- categorias do "Reader´s Poll" da revista Guitar World.
Most Valuable Player: Dave Mustaine
Best New Talent: n/a
Best Guitarist: Steve Vai
Biggest Disappointment: RIP Dimebag Darrel
Worst Band: são muitas...
BEST GUITAR ALBUMS OF 2004
Rock: Europe - Start From the Dark
Punk/Alternative: n/a
Metal: Megadeth - The System Has Failed
HALL OF FAME AWARDS
Best Guitarist: Jimi Hendrix
Best Album: Pink Floyd - Dark Side of the Moon
Melhor DVD: G3 Live in Denver (YJM, Satriani, Vai)
Melhor Show: Dr. Sin no Opinião (e Burnin´ Boat na Croco)
Banda nacional: Dr. Sin
quinta-feira, 30 de dezembro de 2004
quinta-feira, 23 de dezembro de 2004
Os Incríveis
Fui ver lá no Arteplex com o grande Daniel, na terça às 21:30. Belíssimo filme. Recentemente vi em vídeo o Starsky & Hutch, que superou minhas expectativas (ponto alto é a Carmen Electra) e Cães de Aluguel. Próximos a serem vistos são THX 1138, Rookie (com Clint) e Falcões da Noite (Stallone).
domingo, 19 de dezembro de 2004
Para não esquecer
Arrependo-me de só duas coisas em relação a esse blog relativamente ao ano de 2004: não ter comentado corrida-a-corrida a temporada de Fórmula 1, e não ter comentado os jogos do Grêmio que eu vi no Olímpico (abaixo eu marquei com *). Não que esses comentários tragam algo de prazeroso (pelo contrário), mas serviriam de registros de fatos e impressões que se apagam com o tempo. E eu gosto de retrospectivas; de ler o que foi escrito no passado e comparar com o presente. De qualquer maneira, este post serve exclusivamente para ser lido daqui a um ano, em dezembro de 2005.
Tavarelli, Márcio, Gallato, Andrey; Tiago Prado, Baloy, Fábio Bilica, Claudiomiro, Alex Xavier, Renato, Capone, Renato, Marcelo Magalhães; Michel, Michel Bastos, Lucianinho, George, Douglas, Cristiano, Marciano; Arilson, Bruno, Cleber, Cocito, Élton, Émerson, Leanderson, Leonardo Inácio, Yan, Luciano Santos, Bruno Coutinho, Deives Thiago; Christian, Cláudio Pitbull, Fábio Pinto, Guto, Marcelinho, Roberto Santos, Rico, Ratinho.
21 de Abril de 2004
Grêmio 0 X 0 Flamengo
24 de Abril de 2004
Juventude 1 X 1 Grêmio
28 de Abril de 2004
Grêmio 4 X 0 Corinthians
01 de Maio de 2004
Goiás 4 X 0 Grêmio
08 de Maio de 2004
Vasco 1 X 1 Grêmio
16 de Maio de 2004
Grêmio 2 X 2 Botafogo
22 de Maio de 2004
Paysandu 1 X 3 Grêmio
30 de Maio de 2004
Grêmio 1 X 2 São Caetano
12 de Junho de 2004
São Paulo 3 X 2 Grêmio
19 de Junho de 2004
Grêmio 1 X 1 Coritiba
26 de Junho de 2004
Criciúma 1 X 2 Grêmio
03 de Julho de 2004
Fluminense 2 X 0 Grêmio
06 de Julho de 2004
Grêmio 2 X 2 Figueirense *
10 de Julho de 2004
Internacional 2 X 0 Grêmio
13 de Julho de 2004
Grêmio 2 X 3 Cruzeiro *
17 de Julho de 2004
Palmeiras 2 X 0 Grêmio
20 de Julho de 2004
Grêmio 4 X 0 Paraná *
24 de Julho de 2004
Ponte Preta 1 X 0 Grêmio
28 de Julho de 2004
Grêmio 4 X 0 Vitória *
31 de Julho de 2004
Atlético-PR 0 X 0 Grêmio
04 de Agosto de 2004
Grêmio 3 X 1 Santos *
07 de Agosto de 2004
Atlético-MG 3 X 0 Grêmio
11 de Agosto de 2004
Grêmio 1 X 1 Guarani *
14 de Agosto de 2004
Flamengo 3 X 0 Grêmio
18 de Agosto de 2004
Grêmio 1 X 3 Juventude *
21 de Agosto de 2004
Corinthians 1 X 1 Grêmio
28 de Agosto de 2004
Grêmio 1 X 1 Goiás *
02 de Setembro de 2004
Grêmio 1 X 2 Vasco *
09 de Setembro de 2004
Botafogo 2 X 1 Grêmio
12 de Setembro de 2004
Grêmio 1 X 1 Paysandu *
18 de Setembro de 2004
São Caetano 2 X 0 Grêmio
25 de Setembro de 2004
Grêmio 2 X 1 São Paulo *
28 de Setembro de 2004
Coritiba 2 X 1 Grêmio
02 de Outubro de 2004
Grêmio 2 X 0 Criciúma *
06 de Outubro de 2004
Grêmio 2 X 3 Fluminense *
16 de Outubro de 2004
Figueirense 2 X 0 Grêmio
23 de Outubro de 2004
Grêmio 1 X 3 Internacional
26 de Outubro de 2004
Cruzeiro 2 X 0 Grêmio
30 de Outubro de 2004
Grêmio 2 X 3 Palmeiras
06 de Novembro de 2004
Paraná 1 X 0 Grêmio
13 de Novembro de 2004
Grêmio 6 X 1 Ponte Preta
20 de Novembro de 2004
Vitória 2 X 0 Grêmio
28 de Novembro de 2004
Grêmio 3 X 3 Atlético-PR
05 de Dezembro de 2004
Santos 5 X 1 Grêmio
11 de Dezembro de 2004
Grêmio 0 X 1 Atlético-MG
19 de Dezembro de 2004
Guarani 2 X 0 Grêmio
Tavarelli, Márcio, Gallato, Andrey; Tiago Prado, Baloy, Fábio Bilica, Claudiomiro, Alex Xavier, Renato, Capone, Renato, Marcelo Magalhães; Michel, Michel Bastos, Lucianinho, George, Douglas, Cristiano, Marciano; Arilson, Bruno, Cleber, Cocito, Élton, Émerson, Leanderson, Leonardo Inácio, Yan, Luciano Santos, Bruno Coutinho, Deives Thiago; Christian, Cláudio Pitbull, Fábio Pinto, Guto, Marcelinho, Roberto Santos, Rico, Ratinho.
21 de Abril de 2004
Grêmio 0 X 0 Flamengo
24 de Abril de 2004
Juventude 1 X 1 Grêmio
28 de Abril de 2004
Grêmio 4 X 0 Corinthians
01 de Maio de 2004
Goiás 4 X 0 Grêmio
08 de Maio de 2004
Vasco 1 X 1 Grêmio
16 de Maio de 2004
Grêmio 2 X 2 Botafogo
22 de Maio de 2004
Paysandu 1 X 3 Grêmio
30 de Maio de 2004
Grêmio 1 X 2 São Caetano
12 de Junho de 2004
São Paulo 3 X 2 Grêmio
19 de Junho de 2004
Grêmio 1 X 1 Coritiba
26 de Junho de 2004
Criciúma 1 X 2 Grêmio
03 de Julho de 2004
Fluminense 2 X 0 Grêmio
06 de Julho de 2004
Grêmio 2 X 2 Figueirense *
10 de Julho de 2004
Internacional 2 X 0 Grêmio
13 de Julho de 2004
Grêmio 2 X 3 Cruzeiro *
17 de Julho de 2004
Palmeiras 2 X 0 Grêmio
20 de Julho de 2004
Grêmio 4 X 0 Paraná *
24 de Julho de 2004
Ponte Preta 1 X 0 Grêmio
28 de Julho de 2004
Grêmio 4 X 0 Vitória *
31 de Julho de 2004
Atlético-PR 0 X 0 Grêmio
04 de Agosto de 2004
Grêmio 3 X 1 Santos *
07 de Agosto de 2004
Atlético-MG 3 X 0 Grêmio
11 de Agosto de 2004
Grêmio 1 X 1 Guarani *
14 de Agosto de 2004
Flamengo 3 X 0 Grêmio
18 de Agosto de 2004
Grêmio 1 X 3 Juventude *
21 de Agosto de 2004
Corinthians 1 X 1 Grêmio
28 de Agosto de 2004
Grêmio 1 X 1 Goiás *
02 de Setembro de 2004
Grêmio 1 X 2 Vasco *
09 de Setembro de 2004
Botafogo 2 X 1 Grêmio
12 de Setembro de 2004
Grêmio 1 X 1 Paysandu *
18 de Setembro de 2004
São Caetano 2 X 0 Grêmio
25 de Setembro de 2004
Grêmio 2 X 1 São Paulo *
28 de Setembro de 2004
Coritiba 2 X 1 Grêmio
02 de Outubro de 2004
Grêmio 2 X 0 Criciúma *
06 de Outubro de 2004
Grêmio 2 X 3 Fluminense *
16 de Outubro de 2004
Figueirense 2 X 0 Grêmio
23 de Outubro de 2004
Grêmio 1 X 3 Internacional
26 de Outubro de 2004
Cruzeiro 2 X 0 Grêmio
30 de Outubro de 2004
Grêmio 2 X 3 Palmeiras
06 de Novembro de 2004
Paraná 1 X 0 Grêmio
13 de Novembro de 2004
Grêmio 6 X 1 Ponte Preta
20 de Novembro de 2004
Vitória 2 X 0 Grêmio
28 de Novembro de 2004
Grêmio 3 X 3 Atlético-PR
05 de Dezembro de 2004
Santos 5 X 1 Grêmio
11 de Dezembro de 2004
Grêmio 0 X 1 Atlético-MG
19 de Dezembro de 2004
Guarani 2 X 0 Grêmio
quarta-feira, 8 de dezembro de 2004
Ensaio Burnin´ Boat (Hard Work at Home)
Foi no Hurricane, terça, 7/12/2004, das 22h às 0h. Cláudio ainda está entretido com provas e outras atividades. Repetimos a afinação com um tom abaixo, que será mantida pelos próximos tempos. Antes do ensaio, ajeitei as molas que prendem o Floyd Rose, de modo a nivelar a altura da ponte - ficou bem melhor fazer os bends a partir da 12.ª casa (que não foram possíveis no ensaio passado). Mesmo plugando novamente a Digitech + Jackmammer no Marshall de lá, o timbre ficou muito bom (contrariamente ao timbre pífio da semana passada). Com o timbre e o Floyd ajudando, me encorajei a solar (mesmo toscamente) algumas músicas.
O ensaio demorou 20 minutos para começar. Para aquecimento, eu e o Bruce tocamos uma balada estilo Opeth, que está em fase rudimentar. Já com o Luciano, tocamos ACE´S HIGH (nesta eu "viajei", e, para espanto generalizado, cortei o segundo verso com um solo). PEACE SELLS (duas vezes) não ficou boa, e estou duvidando se vale mesmo a pena todo o empenho e esforço para agregá-la ao repertório. Só o Luke toca essa música decentemente. O Bruce puxou, então, RECKONING DAY.
HEAL MY SOUL provou que o timbre estava mesmo bom, e o riff ficou matador. Tocamos, ainda, BLACK DRESSING SOUL. Depois, enfileiramos vários riffs próprios e músicas do Ignitin´ que estavam no ostracismo: OBLIVIOUS, trecho de SHARK ATTACK, SLUTS OF JUSTICE (inteira, ficou muito boa - sem vocal), um riff antigo na 6.ª corda solta, com palhetada bem rápida (ficou bem legal), BOATS ARE BURNING, OVER THE MOON, COLD WIND. Todos os riffs ficaram bons - e até revitalizados - com a afinação nova. Destaque para OVER THE MOON (acho que fazia uns 3 ou 4 anos que não era tocada) e HEARTBREAKIN´ (desde já voto para incorporá-la no set list).
Do Kiss, tocamos DEUCE e LOVE GUN. Quase ao final, rolou a galinhagem de trocar os instrumentos. Assumi o baixo, o Bruce, a guitarra, e o Luke, a batera. Tentei imprimir uns riffs, mas a jam não funcionou. Apareceu, então, o Sebastian (dono do estúdio), propondo a reprise da jam Dokken. Tocamos KISS OF DEATH (tive problemas no som - cabo ou pedaleiras ou ampli) e BREAKING THE CHAINS.
O ensaio demorou 20 minutos para começar. Para aquecimento, eu e o Bruce tocamos uma balada estilo Opeth, que está em fase rudimentar. Já com o Luciano, tocamos ACE´S HIGH (nesta eu "viajei", e, para espanto generalizado, cortei o segundo verso com um solo). PEACE SELLS (duas vezes) não ficou boa, e estou duvidando se vale mesmo a pena todo o empenho e esforço para agregá-la ao repertório. Só o Luke toca essa música decentemente. O Bruce puxou, então, RECKONING DAY.
HEAL MY SOUL provou que o timbre estava mesmo bom, e o riff ficou matador. Tocamos, ainda, BLACK DRESSING SOUL. Depois, enfileiramos vários riffs próprios e músicas do Ignitin´ que estavam no ostracismo: OBLIVIOUS, trecho de SHARK ATTACK, SLUTS OF JUSTICE (inteira, ficou muito boa - sem vocal), um riff antigo na 6.ª corda solta, com palhetada bem rápida (ficou bem legal), BOATS ARE BURNING, OVER THE MOON, COLD WIND. Todos os riffs ficaram bons - e até revitalizados - com a afinação nova. Destaque para OVER THE MOON (acho que fazia uns 3 ou 4 anos que não era tocada) e HEARTBREAKIN´ (desde já voto para incorporá-la no set list).
Do Kiss, tocamos DEUCE e LOVE GUN. Quase ao final, rolou a galinhagem de trocar os instrumentos. Assumi o baixo, o Bruce, a guitarra, e o Luke, a batera. Tentei imprimir uns riffs, mas a jam não funcionou. Apareceu, então, o Sebastian (dono do estúdio), propondo a reprise da jam Dokken. Tocamos KISS OF DEATH (tive problemas no som - cabo ou pedaleiras ou ampli) e BREAKING THE CHAINS.
terça-feira, 7 de dezembro de 2004
Discoteca Erga Omnes (dezembro)
1) Return to Forever - Romantic Warrior
2) Mahavishnu Orchestra - Inner Mounting Flame
Os dois álbuns têm vários pontos em comum: 1) instrumentais; 2) jazz-rock, fusion; 3) lançados nos anos 70. São fantásticos, mas reconheço que é preciso desenvolver um pouco de "estômago" para digeri-los. Não é uma audição fácil, ainda mais porque o som é datado (por causa dos teclados de Chick Corea e de alguns riffs funk de baixo de Stanley Clarke, no RTF; devido ao violino de Jerry Goodman, no MO). Mas isso, decididamente, é o de menos. O essencial, creio, não são propriamente as músicas: o que faz esses discos altamente influentes é a exibição dos músicos virtuosos e suas recíprocas interações (a nominata é assombrosa - RTF: Chick Corea, Al DiMeola - com 19 anos - , Stanley Clarke e Lenny White; MO: John McLaughlin, Jerry Goodman, Jan Hammer, Rick Laird e Billy Cobham).
