Dos discos solo de 1978, que os integrantes do Kiss, gravadora e gerentes resolveram lançar simultaneamente como uma maneira de postergar a inevitável saída de Ace e Peter, o melhor é o de Ace, o pior é o de Peter, o mais consistente é o de Paul, e o mais nada a ver é o de Gene (que tem a capa mais legal, por sinal). O baixista resolveu agregar todas as suas mais diversas influências e compôs um disco com faixas heterogêneas entre si.
As melhores são as três primeiras, as muito boas “Radioactive”, “Burning Up with Fever” e “See You Tonite”. A primeira é um belo rock, com boa letra e um refrão excelente. Facilmente encaixaria num disco da banda e não por acaso foi incluída no set list da turnê de “Dynasty”. A segunda, “Burning Up with Fever” tem um riff bem estranho no começo, com umas pausas inesperadas e atípicas, mas a faixa evolui para mais um refrão muito bom. “See You Tonite” é um exercício de Gene sobre suas influências de Beatles, sendo certo que a versão do “MTV Unplugged” é a definitiva.
As demais são faixas com trechos, letras e nomes de composições que Gene mantinha em arquivo para potencialmente serem incluídas em discos do Kiss.
Destaque, também, para a imensa lista de artistas convidados, dentre os quais Joe Perry (em “Radioactive” e “Tunnel of Love”), Bob Seger (“Radioactive” e “Living in Sin”), Rick Nielsen (em “See You in Your Dreams”, regravação de “Rock and Roll Over”), e Donna Summer (em “Burning Up With Fever”). Além destes, Katey Sagal, conhecida pelo seriado “Married With Children” no papel de Peggy Bundy, também contribuiu com backing vocals. Diz-se que na época Gene saia com Cher, e é dela o vocal-de-telefone em “Living in Sin”.
Como tantos, comprei o disco na extinta The Wall do Iguatemi em 1997, e ouvi poucas vezes.
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