de quarto escuro", provavelmente devido à capa, ao encarte e à primeira faixa do álbum, que inicia com um sinistro canto gregoriano. Lembro que ninguém gostou da novidade. Com o tempo eu acabei gostando de THE SIGN OF THE CROSS, MAN ON THE EDGE ("Falling dooown"), FORTUNES OF WAR. A primeira é um épico ao estilo da banda, com bons riffs, um baita refrão, e uma parte instrumental bem qualificada. Gosto muito dessa música, que felizmente ganhou uma versão com 3 guitarristas e na voz de Bruce Dickinson no álbum Rock in Rio. MAN ON THE EDGE é outra das minhas favoritas, com um estilo bem Rainbow. Geralmente eu não gosto de refrões limitados ao título da faixa, ou algum outro verso, cantado repetidamente (v.g., BLOOD BROTHERS), mas nesse caso entendo que funcionou adequadamente.
Muitas das letras de The X Factor tratam de guerra, geralmente associada à dor e perda. É um tema recorrente, sobretudo nas letras de Steve Harris. FORTUNES OF WAR é uma boa música, bem interpretada por Bailey, e com alguns trechos bem imponentes, surpreendentemente com um violão acústico. O refrão tem aquela repetição do título da música, mas finaliza com um verso rimando, o que quebra a monotonia ("Fortunes of War; fortunes of war; fortunes of war; no pain anymore"). É o tipo de coisa que os caras deveriam fazer sempre, pra evitar refrões enjoados tipo BLOOD BROTHERS e BRAVE NEW WORLD. Outra com o mesmo estilo, e bem legal, é THE AFTERMATH.
Da turnê de lançamento saíram alguns bootlegs, dentre os quais se destaca The Eternal Flame, nos quais o repertório invariavelmente incluíam HEAVEN CAN WAIT, WRATHCHILD, THE EVIL THAT MEN DO, IRON MAIDEN, AFRAID TO SHOOT STRANGERS e THE TROOPER junto com FORTUNES OF WAR, THE AFTERMATH, SIGN OF THE CROSS, LORD OF THE FLIES e MAN ON THE EDGE. Algumas das clássicas do Iron, mas que exigiam alcance muito alto do vocalista, foram excluídas. Claramente se percebia que Bailey não dava conta em determinadas ocasiões.
VIRTUAL XI (1998)
O disco seguinte, Virtual XI, eu ouvi um pouco na época do lançamento (aluguei na Madsound), e agora mais recentemente. Nunca fui fã desse disco, e mesmo algumas músicas me causavam irritação. Só mais recentemente é que percebi que se trata de um bom álbum, com uma boa música de abertura (FUTUREAL) e alguns bons momentos em LIGHTNING STRIKES TWICE (mesmo com parte do refrão - aquele "Strikes twice!" - algo bizarro de ouvir). Jamais gostei de THE CLANSMAN, com aquele início com bends iguais aos de INFINITE DREAMS e "dedilhado" nos power chords exaustivamente repetidos em outras músicas. Entretanto, ouvindo o CD com isenção de ânimo (humm), já admito que a música é boa e que aquela parte "Fredooooom" não é despicienda.
Após o lançamento de Virtual XI, e uma turnê melancólica que se seguiu, promoveu-se uma reunião com Bruce Dickinson e Adrian Smith sendo agregados ao grupo, excluindo-se Blaze Bailey. Lembro que a expectativa era enorme, pois o som da banda parecia ideal para uma formação com 3 guitarras; neste caso as opções eram inúmeras: v.g., duas guitarras executariam um dueto, e a terceira, os acordes; ou 3 guitarras executariam um mesmo tema, mas em diferentes posições da escala (terça ou quinta); solos dos 3 guitarristas na mesma música.
BRAVE NEW WORLD (2001)
Por isso o lançamento de Brave New World foi cercado de um entusiasmo que eu jamais tinha visto, e nem se repetiu até hoje. O CD foi adquirido por praticamente todos os meus conhecidos na época, ou pelo menos todos os que estavam envolvidos nesse tipo de música. Não por acaso eu acabei inaugurando aquele esquema pré-venda da Saraiva, e o meu exemplar chegou quando eu menos esperava.
Após as primeiras audições, restou uma sensação de frustração com algumas composições. A banda resolveu apostar nas fórmulas consagradas dos discos anteriores, deixando pouco espaço para inovações. THE WICKER MAN é uma boa música de abertura, uma das melhores da carreira do Iron. Inicialmente eu achava aquele "ô-ô-ô-ôu" um pouco forçado, mas hoje em dia não vejo maiores problemas. O solo de Adrian Smith é bem legal. GHOST OF THE NAVIGATOR começa bem, tem bom riff e bons versos, mas não gosto muito do pre-chorus ("and I know, I know, I knoooow"), do chorus, e da parte que vem em seguida. Algumas música são realmente boas, como DREAM OF MIRRORS e THE NOMAD.
ROCK IN RIO (2003)
No final das contas, Brave New World não é o tipo de disco que dá vontade de ouvir por vários dias. Em janeiro de 2002, a banda se apresentou no Rock in Rio e gravou um CD ao vivo e um DVD. O repertório foi decepcionante, pois a ordem das músicas era facilmente adivinhável. E se tem uma coisa que eu diria que pode arruinar um show é um set list previsivel. A única surpresa ficou por conta da performance do Bruce Dickinson que cantou e correu muito o show inteiro.
Pessoalmente, a melhor música do show foi THE SIGN OF THE CROSS, que já era uma das minhas favoritas, e que ficou excelente na voz de Dickinson. O álbum demorou muitos meses para ser lançado, devido ao fato de que alguns canais terem sido danificados. Entendo que o problema não foi totalmente solucionado, pois algumas faixas têm a linha de baixo muito ruim, como em THE WICKER MAN.
Adquiri o CD nas Americanas, sem muita empolgação, mais em atenção ao fato de ser um disco ao vivo com 3 bons guitarristas. Entretanto, os problemas de áudio tornam o disco difícil de ourir - ainda prefiro os velhos A REAL LIVE ONE, A REAL DEAD ONE e LIVE AT DONNINGTON.
DANCE OF DEATH (2004)
Eu não esperava outro lançamento de inéditas do Iron tão cedo. Mas os caras sabem que o tempo está curto, e os próprios integrantes da banda admitem que é hora de aproveitar o máximo e capitalizar em cima de discos de estúdio, turnês e discos ao vivo. Entendo que é o melhor que eles têm a fazer mesmo, sobretudo em atenção ao fato de que a banda tem um público cativo e fanático, o que é garantia de sucesso dos lançamentos.
Ouvi pela primeira vez Dance of Death já desacreditado de que encontraria alguma novidade que motivasse a aquisição do CD. E de fato, na época achei o disco muito fraco, totalmente previsível - até postei um comentário na época, neste espaço.
Tomado de uma curiosidade súbita por esses CDs da banda, após o lançamento (inesperado, por mim) de Death on the Road, resolvi adquirir Dance of the Death na Saraiva. E não me arrependo - o disco abre com uma faixa que eu menosprezei de início, mas que é muito boa: WILDEST DREAMS. Outras músicas legais são THE JOURNEYMAN ("I know what I want, and say what I want"), NO MORE LIES, a própria faixa-título, e PASCHENDALE.
É evidente que as composições guardam aquele estilo consagrado pelo Iron, com progressões de acordes baseados no C-D-E ou Bb-D-D, subindo ou descendo para G ou F ocasionalmente.
Em Death on the Road podemos ver, finalmente, a voz de Dickinson perdendo a força. O cara continua mandando bem, mas em alguns momentos se percebe que o esforço do vocalista acaba prejudicando a clareza dos versos mais altos. É uma pena, mas esse fenômeno é inevitável e todos os vocalistas invariavelmente passam por ele (só Glenn Hughes mantém a forma, apesar da voz ter-se modificado em certa medida; Rob Halford é outro que preserva o alcance).
Definitivamente, o Iron é uma das bandas que eu iria assistir se viesse a Porto Alegre. É uma pena que ainda não vieram divulgar o Dance of Death ou o Death on the Road, sobretudo diante das visitas recentes do Judas Priest (turnê do Angel of Retribution), do Whitesnake, e do Stratovarius.
quinta-feira, 20 de outubro de 2005
Fórmula 1 - GP da China (19.ª etapa, 16/10/2005, 4:00)
Na última corrida do campeonato mais longo da história da Fórmula 1 restava, ainda, a disputa pelo campeonato de construtores, com vantagem de 2 pontos da Renault sobre a McLaren. A Renault, a fim de consagrar-se campeã, correu com os motores sem a limitação das provas anteriores.
Por alguma razão, perdi o treino de classificação às 2h da madrugada de sexta para sábado. De qualquer sorte, Alonso e Fisichella formaram a 1.ª fila, seguidos de Raikkonen. Montoya fez o 5.º tempo, Schumacher o 6.º, e Massa o 11.º. Karthikeyan surpreendeu e fez tempo melhor que os pilotos da Minardi, do seu companheiro na Jordan, Villeneuve e Pizzonia.
O GP da China tinha largada prevista para as 4h de sábado para domingo, já sob o horário de verão brasileiro. No warm up, antes dos carros alinharem para o grid, Schumacher foi estranhamente abalroado por Albers, acarretando a destruição de ambos os carros. Os dois pilotos largaram dos boxes com os carros reserva.
Na largada, Alonso saiu na ponta e Fisichella soube conter os pilotos da McLaren. Sato queimou a largada e foi penalizado com uma passagem pelos boxes. A corrida seguia sem maiores emoções quando Montoya, em determinada curva, passou sobre uma tampa de drenagem do circuito. O objeto permaneceu na pista e determinou a entrada do carro madrinha por algumas voltas. Montoya ainda foi duas vezes aos boxes - para trocar o pneu avariado e para abastecimento -, mas foi obrigado a desistir da prova.
A corrida foi novamente interrompida após forte batida de Karthikeyan - seu carro, destroçado, parou no meio da reta. Cumpre salientar que a transmissão de TV perdeu de mostrar devidamente esse acidente, assim como a incrível rodada de Schumacher, atrás de Massa, numa curva de baixa velocidade e com o carro-madrinha na pista. E por falar em transmissão de TV, por causa da corrida da Stock Car em Tarumã neste fim-de-semana, ficamos privados dos sempre pertinentes comentários do Luciano Burti. O narrador Cléber Machado mostrou-se particularmente irritante, sobretudo quando insinuou que as equipes teriam de pedir previamente à direção de prova para trocar de pneu quando este estivesse a ponto de causar perigo ao piloto. Reginaldo Leme viu-se obrigado a intervir e esclarecer que a equipe é quem assume a incumbência de efetuar a troca, justificando-se com a direção de prova ao final da corrida. Não entendo porque o narrador do SporTV, Lucas Pereira, não é convocado para tomar conta do automobilismo na Globo. Até o seu substituto, Daniel Pereira, que eu não conhecia, se mostrou mais competente que os da Globo.
No final da prova, Fisichella, que perdera a 2.ª posição para Raikkonen nos boxes (2.ª parada), foi penalizado com uma passagem nos boxes por ter bloqueado indevidamente a entrada dos demais pilotos nos boxes; a intenção do italiano era guardar em movimento o pit de Alonso, tentando resguardar sua posição na volta à pista. Tal expediente foi utilizado pela McLaren no GP da Bélgica, sem maior constrangimento e sem conseqüência alguma, de modo que eu não entendi a razão da
punição ao Fisichella.
Com isso, Ralfinho assumiu a 3.ª posição e subiu ao pódio. Klien fez uma bela corrida e pressionou muito o Massa nas últimas 15 voltas; o brasileiro, apesar do equipamento inferior, suportou as ameaças do austríaco e marcou pontos suficientes para finalizar o campeonato na frente de Villeneuve. Barrichello, por sua vez, com pneus bastante desgastados, não teve a mesma sorte, e sucumbiu diante de Weber, Button e Coulthard.
O GP da China serviu para consolidar o título de Alonso, pois foi a sua 7.º vitória em 2005 - o espanhol terminou empatado com Raikkonen em número de vitórias, mas superou o finlandês em termos de regularidade.
A temporada de 2005 foi mesmo longa e cansativa, sobretudo pela série de corridas no domingo pela manhã (teve mês com 4 GP´s!). Foi positivo, pelo menos, o fim da supremacia da Ferrari e de Schumacher, com a ascensão de novos pilotos com futuro promissor e uma disputa de campeonato empolgante entre um piloto veloz e já experiente, correndo por uma equipe bem estruturada e com carro competitivo, e outro igualmente veloz, que adquiriu muita experiência, correndo com o carro mais veloz mas com problemas de confiabilidade do motor. É indiscutível que Alonso e Renault mereceram os títulos; os destaques, no entanto, ao longo da temporada foram Raikkonen e a McLaren, que aparecem como postulantes diretos para a disputa de 2006, juntamente com Montoya, que aparentemente acertou o passo na equipe inglesa. Foi legal de ver, também, o bom desempenho da RBR com Coulthard e Klien, bem como algumas apresentações empolgantes do Massa. A Toyota e a BAR, igualmente, tiveram bons momentos. Jordan e Minardi correram com os pilotos mais destacados dos últimos anos, e fizeram uma boa temporada, em comparação com as anteriores. Lamentável foi ver o campeão do mundo Jacques Villeneuve correndo sem inspiração e com o futuro
comprometido na categoria. Pizzonia foi outra decepção - não dá nem pra torcer pelo cara, depois das fracas atuações nas 5 provas em que teve chance como piloto titular, ao substituir o demissionário Heidfeld. Barrichello cumpriu uma temporada melancólica, ao ser desprezado de vez pela Ferrari e especialmente pelo companheiro Schumacher (a ultrapassagem na última volta em Mônaco foi equiparável a um insulto, na minha opinião; sem contar a fechada na 1.ª curva de Indianápolis, na volta do alemão dos boxes).