Há algumas composições particularmente notáveis: MEDIEVAL OVERTURE (tem um trecho, no começo, que toca na Rádio Gaúcha, acho que no programa do Nando Gross, todos os dias, antes da Voz do Brasil) e SORCERESS - pelo lado do Return to Forever; MEETING OF THE SPIRITS e AWAKENING, no disco do Mahavishnu). Na música DUEL OF THE JESTER AND THE TYRANT, do Romantic Warrior, Al DiMeola toca um lick que é uma corrida furiosa, muito similar ao que John Petrucci utilizou no final do solo de AS I AM.
Em cada banda, há um músico que sobressai perante os demais: é o caso de Chick Corea e de John McLaughlin. Sobre este último, pode-se dizer que improvisa bastante nos solos (bastante intensos e "sujos", até com alguns "erros", que podem ser considerados como "excesso de entusiasmo"), e também pode ser considerado, por isso (e sem exagero), um Jimi Hendrix do rock progressivo.
Para o meu gosto, particular relevo tem os bateristas nesses discos (Lenny White e Billy Cobham). Os dois ocupam lugar de menor destaque a maior parte do tempo, mas exatamente por isso, ficam livres para improvisar levadas e rolos altamente inquietantes. O começo de AWAKENING, do Mahavishnu, é brutal. Certo é o all.music quando, ao referir-se a um desses bateristas (mas podia referir-se aos dois), diz que se apresenta "extremamente ocupado" com as baquetas e os tambores. É exatamente essa a imagem que eu faço desses bateristas, como se tivessem no meio de um ataque epilético, por assim dizer, durante as gravações.
Em MAJESTIC DANCE, do Return..., Al DiMeola já apresenta aquele famoso "staccato" no violão, que influenciou todos os guitarristas seguidores do estilo.
2) Mahavishnu Orchestra - Inner Mounting Flame
Os dois álbuns têm vários pontos em comum: 1) instrumentais; 2) jazz-rock, fusion; 3) lançados nos anos 70. São fantásticos, mas reconheço que é preciso desenvolver um pouco de "estômago" para digeri-los. Não é uma audição fácil, ainda mais porque o som é datado (por causa dos teclados de Chick Corea e de alguns riffs funk de baixo de Stanley Clarke, no RTF; devido ao violino de Jerry Goodman, no MO). Mas isso, decididamente, é o de menos. O essencial, creio, não são propriamente as músicas: o que faz esses discos altamente influentes é a exibição dos músicos virtuosos e suas recíprocas interações (a nominata é assombrosa - RTF: Chick Corea, Al DiMeola - com 19 anos - , Stanley Clarke e Lenny White; MO: John McLaughlin, Jerry Goodman, Jan Hammer, Rick Laird e Billy Cobham).
Há algumas composições particularmente notáveis: MEDIEVAL OVERTURE (tem um trecho, no começo, que toca na Rádio Gaúcha, acho que no programa do Nando Gross, todos os dias, antes da Voz do Brasil) e SORCERESS - pelo lado do Return to Forever; MEETING OF THE SPIRITS e AWAKENING, no disco do Mahavishnu). Na música DUEL OF THE JESTER AND THE TYRANT, do Romantic Warrior, Al DiMeola toca um lick que é uma corrida furiosa, muito similar ao que John Petrucci utilizou no final do solo de AS I AM.
Em cada banda, há um músico que sobressai perante os demais: é o caso de Chick Corea e de John McLaughlin. Sobre este último, pode-se dizer que improvisa bastante nos solos (bastante intensos e "sujos", até com alguns "erros", que podem ser considerados como "excesso de entusiasmo"), e também pode ser considerado, por isso (e sem exagero), um Jimi Hendrix do rock progressivo.
Para o meu gosto, particular relevo tem os bateristas nesses discos (Lenny White e Billy Cobham). Os dois ocupam lugar de menor destaque a maior parte do tempo, mas exatamente por isso, ficam livres para improvisar levadas e rolos altamente inquietantes. O começo de AWAKENING, do Mahavishnu, é brutal. Certo é o all.music quando, ao referir-se a um desses bateristas (mas podia referir-se aos dois), diz que se apresenta "extremamente ocupado" com as baquetas e os tambores. É exatamente essa a imagem que eu faço desses bateristas, como se tivessem no meio de um ataque epilético, por assim dizer, durante as gravações.
Em MAJESTIC DANCE, do Return..., Al DiMeola já apresenta aquele famoso "staccato" no violão, que influenciou todos os guitarristas seguidores do estilo.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2004
Ensaio BURNIN´ BOAT (Greatest misses)
Foi na terça, 30/11/2004, das 22h às 0h, no Hurricane. Todos menos o Cláudio. Conectei todo meu equipamento (Digitech + Jackhammer) no Marshall que tem lá, e alcancei, provavelmente, o PIOR timbre de guitarra de todos os tempos. Não por acaso, toquei muito mal e assassinei várias músicas (especialmente - mas não exclusivamente - nos solos). De minha parte, isso acabou sendo decisivo para não tocarmos na Fábrica, em 11/12, pois estaríamos desfalcados do Cláudio, e a minha guitar é insuficiente para um show decente.
Mas isso tudo não impediu que esse ensaio se tornasse "o mais divertido e legal" de todos os tempos. No início, ainda reservamos alguma seriedade, tocando as nossas ACE´S HIGH, HIDDEN, NOISE GARDEN. Mais adiante tocamos HEAL MY SOUL e BLACK DRESSING SOUL (sem o solo; cortamos da parte lenta direto pro final).
Mas em seguida fomos emendando um cover no outro, muitos dos quais jamais haviam sido tocados pela banda, ou pelo menos até o final. Foi o caso de HOLY WARS (Megadeth), em que lembramos de praticamente todos os riffs e fomos com hombridade até o final. PEACE SELLS (Megadeth) foi executada sem vocais (o Luke cantou o refrão). Essa que estava sendo cogitada para o repertório acho que não prestou... talvez mais prática e o Cláudio nos solos a música possa ficar revigorada.
Será muito difícil lembrar todas as músicas, mas vamos lá: DEUCE (Kiss), LICK IT UP (Kiss), LOVE GUN (Kiss), RECKONING DAY (Megadeth), KILL THE KING (Megadeth), SYMPHONY OF DESTRUCTION (Megadeth), RISING FORCE (Malmsteen - obviamente, tocamos até o solo), I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT (Malmsteen - da mesma forma, até o solo), UNTIL IT SLEEPS (Metallica), TEARS ARE FALLING (uma das minhas favoritas do Kiss; tocamos até o solo - o Bruce cantou), LET´S PUT THE X IN SEX (Kiss, cantada pelo Bruce), LOVE AIN´T NO STRANGER (Whitesnake, cantada por Bruce e Luciano). BREAKING THE CHAINS (Dokken) foi entoada por Luke, e pode acabar sendo incorporada ao repertório.
Teve até uma versão para LIE (Dream Theater) cantada pelo Bruce. Este cantou, ainda, LOVE IS NOT A FAIRYTALE (uma das melhores baladas, e que ficou muito emocionante).
O Momento Lucky Strike da noite ficou por conta do uruguaio dono do estúdio. Quase ao final, ele se juntou a nós e pediu para cantar BREAKING THE CHAINS e I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT. O cara mandou bem. Qual estúdio tem um dono que se emociona com as músicas e pede para participar da galinhagem e cantar algumas delas? O horário já havia acabado, nem tínhamos mais idéia de que músicas tocar, mas ele sempre dizia "mais uma".
Finalizamos, apropriadamente, com ROCK AND ROLL ALL NITE (Kiss).
Em tempo: aparentemente, conforme o Bruce, a máquina fotográfica que eu havia perdido no show da BB no Arsenal está com o Nílton. Espero que o filme esteja intocado, pois tinha fotos de ensaios e do show referido.
Mas isso tudo não impediu que esse ensaio se tornasse "o mais divertido e legal" de todos os tempos. No início, ainda reservamos alguma seriedade, tocando as nossas ACE´S HIGH, HIDDEN, NOISE GARDEN. Mais adiante tocamos HEAL MY SOUL e BLACK DRESSING SOUL (sem o solo; cortamos da parte lenta direto pro final).
Mas em seguida fomos emendando um cover no outro, muitos dos quais jamais haviam sido tocados pela banda, ou pelo menos até o final. Foi o caso de HOLY WARS (Megadeth), em que lembramos de praticamente todos os riffs e fomos com hombridade até o final. PEACE SELLS (Megadeth) foi executada sem vocais (o Luke cantou o refrão). Essa que estava sendo cogitada para o repertório acho que não prestou... talvez mais prática e o Cláudio nos solos a música possa ficar revigorada.
Será muito difícil lembrar todas as músicas, mas vamos lá: DEUCE (Kiss), LICK IT UP (Kiss), LOVE GUN (Kiss), RECKONING DAY (Megadeth), KILL THE KING (Megadeth), SYMPHONY OF DESTRUCTION (Megadeth), RISING FORCE (Malmsteen - obviamente, tocamos até o solo), I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT (Malmsteen - da mesma forma, até o solo), UNTIL IT SLEEPS (Metallica), TEARS ARE FALLING (uma das minhas favoritas do Kiss; tocamos até o solo - o Bruce cantou), LET´S PUT THE X IN SEX (Kiss, cantada pelo Bruce), LOVE AIN´T NO STRANGER (Whitesnake, cantada por Bruce e Luciano). BREAKING THE CHAINS (Dokken) foi entoada por Luke, e pode acabar sendo incorporada ao repertório.
Teve até uma versão para LIE (Dream Theater) cantada pelo Bruce. Este cantou, ainda, LOVE IS NOT A FAIRYTALE (uma das melhores baladas, e que ficou muito emocionante).
O Momento Lucky Strike da noite ficou por conta do uruguaio dono do estúdio. Quase ao final, ele se juntou a nós e pediu para cantar BREAKING THE CHAINS e I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT. O cara mandou bem. Qual estúdio tem um dono que se emociona com as músicas e pede para participar da galinhagem e cantar algumas delas? O horário já havia acabado, nem tínhamos mais idéia de que músicas tocar, mas ele sempre dizia "mais uma".
Finalizamos, apropriadamente, com ROCK AND ROLL ALL NITE (Kiss).
Em tempo: aparentemente, conforme o Bruce, a máquina fotográfica que eu havia perdido no show da BB no Arsenal está com o Nílton. Espero que o filme esteja intocado, pois tinha fotos de ensaios e do show referido.
segunda-feira, 29 de novembro de 2004
Ensaio BURNIN´ BOAT (Black label)
No Hurricane, sábado (27/11/2004), das 16h às 18h. Pela primeira vez, utilizamo-nos da afinação um tom abaixo (todas as cordas com um tom abaixo - DGEFAD). Por causa disso, na primeira meia-hora de ensaio o Cláudio enfrentou problemas com a Floyd Rose (ele baixou na hora todas as cordas, o que, sabidamente, é temerário em termos de afinação). Usei todo o meu equipamento (Digitech + Jackhammer) plugado no Marshall que tem lá.
A primeira música, enquanto o Cláudio se arrumava, foi STORMBRINGER, que poderá ser agregada ao repertório. Tocamos, então ACE´S HIGH, HIDDEN, CRAZY TRAIN (que, com a afinação mais baixa, ficou "menos faceira"), FOR WHOM THE BELL TOLLS, BLACK DRESSING SOUL, NOISE GARDEN.
Toquei trechos de BLACKENED e HARVESTER OF SORROW do Metallica. Rolou, mais ao final, belos covers de STRUTTER (reconhecida e aplaudida pelo dono do estúdio), LOVE GUN (que ficou magnífica com a afinação um tom abaixo). PEACE SELLS foi até quase o final. Desencavamos KISS OF DEATH (acho que desde 2000 não tocávamos essa música), que emocionou o dono do estúdio (os caras tocam death metal, mas são fanáticos pelo "glam" dos anos 80 e 70).
Com a afinação nova, pudemos tocar SAD BUT TRUE até a metade. HUNTING HIGH AND LOW ficou surpreendentemente boa - ficou menos ufanista e exigiu menos dos vocais (divididos entre Luciano e Luke).
COLD WIND não ficou muito boa, mas acredito que em seguida, se continuar sendo praticada, o Bruce encontrará um jeito de incorporar a influência Opeth nas linhas de bateria - ou então, em último caso, simplesmente reproduzir a versão de estúdio (Ignitin').
Outro "clássico" da BB foi resgatado: HEARTBREAKIN', que rolou muito bem com a nova afinação (acho até que ficou melhor com essa afinação, e com a linha de baixo do Luke no estilo LICK IT UP, ou AC/DC).
Finalizamos, então, com outra das antigas: MAN ON THE SILVER MOUNTAIN.
A primeira música, enquanto o Cláudio se arrumava, foi STORMBRINGER, que poderá ser agregada ao repertório. Tocamos, então ACE´S HIGH, HIDDEN, CRAZY TRAIN (que, com a afinação mais baixa, ficou "menos faceira"), FOR WHOM THE BELL TOLLS, BLACK DRESSING SOUL, NOISE GARDEN.
Toquei trechos de BLACKENED e HARVESTER OF SORROW do Metallica. Rolou, mais ao final, belos covers de STRUTTER (reconhecida e aplaudida pelo dono do estúdio), LOVE GUN (que ficou magnífica com a afinação um tom abaixo). PEACE SELLS foi até quase o final. Desencavamos KISS OF DEATH (acho que desde 2000 não tocávamos essa música), que emocionou o dono do estúdio (os caras tocam death metal, mas são fanáticos pelo "glam" dos anos 80 e 70).
Com a afinação nova, pudemos tocar SAD BUT TRUE até a metade. HUNTING HIGH AND LOW ficou surpreendentemente boa - ficou menos ufanista e exigiu menos dos vocais (divididos entre Luciano e Luke).
