Após duas semanas competitivas e às vésperas de uma semana de férias do Marcelo, finalmente tivemos a oportunidade de abrir o barril holandês adquirido ainda na época do meu aniversário. O mais importante para mim, particularmente, era a estreia do meu novíssimo “bebê chorão”. Ainda falta muito para dominá-lo, e encontrar as melhores maneiras de torná-lo útil nas composições, mas é mais uma opção para ampliar os sons da banda em termos de guitarra. Com o Alemão no Triton tocamos algumas novas e antigas: a do nome de bairro infame, a do ex-baixista, um blues antigo sobre um item vendido nos setores de bazar dos maiores supermercados (em F e C). O Marcelo tinha uma letra no laptop e mandei ver uns acordes E com pausas e notas abafadas meio Rage Against the Machine, “bebê chorão” bombando o tempo todo, aos quais interpolei um riff Led Zeppelin com as consagradas notas E-D-B-A-G-E na 5.ª e 6.ª cordas. Foi uma composição verdadeiramente instantânea, pois o tempo de escrevê-la foi o tempo de tocá-la. Em seguida o Alemão tocou na guitarra acordes G-C-D e o Marcelo cantou a mesma letra. O Alemão mandou um timbre limpo e tocamos uma com letra impublicável nos acordes G e C9; nesta utilizei ambos os captadores para um timbre mais aveludado, contrastando com o timbre mais agudo do Alemão, e deixar o som mais cheio. Lembrei de registrar que descobri porque o som do Alemão é tão grave quando ele coloca distorção: o botão de tom fica no zero, ao estilo dos jazzistas tipo Joe Pass (embora estes toquem com timbre limpo), enquanto que eu e os demais guitarristas de rock deixamos o botão de tom no dez, da mesma forma que o botão de volume. Então é mais um recurso para mudar o som das guitarras. O Marcão e o Marcelo lembraram de uma que tinha uma letra que era uma espécie de “heavy alemão/russo”, na qual fiz uma base estilo “Immigrant Song” pela utilização dos acordes F#-E (A nas passagens entre um e outro) e refrão A-B-F#. Tocamos uma vez na forma original, e depois o Alemão conseguiu um timbre legal no Triton e acompanhei com um timbre Brian May; assim, o Alemão fez os acordes no Triton e eu fiz as melodias na guitara, de modo que a música ficou bem diferente da versão original e muito mais interessante, na minha opinião (embora tenha a impressão de que o Marcelo e o Marcão também curtiam a versão original). Nas músicas mais antigas, como a do ex-integrante, me vali do recurso de não acompanhar os acordes, e sim fazer mini-solos e melodias na guitarra, e nessas condições mandei ver muitos bends e licks blueseiros. Já estou sentindo a necessidade de aumentar o meu repertório de licks, então estou pesquisando a audição de guitarristas consagrados (Gilmour, Clapton, Hendrix).
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