Em 2005, praticamente todos os pilotos pontuaram, e todas as equipes tiveram chances de aparecer nas transmissões. Essa temporada, mais do que as anteriores desde 1986 (ou antes até, nas quais tenho memória fragmentária), eu pude acompanhar o desenrolar de todas as corridas e a performance de todos os pilotos. Nesse sentido, a revista Racing e, sobretudo, as conversas com o Gilberto (não o Dioberto) e as resenhas neste blog, foram muito proveitosas - as resenhas cumpriram a finalidade que eu me propus no início deste ano, e certamente essa iniciativa será direcionada para outros eventos (v.g., Copa do Mundo da Alemanha).
A categoria se aproxima cada vez mais de se tornar uma disputa entre montadoras, após a venda da Jordan para Midland, da Minardi para a RBR, da Sauber para a BMW, e da BAR para a Honda. Espera-se que o ano de 2006 conte com mais equipes e pilotos brigando pelo título. McLaren e Renault naturalmente correm pelo campeonato; Honda desponta como outra favorita, especialmente por ter assumido de vez a BAR e com a dupla de pilotos dos sonhos (Button e Barrichello). Toyota, que teve um bom final de temporada, também poderá andar mais forte. A temporada de 2006 reserva algumas atrações particulares, como será observar a performance das equipes RBR júnior - que assume a Minardi -; Midland, que adquiriu a Jordan; Williams que correrá sob novo patrocinador e com motores Cosworth, após anos de patrocínio da HP e motores BMW; e, finalmente, a BMW e a Honda com equipes próprias. Para os brasileiros será de particular interesse acompanhar como se comportarão Rubinho na Honda e Massa na Ferrari. Depois de muitos anos poderemos contar com pilotos em equipes de ponta, e em condições de brigar por vitórias. Mas o melhor é aguardar e torcer para que tudo dê certo - o que vier é lucro.
CHINESE GRAND PRIX RESULTS - OCTOBER 16, 2005 - 56 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 56 1h39m53.618
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 56 4.015
3. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 56 25.376
4. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 56 26.114
5. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 56 31.839
6. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 56 36.400
7. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 56 36.842
8. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 56 41.249
9. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 56 44.247
10. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 56 59.977
11. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 56 1m24.648
12. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 56 1m32.812
13. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 55 1 Lap
14. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 55 1 Lap
15. JARNO TRULLI Italy Toyota 55 1 Lap
16. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 51 5 Laps
R TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 34 Gearbox
R NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 28 Accident
R JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 24 Damage
R MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 22 Spin
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 56 1:33.242
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 133
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 112
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 62
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 60
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 58
6. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 45
7. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 38
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 37
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 36
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 24
13. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 11
14. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 9
16. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
17. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
18. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
CONSTRUCTORS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS CONSTRUCTOR POINTS
1. RENAULT 191
2. MCLAREN-MERCEDES 182
3. FERRARI 100
4. TOYOTA 88
5. WILLIAMS-BMW 66
6. BAR-HONDA 38
7. RED BULL-COSWORTH 34
8. SAUBER-PETRONAS 20
9. JORDAN-TOYOTA 12
10. MINARDI-COSWORTH 7
Por alguma razão, perdi o treino de classificação às 2h da madrugada de sexta para sábado. De qualquer sorte, Alonso e Fisichella formaram a 1.ª fila, seguidos de Raikkonen. Montoya fez o 5.º tempo, Schumacher o 6.º, e Massa o 11.º. Karthikeyan surpreendeu e fez tempo melhor que os pilotos da Minardi, do seu companheiro na Jordan, Villeneuve e Pizzonia.
O GP da China tinha largada prevista para as 4h de sábado para domingo, já sob o horário de verão brasileiro. No warm up, antes dos carros alinharem para o grid, Schumacher foi estranhamente abalroado por Albers, acarretando a destruição de ambos os carros. Os dois pilotos largaram dos boxes com os carros reserva.
Na largada, Alonso saiu na ponta e Fisichella soube conter os pilotos da McLaren. Sato queimou a largada e foi penalizado com uma passagem pelos boxes. A corrida seguia sem maiores emoções quando Montoya, em determinada curva, passou sobre uma tampa de drenagem do circuito. O objeto permaneceu na pista e determinou a entrada do carro madrinha por algumas voltas. Montoya ainda foi duas vezes aos boxes - para trocar o pneu avariado e para abastecimento -, mas foi obrigado a desistir da prova.
A corrida foi novamente interrompida após forte batida de Karthikeyan - seu carro, destroçado, parou no meio da reta. Cumpre salientar que a transmissão de TV perdeu de mostrar devidamente esse acidente, assim como a incrível rodada de Schumacher, atrás de Massa, numa curva de baixa velocidade e com o carro-madrinha na pista. E por falar em transmissão de TV, por causa da corrida da Stock Car em Tarumã neste fim-de-semana, ficamos privados dos sempre pertinentes comentários do Luciano Burti. O narrador Cléber Machado mostrou-se particularmente irritante, sobretudo quando insinuou que as equipes teriam de pedir previamente à direção de prova para trocar de pneu quando este estivesse a ponto de causar perigo ao piloto. Reginaldo Leme viu-se obrigado a intervir e esclarecer que a equipe é quem assume a incumbência de efetuar a troca, justificando-se com a direção de prova ao final da corrida. Não entendo porque o narrador do SporTV, Lucas Pereira, não é convocado para tomar conta do automobilismo na Globo. Até o seu substituto, Daniel Pereira, que eu não conhecia, se mostrou mais competente que os da Globo.
No final da prova, Fisichella, que perdera a 2.ª posição para Raikkonen nos boxes (2.ª parada), foi penalizado com uma passagem nos boxes por ter bloqueado indevidamente a entrada dos demais pilotos nos boxes; a intenção do italiano era guardar em movimento o pit de Alonso, tentando resguardar sua posição na volta à pista. Tal expediente foi utilizado pela McLaren no GP da Bélgica, sem maior constrangimento e sem conseqüência alguma, de modo que eu não entendi a razão da
punição ao Fisichella.
Com isso, Ralfinho assumiu a 3.ª posição e subiu ao pódio. Klien fez uma bela corrida e pressionou muito o Massa nas últimas 15 voltas; o brasileiro, apesar do equipamento inferior, suportou as ameaças do austríaco e marcou pontos suficientes para finalizar o campeonato na frente de Villeneuve. Barrichello, por sua vez, com pneus bastante desgastados, não teve a mesma sorte, e sucumbiu diante de Weber, Button e Coulthard.
O GP da China serviu para consolidar o título de Alonso, pois foi a sua 7.º vitória em 2005 - o espanhol terminou empatado com Raikkonen em número de vitórias, mas superou o finlandês em termos de regularidade.
A temporada de 2005 foi mesmo longa e cansativa, sobretudo pela série de corridas no domingo pela manhã (teve mês com 4 GP´s!). Foi positivo, pelo menos, o fim da supremacia da Ferrari e de Schumacher, com a ascensão de novos pilotos com futuro promissor e uma disputa de campeonato empolgante entre um piloto veloz e já experiente, correndo por uma equipe bem estruturada e com carro competitivo, e outro igualmente veloz, que adquiriu muita experiência, correndo com o carro mais veloz mas com problemas de confiabilidade do motor. É indiscutível que Alonso e Renault mereceram os títulos; os destaques, no entanto, ao longo da temporada foram Raikkonen e a McLaren, que aparecem como postulantes diretos para a disputa de 2006, juntamente com Montoya, que aparentemente acertou o passo na equipe inglesa. Foi legal de ver, também, o bom desempenho da RBR com Coulthard e Klien, bem como algumas apresentações empolgantes do Massa. A Toyota e a BAR, igualmente, tiveram bons momentos. Jordan e Minardi correram com os pilotos mais destacados dos últimos anos, e fizeram uma boa temporada, em comparação com as anteriores. Lamentável foi ver o campeão do mundo Jacques Villeneuve correndo sem inspiração e com o futuro
comprometido na categoria. Pizzonia foi outra decepção - não dá nem pra torcer pelo cara, depois das fracas atuações nas 5 provas em que teve chance como piloto titular, ao substituir o demissionário Heidfeld. Barrichello cumpriu uma temporada melancólica, ao ser desprezado de vez pela Ferrari e especialmente pelo companheiro Schumacher (a ultrapassagem na última volta em Mônaco foi equiparável a um insulto, na minha opinião; sem contar a fechada na 1.ª curva de Indianápolis, na volta do alemão dos boxes).
Em 2005, praticamente todos os pilotos pontuaram, e todas as equipes tiveram chances de aparecer nas transmissões. Essa temporada, mais do que as anteriores desde 1986 (ou antes até, nas quais tenho memória fragmentária), eu pude acompanhar o desenrolar de todas as corridas e a performance de todos os pilotos. Nesse sentido, a revista Racing e, sobretudo, as conversas com o Gilberto (não o Dioberto) e as resenhas neste blog, foram muito proveitosas - as resenhas cumpriram a finalidade que eu me propus no início deste ano, e certamente essa iniciativa será direcionada para outros eventos (v.g., Copa do Mundo da Alemanha).
A categoria se aproxima cada vez mais de se tornar uma disputa entre montadoras, após a venda da Jordan para Midland, da Minardi para a RBR, da Sauber para a BMW, e da BAR para a Honda. Espera-se que o ano de 2006 conte com mais equipes e pilotos brigando pelo título. McLaren e Renault naturalmente correm pelo campeonato; Honda desponta como outra favorita, especialmente por ter assumido de vez a BAR e com a dupla de pilotos dos sonhos (Button e Barrichello). Toyota, que teve um bom final de temporada, também poderá andar mais forte. A temporada de 2006 reserva algumas atrações particulares, como será observar a performance das equipes RBR júnior - que assume a Minardi -; Midland, que adquiriu a Jordan; Williams que correrá sob novo patrocinador e com motores Cosworth, após anos de patrocínio da HP e motores BMW; e, finalmente, a BMW e a Honda com equipes próprias. Para os brasileiros será de particular interesse acompanhar como se comportarão Rubinho na Honda e Massa na Ferrari. Depois de muitos anos poderemos contar com pilotos em equipes de ponta, e em condições de brigar por vitórias. Mas o melhor é aguardar e torcer para que tudo dê certo - o que vier é lucro.
CHINESE GRAND PRIX RESULTS - OCTOBER 16, 2005 - 56 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 56 1h39m53.618
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 56 4.015
3. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 56 25.376
4. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 56 26.114
5. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 56 31.839
6. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 56 36.400
7. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 56 36.842
8. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 56 41.249
9. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 56 44.247
10. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 56 59.977
11. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 56 1m24.648
12. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 56 1m32.812
13. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 55 1 Lap
14. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 55 1 Lap
15. JARNO TRULLI Italy Toyota 55 1 Lap
16. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 51 5 Laps
R TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 34 Gearbox
R NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 28 Accident
R JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 24 Damage
R MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 22 Spin
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 56 1:33.242
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 133
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 112
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 62
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 60
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 58
6. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 45
7. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 38
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 37
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 36
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 24
13. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 11
14. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 9
16. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
17. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
18. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
CONSTRUCTORS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS CONSTRUCTOR POINTS
1. RENAULT 191
2. MCLAREN-MERCEDES 182
3. FERRARI 100
4. TOYOTA 88
5. WILLIAMS-BMW 66
6. BAR-HONDA 38
7. RED BULL-COSWORTH 34
8. SAUBER-PETRONAS 20
9. JORDAN-TOYOTA 12
10. MINARDI-COSWORTH 7
terça-feira, 11 de outubro de 2005
Fórmula 1 - GP do Japão (18.ª etapa, 10/10/2005, 2:00)
Com o campeonato decidido em favor de Alonso, as atenções se voltam para o campeonato de construtores e para a próxima temporada. A cada dia surgem novidades, como a confirmação da compra da BAR pela Honda - já a partir de 2006 Rubinho e Button correrão sob o nome da Honda, sendo que provavelmente haverá um time B da construtora japonesa, no qual correria Sato e outro piloto (Davidson?). Anunciou-se, também, o interesse da Coca-Cola em ingressar com patrocínio forte para alguma equipe, a fim de rivalizar com a Red Bull. Outra confirmação foi que a Williams correrá com motores Toyota em 2007.
Falou-se que nestas duas últimas provas haveria maior disputa de posições, especialmente quanto aos pilotos da Renault e McLaren pela decisão do título de construtores; Alonso, já campeão, poderia ser mais agressivo e seria desejável que brigasse pela vitória e não somente pelos pontos. Isso tudo sem menosprezar a disputa entre as outras equipes por melhores colocações no campeonato, como BAR, Toyota, Ferrari, Williams e RBR.
O treino de sábado (horário excelente - 1h da manhã de sexta para sábado) foi espetacular. A pista estava molhada, mas não chovia no início da classificação. Os brasileiros, no entanto, fizeram voltas medíocres, especialmente Pizzonia. Depois da metade do treino começou a chover forte, o que prejudicou os últimos a saírem da pista. O grid ficou, então, praticamente invertido. Ralfinho foi o pole, seguido de Button e Fisichella. Mas Alonso foi o 16.º, e Raikkonen 17.º. Schumacher largou mais à frente, em 14.ª. Para se ter uma idéia, Albers foi o 13.º.
Na largada, Ralfinho manteve a liderança, mas Button foi mal (saia uma estranha fumaça da BAR do inglês). Coulhtard foi brilhante, largando em 6.º e conseguindo 2 posições antes da 1.ª curva. Sato e Rubinho se passaram na mesma curva e foram para a areia; o brasileiro furou o pneu traseiro esquerdo e o japonês danificou o bico. Antes da reta dos boxes, Villeneuve apertou Montoya e mandou o colombiano para o guard rail. Posteriormente foi considerado culpado pelo acidente e foi-lhe acrescido 20s do tempo de prova. O carro-madrinha entrou e liderou os carros por mais de 5 voltas. Na relargada, Schumacher superou Klien. Pizzonia, de maneira ridícula, rodou e saiu da prova de forma melancólica. O Cléber Machado chegou a gritar "Olha aí o Weber rodando". Quando a TV mostrou que era o Pizzonia, fez-se um silêncio, e ninguém mais tocou no assunto. A transmissão, diga-se, foi um desastre; o narrador, em dado momento, saiu-se com um "a Honda equipa a equipe BAR".
Mais adiante Sato tirou Trulli da corrida - no final da corrida foi considerado culpado pelo incidente e foi excluído do resultado final da prova. Para o próximo GP, na China, Sato será substituído por Anthony Davidson.