COLD WIND não ficou muito boa, mas acredito que em seguida, se continuar sendo praticada, o Bruce encontrará um jeito de incorporar a influência Opeth nas linhas de bateria - ou então, em último caso, simplesmente reproduzir a versão de estúdio (Ignitin').
Outro "clássico" da BB foi resgatado: HEARTBREAKIN', que rolou muito bem com a nova afinação (acho até que ficou melhor com essa afinação, e com a linha de baixo do Luke no estilo LICK IT UP, ou AC/DC).
Finalizamos, então, com outra das antigas: MAN ON THE SILVER MOUNTAIN.
quarta-feira, 24 de novembro de 2004
segunda-feira, 22 de novembro de 2004
Show BURNIN´ BOAT (21/11/2004 - Coruja de Minerva)
O local do show tem nome inusitado, mas se trata de um centro comercial no estilo do Guion (mal comparando), com vários bares com sinuca, salas de musculação, tatuagem e até uma com parede para prática de "alpinismo". O lugar é decente, perto do Estádio Olímpico, e tem uma parada de ônibus bem na frente (vimos várias linhas de ônibus e lotação passando por ali). Mas o horário, o belo tempo que fez neste domingo, e a distância em relação ao Centro e ao Bom Fim, afugentaram o público. De minha parte, fiquei honrado pelas presenças qualificadas do André e do Dieter.
Encontramo-nos diretamente no local às 16h (o show estava previsto para 18h). Como a nossa seria a primeira banda, fizemos a passagem de som por último. Tocamos apenas a metade de HIDDEN com o Vinícius. Rolou, após, uma pequena jam (alguns riffs nossos) entre eu, Bruce e Márcio (guitarrista da Hiléia). O show começou pouco depois das 19h.
O set-list foi tacitamente determinado por mim, em atenção às trocas de afinações e à participação do Vinícius: ACE´S HIGH, BLACK DRESSING SOUL, NOISE GARDEN, HEAL MY SOUL, CRAZY TRAIN, FOR WHOM THE BELL TOLLS, HIDDEN e PERFECT STRANGERS - e SPECTREMAN. De modo geral, a execução das músicas foi boa. Rolou alguma empolgação em ACE´S HIGH (por ser a primeira, e por ser boa). Aparentemente, segundo o Bruce ao final do show, era essa que o Vinícius havia pedido para tocar; mas, em razão de uma falha na comunicação entre os dois, acabou tocando em HIDDEN. CRAZY TRAIN, como era de se esperar, foi outra que empolgou (um dos presentes posicionou-se bem a frente do Cláudio na hora do solo).
A participação do Vinícius, mais uma vez, foi muito boa. Ele, efetivamente, tirou os riffs de HIDDEN e ainda solou naquela parte lenta da versão de estúdio, que não tocávamos há bastante tempo, e que foi resgatada exclusivamente para esse show. PERFECT STRANGERS foi perfeita - é daquelas extremamente chatas de tocar nos ensaios, só com as guitarras, mas altamente compensadoras quando executadas ao vivo, com o acréscimo dos teclados.
Em seguida subiu ao palco a Hiléia. Todos os integrantes possuem invejável técnica. Abriram com ANOTHER DIMENSION do Liquid Tension Experiment, tocaram um pouco do riff de AS I AM do Dream Theater e emendaram com uma composição própria (THE WORST DAY OF YOUR LIFE), se não estou enganado. Mas o melhor momento da noite, para mim, foi quando eles tocaram EROTOMANIA do Dream Theater. É, seguramente, o melhor instrumental do DT, que exige muito do guitarrista. E o Márcio, que confidenciou que a banda não havia ensaiado para o show, desempenhou brilhantemente o papel de John Petrucci - o cara tem uma palhetada muito boa, e é muito ágil na mão esquerda. Sem contar que alcançou timbres decentes da pedaleira Digitech 7 (eu tenho a 6, e não uso mais). Rolou um cover de MASTER OF PUPPETS. Quando deram por encerrado o show, exigimos que tocassem um Rush. Luke sugeriu YYZ, que foi perfeitamente executada.
A Silent Storm fechou com vários covers de clássicos do metal e uma composição própria (bem melhor que Gamma Ray). Abriram com KILL THE KING do Megadeth (bela música). Em geral as execuções foram bem aceleradas - mas não vejo nada de errado nisso, pois acabou até sendo positivo, uma vez que reprisaram FOR WHOM THE BELL TOLLS e MASTER OF PUPPETS. Tocaram um Iced Earth que é muito bom (não lembro o nome da música), um Iron (TRANSYLVANIA), outro Metallica (SEEK AND DESTROY), e outro Megadeth (SYMPHONY OF DESTRUCTION). O guitarrista solo tem boa técnica, mas o timbre não ajudou. O Luke mandou bem no baixo e nos vocais (é afinado, e compensa alguma falta de alcance da voz com uma presença de palco altamente carismática - o lance do "Concurso garota Silent Storm" foi hilário).
De modo geral, considerei positivo o show, pois não houve problemas com o som (que muitas vezes esteve bem alto) e nem com a organização. A falta de público é mesmo um problema crônico, que só será resolvido quando se fizer propaganda mais agressiva, como cartazes nas ruas, inserções nas rádios e até apresentação em programas tipo Radar e aquele da TV COM, além de consolidar o Coruja de Minerva (que nome!) como local para shows de som pesado.
Encontramo-nos diretamente no local às 16h (o show estava previsto para 18h). Como a nossa seria a primeira banda, fizemos a passagem de som por último. Tocamos apenas a metade de HIDDEN com o Vinícius. Rolou, após, uma pequena jam (alguns riffs nossos) entre eu, Bruce e Márcio (guitarrista da Hiléia). O show começou pouco depois das 19h.
O set-list foi tacitamente determinado por mim, em atenção às trocas de afinações e à participação do Vinícius: ACE´S HIGH, BLACK DRESSING SOUL, NOISE GARDEN, HEAL MY SOUL, CRAZY TRAIN, FOR WHOM THE BELL TOLLS, HIDDEN e PERFECT STRANGERS - e SPECTREMAN. De modo geral, a execução das músicas foi boa. Rolou alguma empolgação em ACE´S HIGH (por ser a primeira, e por ser boa). Aparentemente, segundo o Bruce ao final do show, era essa que o Vinícius havia pedido para tocar; mas, em razão de uma falha na comunicação entre os dois, acabou tocando em HIDDEN. CRAZY TRAIN, como era de se esperar, foi outra que empolgou (um dos presentes posicionou-se bem a frente do Cláudio na hora do solo).
A participação do Vinícius, mais uma vez, foi muito boa. Ele, efetivamente, tirou os riffs de HIDDEN e ainda solou naquela parte lenta da versão de estúdio, que não tocávamos há bastante tempo, e que foi resgatada exclusivamente para esse show. PERFECT STRANGERS foi perfeita - é daquelas extremamente chatas de tocar nos ensaios, só com as guitarras, mas altamente compensadoras quando executadas ao vivo, com o acréscimo dos teclados.
Em seguida subiu ao palco a Hiléia. Todos os integrantes possuem invejável técnica. Abriram com ANOTHER DIMENSION do Liquid Tension Experiment, tocaram um pouco do riff de AS I AM do Dream Theater e emendaram com uma composição própria (THE WORST DAY OF YOUR LIFE), se não estou enganado. Mas o melhor momento da noite, para mim, foi quando eles tocaram EROTOMANIA do Dream Theater. É, seguramente, o melhor instrumental do DT, que exige muito do guitarrista. E o Márcio, que confidenciou que a banda não havia ensaiado para o show, desempenhou brilhantemente o papel de John Petrucci - o cara tem uma palhetada muito boa, e é muito ágil na mão esquerda. Sem contar que alcançou timbres decentes da pedaleira Digitech 7 (eu tenho a 6, e não uso mais). Rolou um cover de MASTER OF PUPPETS. Quando deram por encerrado o show, exigimos que tocassem um Rush. Luke sugeriu YYZ, que foi perfeitamente executada.
A Silent Storm fechou com vários covers de clássicos do metal e uma composição própria (bem melhor que Gamma Ray). Abriram com KILL THE KING do Megadeth (bela música). Em geral as execuções foram bem aceleradas - mas não vejo nada de errado nisso, pois acabou até sendo positivo, uma vez que reprisaram FOR WHOM THE BELL TOLLS e MASTER OF PUPPETS. Tocaram um Iced Earth que é muito bom (não lembro o nome da música), um Iron (TRANSYLVANIA), outro Metallica (SEEK AND DESTROY), e outro Megadeth (SYMPHONY OF DESTRUCTION). O guitarrista solo tem boa técnica, mas o timbre não ajudou. O Luke mandou bem no baixo e nos vocais (é afinado, e compensa alguma falta de alcance da voz com uma presença de palco altamente carismática - o lance do "Concurso garota Silent Storm" foi hilário).
De modo geral, considerei positivo o show, pois não houve problemas com o som (que muitas vezes esteve bem alto) e nem com a organização. A falta de público é mesmo um problema crônico, que só será resolvido quando se fizer propaganda mais agressiva, como cartazes nas ruas, inserções nas rádios e até apresentação em programas tipo Radar e aquele da TV COM, além de consolidar o Coruja de Minerva (que nome!) como local para shows de som pesado.
sábado, 20 de novembro de 2004
Ensaio BURNIN´ BOAT (Pagan black metal)
No Hurricane, em horário ingrato - 8h/10h. Toquei só com o Jackhammer. Cláudio enfrentou problemas com seu equipamento nas primeiras 3 músicas. Não houve gravação pois o responsável pelo estúdio não foi encontrado para dar o play+rec na fita (certamente o cara foi dormir depois que entramos).
Dessa vez não houve espaço para galinhagem. Tocamos o set list duas vezes, e aparentemente as coisas vão bem. Alguns erros são inevitáveis e certamente se repetirão no show. Mas são aqueles erros "clássicos", como em PERFECT STRANGERS, ou então aquela parte no meio de FOR WHOM THE BELL TOLLS em que eu falho grosseiramente.
A ordem das músicas será: ACE´S HIGH, BLACK DRESSING SOUL, NOISE GARDEN, HEAL MY SOUL, CRAZY TRAIN, FOR WHOM THE BELL TOLLS, HIDDEN e PERFECT STRANGERS.
Convencionamos que a parte lenta de HIDDEN será resgatada - eu imagino que ali funcionaria um belo solo de teclado furioso do Vinícius.
Ao final, reparei num cartaz pendurado na parede da "sala de espera com mesa de sinuca" do estúdio, no qual havia indicação de uma banda que se apresentava como representante do estilo "pagan black metal". Eu nunca tinha ouvido falar de tal vertente do black metal, mas o Luke me assegurou que são estilos bem diferentes - o "black metal" e o "pagan black metal".
Dessa vez não houve espaço para galinhagem. Tocamos o set list duas vezes, e aparentemente as coisas vão bem. Alguns erros são inevitáveis e certamente se repetirão no show. Mas são aqueles erros "clássicos", como em PERFECT STRANGERS, ou então aquela parte no meio de FOR WHOM THE BELL TOLLS em que eu falho grosseiramente.
A ordem das músicas será: ACE´S HIGH, BLACK DRESSING SOUL, NOISE GARDEN, HEAL MY SOUL, CRAZY TRAIN, FOR WHOM THE BELL TOLLS, HIDDEN e PERFECT STRANGERS.
Convencionamos que a parte lenta de HIDDEN será resgatada - eu imagino que ali funcionaria um belo solo de teclado furioso do Vinícius.
Ao final, reparei num cartaz pendurado na parede da "sala de espera com mesa de sinuca" do estúdio, no qual havia indicação de uma banda que se apresentava como representante do estilo "pagan black metal". Eu nunca tinha ouvido falar de tal vertente do black metal, mas o Luke me assegurou que são estilos bem diferentes - o "black metal" e o "pagan black metal".
sexta-feira, 19 de novembro de 2004
quinta-feira, 18 de novembro de 2004
Ensaio BURNIN´ BOAT (Addicted to that RIFF)
Das 20:00 - 22:00, no Groove (aparentemente, agora Music Box). Formação completa. Nesse estúdio eu não me atrevo a usar meus pedais - tem um magnífico Marshall JCM, com uma magnífica distorção (é uma experiência memorável e "indescritível" tocar o riff de NOISE GARDEN nesse ampli). O Cláudio teve problemas com a dúzia de fontes que ele levou para alimentar sua pedaleira, de modo que se utilizou somente do Sansamp plugado no outro Marshall. Alcançou um timbre não menos divino. Espero que as fitas tenham captado bem as guitarras.
Sem a pedaleira do Cláudio, tivemos contratempos com a afinação - ele teve que baixar a 6a corda para D nas nossas músicas, e voltar para a afinação normal nos covers (e em HIDDEN). A ordem das músicas é previsível: ACE´S HIGH, BLACK DRESSING SOUL, NOISE GARDEN (insisto que o riff ganhou muita "presença" com a distorção do Marshall) e a nova HEAL MY SOUL. Esta última fica melhor a cada execução. HIDDEN está sendo tocada com afinação normal, uma vez que no show contaremos com a participação valorosa e sempre aguardada do Vinícius (da Hiléia) nos teclados.
Os covers são PERFECT STRANGERS, FOR WHOM THE BELL TOLLS e CRAZY TRAIN. Sobre a do Metallica, apesar de ser uma música muito fácil (provavelmente, é a mais simples e fácil do Metallica - não tem solos -; inobstante, é uma das melhores) não é o tipo de música que estamos acostumados a tocar. Esclareço: nosso esquema funciona basicamente em cima de riffs (e alguns acordes), um após o outro. E, pra mim (que não sou nenhum virtuose) é o esquema que funciona. Assim, quando determinada música exige "algo a mais", ou seja, quando tem um trecho que não seja fundado em riffs ou acordes, como é o caso de FOR WHOM THE BELL TOLLS (refiro-me àquela parte no meio, depois do primeiro "refrão"), ou, por exemplo, qualquer música do Van Halen, temos sérios problemas (eu, principalmente). Tenho que talvez funcione melhor se o Cláudio tocar essa parte, pois ele é mais dado a solos e outras intervenções que não sejam só riffs e acordes. Sem contar que essa música, especialmente, tem um "feel" ou "feeling" que é impossível de reproduzir - só o Metallica faz essa música ficar boa, de modo que qualquer comparação que se faça com a nossa versão é covardia (essa advertência serve para os meus amigos fanáticos, como eu, por Metallica - os grandes Barboza e Frau - bem como para todos os que se fizerem presentes no dia do show).
