Diferentemente de Ozzy, Tony Iommi e Geezer Butler estão em plena forma e com todo gás. Então os caras fizeram a coisa mais certa ao se juntar a outro cara que tem mantido uma produtiva carreira solo, Ronnie James Dio, e promover a reunião da formação do Black Sabbath dos álbuns "Mob Rules" e "Dehumanizer" (este último é um disco essencial) para uma turnê em 2007. Apesar de Iommi deter os direitos sobre o nome Black Sabbath, teve-se o cuidado de fazer com que essa formação se apresentasse sobre o nome Heaven and Hell (primeiro disco de Dio com o Black Sabbath); não estou certo se isso também não foi motivado por algum receio de disputas judiciais com o vocalista original, mas tocar como Heaven and Hell e não Black Sabbath evita confusão de parte do público e repele antecipadamente os pedidos para tocar "Paranoid", "Iron Man", "War Pigs", "Children of the Grave". No (meu) mundo ideal o Sabbath retomaria atividades e no set list conteria músicas de todas as épocas, incluindo os discos dos anos 1980, que invariavelmente contêm músicas excelentes (talvez para isso fosse o caso de retornar com Tony Martin, rejeitado por parte do público - injustamente, a meu juízo -, ou outro vocalista). Seja como for, é bom os caras trilharem caminho próprio sem Ozzy, pois é sabido que com este o repertório fica limitado a um punhado de faixas por demais conhecidas e batidas.
Iommi, Butler, Dio e Appice gravaram três novas músicas para uma coletânea e ensaiaram um set list contendo músicas de três álbuns dos "anos de Dio". Da turnê subseqüente lançaram "Live at Radio City Music Hall 2007". Ficaram de fora algumas das minhas favoritas como "TV Crimes" e "Time Machine", mas outras muito boas foram registradas como "I", "After All (The Dead)", e "Computer God", além de "Neon Knights".
Iommi, Butler, Dio e Appice gravaram três novas músicas para uma coletânea e ensaiaram um set list contendo músicas de três álbuns dos "anos de Dio". Da turnê subseqüente lançaram "Live at Radio City Music Hall 2007". Ficaram de fora algumas das minhas favoritas como "TV Crimes" e "Time Machine", mas outras muito boas foram registradas como "I", "After All (The Dead)", e "Computer God", além de "Neon Knights".
Ao tentar acompanhar o cd na guitarra, percebi que a afinação das faixas é um tom abaixo, sendo que nas correspondentes ao disco "Dehumanizer" é possível tocá-las relativamente bem com afinação drop-D. Acredito que as versões originais não foram gravadas com essa afinação, de maneira que é provável que a alteração tenha sido feita para facilitar a tarefa de Dio; seja como for o resultado foi excelente, tanto em relação ao extra-peso das guitarras (em algumas músicas ouve-se uma guitarra base durante os solos, e é possível, então, que haja uma guitarra base durante os riffs e bases para versos também), quanto à excepcional performance de Dio, que ainda mostra o carisma habitual.
As músicas são bem conhecidas, a não ser pelas novas "The Devil Cried" e "Shadow of the Wind", que são mais lentas e tenho quase certeza que, por essa razão, se encaixam no estilo preferido de Dio (li uma entrevista com Doug Aldrich, num site, no qual o guitarrista revela que Dio é responsável pelas músicas mais arrastadas dos discos solo, pois, segundo ele, o vocalista adora esse tipo de som).
Fiquei de olho nesse cd duplo desde o lançamento, mas achei o preço salgado (R$ 49,90). Mesmo assim, continuei conferindo nas maquininhas da Saraiva, sempre acreditando em algum dia encontrá-lo com preço promocional, e a recompensa veio há um mês, com o desconto de R$ 20,00.
As notícias dão conta de que Iommi, Butler, Dio e Appice gravarão um disco inteiro de músicas inéditas, e essa notícia, por si só, é uma baita notícia.
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