A corrida teve uns pegas muito legais, notadamente entre Schumacher, Alonso e Raikkonen. O espanhol superou o alemão duas vezes, e o finlandês uma, por fora, na 1.ª curva. No final, Alonso ultrapassou Weber na reta dos boxes com grande valentia. Raikkonen teve de parar para um último abastecimento quando liderava, voltando 7s atrás de Fisichella. Passou, então, a caçar o italiano, e na penúltima volta, ultrapassou brilhantemente o 2.º piloto da Renault. Foi uma atuação memorável do finlandês - que agora tem uma vitória a mais que o campeão Alonso - em uma corrida empolgante.
O próximo fim-de-semana encerra a atual temporada, com o GP da China, e será disputado já no nosso horário de verão.
JAPANESE GRAND PRIX RESULTS - OCTOBER 9, 2005 - 53 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 53 1h29m02.212
2. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 53 1.633
3. FERNANDO ALONSO Spain Renault 53 17.456
4. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 53 22.274
5. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 53 29.507
6. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 53 31.601
7. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 53 33.879
8. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 53 49.548
9. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 53 51.925
10. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 53 57.509
11. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 53 58.221
12. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 53 1m00.633
13. TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 52 1 Lap
14. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 52 1 Lap
15. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 51 2 Laps
16. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 51 2 Laps
17. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 49 4 Laps
R ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 9 Spin
R JARNO TRULLI Italy Toyota 9 Accident
R JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 0 Accident
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 44 1:31.540
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 123
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 104
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 62
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 60
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 53
6. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 39
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 38
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 36
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 34
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 24
13. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
14. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
15. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
16. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
Falou-se que nestas duas últimas provas haveria maior disputa de posições, especialmente quanto aos pilotos da Renault e McLaren pela decisão do título de construtores; Alonso, já campeão, poderia ser mais agressivo e seria desejável que brigasse pela vitória e não somente pelos pontos. Isso tudo sem menosprezar a disputa entre as outras equipes por melhores colocações no campeonato, como BAR, Toyota, Ferrari, Williams e RBR.
O treino de sábado (horário excelente - 1h da manhã de sexta para sábado) foi espetacular. A pista estava molhada, mas não chovia no início da classificação. Os brasileiros, no entanto, fizeram voltas medíocres, especialmente Pizzonia. Depois da metade do treino começou a chover forte, o que prejudicou os últimos a saírem da pista. O grid ficou, então, praticamente invertido. Ralfinho foi o pole, seguido de Button e Fisichella. Mas Alonso foi o 16.º, e Raikkonen 17.º. Schumacher largou mais à frente, em 14.ª. Para se ter uma idéia, Albers foi o 13.º.
Na largada, Ralfinho manteve a liderança, mas Button foi mal (saia uma estranha fumaça da BAR do inglês). Coulhtard foi brilhante, largando em 6.º e conseguindo 2 posições antes da 1.ª curva. Sato e Rubinho se passaram na mesma curva e foram para a areia; o brasileiro furou o pneu traseiro esquerdo e o japonês danificou o bico. Antes da reta dos boxes, Villeneuve apertou Montoya e mandou o colombiano para o guard rail. Posteriormente foi considerado culpado pelo acidente e foi-lhe acrescido 20s do tempo de prova. O carro-madrinha entrou e liderou os carros por mais de 5 voltas. Na relargada, Schumacher superou Klien. Pizzonia, de maneira ridícula, rodou e saiu da prova de forma melancólica. O Cléber Machado chegou a gritar "Olha aí o Weber rodando". Quando a TV mostrou que era o Pizzonia, fez-se um silêncio, e ninguém mais tocou no assunto. A transmissão, diga-se, foi um desastre; o narrador, em dado momento, saiu-se com um "a Honda equipa a equipe BAR".
Mais adiante Sato tirou Trulli da corrida - no final da corrida foi considerado culpado pelo incidente e foi excluído do resultado final da prova. Para o próximo GP, na China, Sato será substituído por Anthony Davidson.
A corrida teve uns pegas muito legais, notadamente entre Schumacher, Alonso e Raikkonen. O espanhol superou o alemão duas vezes, e o finlandês uma, por fora, na 1.ª curva. No final, Alonso ultrapassou Weber na reta dos boxes com grande valentia. Raikkonen teve de parar para um último abastecimento quando liderava, voltando 7s atrás de Fisichella. Passou, então, a caçar o italiano, e na penúltima volta, ultrapassou brilhantemente o 2.º piloto da Renault. Foi uma atuação memorável do finlandês - que agora tem uma vitória a mais que o campeão Alonso - em uma corrida empolgante.
O próximo fim-de-semana encerra a atual temporada, com o GP da China, e será disputado já no nosso horário de verão.
JAPANESE GRAND PRIX RESULTS - OCTOBER 9, 2005 - 53 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 53 1h29m02.212
2. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 53 1.633
3. FERNANDO ALONSO Spain Renault 53 17.456
4. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 53 22.274
5. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 53 29.507
6. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 53 31.601
7. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 53 33.879
8. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 53 49.548
9. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 53 51.925
10. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 53 57.509
11. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 53 58.221
12. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 53 1m00.633
13. TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 52 1 Lap
14. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 52 1 Lap
15. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 51 2 Laps
16. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 51 2 Laps
17. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 49 4 Laps
R ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 9 Spin
R JARNO TRULLI Italy Toyota 9 Accident
R JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 0 Accident
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 44 1:31.540
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 123
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 104
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 62
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 60
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 53
6. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 39
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 38
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 36
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 34
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 24
13. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
14. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
15. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
16. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
segunda-feira, 3 de outubro de 2005
Discoteca Erga Omnes (Stratovarius)
VISIONS (1997)
Visions foi o primeiro cd que eu ouvi da banda finlandesa, em 1997, mediante locação na famigerada Mad Sound. A escolha foi basicamente pela capa e pelo nome (na parede havia ainda Dreamspace, Fourth Dimension e Episode - todos foram devidamente locados posteriormente). Enfim, a capa e o nome sugeriam que o som seria heavy melódico, e que provavelmente seria bom.
Na audição a primeira surpresa: em que pese constar do tracklist que a primeira faixa é KISS OF JUDAS, na verdade a música inaugural é a clássica BLACK DIAMOND. O riff de abertura (e do refrão) é interpretado por Jens Johansson no harpischord (cravo), bem no estilo do primeiro disco do Malmsteen. Enfim, é o clássico da banda, como SMOKE ON THE WATER é para o Deep Purple e PARANOID é para o Black Sabbath.
KISS OF JUDAS nunca foi das minhas favoritas, mas eu diria que funciona bem ao vivo. Começa com uma levada bem básica na bateria, que acompanha toda a música. O que funciona bem é a guitarra e o vocal de Kotipelto, além do refrão fácil.
FOREVER FREE começa do jeito que eu gosto, com um baita riff com a guitarra desacompanhada. A essas alturas eu já estava curioso para ouvir os outros cds da banda. É de notar que o solo de teclado é violento - geralmente os solos de Johansson não são tão expressivos. Antes do solo tem um teminha muito legal do Tolkki.
BEFORE THE WINTER é bem ruim, como geralmente o são as músicas com dedilhado do Stratovarius.
LEGIONS é outra daquelas que são o meu tipo de música: começa com um riff ouro de guitarra. A fórmula (verso-prechorus-verso-prechorus-refrão-riff-verso-prechorus-refrão-riff-solos-teminha-solo-riff-etc)que segue é batida, mas o riff é matador e ganha a música toda. Efetivamente, é um dos meus Top 10 Riffs de heavy melódico. O refrão, apesar de ufanístico e edificante, é legal, notadamente por causa do vocalista.
THE ABYSS OF YOUR EYES, PARADISE e COMING HOME são músicas que eu verdadeiramente não ouço. Todas têm alguns bons momentos, mas em regrão são dispensáveis (mesmo PARADISE, que foi requisitada no show do Opinião por parte do público, e COMING HOME que foi efetivamente interpretada).
HOLY LIGHT é a instrumental que o STratovarius costumava enfiar nos discos até então. É legal, mas não consegue disfarçar o rip-off do Malmsteen do 1.º disco (com aquela paradinha no meio para um dedilhado de violão, como em Icaru´s Fanfare).
A faixa título encerra o disco com bons riffs, mas tem quase 10 minutos, o que dispersa um pouco a audição.
É inegável a influência dessas músicas do Stratovarius sobre o estilo das músicas que eu costumo compor, notadamente no início do meu envolvimento com bandas (e particularmente, no caso da Burnin´ Boat). Não é a toa que os primeiros riffs que eu compus seguem bem a influência de Stratovarius e Malmsteen (v.g., I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT), como nos casos de TIMESLIDE (música inacabada da Burnin´ Boat, que só tem a letra do Bruce e o riff) e de SLUTS OF JUSTICE (outra inacabada, embora nos últimos tempos - aproximadamente 3 anos - era interpretada na integralidade, geralmente sem vocais).
EPISODE (1996)
Episode é o álbum antecessor de Visions, e o primeiro com Jens Johansson. A primeira música, FATHER TIME, eu tive como a minha favorita da banda por muito tempo (até recentemente). O riff principal é formado nas mesmas posições de BURN do Deep Purple. WILL THE SUN RISE? é uma boa música, com soluções muito interessantes, especialmente o final do riff. No meio da música tem um interlúdio muito interessante, mas que só fica legal na versão de estúdio - ao vivo não flui.
ETERNITY não é das minhas favoritas, especialmente pelos versos com bateria, baixo e acordes no violão. As coisas melhoram, contudo, no pre-chorus e no refrão (este sim muito legal). Depois da instrumental EPISODE, tem a fantástica SPEED OF LIGHT. Efetivamente, não tem o que não gostar nessa música: um baita riff no início (desacompanhado), um dueto furioso de guitarra e teclado e um bom refrão.
UNCERTAINTY eu só curti realmente após ouvir uma versão ao vivo. O riff é muito bom, altamente influenciável. Após SEASON OF CHANGE (anunciada por Kotipelto no show no Opinião como a "mais prog" do repertório), segue a instrumental STRATOSPHERE; bela música, que evidencia a influência Blackmore/Malmsteen mais do que nunca. BABYLON tem o mesmo tom épico de UNCERTAINTY e também é muito boa - até a letra é decente.
A última música digna de nota é FOREVER, uma baladinha em que a dupla Tolkki e Kotipelto, surpreendentemente, acertaram a mão. A música ficou muito melhor na versão ao vivo do Visions of Europe, na qual conta com um backing vocal do público a la LOVE OF MY LIFE do Queen no Rock in Rio.
Fourth Dimension (1995)
Esse é o primeiro com o vocalista Timo Kotipelto, e inicia com um clássico da banda, AGAINST THE WIND. Essa música tem um dos pre-chorus mais legais, especialmente ao vivo onde Tolkki e Kotipelto cantam os versos alternadamente. DISTANT SKIES é uma das favoritas, principalmente pela versão ao vivo do Visions of Europe. O riff é muito legal, e os vocais são contidos e bons, sem aquela afetação tradicional dos vocalistas de heavy melódico. É o tipo de música que eu gostaria de tocar.
As duas primeiras músicas me empolgavam bastante na volta para casa nos tempos de PUCRS, no Campus Ipiranga. A terceira música, GALAXIES, é bem característica da banda, com um refrão muito bom.
STRATOVARIUS é um instrumental, basicamente igual a STRATOSPHERE (do Episode) e HOLY LIGHT (Visions). LORD OF THE WASTELAND é uma das melhores do disco, com um bom riff no harpischord, reproduzido em seguida pela guitarra uma oitava abaixo. Antes do 1.º verso tem um riff muito legal.
030366 (esse é o nome da música) é bem estranha, com umas quebradas bizarras (principalmente na parte só com o baixo), e os vocais com efeitos sombrios. Não sei o que os caras pretendiam com todas essas esquisitices. WE HOLD THE KEY só conta com um bom refrão. TWILIGHT SYMPHONY é outro clássico, mas não é das minhas favoritas. Tenta incorporar elementos eruditos, como o nome sugere, especialmente no interlúdio com guitarra e teclado no contraponto.
Dreamspace (1994)
Esse disco eu consegui emprestado com o Tiago, e é o último com o Timo Tolkki acumulando os vocais com a guitarra. Tolkki tem um alcance impressionante, e o disco tem três músicas que são das minhas favoritas da banda: WE ARE THE FUTURE, SHATTERED e REIGN OF TERROR. As três iniciam com riffs matadores. A última o Bruce costumava dizer que se tratava de um R.O. de SYMPHONY OF DESTRUCTION do Megadeth. Após os solos, Tolkki emite um agudo altíssimo, muito impressionante. SHATTERED é outra que é o meu tipo de música, com um baita riff, bem rápido, que também serve de refrão.
Visions foi o primeiro cd que eu ouvi da banda finlandesa, em 1997, mediante locação na famigerada Mad Sound. A escolha foi basicamente pela capa e pelo nome (na parede havia ainda Dreamspace, Fourth Dimension e Episode - todos foram devidamente locados posteriormente). Enfim, a capa e o nome sugeriam que o som seria heavy melódico, e que provavelmente seria bom.
Na audição a primeira surpresa: em que pese constar do tracklist que a primeira faixa é KISS OF JUDAS, na verdade a música inaugural é a clássica BLACK DIAMOND. O riff de abertura (e do refrão) é interpretado por Jens Johansson no harpischord (cravo), bem no estilo do primeiro disco do Malmsteen. Enfim, é o clássico da banda, como SMOKE ON THE WATER é para o Deep Purple e PARANOID é para o Black Sabbath.
KISS OF JUDAS nunca foi das minhas favoritas, mas eu diria que funciona bem ao vivo. Começa com uma levada bem básica na bateria, que acompanha toda a música. O que funciona bem é a guitarra e o vocal de Kotipelto, além do refrão fácil.
FOREVER FREE começa do jeito que eu gosto, com um baita riff com a guitarra desacompanhada. A essas alturas eu já estava curioso para ouvir os outros cds da banda. É de notar que o solo de teclado é violento - geralmente os solos de Johansson não são tão expressivos. Antes do solo tem um teminha muito legal do Tolkki.