Já no que se refere à do Ozzy, tivemos um verdadeiro Momento Lucky Strike. Não deveríamos mais nos surpreender com isso, mas o fato é que o Cláudio reproduziu fielmente, nota-por-nota, o (fantástico) solo do Randy Rhoads. Nós já vimos o Cláudio (aka Clóvis) reproduzindo os solos do Black Sabbath, do Iron Maiden (até do Steve Vai, em FOOL FOR YOUR LOVING), mas dessa vez o cara se superou. O resto da música, com as participações dos demais, ficou muito bom também.
Particularmente, eu também tive um Momento Lucky Strike: foi já ao final do ensaio, quando o Luke se aproximou e estatuiu que "o diabo é que esses teus riffs são viciantes" (referiu-se ao riff de HEAL MY SOUL). É o tipo de comentário que eu mais valorizo; o que diz respeito aos riffs e às músicas. Afinal, não é fácil compor músicas próprias (que não sejam reproduções descaradas das bandas que tocam na Pop Rock) e montar uma banda para tocá-las. A impressão com a qual eu sempre convivi é a de que só os integrantes da banda é que curtem essas músicas. Mas esse comentário do Luke, que eu reputo isento (não tem rabo preso com ninguém, e tem uma história recente com a banda), é do tipo de comentário que redime e inspira - pra continar compondo.
Por fim, cabe registrar os backing vocals do Luke em BLACK DRESSING SOUL, HEAL MY SOUL (quando ficar pronta RESTLESS SOUL, teremos a "trilogia soul") e até FOR WHOM. O momento galinhagem ficou por conta do Luciano, que assumiu minha guitarra e fez uma jam com alguns riffs do álbum SABBATH BLOODY SABBATH.
terça-feira, 16 de novembro de 2004
Ensaio BURNIN´ BOAT (Four Horseman)
Foi na segunda-feira (feriado), 15/11, às 18:00, no Hurricane (do uruguaio gente fina). A formação, que aparentemente está se consolidando, contou com Luke no baixo, eu, Bruce e Luciano. Cláudio ausentou-se, mas parece que assumirá a guitarra solo nos próximos ensaios e no show (o que para mim é motivo de tranqüilidade). Toquei com os meus equipamentos (Digitech e Jackhammer) ligados no Marshall do estúdio. Não gostei muito do meu som. Conforme as músicas, fui alternando afinação normal e drop-D.
As músicas próprias: além das já clássicas ACE´S HIGH, BLACK DRESSING SOUL, HIDDEN (INTERPOLATING FOR WHOM THE BELL TOLLS - com afinação normal), NOISE GARDEN, acrescentamos uma nova, HEAL MY SOUL, que ficou boa. RESTLESS SOUL foi outra nova que tocamos, mas esta ainda não está pronta. Quanto aos covers: PERFECT STRANGERS, FOR WHOM THE BELL TOLLS, PARASITE (que eu assassinei - foi prontamente retirada do repertório), e o acréscimo de última hora: CRAZY TRAIN, que ficou decente.
Aproveitei e puxei uma composição recente, "inspirada" nas minhas últimas audições - Genesis (Selling England by the Pound e Foxtrot) e Opeth (Damnation). Ficou bem legal - todos acompanharam, inclusive o Luciano que tentou algumas vocalizações. No mesmo esquema, desencavei COLD WIND, que afinal, é uma boa música, merecendo só uma "releitura" (principalmente na parte da bateria).
Depois de muito tempo, finalmente tivemos o ensaio gravado em fita (o Bruce, felizmenente, já providenciou os mp3, que ficaram bons).
As tradicionais galinhagens ficaram por conta dos covers de Dokken, que eram requisitados pelo Luke: BREAKING THE CHAINS e UNCHAIN THE NIGHT, ambas (bem) cantadas pelo próprio Luke.
terça-feira, 9 de novembro de 2004
Discos Essenciais: LES CONCERTS EN CHINE - Jean Michel Jarre
Efetivamente, tudo o que eu entendo por musicalidade, harmonia e melodia, todas as minhas referências musicais; enfim, tudo o que eu entendo por MÚSICA se acha nos discos desse tecladista francês. Desde sempre, eu ouvi com atenção todas as notas e procurei entender todas as composições ("como é possível fazer essas músicas? aparentemente simples, mas cheias de estruturas e detalhes complexos?").
Conheci Jarre nas férias de verão de 1987 (em Pelotas), quando passou no Fantástico um clip de RENDEZ-VOUZ IV (aquela que todo mundo conhece), no qual o músico se apresenta com um teclado em forma de meia lua, cujas teclas (para serem tocadas com as mãos, e não com os dedos) acendem com o toque. Por coincidência e sorte, minha mãe comprara o disco (RENDEZ-VOUS), e a partir daí eu comprei todos os vinis e fitas k7 que encontrei na época (OXYGENE, EQUINOXE e o disco essencial epigrafado; posteriormente, em fita: REVOLUTIONS e WAITING FOR COUSTEAU).
Poderia escolher como essencial qualquer dos discos citados (com exceção de OXYGENE, que, apesar de tido por muitos como o melhor do francês, não é do meu total agrado); escolhi CONCERTS IN CHINA pois, além de ser gravado ao vivo (sempre preferi esse formato), contém uma boa amostra do que Jarre é capaz com os teclados e sintetizadores. Aliás, trata-se do meu tipo de tecladista - aquele que utiliza simultaneamente dezenas de teclados, de maneira que uma de minhas ocupações é tentar identificar qual deles produz determinado som em determinada música. E o fato de esses instrumentos serem relacionados nos booklets, os respectivos nomes (ainda, e lamentavelmente) não me dizem nada - Mellophonium, Mellotron, Farfisa Organ, VCS 3 Synthesizer, AKS, Arp, Vocoder, Oberheim, Fairlight, Roland TR-808, Roland JD800, Emulator, Fairlight CMI, Fairlight III, Roland D50, Cristal Bachet, entre muitos outros.
As músicas, praticamente todas, são essenciais. Eu consegui identificar um padrão em certas músicas, que é o que eu acredito ser um método de composição de Jarre brilhante. As músicas são complexas porque construídas em "camadas". Mas cada camada é bastante simples. Geralmente começam com um tema, ao qual vai-se, aos poucos agregando um e outro elemento. Em determinado instante, temos 3, 4 ou 5 (ou mais) "camadas" interagindo harmonicamente. Além disso, o músico adiciona alguns sons "acessórios", simulando elementos da natureza como chuva, vento, e até a passagem de um cometa ou estrela cadente. Honestamente, sei que essa é uma descrição bizarra, e sobretudo inútil, mas talvez a audição de músicas como THE OVERTURE ou ARPEGIATOR me redima.
Nos "concertos na China", Jarre fez-se acompanhar apenas por Dominique Perrier, Frederic Rousseau e Roger Rizzitelli (este último responsável pela "bateria" - por certo, algum tipo de bateria eletrônica, mas sem o som enjoado de uma bateria eletrônica. É digno de nota, ainda, o solo, simples e eficiente, na música ORIENT EXPRESS).
As melhores músicas são as do cd 1: THE OVERTURE, ARPEGIATOR, EQUINOXE 4, FISHING JUNKS AT SUNSET, EQUINOXE 2. Do cd 2 são destacáveis: ORIENT EXPRESS e MAGNETIC FIELDS 4 (uma das melodias mais bonitas).
Por fim, é pertinente colacionar uma observação do allmusic.com, que apesar de proferida em comentário ao disco SESSIONS 2000, é procedente aqui e em qualquer disco do francês: "Jarre is, for most, an acquired taste, so those not accustomed to the musician's musings, or not in love with instrumental experiments in melodic fusion probably won't get it - at all. But that's fine, because that just leaves more glee for the rest of us"
Conheci Jarre nas férias de verão de 1987 (em Pelotas), quando passou no Fantástico um clip de RENDEZ-VOUZ IV (aquela que todo mundo conhece), no qual o músico se apresenta com um teclado em forma de meia lua, cujas teclas (para serem tocadas com as mãos, e não com os dedos) acendem com o toque. Por coincidência e sorte, minha mãe comprara o disco (RENDEZ-VOUS), e a partir daí eu comprei todos os vinis e fitas k7 que encontrei na época (OXYGENE, EQUINOXE e o disco essencial epigrafado; posteriormente, em fita: REVOLUTIONS e WAITING FOR COUSTEAU).
Poderia escolher como essencial qualquer dos discos citados (com exceção de OXYGENE, que, apesar de tido por muitos como o melhor do francês, não é do meu total agrado); escolhi CONCERTS IN CHINA pois, além de ser gravado ao vivo (sempre preferi esse formato), contém uma boa amostra do que Jarre é capaz com os teclados e sintetizadores. Aliás, trata-se do meu tipo de tecladista - aquele que utiliza simultaneamente dezenas de teclados, de maneira que uma de minhas ocupações é tentar identificar qual deles produz determinado som em determinada música. E o fato de esses instrumentos serem relacionados nos booklets, os respectivos nomes (ainda, e lamentavelmente) não me dizem nada - Mellophonium, Mellotron, Farfisa Organ, VCS 3 Synthesizer, AKS, Arp, Vocoder, Oberheim, Fairlight, Roland TR-808, Roland JD800, Emulator, Fairlight CMI, Fairlight III, Roland D50, Cristal Bachet, entre muitos outros.
As músicas, praticamente todas, são essenciais. Eu consegui identificar um padrão em certas músicas, que é o que eu acredito ser um método de composição de Jarre brilhante. As músicas são complexas porque construídas em "camadas". Mas cada camada é bastante simples. Geralmente começam com um tema, ao qual vai-se, aos poucos agregando um e outro elemento. Em determinado instante, temos 3, 4 ou 5 (ou mais) "camadas" interagindo harmonicamente. Além disso, o músico adiciona alguns sons "acessórios", simulando elementos da natureza como chuva, vento, e até a passagem de um cometa ou estrela cadente. Honestamente, sei que essa é uma descrição bizarra, e sobretudo inútil, mas talvez a audição de músicas como THE OVERTURE ou ARPEGIATOR me redima.
Nos "concertos na China", Jarre fez-se acompanhar apenas por Dominique Perrier, Frederic Rousseau e Roger Rizzitelli (este último responsável pela "bateria" - por certo, algum tipo de bateria eletrônica, mas sem o som enjoado de uma bateria eletrônica. É digno de nota, ainda, o solo, simples e eficiente, na música ORIENT EXPRESS).
As melhores músicas são as do cd 1: THE OVERTURE, ARPEGIATOR, EQUINOXE 4, FISHING JUNKS AT SUNSET, EQUINOXE 2. Do cd 2 são destacáveis: ORIENT EXPRESS e MAGNETIC FIELDS 4 (uma das melodias mais bonitas).
Por fim, é pertinente colacionar uma observação do allmusic.com, que apesar de proferida em comentário ao disco SESSIONS 2000, é procedente aqui e em qualquer disco do francês: "Jarre is, for most, an acquired taste, so those not accustomed to the musician's musings, or not in love with instrumental experiments in melodic fusion probably won't get it - at all. But that's fine, because that just leaves more glee for the rest of us"
sábado, 6 de novembro de 2004
Discos Essenciais: FLICK OF THE SWITCH - AC/DC
Curiosamente, a respeito desse álbum o www.allmusic.com diz o seguinte: "AC/DC's music has always been simple, but here it sounds underdeveloped and unmemorable". É "curiosa" tal observação, pois entendo justamente o contrário.
Não lembro exatamente quando e como ouvi esse álbum (provavelmente alugando o cd na extinta locadora da R. Mal. Floriano, perto do Colégio Sévigné; exatamente no mesmo local onde, atualmente, encontra-se a Boca do Disco). Só sei que mesmo ouvindo poucas vezes o disco, os refrões de quase todas as músicas "vêm" (e "ficam") freqüentemente na minha cabeça. Mesmo tendo ficado com uma impressão positiva do álbum, demorei pra perceber que isso é um indício forte da sua essencialidade. E é justificável: afinal, desde que passei a acompanhar a banda, em 1993, nunca soube de algum show em que foram tocadas músicas do álbum epigrafado.
Todos (ou a maioria) dos discos de estúdio do AC/DC sofrem com produções canhestras - o som das guitarras, geralmente, é bisonho, e os vocais (especialmente na fase Brian Johnson) inadequados e exagerados (FLY ON THE WALL e BLOW UP YOUR VIDEO são os exemplos mais evidentes). As versões ao vivo de todas as músicas da banda são muito melhores que as registradas em estúdio. Contudo, em FLICK OF THE SWITCH, apesar de lançado em 1983, tem um som muito bom - vocais e guitarras, principalmente. Neste quesito, é o tipo de disco que "resiste ao teste do tempo".
Mas as músicas é que são fundamentais - diferentemente do que entendeu o all.music, considero todas "excelentes" composições. Até a ordem das músicas é perfeita. Os riffs são muito bons. Mas o que eu considero mais marcante, como já divulgado acima, são os refrões. Todos são brilhantes, do tipo chiclete. Os mais recorrentes (na minha cabeça): GUNS FOR HIRE, DEEP IN THE HOLE, NERVOUS SHAKEDOWN, RISING POWER e THIS HOUSE IS ON FIRE, sem prejuízo das demais. É realmente um fato notável esse de que se trata de um álbum obscuro, sim, mas que agrega músicas de boa qualidade (ao contrário do que costuma acontecer em álbuns do próprio AC/DC, Black Sabbath e Iron Maiden - para ficar em alguns exemplos - nos quais só umas 3 músicas são realmente boas - as demais "preenchem o espaço").
O ponto fraco que pode ser apontado, mas que não interfere no resultado final, posto que acessórios, são os solos de Angus Young. Todos parecem ter sido gravados em um só take, em uma só tarde (ou noite), após uma grande bebedeira. Ficaram bem baixos na mixagem, de modo que se tem que fazer algum esforço para ouví-los. Mas são todos dispensáveis, limitando-se a ocupar o espaço tradicionalmente destinado aos solos. O único que tem alguns bens e licks bacanas é NERVOUS SHAKEDOWN.
O disco conta com alguns dos melhores riffs da banda: FLICK OF THE SWITCH, GUNS FOR HIRE, BEDLAM IN BELGIUM, RISING POWER, THIS HOUSE IS ON FIRE, etc.
Fácil perceber a essencialidade desse disco obscuríssimo da banda: (a) refrões "que grudam que nem chiclete" magníficos (ou seja, não são daqueles "irritantes"); (b) boa produção, que deixou todos os instrumentos soando bem; (c) todas as músicas são boas; (d) bons riffs, e boas guitarras.