BEFORE THE WINTER é bem ruim, como geralmente o são as músicas com dedilhado do Stratovarius.
LEGIONS é outra daquelas que são o meu tipo de música: começa com um riff ouro de guitarra. A fórmula (verso-prechorus-verso-prechorus-refrão-riff-verso-prechorus-refrão-riff-solos-teminha-solo-riff-etc)que segue é batida, mas o riff é matador e ganha a música toda. Efetivamente, é um dos meus Top 10 Riffs de heavy melódico. O refrão, apesar de ufanístico e edificante, é legal, notadamente por causa do vocalista.
THE ABYSS OF YOUR EYES, PARADISE e COMING HOME são músicas que eu verdadeiramente não ouço. Todas têm alguns bons momentos, mas em regrão são dispensáveis (mesmo PARADISE, que foi requisitada no show do Opinião por parte do público, e COMING HOME que foi efetivamente interpretada).
HOLY LIGHT é a instrumental que o STratovarius costumava enfiar nos discos até então. É legal, mas não consegue disfarçar o rip-off do Malmsteen do 1.º disco (com aquela paradinha no meio para um dedilhado de violão, como em Icaru´s Fanfare).
A faixa título encerra o disco com bons riffs, mas tem quase 10 minutos, o que dispersa um pouco a audição.
É inegável a influência dessas músicas do Stratovarius sobre o estilo das músicas que eu costumo compor, notadamente no início do meu envolvimento com bandas (e particularmente, no caso da Burnin´ Boat). Não é a toa que os primeiros riffs que eu compus seguem bem a influência de Stratovarius e Malmsteen (v.g., I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT), como nos casos de TIMESLIDE (música inacabada da Burnin´ Boat, que só tem a letra do Bruce e o riff) e de SLUTS OF JUSTICE (outra inacabada, embora nos últimos tempos - aproximadamente 3 anos - era interpretada na integralidade, geralmente sem vocais).
EPISODE (1996)
Episode é o álbum antecessor de Visions, e o primeiro com Jens Johansson. A primeira música, FATHER TIME, eu tive como a minha favorita da banda por muito tempo (até recentemente). O riff principal é formado nas mesmas posições de BURN do Deep Purple. WILL THE SUN RISE? é uma boa música, com soluções muito interessantes, especialmente o final do riff. No meio da música tem um interlúdio muito interessante, mas que só fica legal na versão de estúdio - ao vivo não flui.
ETERNITY não é das minhas favoritas, especialmente pelos versos com bateria, baixo e acordes no violão. As coisas melhoram, contudo, no pre-chorus e no refrão (este sim muito legal). Depois da instrumental EPISODE, tem a fantástica SPEED OF LIGHT. Efetivamente, não tem o que não gostar nessa música: um baita riff no início (desacompanhado), um dueto furioso de guitarra e teclado e um bom refrão.
UNCERTAINTY eu só curti realmente após ouvir uma versão ao vivo. O riff é muito bom, altamente influenciável. Após SEASON OF CHANGE (anunciada por Kotipelto no show no Opinião como a "mais prog" do repertório), segue a instrumental STRATOSPHERE; bela música, que evidencia a influência Blackmore/Malmsteen mais do que nunca. BABYLON tem o mesmo tom épico de UNCERTAINTY e também é muito boa - até a letra é decente.
A última música digna de nota é FOREVER, uma baladinha em que a dupla Tolkki e Kotipelto, surpreendentemente, acertaram a mão. A música ficou muito melhor na versão ao vivo do Visions of Europe, na qual conta com um backing vocal do público a la LOVE OF MY LIFE do Queen no Rock in Rio.
Fourth Dimension (1995)
Esse é o primeiro com o vocalista Timo Kotipelto, e inicia com um clássico da banda, AGAINST THE WIND. Essa música tem um dos pre-chorus mais legais, especialmente ao vivo onde Tolkki e Kotipelto cantam os versos alternadamente. DISTANT SKIES é uma das favoritas, principalmente pela versão ao vivo do Visions of Europe. O riff é muito legal, e os vocais são contidos e bons, sem aquela afetação tradicional dos vocalistas de heavy melódico. É o tipo de música que eu gostaria de tocar.
As duas primeiras músicas me empolgavam bastante na volta para casa nos tempos de PUCRS, no Campus Ipiranga. A terceira música, GALAXIES, é bem característica da banda, com um refrão muito bom.
STRATOVARIUS é um instrumental, basicamente igual a STRATOSPHERE (do Episode) e HOLY LIGHT (Visions). LORD OF THE WASTELAND é uma das melhores do disco, com um bom riff no harpischord, reproduzido em seguida pela guitarra uma oitava abaixo. Antes do 1.º verso tem um riff muito legal.
030366 (esse é o nome da música) é bem estranha, com umas quebradas bizarras (principalmente na parte só com o baixo), e os vocais com efeitos sombrios. Não sei o que os caras pretendiam com todas essas esquisitices. WE HOLD THE KEY só conta com um bom refrão. TWILIGHT SYMPHONY é outro clássico, mas não é das minhas favoritas. Tenta incorporar elementos eruditos, como o nome sugere, especialmente no interlúdio com guitarra e teclado no contraponto.
Dreamspace (1994)
Esse disco eu consegui emprestado com o Tiago, e é o último com o Timo Tolkki acumulando os vocais com a guitarra. Tolkki tem um alcance impressionante, e o disco tem três músicas que são das minhas favoritas da banda: WE ARE THE FUTURE, SHATTERED e REIGN OF TERROR. As três iniciam com riffs matadores. A última o Bruce costumava dizer que se tratava de um R.O. de SYMPHONY OF DESTRUCTION do Megadeth. Após os solos, Tolkki emite um agudo altíssimo, muito impressionante. SHATTERED é outra que é o meu tipo de música, com um baita riff, bem rápido, que também serve de refrão.
quinta-feira, 29 de setembro de 2005
Fórmula 1 - GP do Brasil (17.ª etapa, 25/09/2005, 14:00)
Os preparativos para Interlagos foram intensos: Button confirmou-se na BAR, após negociar seu contrato com a Williams; a Williams perderá, ao final deste ano, seu principal patrocinador, a HP. Tudo indica que a escuderia correrá com novas cores para o ano que vem.
A chuva foi uma ameaça o tempo todo, mas só caiu com força quando a pista estava vazia. No treino de sábado, Alonso marcou o melhor tempo, favorecido que foi pelo erro de Raikkonen. O finlandês foi o último a ir para a pista, mas logo na primeira curva do S do Senna, na volta de classificação, o piloto errou e bloqueou a roda dianteira esquerda no freio, de modo que fez apenas o 5.º tempo. A outra McLaren, de Montoya, foi bem, completando a 1.ª fila com Alonso. Os brasileiros foram razoáveis: Pizzonia fez péssima volta (15.º), Massa fez o que pôde (9.º), e Rubinho fez apenas o 10.º (também cometeu erros). Tiago Monteiro foi o destaque positivo, marcando o 13.º tempo. Fisichella também surpreendeu: foi o primeiro a entrar na pista, e conseguiu a 3.ª melhor volta.
A largada foi empolgante: Raikkonen e Schumacher superaram Fisichella com ultrapassagens arrepiantes, mas a corrida foi suspensa devido ao acidente envolvendo Coulthard, Webber e Pizzonia logo na largada. O escocês tentou passar pelo meio das duas Williams, mas foi fechado levemente por Webber, colidindo, então, com Pizzonia; este foi arremessado contra Webber, causando o abandono do brasileiro e de Coulthard. Weber ainda conseguiu voltar aos boxes, para sair 25 voltas depois, pensando na ordem de entrada para a volta de classificação para a próxima corrida.
Na volta 3, o Safety Car abandonou a pista; Montoya aproveitou e superou Alonso, deixando o espanhol ao alcance de Raikkonen. O colombiano abriu grande distância de Alonso, e este limitou-se a controlar as ações de Raikkonen, que, por sua vez, resolveu esperar os pits para fazer ultrapassagem. Ainda na relargada, curiosamente, Schumacher cochilou e foi ultrapassado por Fisichella.
Após os primeiros pits, Montoya liderava seguido de Raikkonen e Alonso. Como o resultado dava o título ao espanhol, Montoya não aliviou para Raikkonen e venceu a corrida. O campeonato, enfim, decidiu-se em favor do piloto com início brilhante e que manteve a regularidade nas demais provas.
Os resultados de Interlagos me deixaram na 1.162.º posição na liga da McLaren (equipe ergaomnes) - subi 80 posições.
Na categoria A1GP, Nelsinho Piquet venceu as duas provas do fim de semana, deixando o Brasil na liderança da competição.
BRAZILIAN GRAND PRIX RESULTS - SEPTEMBER 25, 2005 - 71 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 71 1h29m20.574
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 71 2.527
3. FERNANDO ALONSO Spain Renault 71 24.840
4. MICHAEL SCHUMACHER Germany McLaren-Mercedes 71 35.668
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 71 40.218
6. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 71 1m09.173
7. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 70 1 Lap
8. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 70 1 Lap
9. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 70 1 Lap
10. TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 70 1 Lap
11. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 70 1 Lap
12. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 70 1 Lap
13. JARNO TRULLI Italy Toyota 69 2 Laps
14. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 69 2 Laps
15. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 68 3 Laps
R TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 55 Mechanical
R MARK WEBBER Australia Williams-BMW 45
R ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 34 Engine
R ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 0 Accident
R DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 0 Accident
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 29 1:12.268
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 117
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 94
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 60
JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 60
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 45
6. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 38
RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 38
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 32
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 29
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 21
13. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
14. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
15. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
16. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
A chuva foi uma ameaça o tempo todo, mas só caiu com força quando a pista estava vazia. No treino de sábado, Alonso marcou o melhor tempo, favorecido que foi pelo erro de Raikkonen. O finlandês foi o último a ir para a pista, mas logo na primeira curva do S do Senna, na volta de classificação, o piloto errou e bloqueou a roda dianteira esquerda no freio, de modo que fez apenas o 5.º tempo. A outra McLaren, de Montoya, foi bem, completando a 1.ª fila com Alonso. Os brasileiros foram razoáveis: Pizzonia fez péssima volta (15.º), Massa fez o que pôde (9.º), e Rubinho fez apenas o 10.º (também cometeu erros). Tiago Monteiro foi o destaque positivo, marcando o 13.º tempo. Fisichella também surpreendeu: foi o primeiro a entrar na pista, e conseguiu a 3.ª melhor volta.
A largada foi empolgante: Raikkonen e Schumacher superaram Fisichella com ultrapassagens arrepiantes, mas a corrida foi suspensa devido ao acidente envolvendo Coulthard, Webber e Pizzonia logo na largada. O escocês tentou passar pelo meio das duas Williams, mas foi fechado levemente por Webber, colidindo, então, com Pizzonia; este foi arremessado contra Webber, causando o abandono do brasileiro e de Coulthard. Weber ainda conseguiu voltar aos boxes, para sair 25 voltas depois, pensando na ordem de entrada para a volta de classificação para a próxima corrida.
Na volta 3, o Safety Car abandonou a pista; Montoya aproveitou e superou Alonso, deixando o espanhol ao alcance de Raikkonen. O colombiano abriu grande distância de Alonso, e este limitou-se a controlar as ações de Raikkonen, que, por sua vez, resolveu esperar os pits para fazer ultrapassagem. Ainda na relargada, curiosamente, Schumacher cochilou e foi ultrapassado por Fisichella.
Após os primeiros pits, Montoya liderava seguido de Raikkonen e Alonso. Como o resultado dava o título ao espanhol, Montoya não aliviou para Raikkonen e venceu a corrida. O campeonato, enfim, decidiu-se em favor do piloto com início brilhante e que manteve a regularidade nas demais provas.
Os resultados de Interlagos me deixaram na 1.162.º posição na liga da McLaren (equipe ergaomnes) - subi 80 posições.
Na categoria A1GP, Nelsinho Piquet venceu as duas provas do fim de semana, deixando o Brasil na liderança da competição.
BRAZILIAN GRAND PRIX RESULTS - SEPTEMBER 25, 2005 - 71 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 71 1h29m20.574
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 71 2.527
3. FERNANDO ALONSO Spain Renault 71 24.840
4. MICHAEL SCHUMACHER Germany McLaren-Mercedes 71 35.668
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 71 40.218
6. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 71 1m09.173
7. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 70 1 Lap
8. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 70 1 Lap
9. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 70 1 Lap
10. TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 70 1 Lap
11. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 70 1 Lap
12. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 70 1 Lap
13. JARNO TRULLI Italy Toyota 69 2 Laps
14. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 69 2 Laps
15. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 68 3 Laps
R TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 55 Mechanical
R MARK WEBBER Australia Williams-BMW 45
R ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 34 Engine
R ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 0 Accident
R DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 0 Accident
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 29 1:12.268
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 117
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 94
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 60
JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 60
5. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 45
6. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 38
RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 38
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 32
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 29
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 21
13. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
14. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
15. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
16. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
sexta-feira, 16 de setembro de 2005
Discoteca Erga Omnes - AC/DC - Dirty Deeds Done Dirt Cheap
AC/DC - Dirty Deeds Done Dirt Cheap
Ouvi esse cd pela primeira vez em julho de 1993 - aluguei na antiga Vídeo World, perto da TV3, juntamente com o Animalize do Kiss. Na época eu estava bem sintonizado com Razor´s Edge e o Live, de modo que Dirty Deeds causou surpresa: trata-se de um disco de 1976, gravado de um jeito que parece uma demo bem gravada.
Mas é inegável que as músicas são muito boas, mesmo as mais obscuras; eu diria que é divertido ouvir esse disco. A música título, que é a minha favorita, é a primeira faixa, e é igual à versão tocada ainda hoje ao vivo, mas, evidentemente, sofre a condição de ser uma versão de estúdio - muito mais contida. LOVE AT FIRST FEEL tem o mesmo clima dos primeiros discos da banda; um rockinho legal, com bom refrão.
Em BIG BALLS Bon Scott consegue mostrar por que, além de ser um grande vocalista, o cara é acima de tudo um grande artista. Bon interpreta a letra, tornando-a ainda mais hilários os jogos de palavras e os duplos sentidos. ROCKER é um clássico da fase com o falecido vocalista, geralmente empregada para encerrar os shows. Trata de um tema recorrente nas músicas da banda nos anos 70: a vida de roqueiro. É a música mais acelerada do disco.
Inexplicavelmente - para mim, pelo menos -, PROBLEM CHILD é a mesma que aparece no álbum Let There Be Rock. E é uma das melhores músicas de ambos os discos, tendo uma letra com rimas muito legais. THERE´S GONNA BE SOME ROCKIN é uma baita música - divertida e com uma levada irresistível, somando-se a um belo refrão. Diga-se, por sinal, que os backing vocals são excelentes em todas as músicas. AIN´T NO FUN WAITING ROUND TO BE A MILLIONAIRE é outra com letra bastante pessoal, e tem um riff melódico e bem sofisticado (em comparação com os geralmente empregados pelos irmãos Young, que empregam apenas acordes abertos).
RIDE ON é, talvez, a única balada composta pela banda. Mas ao invés de ser uma balada romântica, é daquele tipo de balada triste, engrandecia pelos vocais de Bon Scott, os backing vocals no refrão, e os solos brilhantes de Angus Young. É, realmente, uma música surpreendente e com qualidade superior. SQUEALER é a última e a mais fraca do disco.
Lembro que esses dois cds - Dirty Deeds e Animalize - eu gravei numa fita de 90 minutos, pois ambos tinham menos de 45 minutos. Lembro, ainda, que eu costumava ouvir os dois discos um após o outro - não eram os meus favoritos, mas eu não conseguia ficar indiferente a eles. Mais tarde, elegi Animalize um dos meus favoritos do Kiss, e esse Dirty Deeds um dos bons álbuns do AC/DC.
Ouvi esse cd pela primeira vez em julho de 1993 - aluguei na antiga Vídeo World, perto da TV3, juntamente com o Animalize do Kiss. Na época eu estava bem sintonizado com Razor´s Edge e o Live, de modo que Dirty Deeds causou surpresa: trata-se de um disco de 1976, gravado de um jeito que parece uma demo bem gravada.
Mas é inegável que as músicas são muito boas, mesmo as mais obscuras; eu diria que é divertido ouvir esse disco. A música título, que é a minha favorita, é a primeira faixa, e é igual à versão tocada ainda hoje ao vivo, mas, evidentemente, sofre a condição de ser uma versão de estúdio - muito mais contida. LOVE AT FIRST FEEL tem o mesmo clima dos primeiros discos da banda; um rockinho legal, com bom refrão.
Em BIG BALLS Bon Scott consegue mostrar por que, além de ser um grande vocalista, o cara é acima de tudo um grande artista. Bon interpreta a letra, tornando-a ainda mais hilários os jogos de palavras e os duplos sentidos. ROCKER é um clássico da fase com o falecido vocalista, geralmente empregada para encerrar os shows. Trata de um tema recorrente nas músicas da banda nos anos 70: a vida de roqueiro. É a música mais acelerada do disco.
Inexplicavelmente - para mim, pelo menos -, PROBLEM CHILD é a mesma que aparece no álbum Let There Be Rock. E é uma das melhores músicas de ambos os discos, tendo uma letra com rimas muito legais. THERE´S GONNA BE SOME ROCKIN é uma baita música - divertida e com uma levada irresistível, somando-se a um belo refrão. Diga-se, por sinal, que os backing vocals são excelentes em todas as músicas. AIN´T NO FUN WAITING ROUND TO BE A MILLIONAIRE é outra com letra bastante pessoal, e tem um riff melódico e bem sofisticado (em comparação com os geralmente empregados pelos irmãos Young, que empregam apenas acordes abertos).
RIDE ON é, talvez, a única balada composta pela banda. Mas ao invés de ser uma balada romântica, é daquele tipo de balada triste, engrandecia pelos vocais de Bon Scott, os backing vocals no refrão, e os solos brilhantes de Angus Young. É, realmente, uma música surpreendente e com qualidade superior. SQUEALER é a última e a mais fraca do disco.
Lembro que esses dois cds - Dirty Deeds e Animalize - eu gravei numa fita de 90 minutos, pois ambos tinham menos de 45 minutos. Lembro, ainda, que eu costumava ouvir os dois discos um após o outro - não eram os meus favoritos, mas eu não conseguia ficar indiferente a eles. Mais tarde, elegi Animalize um dos meus favoritos do Kiss, e esse Dirty Deeds um dos bons álbuns do AC/DC.
terça-feira, 13 de setembro de 2005
Fórmula 1 - GP da Bélgica (16.ª etapa, 11/09/2005, 9:00)
Desde o fim-de-semana passado, em Monza, a Fórmula 1 viveu dias de muitas notícias de bastidores a respeito das próximas duas temporadas. Desta feita, em Spa, confirmou-se a aquisição da Minardi pela Red Bull. Especula-se, por outro lado, que a McLaren terá um time B para 2007. Para 2006, a Bridgestone fornecerá pneus para Williams (Cosworth), Toyota, Jordan (Midland), Minardi e Ferrari. Também está garantido o motor Toyota para a Williams a partir de 2007. O mercado de pilotos também está movimentado, projetando-se as duplas Raikkonen e Valentino Rossi (Ferrari), e Schumacher e Montoya (McLaren) em 2007. Outros pilotos ainda têm chance de trocar de assento já para a próxima temporada, como Heidfeld (para a BMW), Fisichella (Williams), Weber (Renault), Button (BAR ou Williams), Davidson (Jordan ou BAR), Pizzonia (Williams).
Nos treinos de sexta só houve uma sessão de tempo: caiu um pau d´água invencível em Spa, que preveniu os pilotos de entrarem na pista. Na sessão de classificação de sábado (8h), que eu assisti na íntegra, o tempo estava nublado, com chuva fraca no meio do treino, mas sem comprometer as condições da pista. A dupla da Minardi andou bem (Doornbos e Albers, muito elogiados pelo Luciano Burti), classificando-se na frente da dupla da Jordan (Monteiro e Karthikeyan). Pizzonia teve problemas no 2.º setor e fez apenas o 15.º tempo. Massa andou corretamente, ficando em 7.º. Rubinho, que admitiu ter ido à pista com tanque cheio, foi apenas o 12.º; Schumacher, pelo contrário, largou com o carro leve, apostando na chuva para a corrida, fez o 6.º tempo. Fisichella fez a 3.ª volta mais rápida, mas por ter trocado o motor, perdeu dez posições, de modo que largou em 13.º. Na primeira fila ficou, pela primeira vez, a dupla da McLaren: Montoya e Raikkonen, seguidos por Trulli, Alonso e Ralfinho Schumacher. Ainda no sábado, o Nelsinho Piquet venceu, finalmente, uma corrida pela GP2.
Na manhã de domingo, por algum motivo, tive um desentendimento com o meu despertador, de modo que só pude acompanhar a metade final da corrida (por sorte o SporTV estava desembaraçado no horário das 22h - o Federer ganhou do Agassi no US Open, sem precisar de 5 horas de jogo...). De qualquer maneira, a largada não teve maiores incidentes. Na 10.ª volta, Fisichella saiu da pista e chocou-se no guard rail, dando ensejo à entrada do carro-madrinha (aka Safety Car). TODOS os pilotos aproveitaram para entrar nos pits, oportunidade na qual a McLaren foi brilhante pois Montoya, que era o 1.º, fez sua parada normalmente, ao passo que Raikkonen, o 2.º, para não ficar aguardando inutilmente a parada do colombiano, retardou a marcha de maneira que pôde fazer o pit sem prejuízo da sua colocação na corrida. Após a relargada, Sato colheu a traseira de Schumacher numa curva de baixa velocidade, tirando os dois da corrida. O alemão saiu do carro e dirigiu-se ao japonês visivelmente transtornado, culminando sua indignação com um tapa na viseira de Sato, que perderá 10 posições no grid de Interlagos por conta desse incidente.
A pista estava molhada no início da corrida, mas não chovia, de modo que em alguns pontos do circuíto foi-se formando uma trilha seca, o que empolgou alguns pilotos a ponto de trocarem os pneus intermediários por pneus slick. Tal estratégia, em todos os casos, revelou-se despicienda, notadamente nos casos de Pizzonia, Massa (jogou fora um pódio certo, pois estava em 4.º na hora do pit e, com os desdobramentos posteriores da corrida, teria chegado em 3.º) e Ralfinho (que estava em 2.º, muito próximo de Montoya, mas botou tudo a perder com a troca de pneus equivocada - rodou logo na volta à pista). Todos estes pilotos tiveram de voltar aos boxes para desfazer a bobagem. Rubinho acabou fazendo um bom trabalho, deixando para trocar os pneus para slick apenas faltando menos de 10 voltas para o final, quando já havia perdido posição para Button, e tinha grande vantagem sobre Villeneuve. Button fez excelente corrida, com boas ultrapassagens, especialmente uma por fora na curva sobre Villeneuve (se não estou enganado).
Após o incidente com Ralfinho, Raikkonen reduziu rapidamente a diferença (de 7 segundos) para Montoya; quando este foi para os boxes, o finlandês fez voltas lançadas o suficiente para garantir a 1.ª colocação, mesmo com seu pit. A estratégia foi perfeita, não dando qualquer chance para reclamações de jogo de equipe; quando Raikkonen voltou à pista, na imagem ao fundo aparecia Montoya fazendo a curva.
A despeito do insucesso de alguns, Spa proporcionou atuações brilhantes de alguns pilotos de menor destaque como Monteiro, que andou boa parte da corrida (e finalizou)na zona de pontuação (em 8.º).
Faltando 4 voltas para o final, Pizzonia, inexplicavelmente, acertou a traseira de Montoya e tirou o pódio do colombiano. A 2.ª colocação ficou, então, de presente para Alonso, que fez corrida cautelosa e segura. O brasileiro foi punido com multa após o GP.
Com o resultado em Spa, a decisão do título ficou adiada para o GP do Brasil, bem do jeito exaustivamente preconizado pelo Galvão, que a todo o momento dizia que "tá com cara de que o título vai ser decidido em Interlagos, amigo!", ou então que "tô apostando que o título vai ser decidido em Interlagos, amigo!". De toda maneira, seria sensacional se a decisão do campeonato ocorresse mesmo em Interlagos; mas para o esporte (!?), o ideal seria uma chuva torrencial em Interlagos e que a decisão perdurasse até a última corrida.
Por último, cabe o registro do brutal acidente que teve Ryan Briscoe nas 300 milhas de Chicago pela IRL. O australiano, ex-piloto de testes da Toyota, após roçar em Alex Barron, passou a sua roda dianteira direita sobre a dianteira esquerda de Barron; o carro decolou, chocando-se violentamente contra o alambrado e partindo-se em dois - o motor ainda foi jogado para longe. A colisão teve, ainda, labaredas de fogo. Apesar de tudo, o piloto saiu com algumas lesões, sem maiores conseqüências, aparentemente. O acidente foi um dos mais espetaculares que eu já vi, e remeteu imediatamente ao sofrido pelo sueco Kenny Brack na última etapa da temporada de 2003.
A corrida de Chicago teve a vitória do líder Dan Wheldon, seguido por Helio Castro Neves (0s0133 - diferença de centímetros). Tony Kanaan chegou em 5.º, praticamente sem chances de postular o título. A corrida foi tensa, com os carros correndo muito juntos; a todo momento parecia que haveria choque entre as rodas - Danica Patrick e Kanaan foram alguns dos que tiveram de aliviar o pé para evitar colisões.
BELGIAN GRAND PRIX RESULTS - SEPTEMBER 11, 2005 - 44 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 44 1h30m01.295
2. FERNANDO ALONSO Spain Renault 44 28.394
3. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 44 32.077
4. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 44 1m09.157
5. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 44 1m18.136
6. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 44 1m27.439
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 44 1m27.574
8. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 43 1 Lap
9. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 43 1 Lap
10. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 43 1 Lap
11. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 43 1 Lap
12. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 42 2 Laps
13. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 41 3 Laps
14. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 40 Accident
15. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 39 Accident
R JARNO TRULLI Italy Toyota 34 Accident
R DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 18 Engine
R MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 13 Accident
R TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 13 Accident
R GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 10 Accident
FASTEST LAP: R.Schumacher Germany Toyota 43 1:51.453
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 111
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 86
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 55
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 50
5. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
6. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 41
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 37
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 35
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 30
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 29
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 21
13. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
14. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
15. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
16. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
Nos treinos de sexta só houve uma sessão de tempo: caiu um pau d´água invencível em Spa, que preveniu os pilotos de entrarem na pista. Na sessão de classificação de sábado (8h), que eu assisti na íntegra, o tempo estava nublado, com chuva fraca no meio do treino, mas sem comprometer as condições da pista. A dupla da Minardi andou bem (Doornbos e Albers, muito elogiados pelo Luciano Burti), classificando-se na frente da dupla da Jordan (Monteiro e Karthikeyan). Pizzonia teve problemas no 2.º setor e fez apenas o 15.º tempo. Massa andou corretamente, ficando em 7.º. Rubinho, que admitiu ter ido à pista com tanque cheio, foi apenas o 12.º; Schumacher, pelo contrário, largou com o carro leve, apostando na chuva para a corrida, fez o 6.º tempo. Fisichella fez a 3.ª volta mais rápida, mas por ter trocado o motor, perdeu dez posições, de modo que largou em 13.º. Na primeira fila ficou, pela primeira vez, a dupla da McLaren: Montoya e Raikkonen, seguidos por Trulli, Alonso e Ralfinho Schumacher. Ainda no sábado, o Nelsinho Piquet venceu, finalmente, uma corrida pela GP2.