Não lembro exatamente quando e como ouvi esse álbum (provavelmente alugando o cd na extinta locadora da R. Mal. Floriano, perto do Colégio Sévigné; exatamente no mesmo local onde, atualmente, encontra-se a Boca do Disco). Só sei que mesmo ouvindo poucas vezes o disco, os refrões de quase todas as músicas "vêm" (e "ficam") freqüentemente na minha cabeça. Mesmo tendo ficado com uma impressão positiva do álbum, demorei pra perceber que isso é um indício forte da sua essencialidade. E é justificável: afinal, desde que passei a acompanhar a banda, em 1993, nunca soube de algum show em que foram tocadas músicas do álbum epigrafado.
Todos (ou a maioria) dos discos de estúdio do AC/DC sofrem com produções canhestras - o som das guitarras, geralmente, é bisonho, e os vocais (especialmente na fase Brian Johnson) inadequados e exagerados (FLY ON THE WALL e BLOW UP YOUR VIDEO são os exemplos mais evidentes). As versões ao vivo de todas as músicas da banda são muito melhores que as registradas em estúdio. Contudo, em FLICK OF THE SWITCH, apesar de lançado em 1983, tem um som muito bom - vocais e guitarras, principalmente. Neste quesito, é o tipo de disco que "resiste ao teste do tempo".
Mas as músicas é que são fundamentais - diferentemente do que entendeu o all.music, considero todas "excelentes" composições. Até a ordem das músicas é perfeita. Os riffs são muito bons. Mas o que eu considero mais marcante, como já divulgado acima, são os refrões. Todos são brilhantes, do tipo chiclete. Os mais recorrentes (na minha cabeça): GUNS FOR HIRE, DEEP IN THE HOLE, NERVOUS SHAKEDOWN, RISING POWER e THIS HOUSE IS ON FIRE, sem prejuízo das demais. É realmente um fato notável esse de que se trata de um álbum obscuro, sim, mas que agrega músicas de boa qualidade (ao contrário do que costuma acontecer em álbuns do próprio AC/DC, Black Sabbath e Iron Maiden - para ficar em alguns exemplos - nos quais só umas 3 músicas são realmente boas - as demais "preenchem o espaço").
O ponto fraco que pode ser apontado, mas que não interfere no resultado final, posto que acessórios, são os solos de Angus Young. Todos parecem ter sido gravados em um só take, em uma só tarde (ou noite), após uma grande bebedeira. Ficaram bem baixos na mixagem, de modo que se tem que fazer algum esforço para ouví-los. Mas são todos dispensáveis, limitando-se a ocupar o espaço tradicionalmente destinado aos solos. O único que tem alguns bens e licks bacanas é NERVOUS SHAKEDOWN.
O disco conta com alguns dos melhores riffs da banda: FLICK OF THE SWITCH, GUNS FOR HIRE, BEDLAM IN BELGIUM, RISING POWER, THIS HOUSE IS ON FIRE, etc.
Fácil perceber a essencialidade desse disco obscuríssimo da banda: (a) refrões "que grudam que nem chiclete" magníficos (ou seja, não são daqueles "irritantes"); (b) boa produção, que deixou todos os instrumentos soando bem; (c) todas as músicas são boas; (d) bons riffs, e boas guitarras.
quarta-feira, 3 de novembro de 2004
Discos Essenciais: O FABULOSO FITTIPALDI - Azymuth & Marcos Valle
Esse é mais dos previamente comentados neste blog.
No sábado de Páscoa de 1993 eu aluguei na TV3 dois vídeos: AC/DC Live (banda que eu estava viciado na época) e O Fabuloso Fittipaldi (documentário de 1974 sobre o piloto bicampeão da Fórmula 1). Por 120 minutos fiquei hipnotizado pelas músicas de Angus Young e, na seqüência, 90 minutos pelas cenas de corridas dos anos 70. Mas nestas havia um componente inesperado: a trilha sonora.
A música VITÓRIA é a que foi marcante; trata-se daquele tipo de música que parece já termos ouvido em algum lugar (de fato, recentemente descobri que ela é o prefixo musical de um programa da Rádio Guaíba). Daí em diante, tornou-se imperioso descobrir que banda tocou naquela trilha e quem compôs aquelas músicas. Pela sonoridade, imaginei que era uma banda americana ou inglesa de rock progressivo, tipo Yes.
Anos depois aluguei de novo, e aí reparei nos créditos finais que a trilha era autoria de uma banda chamada Azymuth. Nunca ouvira falar; e acredito que não era o único. Pois Azymuth é uma banda brasileira, e que não fica devendo em nada a Yes, Genesis e Emerson, Lake & Palmer.
Desde então, procurei incessantemente qualquer cd, vinil ou mp3 com a trilha desse filme. E todas as tentativas restaram infrutíferas (o Bruce colaborou nessa busca, trazendo até o depoimento do Getúlio da Boca do Disco, in verbis "nunca ouvi falar desse disco"). E nem podíamos mesmo encontrar cd ou vinil - ao que parece, somente há disponível em cd no Japão, o que inviabiliza qualquer esperança de aquisição.
Só recentemente, através de uma resenha excelente do www.discotecabasica.com, tive notícias da existência de mp3 no Soulseek. E enquanto não for devidamente lançado em cd, é a única maneira de ouvir esse disco essencial (a essencialidade: (a) a música VITÓRIA (uma das melhores músicas que já ouvi); (b) boas composições, algumas lembrando as boas bandas de rock progressivo dos anos 70; (c) um baixista e um baterista fenomenais (dupla tão valiosa quanto Chris Squire/Alan White).
segunda-feira, 1 de novembro de 2004
Discos Essenciais: ANIMALIZE - Kiss
Animalize é outro que já foi objeto de comentários neste blog, de modo que eu me reporto a todas as considerações oportunamente expendidas. Aqui cabem observações meramente complementares.
1993 foi o ano em que (aqui em casa) compramos um aparelho de cd. Na época (junho), locação de cds só na TV3 e na Vídeo World (uma praticamente ao lado da outra). A banda que eu estava viciado na época era AC/DC, de modo que fiquei encantado quando encontrei, na Vídeo World, em julho daquele ano, o cd DIRTY DEEDS DONE DIRT CHEAP (importado). Também encontrei, importado, o disco essencial epigrafado. Já havia lido algo sobre o Kiss, num catálogo de cds da Revista Bizz, além de ter as minhas próprias lembranças de infância (quando a banda esteve no Brasil em 1983).
E desde a primeira vez que ouvi, gostei de ANIMALIZE (não tanto quanto agora), gravando-o inteiro no lado B de uma fita de 90 minutos (o lado A foi ocupado por DIRTY DEEDS). As músicas que eu julguei as melhores na época, as tenho como melhores até hoje: I´VE HAD ENOUGH (melhor riff da banda), UNDER THE GUN e THRILLS IN THE NIGHT. Só que, durante algum tempo, eu confundia os vocalistas: achava que Paul era Gene e Gene era Paul. "Nossa, esse Gene canta muito!". E pior: achava que Paul era o guitarrista solo e Mark St. John, o guitarrista base.
Explica-se: na época, já sabia que Paul era da formação original - e assim, "raciocinei" que seria muito mais "lógico" que o guitarrista base fosse o substituído, pois, afinal, os solos eram muito "difícieis", e eu imaginava ser "impossível" a substituição de um cara que tocasse "tão bem" (tipo, que alguém tivesse de substituir um membro da formação original e tirar todos os solos antigos e tal). Enfim, mal sabia que 11 anos depois, ainda estaria ouvindo este e os outros discos essenciais da banda.
Não é segredo que esse disco, além de essencial, é um de meus favoritos de todos os tempos, pelos seguintes fatores: (a) um grande disco do Kiss, registrado em época desfavorável para a banda - 1984; (b) boas músicas, especialmente as de Paul, com as guitarras no melhor estilo hard rock dos anos 80; (c) a música I´VE HAD ENOUGH; (d) a participação brilhante de Eric Carr na bateria (as levadas de I´VE HAD ENOUGH e THRILLS IN THE NIGHT são matadoras); (e) único disco com Mark St. John, cuja meteórica passagem pela banda é motivo de muito interesse (pessoalmente falando) - e o cara, realmente, tocava muito bem.
1993 foi o ano em que (aqui em casa) compramos um aparelho de cd. Na época (junho), locação de cds só na TV3 e na Vídeo World (uma praticamente ao lado da outra). A banda que eu estava viciado na época era AC/DC, de modo que fiquei encantado quando encontrei, na Vídeo World, em julho daquele ano, o cd DIRTY DEEDS DONE DIRT CHEAP (importado). Também encontrei, importado, o disco essencial epigrafado. Já havia lido algo sobre o Kiss, num catálogo de cds da Revista Bizz, além de ter as minhas próprias lembranças de infância (quando a banda esteve no Brasil em 1983).
E desde a primeira vez que ouvi, gostei de ANIMALIZE (não tanto quanto agora), gravando-o inteiro no lado B de uma fita de 90 minutos (o lado A foi ocupado por DIRTY DEEDS). As músicas que eu julguei as melhores na época, as tenho como melhores até hoje: I´VE HAD ENOUGH (melhor riff da banda), UNDER THE GUN e THRILLS IN THE NIGHT. Só que, durante algum tempo, eu confundia os vocalistas: achava que Paul era Gene e Gene era Paul. "Nossa, esse Gene canta muito!". E pior: achava que Paul era o guitarrista solo e Mark St. John, o guitarrista base.
Explica-se: na época, já sabia que Paul era da formação original - e assim, "raciocinei" que seria muito mais "lógico" que o guitarrista base fosse o substituído, pois, afinal, os solos eram muito "difícieis", e eu imaginava ser "impossível" a substituição de um cara que tocasse "tão bem" (tipo, que alguém tivesse de substituir um membro da formação original e tirar todos os solos antigos e tal). Enfim, mal sabia que 11 anos depois, ainda estaria ouvindo este e os outros discos essenciais da banda.
Não é segredo que esse disco, além de essencial, é um de meus favoritos de todos os tempos, pelos seguintes fatores: (a) um grande disco do Kiss, registrado em época desfavorável para a banda - 1984; (b) boas músicas, especialmente as de Paul, com as guitarras no melhor estilo hard rock dos anos 80; (c) a música I´VE HAD ENOUGH; (d) a participação brilhante de Eric Carr na bateria (as levadas de I´VE HAD ENOUGH e THRILLS IN THE NIGHT são matadoras); (e) único disco com Mark St. John, cuja meteórica passagem pela banda é motivo de muito interesse (pessoalmente falando) - e o cara, realmente, tocava muito bem.
domingo, 31 de outubro de 2004
Discos Essenciais: THE CRAVING - MD 45
A Madsound sempre teve excelentes cds para locação. E na primeira metade dos anos 90, em que os preços eram muito baixos e ainda tinha a promoção leve-5-e-fique-por-uma-semana, eu costumava alugar alguns cds pelo nome ou pela capa, "só para conhecer". Essa técnica (tentativa e erro) foi decisiva para descobrir muitas bandas, que merecerão comentários em posts vindouros.
No caso desse MD. 45, o dono da Madsound foi quem indicou: "Esse é um projeto paralelo do Dave Mustaine, com um vocal parecido com o Blaze Bailey". Geralmente, as "dicas" não davam certo, mas esse caso foi uma exceção. Lembro do dia em que eu realmente gostei desse disco - foi numa viagem de ônibus, voltando de Caxias ou Gramado.
Todas as músicas desse disco são muito simples e diretas, no melhor estilo das bandas que fazem músicas simples e diretas. O vocal, de fato, é muito parecido com o do Blaze Bailey - e, nesse caso, isso não é ruim. E a simplicidade das músicas não impede o aparecimento de alguns riffs e algumas soluções musicais muito interessantes, todas obra do Sr. Mustaine. Em regra, todas as músicas contêm alguma boa dose de criatividade - mesmo quando achamos que há algo simples demais (um riff, ou um verso), sempre há, logo após, algo de muito bom e criativo.
Gosto muito da bateria - em todas as músicas as levadas são legais (não é por acaso que Mustaine chamou Jimmy DeGrasso, posteriormente, para substituir Nick Menza). Aliás, já havia ficado muito bem impressionado com esse baterista quando a MTV mostrou o show do Suicidal Tendencies no Monsters of Rock de 1994 em São Paulo. O cara não se limita a acompanhar as músicas; e ele não desperdiça o nosso ouvido com levadas "diferentes" só para ser "diferente". Todas as levadas e rolos de bateria são cruciais e muito bem colocados, incrementando os riffs. Enfim, nesse disco o baterista é um aliado da música (e, por seqüência, da guitarra, que é o que direciona a música).
MD 45 é em tudo diferente do Megadeth. Não há solos. Apenas alguns riffs poderiam aparecer em algum cd do Megadeth. É o caso da melhor música, NO PAIN. Outra excelente é THE CREED, com o riff simulando um trem. HELL´S MOTEL, DAY THE MUSIC DIED, DESIGNER BEHAVIOR e VOICES são todas brilhantes.
A essencialidade do MD 45 reside, então, nesses fatores: (a) bons riffs, boas músicas; (b) excelente participação do baterista em todas as músicas; (c) belo som de baixo (gorduroso).
Esse álbum foi relançado em 2004, remasterizado e com os vocais de Mustaine (achei muito inferiores aos de Ving Lee em todas as músicas).
No caso desse MD. 45, o dono da Madsound foi quem indicou: "Esse é um projeto paralelo do Dave Mustaine, com um vocal parecido com o Blaze Bailey". Geralmente, as "dicas" não davam certo, mas esse caso foi uma exceção. Lembro do dia em que eu realmente gostei desse disco - foi numa viagem de ônibus, voltando de Caxias ou Gramado.
Todas as músicas desse disco são muito simples e diretas, no melhor estilo das bandas que fazem músicas simples e diretas. O vocal, de fato, é muito parecido com o do Blaze Bailey - e, nesse caso, isso não é ruim. E a simplicidade das músicas não impede o aparecimento de alguns riffs e algumas soluções musicais muito interessantes, todas obra do Sr. Mustaine. Em regra, todas as músicas contêm alguma boa dose de criatividade - mesmo quando achamos que há algo simples demais (um riff, ou um verso), sempre há, logo após, algo de muito bom e criativo.