Na manhã de domingo, por algum motivo, tive um desentendimento com o meu despertador, de modo que só pude acompanhar a metade final da corrida (por sorte o SporTV estava desembaraçado no horário das 22h - o Federer ganhou do Agassi no US Open, sem precisar de 5 horas de jogo...). De qualquer maneira, a largada não teve maiores incidentes. Na 10.ª volta, Fisichella saiu da pista e chocou-se no guard rail, dando ensejo à entrada do carro-madrinha (aka Safety Car). TODOS os pilotos aproveitaram para entrar nos pits, oportunidade na qual a McLaren foi brilhante pois Montoya, que era o 1.º, fez sua parada normalmente, ao passo que Raikkonen, o 2.º, para não ficar aguardando inutilmente a parada do colombiano, retardou a marcha de maneira que pôde fazer o pit sem prejuízo da sua colocação na corrida. Após a relargada, Sato colheu a traseira de Schumacher numa curva de baixa velocidade, tirando os dois da corrida. O alemão saiu do carro e dirigiu-se ao japonês visivelmente transtornado, culminando sua indignação com um tapa na viseira de Sato, que perderá 10 posições no grid de Interlagos por conta desse incidente.
A pista estava molhada no início da corrida, mas não chovia, de modo que em alguns pontos do circuíto foi-se formando uma trilha seca, o que empolgou alguns pilotos a ponto de trocarem os pneus intermediários por pneus slick. Tal estratégia, em todos os casos, revelou-se despicienda, notadamente nos casos de Pizzonia, Massa (jogou fora um pódio certo, pois estava em 4.º na hora do pit e, com os desdobramentos posteriores da corrida, teria chegado em 3.º) e Ralfinho (que estava em 2.º, muito próximo de Montoya, mas botou tudo a perder com a troca de pneus equivocada - rodou logo na volta à pista). Todos estes pilotos tiveram de voltar aos boxes para desfazer a bobagem. Rubinho acabou fazendo um bom trabalho, deixando para trocar os pneus para slick apenas faltando menos de 10 voltas para o final, quando já havia perdido posição para Button, e tinha grande vantagem sobre Villeneuve. Button fez excelente corrida, com boas ultrapassagens, especialmente uma por fora na curva sobre Villeneuve (se não estou enganado).
Após o incidente com Ralfinho, Raikkonen reduziu rapidamente a diferença (de 7 segundos) para Montoya; quando este foi para os boxes, o finlandês fez voltas lançadas o suficiente para garantir a 1.ª colocação, mesmo com seu pit. A estratégia foi perfeita, não dando qualquer chance para reclamações de jogo de equipe; quando Raikkonen voltou à pista, na imagem ao fundo aparecia Montoya fazendo a curva.
A despeito do insucesso de alguns, Spa proporcionou atuações brilhantes de alguns pilotos de menor destaque como Monteiro, que andou boa parte da corrida (e finalizou)na zona de pontuação (em 8.º).
Faltando 4 voltas para o final, Pizzonia, inexplicavelmente, acertou a traseira de Montoya e tirou o pódio do colombiano. A 2.ª colocação ficou, então, de presente para Alonso, que fez corrida cautelosa e segura. O brasileiro foi punido com multa após o GP.
Com o resultado em Spa, a decisão do título ficou adiada para o GP do Brasil, bem do jeito exaustivamente preconizado pelo Galvão, que a todo o momento dizia que "tá com cara de que o título vai ser decidido em Interlagos, amigo!", ou então que "tô apostando que o título vai ser decidido em Interlagos, amigo!". De toda maneira, seria sensacional se a decisão do campeonato ocorresse mesmo em Interlagos; mas para o esporte (!?), o ideal seria uma chuva torrencial em Interlagos e que a decisão perdurasse até a última corrida.
Por último, cabe o registro do brutal acidente que teve Ryan Briscoe nas 300 milhas de Chicago pela IRL. O australiano, ex-piloto de testes da Toyota, após roçar em Alex Barron, passou a sua roda dianteira direita sobre a dianteira esquerda de Barron; o carro decolou, chocando-se violentamente contra o alambrado e partindo-se em dois - o motor ainda foi jogado para longe. A colisão teve, ainda, labaredas de fogo. Apesar de tudo, o piloto saiu com algumas lesões, sem maiores conseqüências, aparentemente. O acidente foi um dos mais espetaculares que eu já vi, e remeteu imediatamente ao sofrido pelo sueco Kenny Brack na última etapa da temporada de 2003.
A corrida de Chicago teve a vitória do líder Dan Wheldon, seguido por Helio Castro Neves (0s0133 - diferença de centímetros). Tony Kanaan chegou em 5.º, praticamente sem chances de postular o título. A corrida foi tensa, com os carros correndo muito juntos; a todo momento parecia que haveria choque entre as rodas - Danica Patrick e Kanaan foram alguns dos que tiveram de aliviar o pé para evitar colisões.
BELGIAN GRAND PRIX RESULTS - SEPTEMBER 11, 2005 - 44 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 44 1h30m01.295
2. FERNANDO ALONSO Spain Renault 44 28.394
3. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 44 32.077
4. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 44 1m09.157
5. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 44 1m18.136
6. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 44 1m27.439
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 44 1m27.574
8. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 43 1 Lap
9. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 43 1 Lap
10. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 43 1 Lap
11. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 43 1 Lap
12. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 42 2 Laps
13. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 41 3 Laps
14. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 40 Accident
15. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 39 Accident
R JARNO TRULLI Italy Toyota 34 Accident
R DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 18 Engine
R MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 13 Accident
R TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 13 Accident
R GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 10 Accident
FASTEST LAP: R.Schumacher Germany Toyota 43 1:51.453
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 111
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 86
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 55
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 50
5. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
6. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 41
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 37
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 35
9. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 30
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 29
11. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 21
13. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 9
14. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
15. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 7
16. ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
quinta-feira, 8 de setembro de 2005
Shows XXI - Whitesnake - Judas Priest (06/09/2005 - Gigantinho - 21:00)
Dirigimo-nos, eu e Christian, ao Gigantinho perto das 20:00. Na chegada já tivemos o primeiro momento engraçado da noite, que foi no estacionamento, onde o Christian mostrou o crachá de funcionário e imediatamente os guardadores passaram a gritar histericamente uns para os outros "Esse é funcionário! Deixa passar! É funcionário!".
Na fila, logo localizamos a Raquel (com os acréscimos posteriores de Vanessa, Fernando e outros) e ficamos batendo papo - que foi curto, pois em seguida já entramos no Gigantinho e nos posicionamos à direita do palco, nas arquibancadas, lá em cima.
Fernando Noronha fez uma pequena apresentação solo, com as luzes do ginásio acesas. Após uns 5 minutos de pentatônicas, o blueseiro fez o que eu achava que ele tinha que ter feito desde o início: puxou um Hendrix (Voodoo Chile), e foi muito aplaudido. E o cover não ficou só no riff - Noronha arranhou um vocal, que ficou meia-boca, mas valeu pela bravura.
Finalmente, chegada a hora do Whitesnake, a apresentação iniciou com BURN. Coverdale estava em plena forma física, mas a forma vocal deixou a desejar em alguns momentos. Mesmo assim, Coverdale mandou muito, com aquele jeito poser tradicional. Reb Beach - de quem eu esperava melhor performance - fez o vocal da parte do Glenn Hughes, e foi o responsável por backing vocals muito impressionantes durante a noite. Não demorou muito para percebermos que o guitarrista MVP da noite seria o Doug Aldrich. O cara lembra muito Randy Rhoads ou Zakk Wylde (dependendo do ponto de vista) e dominou completamente as partes de guitarra. A todo o momento eu e Christian falávamos "esse alemão é f...!". É do tipo de cara que faz as coisas parecerem extremamente simples; deu vontade de tirar todas as músicas do Whitesnake.
Depois do solo de teclado de BURN, eles emendaram STORMBRINGER até o refrão, voltando então para o último verso de BURN. BAD BOYS foi sensacional, especialmente por causa de Doug Aldrich. Da arquibancada vimos que a galera na pista agitou bastante batendo palmas e erguendo o punho direito no ritmo das músicas. Foi realmente empolgante, sobretudo em músicas como LOVE AIN´T NO STRANGER, na qual Coverdale cantou perfeitamente.
SLOW AND EASY teve Aldrich com uma Telecaster e slide. Música perfeita para interação com a galera. GIVE ME ALL YOUR LOVE também causou comoção. Cabe destacar, também, a performance empolgante de Tommy Aldridge, que é o baterista mais performático que eu já vi (só perde para Mikkey Dee - Ian Paice não conta, pois este é de outro patamar). No solo de bateria, após alguns rolos e batidas tradicionais, Aldridge jogou as baquetas para o público e continuou o solo com as mãos, batendo com toda a força.
Teve um instrumental com solos de Aldrich e Beach, mas eu não identifiquei se era alguma música ou se era apenas alguns riffs de jam. O show teve ainda CRYING IN THE RAIN (que eu não esperava). IS THIS LOVE foi cantada pelo ginásio inteiro. Coverdale foi perfeito. HERE I GO AGAIN, provavelmente, foi a melhor música da noite. O show encerrou-se com STILL OF THE NIGHT, com uma versão matadora. Aquela parada no meio, que eu geralmente passo fast forward no cd, ficou muito legal ao vivo, notadamente pela atuação do MVP Aldrich.
O show foi curto mesmo. Faltaram, no mínimo, FOOL FOR YOUR LOVING (a minha favorita), SLIDE IT IN e alguma outra da fase Steve Vai, como NOW YOU´RE GONE ou DEEPER THE LOVE. Agora, dos caras que tocaram no Deep Purple, falta em ver Blackmore, Glenn Hughes e Joe Lynn Turner.
Vimos, então, o palco do Judas Priest sendo montado, que ficou muito maior que o do Whitesnake, com degraus e dois corredores suspensos, um de cada lado do palco. Antes da banda entrar no palco, nos posicionamos na pista à direita do palco, bem perto de onde ficaria KK Downing. Em seguida o sistema de som anunciou THE HELLION, que seguiu com ELETRIC EYE com a banda no palco. Rob Halford surgiu somente no início dos versos, num pedestal acima da bateria. Foi a visão mais sinistra que eu já vi em shows, pois o vocalista passou a música inteira cantando parado, segurando o microfone com as duas mãos, e de olhos fechados. Parecia bem demoníaco. METAL GODS seguiu, e o vocalista permaneceu robótico. Halford ganhou a noite pelos agudos altíssimos que alcançou. Realmente, o cara está cantando muito. Em RIDING ON THE WIND o vocalista se soltou mais, caminhando pelo palco. Sobre Halford cabe dizer ainda que ele sabe como ninguém interagir com a galera, sempre elogiando a agitação e o barulho do público com sinais de ok e alguns "C´mon!" fora do microfone (em uma música pudemos ouvir a voz do cara, mesmo sem o microfone).
TOUCH OF EVIL foi bem legal, com Halford "interpretando" a letra da música. JUDAS IS RISING foi a primeira do disco novo e foi uma paulada na orelha. REVOLUTION seguiu, e foi tão ruim como a versão de estúdio (é realmente uma música dispensável). Halford, então, anunciou uma música do British Steel, que não era outra senão BREAKING THE LAW ("Break the what?"). Legal que no início da música, com o riff característico, Halford palhetou a guitarra de Downing, que palhetou a guitarra de Glen Tipton, que palhetou o baixo de Ian Hill.
DIAMONDS AND RUST teve violões e foi legal, como sempre. Halford também interpretou essa música. A ordem das músicas eu não lembro exatamente, pois a essas alturas eu já estava bem cansado, sem voz e sem ouvido, mas teve duas músicas do disco novo (HELLRIDER, uma verdadeira paulada, e DEAL WITH THE DEVIL) e duas surpresas: I´M A ROCKER e TURBO LOVER. Em seguida dois clássicos: BEYOND THE REALMS OF DEATH (no qual Halford se poupou nos gritos do refrão) e VICTIM OF CHANGES (pela primeira vez achei legal aquela introdução com as duas guitarras).
Para minha total surpresa, os caras tocaram uma das minhas favoritas: EXCITER. Nesta o vocalista começou a declinar nas partes mais agudas, e seguramente foi a que teve a sua performance mais fraca. Mas a música ainda valeu. PAINKILLER foi anunciada e causou comoção. Scott Travis, que permaneceu apático o show inteiro, reproduziu aquela introdução de bateria sem maior esforço. O solo de Tipton ficou meio embolado no início, mas deu para reconhecer as partes principais, notadamente os bends. Halford também aqui teve de segurar alguns agudos.
No bis, Halford voltou a bordo de uma Harley Davidson (que eu honestamente não esperava que aparecesse) para HELL BENT FOR LEATHER. Após LIVING AFTER MIDNIGHT, começamos a nos movimentar para perto de alguma saída do ginásio. Mas o show ainda não havia encerrado, pois YOU´VE GOT ANOTHER THING COMIN´ (o trocadilho é inevitável). Nessa música Halford deu uma bitoca na bochecha de Tipton, que riu e permaneceu olhando pra galera aparentando tranqüilidade. Nós rimos bastante. O legal foi ver que os caras ainda têm fôlego e disposição para um show de 2 horas com som no volume 10. No entanto, entendemos que o set list foi um pouco excessivo, com sobra de umas 5 ou 6 músicas. O show encerrou-se definitivamente às 1h10min. Na saída, ainda deu tempo de encontrar de passagem o Sávio da Hibria, e também Bruce e Luciano, com quem bati um rápido bate-papo (aparentemente os caras chegaram com o show do Whitesnake já iniciado, e ficaram nas cadeiras especiais sem ônus).
Para 15/10 já estão anunciando um festival com Scorpions, Testament, Nightwish, Shaman, e outras bandas.
quarta-feira, 7 de setembro de 2005
Fórmula 1 - GP da Itália (15.ª etapa, 04/09/2005, 9:00)
Com o campeonato praticamente decidido em favor de Alonso, restam a torcida pelo final dos insucessos de Raikkonen - de modo que a disputa siga até, pelo menos, o GP do Brasil - , e as especulações para a próxima temporada. Diz-se que a Red Bull poderá adquirir a Minardi, tornando-se proprietária de 2 equipes: uma oficial, a RBR, com Coulthard e Klien, e outra de aspirantes, com, v.g., Liuzzi e Scott Speed.