Gosto muito da bateria - em todas as músicas as levadas são legais (não é por acaso que Mustaine chamou Jimmy DeGrasso, posteriormente, para substituir Nick Menza). Aliás, já havia ficado muito bem impressionado com esse baterista quando a MTV mostrou o show do Suicidal Tendencies no Monsters of Rock de 1994 em São Paulo. O cara não se limita a acompanhar as músicas; e ele não desperdiça o nosso ouvido com levadas "diferentes" só para ser "diferente". Todas as levadas e rolos de bateria são cruciais e muito bem colocados, incrementando os riffs. Enfim, nesse disco o baterista é um aliado da música (e, por seqüência, da guitarra, que é o que direciona a música).
MD 45 é em tudo diferente do Megadeth. Não há solos. Apenas alguns riffs poderiam aparecer em algum cd do Megadeth. É o caso da melhor música, NO PAIN. Outra excelente é THE CREED, com o riff simulando um trem. HELL´S MOTEL, DAY THE MUSIC DIED, DESIGNER BEHAVIOR e VOICES são todas brilhantes.
A essencialidade do MD 45 reside, então, nesses fatores: (a) bons riffs, boas músicas; (b) excelente participação do baterista em todas as músicas; (c) belo som de baixo (gorduroso).
Esse álbum foi relançado em 2004, remasterizado e com os vocais de Mustaine (achei muito inferiores aos de Ving Lee em todas as músicas).
quarta-feira, 27 de outubro de 2004
Discos Essenciais: INTO THE UNKOWN - Mercyful Fate
O programa Fúria Metal da MTV, na primeira metade dos anos 90, foi fundamental para conhecer novas bandas. Lá por 94/95, a MTV fazia jus ao nome - era uma emissora que mostrava MÚSICA, e não vários programas "para jovens", como um canal aberto comum. E tinha pelo menos um apresentador (dito VJ), Gastão, conhecedor de rock e com disposição para mostrar as bandas de som pesado, mesmo que não sejam as campeãs de venda.
Lembro que nessa época passou no Fúria Metal (depois, apenas Fúria) um clip do Mercyful Fate tocando a música WITCHES DANCE (do disco Time), o qual me impressionou positivamente - tinha um bom refrão, e boas idéias para pre-chorus e chorus. Mas os vocais histriônicos de King Diamond, naturalmente, não são muito animadores. Lembro de ter alugado na Madsound esse disco (Time), e algum tempo depois o disco Don´t Break the Oath (este eu cheguei a gravar, mas gostei só de alguns riffs - as letras satanistas são exageradas, e o resto não impressionou).
Foi então que o Metallica, em 1999, lançou o álbum duplo de covers (Garage Inc). O Bruce comprou na hora, e automaticamente me deu o recado: "Tem um cover do Mercyful Fate que tem um riff que é exatamente o teu estilo de riff". Tratava-se do MERCYFUL FATE MEDLEY, e o riff em questão era o da música CURSE OF THE PHARAOHS. E o Bruce tinha toda a razão. O riff era justamente o tipo de riff que eu gosto. E a partir daí eu fui atrás dos cds (todos) do Mercyful Fate.
No Praia de Belas tinha uma pequena loja de cds, perto da Wall Street Posters, que vendia alguns cd´s da Paradoxx Music por R$ 3,90, e um desses era o disco essencial epigrafado. Comprei na hora - mal sabia que seria o melhor cd pelo menor preço da minha coleção.
Os vocais do King Diamond, eu reconheço, são muitas vezes difíceis de ouvir. Mas quando ele canta com a voz normal - e mesmo quando ele canta com vocal gutural - as coisas melhoram consideravelmente. Mas tirante essa parte - que eu considero, efetivamente, acessória -, o instrumental é magnífico. A fase que normalmente os fãs da banda curtem (a dos dois primeiros discos) não é a minha favorita - os discos mais recentes são muito melhores.
Até hoje me surpreende o fato de que a maioria das músicas - e todas as melhores músicas - são compostas pelo King Diamond. E os riffs são realmente magníficos. A minha favorita é THE UNINVITED GUEST, sem prejuízo de outras excelentes - THE GHOST OF A CHANGE, HOLY WATER, entre outras. A partir daí, nem os vocais nem as letras incomodam mais - o instrumental e os riffs (uns 50 em cada música! todos excelentes) compensam.
Os cds seguintes do Mercyful Fate são igualmente essenciais - DEAD AGAIN e 9. Em todos há a participação de um dos meus bateristas favoritos - Bjarne T. Holme (que também é ilustrador das capas). Trata-se de um daqueles bateristas que faz a gente voltar um pouco a música para ouvir melhor um determinado "rolo", ou aumentar o volume para acompanhar as levadas, sempre criativas e fluidas. É um baterista de heavy metal numa banda de heavy metal - ninguém há de esperar nada próximo ao Mike Portnoy ou Neal Peart. Mas isso não o impede de contribuir positiva e ativamente, engrandecendo, em regra, as músicas. Enfim, é um baterista inquieto e inquietante.
Outro destaque é o baixista Sharlee D´Angelo, também típico de heavy metal, mas muito competente. Em relação às guitarras, os comentários são dispensáveis: qualquer um que conseguir empunhar a guitarra e tocar as músicas inteiras do Mercyful Fate será um grande guitarrista.
A essencialidade do Mercyful Fate, e de INTO THE UNKNOWN em particular, reside, então, nas contribuições dos instrumentistas, e na qualidade das composições e dos riffs. Um heavy metal muito diferente dos clássicos Iron Maiden (é mais pesado e mais complexo) e Motorhead (é mais complexo). As músicas geralmente contam com várias partes independentes entre si, interligadas apenas pelo título da música. Ou seja: se a música começa de um jeito, necessariamente ela terminará de outro completamente diferente. E a beleza de tudo isso é que as músicas, em regra, funcionam (estou tratando, como é intuitivo, do INTO THE UNKNOWN, DEAD AGAIN e 9).
Em 2000 ou 2001 foram lançados nacionalmente todos os cds da banda, remasterizados e com bônus. No caso deste disco, teve o acréscimo de uma excelente versão ao vivo de CURSE OF THE PHARAOHS e de BLACK FUNERAL. E a Saraiva disponibilizou todos com preços bastante acessíveis - na época.
Lembro que nessa época passou no Fúria Metal (depois, apenas Fúria) um clip do Mercyful Fate tocando a música WITCHES DANCE (do disco Time), o qual me impressionou positivamente - tinha um bom refrão, e boas idéias para pre-chorus e chorus. Mas os vocais histriônicos de King Diamond, naturalmente, não são muito animadores. Lembro de ter alugado na Madsound esse disco (Time), e algum tempo depois o disco Don´t Break the Oath (este eu cheguei a gravar, mas gostei só de alguns riffs - as letras satanistas são exageradas, e o resto não impressionou).
Foi então que o Metallica, em 1999, lançou o álbum duplo de covers (Garage Inc). O Bruce comprou na hora, e automaticamente me deu o recado: "Tem um cover do Mercyful Fate que tem um riff que é exatamente o teu estilo de riff". Tratava-se do MERCYFUL FATE MEDLEY, e o riff em questão era o da música CURSE OF THE PHARAOHS. E o Bruce tinha toda a razão. O riff era justamente o tipo de riff que eu gosto. E a partir daí eu fui atrás dos cds (todos) do Mercyful Fate.
No Praia de Belas tinha uma pequena loja de cds, perto da Wall Street Posters, que vendia alguns cd´s da Paradoxx Music por R$ 3,90, e um desses era o disco essencial epigrafado. Comprei na hora - mal sabia que seria o melhor cd pelo menor preço da minha coleção.
Os vocais do King Diamond, eu reconheço, são muitas vezes difíceis de ouvir. Mas quando ele canta com a voz normal - e mesmo quando ele canta com vocal gutural - as coisas melhoram consideravelmente. Mas tirante essa parte - que eu considero, efetivamente, acessória -, o instrumental é magnífico. A fase que normalmente os fãs da banda curtem (a dos dois primeiros discos) não é a minha favorita - os discos mais recentes são muito melhores.
Até hoje me surpreende o fato de que a maioria das músicas - e todas as melhores músicas - são compostas pelo King Diamond. E os riffs são realmente magníficos. A minha favorita é THE UNINVITED GUEST, sem prejuízo de outras excelentes - THE GHOST OF A CHANGE, HOLY WATER, entre outras. A partir daí, nem os vocais nem as letras incomodam mais - o instrumental e os riffs (uns 50 em cada música! todos excelentes) compensam.
Os cds seguintes do Mercyful Fate são igualmente essenciais - DEAD AGAIN e 9. Em todos há a participação de um dos meus bateristas favoritos - Bjarne T. Holme (que também é ilustrador das capas). Trata-se de um daqueles bateristas que faz a gente voltar um pouco a música para ouvir melhor um determinado "rolo", ou aumentar o volume para acompanhar as levadas, sempre criativas e fluidas. É um baterista de heavy metal numa banda de heavy metal - ninguém há de esperar nada próximo ao Mike Portnoy ou Neal Peart. Mas isso não o impede de contribuir positiva e ativamente, engrandecendo, em regra, as músicas. Enfim, é um baterista inquieto e inquietante.
Outro destaque é o baixista Sharlee D´Angelo, também típico de heavy metal, mas muito competente. Em relação às guitarras, os comentários são dispensáveis: qualquer um que conseguir empunhar a guitarra e tocar as músicas inteiras do Mercyful Fate será um grande guitarrista.
A essencialidade do Mercyful Fate, e de INTO THE UNKNOWN em particular, reside, então, nas contribuições dos instrumentistas, e na qualidade das composições e dos riffs. Um heavy metal muito diferente dos clássicos Iron Maiden (é mais pesado e mais complexo) e Motorhead (é mais complexo). As músicas geralmente contam com várias partes independentes entre si, interligadas apenas pelo título da música. Ou seja: se a música começa de um jeito, necessariamente ela terminará de outro completamente diferente. E a beleza de tudo isso é que as músicas, em regra, funcionam (estou tratando, como é intuitivo, do INTO THE UNKNOWN, DEAD AGAIN e 9).
Em 2000 ou 2001 foram lançados nacionalmente todos os cds da banda, remasterizados e com bônus. No caso deste disco, teve o acréscimo de uma excelente versão ao vivo de CURSE OF THE PHARAOHS e de BLACK FUNERAL. E a Saraiva disponibilizou todos com preços bastante acessíveis - na época.
terça-feira, 26 de outubro de 2004
Discos Essenciais: YNGWIE MALMSTEEN - ALCHEMY
Lembro de ter reagido positivamente ao guitarrista sueco após ouvir THE SEVENTH SIGN (pela segunda vez, pois da primeira, em 1994 eu não dei muita bola...) e MAGNUM OPUS, ambos alugados na CD Express (não consigo lembrar em que ano). FIRE & ICE também tinha lá, e é um bom disco. A partir daí fui tomando gosto por todos os álbuns do YJM, uns mais (além dos já citados, MARCHING OUT) outros menos (ECLIPSE).
Mas um disco que eu gostei desde a primeira vez que ouvi é esse ALCHEMY. Marcou a volta de Mark Boals aos vocais - mas isso, efetivamente, é o de menos. Interessa é que eu havia me desapontado bastante com o disco anterior: FACING THE ANIMAL, lançado por uma grande gravadora (depois de alguns anos no ostracismo), revelou um Malmsteen preocupado em agradar mais aos executivos do que aos fãs de riffs pesados e rápidos. Enfim, o guitarrista "enfrentou a fera" e foi devorado.
Pois ALCHEMY, justamente, representou o retorno a uma musicalidade que lhe é mais própria. E fica evidente que FACING... fora um disco composto "sob encomenda". Em ALCHEMY estão registrados os solos mais furiosos que eu já ouvi. Quem não consegue prestar atenção nos solos, nem os distinguir entre as músicas e discos da carreira do sueco(é o caso da grande maioria, incluindo até mesmo dos que tocam o instrumento), jamais perceberá tal fato. WIELD MY SWORD (desde já, uma das minhas músicas favoritas) tem um solo enorme, mas sensacional. A mim parece que Malmsteen se propôs a gravar as músicas mais destruidoras que ele conseguiria reunir em um disco - e entendo que ele restou bem sucedido.
Outras músicas excelentes: LEONARDO (bom vocal, bons versos), BLITZKRIEG (instrumental tecnicamente insuperável; um resumo do repertório de cliches neoclassicos que funcionou bem), THE STAND (um clone bem melhorado da música título do FACING THE ANIMAL), além de quatro músicas matadoras em seqüência: LEGION OF THE DAMNED, DEAMON DANCE (7,405,926), HANGAR 18, AREA 51 e VOODOO NIGHTS.
Enfim, não há o que não gostar nesse disco, altamente inspirado e inspirador (como diria o outro...). Aguardei quase um ano pelo lançamento nacional desse cd, que acabou nunca acontecendo (tive de me socorrer na Megaforce...).
Mas um disco que eu gostei desde a primeira vez que ouvi é esse ALCHEMY. Marcou a volta de Mark Boals aos vocais - mas isso, efetivamente, é o de menos. Interessa é que eu havia me desapontado bastante com o disco anterior: FACING THE ANIMAL, lançado por uma grande gravadora (depois de alguns anos no ostracismo), revelou um Malmsteen preocupado em agradar mais aos executivos do que aos fãs de riffs pesados e rápidos. Enfim, o guitarrista "enfrentou a fera" e foi devorado.
Pois ALCHEMY, justamente, representou o retorno a uma musicalidade que lhe é mais própria. E fica evidente que FACING... fora um disco composto "sob encomenda". Em ALCHEMY estão registrados os solos mais furiosos que eu já ouvi. Quem não consegue prestar atenção nos solos, nem os distinguir entre as músicas e discos da carreira do sueco(é o caso da grande maioria, incluindo até mesmo dos que tocam o instrumento), jamais perceberá tal fato. WIELD MY SWORD (desde já, uma das minhas músicas favoritas) tem um solo enorme, mas sensacional. A mim parece que Malmsteen se propôs a gravar as músicas mais destruidoras que ele conseguiria reunir em um disco - e entendo que ele restou bem sucedido.
Outras músicas excelentes: LEONARDO (bom vocal, bons versos), BLITZKRIEG (instrumental tecnicamente insuperável; um resumo do repertório de cliches neoclassicos que funcionou bem), THE STAND (um clone bem melhorado da música título do FACING THE ANIMAL), além de quatro músicas matadoras em seqüência: LEGION OF THE DAMNED, DEAMON DANCE (7,405,926), HANGAR 18, AREA 51 e VOODOO NIGHTS.
Enfim, não há o que não gostar nesse disco, altamente inspirado e inspirador (como diria o outro...). Aguardei quase um ano pelo lançamento nacional desse cd, que acabou nunca acontecendo (tive de me socorrer na Megaforce...).
sexta-feira, 22 de outubro de 2004
Discos Essenciais: RELAYER - Yes
Sobre este álbum eu já fiz uma resenha (em julho/2003), de modo que as influências musicais e a correlata essencialidade podem ser lá melhor visualizadas. Aqui, porém, o enfoque é outro.
Durante a minha infância ouvi de meus pais que Rick Wakeman era um grande tecladista. E eu sempre tive isso em mente quando comecei a descobrir bandas de rock, no começo dos anos 90. Mas Yes foi uma banda complicada: na época não era fácil ler em revistas ou ver na TV (os meios de comunicação disponíveis) algo que encorajasse a ouvir Yes - pelo contrário, era lugar comum as queixas quanto à grandiloqüencia das composições.
As coisas mudaram positivamente quando a Hadige, em 1995, me apresentou ao Dream Theater (Images and Words). Na ocasião fiquei bem impressionado, principalmente pela bateria e depois pela guitarra, mas só alguns meses depois, quando ouvi com total atenção a banda (Images and Words e Awake), pude perceber que aquele som - metal + progressivo - era inédito: ninguém fazia e ninguém jamais fizera. O fato é que a partir daí é que eu pude começar a entender o som das bandas progressivas, o que me encorajou a comprar nas Americanas (por R$ 12´90, em 98, eu acho) o FRAGILE do Yes. Todavia, deixei-o de canto, pois era difícil de ouvir certas coisas como o "la-la-la" do Jon Anderson em ROUNDABOUT, bem como em WE HAVE HEAVEN.
Meses depois, acho que já em 1999, resolvi escutar com calma esse FRAGILE. E, finalmente, descobri um grande álbum. Imediatamente, levei o cd num almoço na casa da Carol pra mostrar pro Bruce: "Olha o som que esses caras fazem!!! Olha que baterista animal!". A partir daí fui atrás de tudo o que pude ouvir e ver de Yes. Papel importante, nessa época, foram os documentários em vhs que tinham na TV3 vídeo. E, como não poderia deixar de ser, fiquei muito interessado nas fases obscuras da banda, de onde resultaram os álbuns RELAYER (1976) e DRAMA (1980).
O primeiro (RELAYER), em particular, pois a banda estava no auge da sua carreira, e enfrentando problemas sérios entre os seus integrantes. Disso resultou a saída de Rick Wakeman e a entrada do desconhecido Patrick Moraz. Aí reside a essencialidade do disco: a participação (de qualidade) de Moraz, aliada a uma música de 20 minutos fantástica (THE GATES OF DELERIUM), sem contar o fato de que os outros músicos estavam na melhor forma musical. GATES OF DELIRIUM conta com as melhores linhas de bateria que eu já ouvi - extremamente fluidas, apesar de geralmente inseridas em tempos bizarros (odd time meter). E após a "batalha" no meio da música, há um momento de calmaria e beleza incríveis (editada e posteriormente lançada em forma de single sob o nome de SOON).
Durante a minha infância ouvi de meus pais que Rick Wakeman era um grande tecladista. E eu sempre tive isso em mente quando comecei a descobrir bandas de rock, no começo dos anos 90. Mas Yes foi uma banda complicada: na época não era fácil ler em revistas ou ver na TV (os meios de comunicação disponíveis) algo que encorajasse a ouvir Yes - pelo contrário, era lugar comum as queixas quanto à grandiloqüencia das composições.
As coisas mudaram positivamente quando a Hadige, em 1995, me apresentou ao Dream Theater (Images and Words). Na ocasião fiquei bem impressionado, principalmente pela bateria e depois pela guitarra, mas só alguns meses depois, quando ouvi com total atenção a banda (Images and Words e Awake), pude perceber que aquele som - metal + progressivo - era inédito: ninguém fazia e ninguém jamais fizera. O fato é que a partir daí é que eu pude começar a entender o som das bandas progressivas, o que me encorajou a comprar nas Americanas (por R$ 12´90, em 98, eu acho) o FRAGILE do Yes. Todavia, deixei-o de canto, pois era difícil de ouvir certas coisas como o "la-la-la" do Jon Anderson em ROUNDABOUT, bem como em WE HAVE HEAVEN.
Meses depois, acho que já em 1999, resolvi escutar com calma esse FRAGILE. E, finalmente, descobri um grande álbum. Imediatamente, levei o cd num almoço na casa da Carol pra mostrar pro Bruce: "Olha o som que esses caras fazem!!! Olha que baterista animal!". A partir daí fui atrás de tudo o que pude ouvir e ver de Yes. Papel importante, nessa época, foram os documentários em vhs que tinham na TV3 vídeo. E, como não poderia deixar de ser, fiquei muito interessado nas fases obscuras da banda, de onde resultaram os álbuns RELAYER (1976) e DRAMA (1980).
O primeiro (RELAYER), em particular, pois a banda estava no auge da sua carreira, e enfrentando problemas sérios entre os seus integrantes. Disso resultou a saída de Rick Wakeman e a entrada do desconhecido Patrick Moraz. Aí reside a essencialidade do disco: a participação (de qualidade) de Moraz, aliada a uma música de 20 minutos fantástica (THE GATES OF DELERIUM), sem contar o fato de que os outros músicos estavam na melhor forma musical. GATES OF DELIRIUM conta com as melhores linhas de bateria que eu já ouvi - extremamente fluidas, apesar de geralmente inseridas em tempos bizarros (odd time meter). E após a "batalha" no meio da música, há um momento de calmaria e beleza incríveis (editada e posteriormente lançada em forma de single sob o nome de SOON).
quarta-feira, 20 de outubro de 2004
Discos Essenciais: THE ETERNAL IDOL - Black Sabbath
THE ETERNAL IDOL foi um dos últimos álbuns do Black Sabbath que eu tomei contato. Durante anos eu assumi a antipatia e o desprezo que muitos (v.g., Gastão da MTV, revistas como Top Rock, Rock Brigade) nutriam em relação aos discos da banda nas fases pós Ozzy ou Dio. Aos poucos, no entanto, a partir de 1998, fui me familiarizando com esses discos da década de 80/90, na idéia de formar uma coletânea com as melhores músicas da época. Acabei descobrindo grandes álbuns, e decidi por destacar neste espaço o THE ETERNAL IDOL.
Tirante a questão da musicalidade, sempre achei muito instigante o aspecto histórico que envolve certas bandas e certos discos. No caso do Sabbath, e deste ETERNAL IDOL, a fase da banda é abolutamente obscura, notadamente pela descontinuidade das formações, e pela pouca informação que temos da época. Sabemos que o disco seria gravado com Ray Gillen nos vocais. Sabemos também que as gravações foram coordenadas por 3 produtores diferentes, bem como de que 2 baixistas foram utilizados. Aparentemente, Eric Singer foi o baterista. Esse amálgama de questões mais ou menos nebulosas acrescenta um ingrediente que eu considero bastante - cada informação nova torna o disco ainda mais excitante, e, conseqüentemente, essencial.
Em que pesem todas essas colocações, talvez o fato fundamental de ETERNAL IDOL seja a participação de Ray Gillen nas gravações. O bootleg THE RAY GILLEN YEARS, que eu encontrei na Stoned Discos, contém todas as músicas do ETERNAL IDOL (mais algumas ao vivo, da turnê do Seventh Star). Esses registros com Ray Gillen realmente me impressionaram; acredito que são o mais próximo dos vocais que eu considero perfeitos. A voz do cara é magnífica, e aparentemente ele não emprega muito esforço para alcançar notas altíssimas, sem prejuízo de intensa emoção. Tony Martin, na versão oficial de ETERNAL IDOL, reproduz com algum sucesso as linhas vocais de Gillen, mas sem a mesma empatia.
A influência de Ray Gillen foi tamanha que eu me vi compondo uma letra (Heal my Soul) com base na métrica dos versos e na linha vocal de ANCIENT WARRIOR, para ser cantada sobre um riff que eu havia composto (levemente "influenciado" por Junkyard Dog do Winger).
Nota-se que a essencialidade de ETERNAL IDOL reside menos no Black Sabbath e nos riffs de Tony Iommi do que na participação de Ray Gillen na pré-gravação do disco. Mas tal constatação não autoriza qualquer desmerecimento em relação às músicas propriamente ditas. Há pelo menos uma música espetacular - THE SHINING (esta sim, ficou bem melhor com Gillen do que com Tony Martin). Mas as outras músicas também são boas, e não há nada que justifique a obscuridade em que este disco foi submetido que não seja a fase tormentosa pela qual o Sabbath passou durante a sua gravação e posterior turnê.
Tirante a questão da musicalidade, sempre achei muito instigante o aspecto histórico que envolve certas bandas e certos discos. No caso do Sabbath, e deste ETERNAL IDOL, a fase da banda é abolutamente obscura, notadamente pela descontinuidade das formações, e pela pouca informação que temos da época. Sabemos que o disco seria gravado com Ray Gillen nos vocais. Sabemos também que as gravações foram coordenadas por 3 produtores diferentes, bem como de que 2 baixistas foram utilizados. Aparentemente, Eric Singer foi o baterista. Esse amálgama de questões mais ou menos nebulosas acrescenta um ingrediente que eu considero bastante - cada informação nova torna o disco ainda mais excitante, e, conseqüentemente, essencial.
Em que pesem todas essas colocações, talvez o fato fundamental de ETERNAL IDOL seja a participação de Ray Gillen nas gravações. O bootleg THE RAY GILLEN YEARS, que eu encontrei na Stoned Discos, contém todas as músicas do ETERNAL IDOL (mais algumas ao vivo, da turnê do Seventh Star). Esses registros com Ray Gillen realmente me impressionaram; acredito que são o mais próximo dos vocais que eu considero perfeitos. A voz do cara é magnífica, e aparentemente ele não emprega muito esforço para alcançar notas altíssimas, sem prejuízo de intensa emoção. Tony Martin, na versão oficial de ETERNAL IDOL, reproduz com algum sucesso as linhas vocais de Gillen, mas sem a mesma empatia.
A influência de Ray Gillen foi tamanha que eu me vi compondo uma letra (Heal my Soul) com base na métrica dos versos e na linha vocal de ANCIENT WARRIOR, para ser cantada sobre um riff que eu havia composto (levemente "influenciado" por Junkyard Dog do Winger).
Nota-se que a essencialidade de ETERNAL IDOL reside menos no Black Sabbath e nos riffs de Tony Iommi do que na participação de Ray Gillen na pré-gravação do disco. Mas tal constatação não autoriza qualquer desmerecimento em relação às músicas propriamente ditas. Há pelo menos uma música espetacular - THE SHINING (esta sim, ficou bem melhor com Gillen do que com Tony Martin). Mas as outras músicas também são boas, e não há nada que justifique a obscuridade em que este disco foi submetido que não seja a fase tormentosa pela qual o Sabbath passou durante a sua gravação e posterior turnê.
terça-feira, 19 de outubro de 2004
Discos essenciais: ALIEN LOVE SECRETS - Steve Vai
Tomei contato com esse disco em um sábado de agosto de 1996. Na época eu alugava cds na Madsound com bastante freqüência e entusiasmo. Steve Vai jamais foi meu guistarrista favorito; já tinha ouvido Passion and Warfare e Flex-Able, e não tinha me empolgado - simplesmente eu não compreendia as músicas, com arranjos e sons bizarros. Tudo aquilo me incomodava.
Mas ALIEN LOVE SECRETS, como vim a saber posteriormente, foi um lançamento no qual Vai buscou composições mais simples e diretas, com predominância na guitarra. E sendo assim, não foi coincidência o fato de eu ter realmente gostado do disco. É difícil encontrar cds de guitarristas que não sejam maçantes ou inacessíveis. E ALIEN LOVE SECRETS acabou se mostrando bastante similar, de certa maneira, aos discos de Joe Satriani. A ênfase na guitarra, a presença de músicos (bons) de verdade acompanhando nos instrumentos coadjuvantes (baixo e bateria), além da boa qualidade das composições, tornou esse disco essencial (para mim).
Encontram-se bons riffs (BAD HORSIE, JUICE), solos de tirar o fôlego e pelo menos uma composição excepcional (TENDER SURRENDER), tudo isso num contexto "musical", que eu não visualizava nos outros cds de Vai. Isso não impediu alguns experimentos positivos, como YA-YO GAKK (onde a guitarra reproduz as "falas" de Julian Vai) e KILL THE GUY WITH THE BALL.
Mas ALIEN LOVE SECRETS, como vim a saber posteriormente, foi um lançamento no qual Vai buscou composições mais simples e diretas, com predominância na guitarra. E sendo assim, não foi coincidência o fato de eu ter realmente gostado do disco. É difícil encontrar cds de guitarristas que não sejam maçantes ou inacessíveis. E ALIEN LOVE SECRETS acabou se mostrando bastante similar, de certa maneira, aos discos de Joe Satriani. A ênfase na guitarra, a presença de músicos (bons) de verdade acompanhando nos instrumentos coadjuvantes (baixo e bateria), além da boa qualidade das composições, tornou esse disco essencial (para mim).
Encontram-se bons riffs (BAD HORSIE, JUICE), solos de tirar o fôlego e pelo menos uma composição excepcional (TENDER SURRENDER), tudo isso num contexto "musical", que eu não visualizava nos outros cds de Vai. Isso não impediu alguns experimentos positivos, como YA-YO GAKK (onde a guitarra reproduz as "falas" de Julian Vai) e KILL THE GUY WITH THE BALL.
sexta-feira, 8 de outubro de 2004
Top 10 - Discos que só eu considero essenciais
Os discos abaixo enumerados são fundamentais, essenciais e muito inspiradores. Aguçam o espírito e atiçam a alma. São, realmente, inquietantes. Mas SÓ eu os considero assim.