O treino eu não vi. Raikkonen marcou o melhor tempo, mas perdeu 10 posições por ter trocado de motor. Montoya largou na pole. A corrida eu vi pouco - só da largada até os primeiros pits. Raikkonen manteve-se em 11.º, apostando na conquista de posições após os pits stops. Teria dado certo a estratégia, pois o finlandês correu para fazer um único pit, mas foi obrigado a parar nos boxes para trocar um pneu deteriorado. Nas últimas voltas o finlandês diminuiu significativamente a diferença para Fisichella, e só não teve chance de brigar pela 3.ª posição devido a uma rodada. O mesmo problema de pneu assolou Montoya ao final da corrida, mas para este não fazia sentido abdicar da vitória (que cairia no colo de Alonso) e ir para os boxes faltando menos de 10 voltas. Dessa vez o pneu resistiu, e Montoya venceu de ponta a ponta.
Rubinho passou Schumacher na largada e andou sempre a frente do alemão, mas uma parada não prevista, para trocar pneu que estava esvaziando, comprometeu a atuação do brasileiro.
A corrida foi excelente para outro brasileiro, Antônio Pizzonia, que pôde competir devido a desistência de Heidfeld (que sentiu dores de cabeça após batida no treino de sexta). Apesar de ter feito apenas o 16.º melhor tempo, Pizzonia correu brilhantemente e chegou em 7.º, marcando os 2 pontos da Williams em Monza. Tal atuação garantiu sua participação no GP da Bélgica, no próximo fim de semana, no qual fará aniversário.
Massa largou atrás de Villeneuve, mas ainda assim chegou a frente do canadense.
Em tempo: dia 27/08 fotografei no Praia de Belas o Williams FW26 que permaneceu exposto alguns dias naquela área perto do supermercado. O carro é enorme e muito impressionante.
ITALIAN GRAND PRIX RESULTS - SEPTEMBER 4, 2005 - 53 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 53 1h14m28.659
2. FERNANDO ALONSO Spain Renault 53 2.479
3. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 53 17.975
4. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 53 22.775
5. JARNO TRULLI Italy Toyota 53 33.786
6. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 53 43.975
7. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 53 44.643
8. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 53 1m03.635
9. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 53 1m15.413
10. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 53 1m36.070
11. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 52 1 Lap
12. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 52 1 Lap
13. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 52 1 Lap
14. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 52 1 Lap
15. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 52 1 Lap
16. TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 52 1 Lap
17. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 51 2 Laps
18. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 51 2 Laps
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 51 2 Laps
20. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 50 3 Laps
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 51 1:21.504
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 103
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 76
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 55
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 50
5. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
6. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 41
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 35
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 31
9. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 24
JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 24
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 21
13. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
14. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 6
ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
O treino eu não vi. Raikkonen marcou o melhor tempo, mas perdeu 10 posições por ter trocado de motor. Montoya largou na pole. A corrida eu vi pouco - só da largada até os primeiros pits. Raikkonen manteve-se em 11.º, apostando na conquista de posições após os pits stops. Teria dado certo a estratégia, pois o finlandês correu para fazer um único pit, mas foi obrigado a parar nos boxes para trocar um pneu deteriorado. Nas últimas voltas o finlandês diminuiu significativamente a diferença para Fisichella, e só não teve chance de brigar pela 3.ª posição devido a uma rodada. O mesmo problema de pneu assolou Montoya ao final da corrida, mas para este não fazia sentido abdicar da vitória (que cairia no colo de Alonso) e ir para os boxes faltando menos de 10 voltas. Dessa vez o pneu resistiu, e Montoya venceu de ponta a ponta.
Rubinho passou Schumacher na largada e andou sempre a frente do alemão, mas uma parada não prevista, para trocar pneu que estava esvaziando, comprometeu a atuação do brasileiro.
A corrida foi excelente para outro brasileiro, Antônio Pizzonia, que pôde competir devido a desistência de Heidfeld (que sentiu dores de cabeça após batida no treino de sexta). Apesar de ter feito apenas o 16.º melhor tempo, Pizzonia correu brilhantemente e chegou em 7.º, marcando os 2 pontos da Williams em Monza. Tal atuação garantiu sua participação no GP da Bélgica, no próximo fim de semana, no qual fará aniversário.
Massa largou atrás de Villeneuve, mas ainda assim chegou a frente do canadense.
Em tempo: dia 27/08 fotografei no Praia de Belas o Williams FW26 que permaneceu exposto alguns dias naquela área perto do supermercado. O carro é enorme e muito impressionante.
ITALIAN GRAND PRIX RESULTS - SEPTEMBER 4, 2005 - 53 LAPS
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT LAPS TIRE TIME/RETIRE
1. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 53 1h14m28.659
2. FERNANDO ALONSO Spain Renault 53 2.479
3. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 53 17.975
4. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 53 22.775
5. JARNO TRULLI Italy Toyota 53 33.786
6. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 53 43.975
7. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 53 44.643
8. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 53 1m03.635
9. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 53 1m15.413
10. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 53 1m36.070
11. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 52 1 Lap
12. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 52 1 Lap
13. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 52 1 Lap
14. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 52 1 Lap
15. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 52 1 Lap
16. TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 52 1 Lap
17. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 51 2 Laps
18. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 51 2 Laps
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 51 2 Laps
20. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 50 3 Laps
FASTEST LAP: Raikkonen Finland McLaren-Mercedes 51 1:21.504
DRIVERS CHAMPIONSHIP POSITIONS:
POS DRIVER NATIONALITY ENTRANT POINTS
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 103
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 76
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 55
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 50
5. JARNO TRULLI Italy Toyota 43
6. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 41
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 35
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 31
9. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 24
JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 24
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 21
13. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
14. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 6
ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. ANTONIO PIZZONIA Brazil Williams-BMW 2
23. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
sábado, 27 de agosto de 2005
Shows XX - Stratovarius (25/08/2005 - Bar Opinião)
O Stratovarius teve duas oportunidades para tocar no Rio Grande do Sul, há alguns anos, em Caxias do Sul e em Porto Alegre. Em ambas os shows foram cancelados na véspera, sob alegações de gripes dos músicos (Kotipelto). Dessa forma, quando vi no Whiplash que a banda finlandesa tocaria no Opinião em 25/08 eu duvidei até o último momento, sobretudo pelo fato de não ter visto cartaz algum anunciando o show. Foi só no dia do evento, lendo a ZH, que obtive a confirmação.
Acertei detalhes da ida com o Christian no decorrer do dia (comprei os ingressos na Zeppelin). Chegamos pouco antes das 22:00 e de cara já encontramos o famigerado e onipresente Jorge. O bate-papo foi breve, pois o Jorge (que trabalha no Opinião agora - e presenciou a passagem de som do baterista Jörg Michael pela tarde) avisou que a banda seria pontual. Foi o tempo de entrar no bar e se posicionar na parte de cima (eu fiquei atrás da cabine de iluminação, ao lado do Richard Powell - outra figurinha fácil nos shows).
Em seguida, as luzes se apagaram e os telões passaram a mostrar imagens filmadas pelos próprios músicos desde o aeroporto Salgado Filho até o Millenium Flat (do lado do Praia de Belas). Muito legais as filmagens de Porto que os caras fizeram - a vista da piscina da cobertura do Millenium é o ouro. Durante essas imagens tocou uma música erudita facilmente reconhecível, mas que não sei o nome, nem o compositor.
MANIAC DANCE, do último disco, abriu o show. Belo riff. De cara deu para perceber que Kotipelto encontra-se no auge, cantando a plenos pulmões, e interagindo com o público (inevitáveis "Porto Alegrrree", "tudou boem", "bataam paalmas"). A banda veio com a formação quase-clássica - o baixista, Lauri Porra é novo. O sobrenome do músico foi bastante explorado por Kotipelto pelo significado em português, o que rendeu coros da galera ("Porra, Porra", "Olêee, Olê, Olê, Oláaaa... Porraaa, Porraaa"). Divertidos momentos.
Por outro lado, percebi claramente que Timo Tolkki lembra muito o mágico (ilusionista) gaúcho Kronnos (de quem eu fui colega em algumas cadeiras na PUCRS). O guitarrista utilizou-se apenas de duas caixas de ampli, e impressionou por raramente olhar para a guitarra durante as músicas. O cara, que sempre foi gordo, estava enorme. Jens Johansson, que ficou à esquerda no palco, tocou com o teclado Yamaha virado para o público (como Sherinian fizera no show do Malmsteen). Jörg Michael tem um jeito estranho de tocar - só movimenta os braços para cima e para baixo, com a cabeça voltada para frente. Passou o show inteiro jogando as baquetas para o público, para os roadies, para Tolkki (que, de costas, jogava-as para o público). Porra impressionou pela magreza (tipo os caras do Hellacopters) e pelo baixo Fender, fazendo com que lembrasse Glenn Hughes no California Jam'74.
O set-list seguiu com SPEED OF LIGHT, KISS OF JUDAS e LEGIONS, dando a impressão de que o álbum Visions seria passado em revista. Tolkki, por alguma razão, executou os solos mecanicamente, apenas palhetando rapidamente as notas. Em alguns momentos pareceu travado. Inexplicavelmente, em duas dessas músicas, Tolkki trocou de guitarra após alguns segundos depois da música ter começado. O show prometia, e Kotipelto anunciou uma música do álbum Fourth Dimension: TWILIGHT SYMPHONY, que não é das minhas favoritas (me agradaria mais DISTANT SKIES). Os músicos, então, abandonaram o palco deixando Porra para o seu solo de baixo. O cara fez umas boas improvisações com escalas rápidas, e surpreendeu tocando clássicos da bossa nova. Muito aplaudido, o baixista emendou um trecho massa de slap. Sem competição, foi o músico mais aclamado pela galera.
O violão (preso a um pedestal) ingressou no palco e a banda tocou LAND OF ICE AND SNOW, do último disco. A péssima música serviu para acalmar os ânimos; bizarro foi o baterista voltar ao palco atrasado para a parte com guitarras distorcidas da música. UNITED foi precedida de um vídeo no telão, naquele esquema de introduzir mensagens anti-guerra ("tantos milhões de dólares são gastos em guerra", "X milhões de pessoas morreram por causa das guerras", "we are all in the same BOAT"). A música tem aquela levada copiadíssima de HEAVEN AND HELL (por causa do baixo e bateria), mas conta com um riff bem legal por cima. A música, no entanto, perde o pique e fica longa demais depois dos "ô-ô-ô", de modo que foi brilhante a colocação de AGAINST THE WIND em seguida. Esta conta com um pre-chorus dos mais legais que eu já ouvi, com troca de frases entre Tolkki e Kotipelto. O guitarrista fez backing vocals muito bons em boa parte das músicas.
Seguiu-se, então, a música mais "progressive" (segundo Kotipelto) do set-list: a dispensável SEASON OF CHANGE. COMING HOME (outra do Visions, e que guarda muita semelhança com GLORY OF THE BRAVE do 1.º disco do Hammerfall) foi a seguinte, e ficou legal até. A partir daqui não lembro a ordem correta das músicas, mas seguramente foram tocadas DESTINY (que começa legal, mas é longa demais e cansa), FATHER TIME (matadora, riff nas mesmas posições de BURN), WILL THE SUN RISE?, HUNTING HIGH AND LOW (muito empolgante), FOREVER (melhor momento acústico - a música é perfeita), e BLACK DIAMOND que finalizou o set brilhantemente. Senti falta de músicas do Dreamspace (SHATTERED e REIGN OF TERROR, notadamente), do Destiny (NO TURNING BACK, por exemplo) e dos dois Elements (EAGLEHEART e SOUL OF A VAGABOND poderiam ter rolado, entre outras). Muitos momentos ociosos foram proporcionados pelo uso do violão, e essas músicas poderiam ter sido excluídas em prejuízo algum.
Valeu a pena pelo fato de ver os caras após meses de notícias no Whiplash sobre o péssimo estado de saúde (física e mental) de Tolkki, e das entrevistas e especulações sobre o fim da banda, e do retorno com outra formação (o que, felizmente, acabou não se concretizando). Sabiamente, os músicos voltaram e se prepararam para gravar um DVD ao vivo logo, pois não se sabe se a formação durará para outro disco de estúdio e outras turnês.
Lamentável foi eu não ter levado a máquina fotográfica. Em que pese o aviso do verso do ingresso (no sentido da impossibilidade de entrar com máquinas), pude ver muita gente tirando fotos o show inteiro (inclusive o Jorge tirou de sua posição estratégica, de dentro da cabine de iluminação - vou ver se consigo que ele me mande algumas). Próximo show: Judas Priest e Whitesnake.
Acertei detalhes da ida com o Christian no decorrer do dia (comprei os ingressos na Zeppelin). Chegamos pouco antes das 22:00 e de cara já encontramos o famigerado e onipresente Jorge. O bate-papo foi breve, pois o Jorge (que trabalha no Opinião agora - e presenciou a passagem de som do baterista Jörg Michael pela tarde) avisou que a banda seria pontual. Foi o tempo de entrar no bar e se posicionar na parte de cima (eu fiquei atrás da cabine de iluminação, ao lado do Richard Powell - outra figurinha fácil nos shows).
Em seguida, as luzes se apagaram e os telões passaram a mostrar imagens filmadas pelos próprios músicos desde o aeroporto Salgado Filho até o Millenium Flat (do lado do Praia de Belas). Muito legais as filmagens de Porto que os caras fizeram - a vista da piscina da cobertura do Millenium é o ouro. Durante essas imagens tocou uma música erudita facilmente reconhecível, mas que não sei o nome, nem o compositor.
MANIAC DANCE, do último disco, abriu o show. Belo riff. De cara deu para perceber que Kotipelto encontra-se no auge, cantando a plenos pulmões, e interagindo com o público (inevitáveis "Porto Alegrrree", "tudou boem", "bataam paalmas"). A banda veio com a formação quase-clássica - o baixista, Lauri Porra é novo. O sobrenome do músico foi bastante explorado por Kotipelto pelo significado em português, o que rendeu coros da galera ("Porra, Porra", "Olêee, Olê, Olê, Oláaaa... Porraaa, Porraaa"). Divertidos momentos.
Por outro lado, percebi claramente que Timo Tolkki lembra muito o mágico (ilusionista) gaúcho Kronnos (de quem eu fui colega em algumas cadeiras na PUCRS). O guitarrista utilizou-se apenas de duas caixas de ampli, e impressionou por raramente olhar para a guitarra durante as músicas. O cara, que sempre foi gordo, estava enorme. Jens Johansson, que ficou à esquerda no palco, tocou com o teclado Yamaha virado para o público (como Sherinian fizera no show do Malmsteen). Jörg Michael tem um jeito estranho de tocar - só movimenta os braços para cima e para baixo, com a cabeça voltada para frente. Passou o show inteiro jogando as baquetas para o público, para os roadies, para Tolkki (que, de costas, jogava-as para o público). Porra impressionou pela magreza (tipo os caras do Hellacopters) e pelo baixo Fender, fazendo com que lembrasse Glenn Hughes no California Jam'74.
O set-list seguiu com SPEED OF LIGHT, KISS OF JUDAS e LEGIONS, dando a impressão de que o álbum Visions seria passado em revista. Tolkki, por alguma razão, executou os solos mecanicamente, apenas palhetando rapidamente as notas. Em alguns momentos pareceu travado. Inexplicavelmente, em duas dessas músicas, Tolkki trocou de guitarra após alguns segundos depois da música ter começado. O show prometia, e Kotipelto anunciou uma música do álbum Fourth Dimension: TWILIGHT SYMPHONY, que não é das minhas favoritas (me agradaria mais DISTANT SKIES). Os músicos, então, abandonaram o palco deixando Porra para o seu solo de baixo. O cara fez umas boas improvisações com escalas rápidas, e surpreendeu tocando clássicos da bossa nova. Muito aplaudido, o baixista emendou um trecho massa de slap. Sem competição, foi o músico mais aclamado pela galera.
O violão (preso a um pedestal) ingressou no palco e a banda tocou LAND OF ICE AND SNOW, do último disco. A péssima música serviu para acalmar os ânimos; bizarro foi o baterista voltar ao palco atrasado para a parte com guitarras distorcidas da música. UNITED foi precedida de um vídeo no telão, naquele esquema de introduzir mensagens anti-guerra ("tantos milhões de dólares são gastos em guerra", "X milhões de pessoas morreram por causa das guerras", "we are all in the same BOAT"). A música tem aquela levada copiadíssima de HEAVEN AND HELL (por causa do baixo e bateria), mas conta com um riff bem legal por cima. A música, no entanto, perde o pique e fica longa demais depois dos "ô-ô-ô", de modo que foi brilhante a colocação de AGAINST THE WIND em seguida. Esta conta com um pre-chorus dos mais legais que eu já ouvi, com troca de frases entre Tolkki e Kotipelto. O guitarrista fez backing vocals muito bons em boa parte das músicas.
Seguiu-se, então, a música mais "progressive" (segundo Kotipelto) do set-list: a dispensável SEASON OF CHANGE. COMING HOME (outra do Visions, e que guarda muita semelhança com GLORY OF THE BRAVE do 1.º disco do Hammerfall) foi a seguinte, e ficou legal até. A partir daqui não lembro a ordem correta das músicas, mas seguramente foram tocadas DESTINY (que começa legal, mas é longa demais e cansa), FATHER TIME (matadora, riff nas mesmas posições de BURN), WILL THE SUN RISE?, HUNTING HIGH AND LOW (muito empolgante), FOREVER (melhor momento acústico - a música é perfeita), e BLACK DIAMOND que finalizou o set brilhantemente. Senti falta de músicas do Dreamspace (SHATTERED e REIGN OF TERROR, notadamente), do Destiny (NO TURNING BACK, por exemplo) e dos dois Elements (EAGLEHEART e SOUL OF A VAGABOND poderiam ter rolado, entre outras). Muitos momentos ociosos foram proporcionados pelo uso do violão, e essas músicas poderiam ter sido excluídas em prejuízo algum.
Valeu a pena pelo fato de ver os caras após meses de notícias no Whiplash sobre o péssimo estado de saúde (física e mental) de Tolkki, e das entrevistas e especulações sobre o fim da banda, e do retorno com outra formação (o que, felizmente, acabou não se concretizando). Sabiamente, os músicos voltaram e se prepararam para gravar um DVD ao vivo logo, pois não se sabe se a formação durará para outro disco de estúdio e outras turnês.
Lamentável foi eu não ter levado a máquina fotográfica. Em que pese o aviso do verso do ingresso (no sentido da impossibilidade de entrar com máquinas), pude ver muita gente tirando fotos o show inteiro (inclusive o Jorge tirou de sua posição estratégica, de dentro da cabine de iluminação - vou ver se consigo que ele me mande algumas). Próximo show: Judas Priest e Whitesnake.
Fórmula 1 - GP da Turquia (14.ª etapa, 21/08/2005, 9:00)
A Turquia recebeu neste fim-de-semana a Fórmula 1 pela primeira vez. Em Instambul constuiu-se mais um circuito projetado pelo alemão Hermann Tilke (o mesmo que criou o do Bahrein, Malásia, o novo traçado de Hockenheim). Dessa vez o alemão acertou em cheio, pois o circuito, além de muito bonito, tem um traçado que permite ultrapassagens, e mistura características de outras pistas consagradas, como Suzuka, Interlagos e Spa, tendo sido aprovado unanimemente por pilotos, imprensa e público.
Já não é mais novidade que, no próximo ano, Massa correrá pela Ferrari, e Rubinho, pela BAR. Especula-se sobre uma troca de posições entre Raikkonen e Schumacher. BMW adquiriu a Sauber, e dará o nome à equipe do suíço Peter Sauber a partir do ano que vem (e pretende a aquisição de Nick Heidfeld). A Williams abrirá mão de cumprir o contrato com a BMW até o final, tendo acertado com a Cosworth o fornecimento de motores para 2006.
O treino foi às 7h da manhã - não tive a menor condição de acompanhá-lo (só algumas voltas). Raikkonen marcou a pole, confirmando a superioridade da McLaren nesta altura do campeonato. Fisichella surpreendeu e ficou em 2.º, seguido por Alonso. Montoya rodou na última curva da sua volta de classificação, e perdeu a chance de tomar a pole. Massa fez um baita treino, classificando-se em 8.º.
Na largada, os Renault foram para cima de Raikkonen, que ainda conseguiu ficar em 2.º, atrás do Físico. Mas logo adiante, ainda na primeira volta, o finlandês assumiu a ponta e abriu distância. Massa envolveu-se em acidente na largada e a sua corrida durou apenas alguns metros (o que confirma a fama de secador do Galvão, que, antes da largada, prometia que "o Massa vai fazer a melhor corrida da sua vida").
A primeira volta foi empolgante, mas depois as coisas se acalmaram. Fisichella deixou Alonso passar e ambos correram pelos pontos - não pela vitória.
A corrida se encaminhava para o final quando Montoya, então em 2.º, aproximou-se de Tiago Monteiro para superá-lo em mais uma volta. Na freada da curva, o português não conteve sua Jordan, colidindo com a traseira de Montoya, que perdeu tempo e sujou os pneus. Alonso aproximou-se, mas não o suficiente para pressionar o colombiano. Mas algum tempo depois, Montoya saiu reto na área de escape de uma curva e cedeu a 2.ª posição para Alonso, que conseguiu contabilizar mais 2 pontos de graça.
Button, Trulli e os 2 RBR (Coulthard e Klien) andaram muito bem e conseguiram pontuar. Schumacher envolveu-se em acidente com Weber, entrou aos boxes para trocar o bico, mas perdeu algumas voltas. Retornou, ainda, à pista a fim de ultrapassar Massa e os pilotos da Williams na classificação final do grande prêmio, a fim de não ser dos primeiros a sair para a volta de classificação da próxima corrida. Após, abandonou. Os Williams tiveram uma prova estranha, pois os 2 carros tiveram o pneu traseiro direito furado por duas vezes! Ambos acabaram abandonando. O australiano, diga-se, teve tempo de efetuar belíssima ultrapassagem sobre Ralfinho (se não me engano) no começo da prova.
Com os resultados, Alonso mantém-se firme na liderança do campeonato por mais, no mínimo, três provas. Mas é inegável a superioridade técnica da McLaren, que marca os melhores tempos nos treinos e, mesmo assim, faz o 1.º pit stop algumas voltas após os concorrentes.
1. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 58 1h24m34.454
2. FERNANDO ALONSO Spain Renault 58 18.609
3. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 58 19.635
4. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 58 37.973
5. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 58 39.304
6. JARNO TRULLI Italy Toyota 58 55.420
7. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 58 1m09.296
8. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 58 1m11.622
9. TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 58 1m49.987
10. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 57 1 Lap
11. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 57 1 Lap
12. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 57 1 Lap
13. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 55 3 Laps
14. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 55 3 Laps
15. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 55 3 Laps
R CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 48 Retired
R MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 32 Retired
R NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 29 Retired
R FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 28 Engine
R MARK WEBBER Australia Williams-BMW 20 Retired
FASTEST LAP: Montoya Colombia McLaren-Mercedes 39 1:24.770
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 95
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 71
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 55
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 40
5. JARNO TRULLI Italy Toyota 39
6. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 35
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 32
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 31
9. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 24
11. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 23
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 21
13. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
14. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 6
ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
Já não é mais novidade que, no próximo ano, Massa correrá pela Ferrari, e Rubinho, pela BAR. Especula-se sobre uma troca de posições entre Raikkonen e Schumacher. BMW adquiriu a Sauber, e dará o nome à equipe do suíço Peter Sauber a partir do ano que vem (e pretende a aquisição de Nick Heidfeld). A Williams abrirá mão de cumprir o contrato com a BMW até o final, tendo acertado com a Cosworth o fornecimento de motores para 2006.
O treino foi às 7h da manhã - não tive a menor condição de acompanhá-lo (só algumas voltas). Raikkonen marcou a pole, confirmando a superioridade da McLaren nesta altura do campeonato. Fisichella surpreendeu e ficou em 2.º, seguido por Alonso. Montoya rodou na última curva da sua volta de classificação, e perdeu a chance de tomar a pole. Massa fez um baita treino, classificando-se em 8.º.
Na largada, os Renault foram para cima de Raikkonen, que ainda conseguiu ficar em 2.º, atrás do Físico. Mas logo adiante, ainda na primeira volta, o finlandês assumiu a ponta e abriu distância. Massa envolveu-se em acidente na largada e a sua corrida durou apenas alguns metros (o que confirma a fama de secador do Galvão, que, antes da largada, prometia que "o Massa vai fazer a melhor corrida da sua vida").
A primeira volta foi empolgante, mas depois as coisas se acalmaram. Fisichella deixou Alonso passar e ambos correram pelos pontos - não pela vitória.
A corrida se encaminhava para o final quando Montoya, então em 2.º, aproximou-se de Tiago Monteiro para superá-lo em mais uma volta. Na freada da curva, o português não conteve sua Jordan, colidindo com a traseira de Montoya, que perdeu tempo e sujou os pneus. Alonso aproximou-se, mas não o suficiente para pressionar o colombiano. Mas algum tempo depois, Montoya saiu reto na área de escape de uma curva e cedeu a 2.ª posição para Alonso, que conseguiu contabilizar mais 2 pontos de graça.
Button, Trulli e os 2 RBR (Coulthard e Klien) andaram muito bem e conseguiram pontuar. Schumacher envolveu-se em acidente com Weber, entrou aos boxes para trocar o bico, mas perdeu algumas voltas. Retornou, ainda, à pista a fim de ultrapassar Massa e os pilotos da Williams na classificação final do grande prêmio, a fim de não ser dos primeiros a sair para a volta de classificação da próxima corrida. Após, abandonou. Os Williams tiveram uma prova estranha, pois os 2 carros tiveram o pneu traseiro direito furado por duas vezes! Ambos acabaram abandonando. O australiano, diga-se, teve tempo de efetuar belíssima ultrapassagem sobre Ralfinho (se não me engano) no começo da prova.
Com os resultados, Alonso mantém-se firme na liderança do campeonato por mais, no mínimo, três provas. Mas é inegável a superioridade técnica da McLaren, que marca os melhores tempos nos treinos e, mesmo assim, faz o 1.º pit stop algumas voltas após os concorrentes.
1. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 58 1h24m34.454
2. FERNANDO ALONSO Spain Renault 58 18.609
3. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 58 19.635
4. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 58 37.973
5. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 58 39.304
6. JARNO TRULLI Italy Toyota 58 55.420
7. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 58 1m09.296
8. CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 58 1m11.622
9. TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 58 1m49.987
10. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 57 1 Lap
11. JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 57 1 Lap
12. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 57 1 Lap
13. ROBERT DOORNBOS Netherlands Minardi-Cosworth 55 3 Laps
14. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 55 3 Laps
15. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 55 3 Laps
R CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 48 Retired
R MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 32 Retired
R NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 29 Retired
R FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 28 Engine
R MARK WEBBER Australia Williams-BMW 20 Retired
FASTEST LAP: Montoya Colombia McLaren-Mercedes 39 1:24.770
1. FERNANDO ALONSO Spain Renault 95
2. KIMI RAIKKONEN Finland McLaren-Mercedes 71
3. MICHAEL SCHUMACHER Germany Ferrari 55
4. JUAN PABLO MONTOYA Colombia McLaren-Mercedes 40
5. JARNO TRULLI Italy Toyota 39
6. GIANCARLO FISICHELLA Italy Renault 35
7. RALF SCHUMACHER Germany Toyota 32
8. RUBENS BARRICHELLO Brazil Ferrari 31
9. NICK HEIDFELD Germany Williams-BMW 28
10. MARK WEBBER Australia Williams-BMW 24
11. JENSON BUTTON Britain BAR-Honda 23
12. DAVID COULTHARD Britain Red Bull-Cosworth 21
13. FELIPE MASSA Brazil Sauber-Petronas 8
14. TIAGO MONTEIRO Portugal Jordan-Toyota 6
ALEXANDER WURZ Austria McLaren-Mercedes 6
JACQUES VILLENEUVE Canada Sauber-Petronas 6
17. NARAIN KARTHIKEYAN India Jordan-Toyota 5
CHRISTIAN KLIEN Austria Red Bull-Cosworth 5
19. CHRISTIJAN ALBERS Netherlands Minardi-Cosworth 4
PEDRO DE LA ROSA Spain McLaren-Mercedes 4
21. PATRICK FRIESACHER Austria Minardi-Cosworth 3
22. VITANTONIO LIUZZI Italy Red Bull-Cosworth 1
TAKUMA SATO Japan BAR-Honda 1
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