1- Jean-Michel Jarre - Concerts in China
2- AC/DC - Flick of the Switch
3- Azymuth e Marcos Valle - O Fabuloso Fittipaldi OST
4- Kiss - Animalize
5- MD 45 - The Craving
6- Mercyful Fate - Into the Unknown
7- Yngwie Malmsteen - Alchemy
8- Yes - Relayer
9- Black Sabbath - The Eternal Idol (melhor ainda é o bootleg de demos com Ray Gillen)
10- Steve Vai - Alien Love Secrets
Bonus Tracks
11- Kiss - Lick it Up
12- Dream Theater - Images and Words
13- Yes - Tormato
14- AC/DC - Razor´s Edge
15- Black Sabbath - Cross Purposes
16- Solo Fishbone - Blues from Southlands
17- Jean-Michel Jarre - Rendez-Vous
1- Jean-Michel Jarre - Concerts in China
2- AC/DC - Flick of the Switch
3- Azymuth e Marcos Valle - O Fabuloso Fittipaldi OST
4- Kiss - Animalize
5- MD 45 - The Craving
6- Mercyful Fate - Into the Unknown
7- Yngwie Malmsteen - Alchemy
8- Yes - Relayer
9- Black Sabbath - The Eternal Idol (melhor ainda é o bootleg de demos com Ray Gillen)
10- Steve Vai - Alien Love Secrets
Bonus Tracks
11- Kiss - Lick it Up
12- Dream Theater - Images and Words
13- Yes - Tormato
14- AC/DC - Razor´s Edge
15- Black Sabbath - Cross Purposes
16- Solo Fishbone - Blues from Southlands
17- Jean-Michel Jarre - Rendez-Vous
quinta-feira, 7 de outubro de 2004
Top 10 - Artistas que me são musicalmente indiferentes
Tomando emprestado a categoria idealizada pelo Bruce, formulo minha lista de 10 bandas ou músicos que gozam de considerável apelo de público ou crítica (ou ambos), mas que me são musicalmente indiferentes.
1 - Bob Marley
2- Legião Urbana
3- U2
4- Nirvana
5- Linkin Park
6- Oasis (e TODAS as bandas de britpop)
7- The Cure (e TODAS as bandas inglesas "depressivas e dark" dos anos 80)
8- Bruce Springsteen
9- Sex Pistols (e TODAS as bandas sedizentes punk inglesas)
10- Los Hermanos
1 - Bob Marley
2- Legião Urbana
3- U2
4- Nirvana
5- Linkin Park
6- Oasis (e TODAS as bandas de britpop)
7- The Cure (e TODAS as bandas inglesas "depressivas e dark" dos anos 80)
8- Bruce Springsteen
9- Sex Pistols (e TODAS as bandas sedizentes punk inglesas)
10- Los Hermanos
sexta-feira, 1 de outubro de 2004
Trilogia Star Wars
- O documentário do bonus-DVD é uma das coisas mais preciosas que já vi. Imagens das gravações, cenas (em preto e branco) dos testes com os atores (notável como o teste de Harrison Ford foi muito superior ao do Kurt Russel), depoimentos curiosos e narrativa certeira fazem deste documentário o tipo de documentário ideal. Fomos poupados daquelas exageradas e despiciendas homenagens ao George Lucas (são poucas as vezes em que aparece alguém dizendo "George Lucas é um gênio... esses filmes revolucionaram o cinema" etc). Afinal, todos que compramos ou alugamos a caixa de dvds sabemos perfeitamente que o cara manda, e que a obra é admirável.
As prévias do Episódio III eu considerei bastante satisfatórias - até demais: preferia continuar na expectativa de saber da roupa do Darth Vader (esse dvd já antecipa que a roupa será idêntica). Aparentemente, neste episódio o Hayden Christensen fará jus ao papel que lhe foi dado (otimismo).
As prévias do Episódio III eu considerei bastante satisfatórias - até demais: preferia continuar na expectativa de saber da roupa do Darth Vader (esse dvd já antecipa que a roupa será idêntica). Aparentemente, neste episódio o Hayden Christensen fará jus ao papel que lhe foi dado (otimismo).
segunda-feira, 6 de setembro de 2004
Dogma da vontade da maioria e separação de poderes
"A democracia não se assenta apenas no princípio majoritário, mas também na realização de valores substantivos, na concretização dos direitos fundamentais e na observância de procedimentos que assegurem a participação livre e igualitária de todas as pessoas nos processos decisórios. A tutela desses valores, direitos e procedimentos é o fundamento de legitimidade da jurisdição constitucional. Por outro lado, o longevo princípio da separação de Poderes convive, inexoravelmente, com novas realidades, às quais precisa adaptar-se. Dentre elas, a de que a interpretação judicial – inclusive e sobretudo a interpretação da Constituição – freqüentemente envolverá, além de um ato de conhecimento, um ato de vontade por parte do intérprete. Tal vontade, todavia, não deve ser tida como livre ou discricionária, mas subordinada aos princípios que regem o sistema constitucional, às circunstâncias do caso concreto, ao dever de fundamentação racional e ao debate público." (grifos nossos)
LUIS ROBERTO BARROSO, O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. Saraiva. 2004. pg. 57.
sexta-feira, 27 de agosto de 2004
Prescindibilidade de licença ou registro para atividade de músico
- o Wander Wildner e outros músicos gaúchos tiveram reconhecido em juízo o direito de exercer a atividade de músico independentemente de registro ou licença na Ordem dos Músicos do Brasil.
A decisão do recurso especial (Resp 587591 - DJ 05.05.2004) movido pela OMB em mandado de segurança impetrado pelos músicos, em que pese não ter conhecido do recurso (ausência de prequestionamento da questão federal - a decisão recorrida se fundamentou na Constituição Federal), fixou alguns pontos pacíficos nos Tribunais Superiores. A decisão monocrática do Ministro Francisco Falcão, que negou seguimento ao Resp, transcreveu excerto da ementa do acórdão do TRF 4.ª região (tribunal a quo) - "A atividade de músico, por força da Carta Política de 1988, não depende de qualquer registro ou licença, não podendo ser impedida a sua livre expressão por interesses da Ordem dos Músicos do Brasil" - bem como trecho esclarecedor do próprio decisum - "A Carta Política de 1988 garante, no inciso XIII do art. 5º, o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Já no seu inciso IX, do mesmo artigo, assegura à atividade artística, dentre elas a música, a sua livre expressão, independe de licença. Logo, a atividade de músico, por força de norma constitucional, não depende de qualquer registro ou licença, não podendo ser impedida a sua livre expressão por interesses da Ordem dos Músicos do Brasil. Ainda, entendo que regulamentação ou não da referida atividade não causa qualquer prejuízo à sociedade, à saúde, à liberdade ou à segurança dos cidadãos".
A decisão do recurso especial (Resp 587591 - DJ 05.05.2004) movido pela OMB em mandado de segurança impetrado pelos músicos, em que pese não ter conhecido do recurso (ausência de prequestionamento da questão federal - a decisão recorrida se fundamentou na Constituição Federal), fixou alguns pontos pacíficos nos Tribunais Superiores. A decisão monocrática do Ministro Francisco Falcão, que negou seguimento ao Resp, transcreveu excerto da ementa do acórdão do TRF 4.ª região (tribunal a quo) - "A atividade de músico, por força da Carta Política de 1988, não depende de qualquer registro ou licença, não podendo ser impedida a sua livre expressão por interesses da Ordem dos Músicos do Brasil" - bem como trecho esclarecedor do próprio decisum - "A Carta Política de 1988 garante, no inciso XIII do art. 5º, o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Já no seu inciso IX, do mesmo artigo, assegura à atividade artística, dentre elas a música, a sua livre expressão, independe de licença. Logo, a atividade de músico, por força de norma constitucional, não depende de qualquer registro ou licença, não podendo ser impedida a sua livre expressão por interesses da Ordem dos Músicos do Brasil. Ainda, entendo que regulamentação ou não da referida atividade não causa qualquer prejuízo à sociedade, à saúde, à liberdade ou à segurança dos cidadãos".
quinta-feira, 19 de agosto de 2004
quarta-feira, 18 de agosto de 2004
terça-feira, 17 de agosto de 2004
sexta-feira, 13 de agosto de 2004
Show BURNIN´ BOAT (12/08/2004 - Croco)
Seguramente, este foi o melhor show da história da BURNIN´ BOAT. Vivenciamos aquele tipo de noite em que TUDO deu certo; realmente, uma noite memorável.
A passagem de som estava marcada para as 18h; chegamos lá depois das 20h, e a bateria recém estava sendo ajeitada. Passamos o som primeiro, pois estávamos todos lá (com exceção do Luciano): a 1.ª banda da noite, Ultrasônica só chegou na hora do show, e a 3.ª banda, Coyote Junkie estava dispersa.
Na passagem, iniciamos tocando ACE´S HIGH. Eu utilizei o ampli Fender Princeton, com sua própria distorção - decisão acertadíssima - e o Cláudio usou o Behringer V-Amp 2 , que todas as revistas de guitarra nacionais consagram como o melhor simulador de amplificadores e efeitos do mercado. Conforme o próprio Cláudio, esse simulador não é tão bom assim, "nada supera um bom amplificador".
Efetuados ajustes, tocamos PERFECT STRANGERS, já com Vinícius nos teclados. Foi uma versão majestosa, todos perfeitamente afinados, e os presentes se entusiasmaram bastante. Seguimos, então, com AS I AM (duas vezes).
Os shows, propriamente, só começaram às 0h. A Ultrasônica (que no flyer era definida como do estilo "hard pop") tinha bons músicos (destaque para o baixista e para a Ibanez Jem branca de um dos guitarristas). Abriram com LIKE A STONE, apresentaram composições próprias (que não foram do meu agrado - mas respeitei bastante o fato de que eles baixaram a afinação da sexta corda para D), e fizeram uns covers muito bons de Foo Fighters entre outros. Fecharam com KILLING IN THE NAME do Rage Agains the Machine, que ficou muito legal e empolgou a galera. Aliás, a presença do público, surpreendentemente, foi muito boa.
Enquanto nos arrumávamos para assumir o palco, tocou no som mecânico belas músicas: ROAD TO HELL, LONG LIVE ROCK´N´ROLL, entre outras.
Nosso set list foi inteiro apresentado corrido, com pequenas pausas entre as músicas. Foi uma estratégia espontânea e certeira - não demos descanso aos ouvidos de ninguém. A afinação em D ficou com peso e vigor na medida. O público reagiu bem a todas as nossas músicas, mas teve algumas que a empolgação foi geral.
ACE´S HIGH se confirmou como uma ótima escolha para abrir shows. Em seguida puxei NOISE GARDEN, cujo riff principal fica otimizado pela afinação. Rolou algum alvoroço do público, que balançou a cabeça no ritmo cadenciado da música. BLACK DRESSING SOUL ficou boa também. A essas alturas eu já não ouvia mais o baixo do Luís Carlos e a guitarra do Cláudio, mas tenho convicção de que mandaram muito bem. Sem ouvi-los, o jeito foi confiar no instinto e na bateria do Bruce e seguir adiante.
Fizemos uma ótima versão para HIDDEN. Dessa vez, eu senti aquele riff inicial melhor do que nunca. No meio da música, naquela parada, fizemos o trecho AS I AM do último do Dream Theater. Vinícius e Cris assumiram teclado e vocal, e a música ficou muito bem executada. Nesta a galera se empolgou também. A meu juízo, é o tipo de música que é mais legal de tocar do que de ouvir no cd.
Vinícius, então, fez a clássica introdução de PERFECT STRANGERS, e ali eu percebi que a sensação de tocar com o cara é o mais próximo do que se pode chegar à sensação de tocar com o próprio Jon Lord ou Don Airey. O Luís Carlos referiu que se arrepiou nessa introdução; e não é sem razão. Eu não me arrepiei, mas tremi-a-perninha nessa (e em todas as músicas do set list). A execução foi brilhante, e causou comoção na galera. E o teclado fez toda a diferença, pois nos ensaios, só com as guitarras, a música perde bastante o brilho.
Pausa para anunciar o show da banda do Vinícius - Hiléia - no dia 21/08. Não há dúvidas de que o cara é o MVP de qualquer show, de modo que a apresentação da Hiléia, com músicas próprias e covers de Dream Theater, é bastante aguardada. O Henrique, responsável pelas (belas) fotos do show, não perdeu tempo e gritou SPECTREMAN.
A galera pediu mais Deep Purple - teve quem gritou BURN. E seguimos exatamente com essa, que ficou uma bala. Mais uma vez o Vinícius tocou o solo do Blackmore; e o Cláudio, o do Jon Lord. Finalizamos com HUNTING HIGH AND LOW.
O cara da mesa de som já estava prestes a colocar o som mecânico, quando puxei SPECTREMAN. A música não tinha sido ensaiada com o Luís Carlos, por isso não estava prevista. Mas, realmente, não podia faltar. E tocamos assim mesmo. O Lukee tentou acompanhar - não deu muito certo - mas o importante mesmo era tocar. Risos por toda parte. Aí sim, acabamos a apresentação, e o cara da mesa botou MAN IN THE BOX no som mecânico - coincidentemente, é a música que eu venho palpitando para tocar nos shows.
A Coyote Junkie fez uma bela apresentação, só com covers de rock. Os caras estavam muito bem ensaiados, e tinham um guitarrista muito bom, com pentatônicas certeiras. O vocalista eu também curti, deu conta de alcançar o timbre de Brian Johnson e Axl Rose em músicas difíceis como BACK IN BLACK, WELCOME TO THE JUNGLE, entre outras. Rolou até JAILBREAK do AC/DC, que foi a música que me impulsionou para o hard rock/metal em 1993.
Os melhores comentários do show quem ouviu foi o Cláudio. Um dos guitarristas da 1.ª banda (Ultrasônica) achou que a nossa afinação era em B, porque segundo ele "eu toco em D, mas não fica assim tão pesado"; perguntou também se a Cris era da banda, referindo que ela tinha se apresentado bem. Eu, particularmente, fiquei bastante satisfeito com os comentários elogiosos sobre as composições próprias e ao peso das guitarras. De fato, foi uma noite memorável em que tudo deu certo.
A passagem de som estava marcada para as 18h; chegamos lá depois das 20h, e a bateria recém estava sendo ajeitada. Passamos o som primeiro, pois estávamos todos lá (com exceção do Luciano): a 1.ª banda da noite, Ultrasônica só chegou na hora do show, e a 3.ª banda, Coyote Junkie estava dispersa.
Na passagem, iniciamos tocando ACE´S HIGH. Eu utilizei o ampli Fender Princeton, com sua própria distorção - decisão acertadíssima - e o Cláudio usou o Behringer V-Amp 2 , que todas as revistas de guitarra nacionais consagram como o melhor simulador de amplificadores e efeitos do mercado. Conforme o próprio Cláudio, esse simulador não é tão bom assim, "nada supera um bom amplificador".
Efetuados ajustes, tocamos PERFECT STRANGERS, já com Vinícius nos teclados. Foi uma versão majestosa, todos perfeitamente afinados, e os presentes se entusiasmaram bastante. Seguimos, então, com AS I AM (duas vezes).
Os shows, propriamente, só começaram às 0h. A Ultrasônica (que no flyer era definida como do estilo "hard pop") tinha bons músicos (destaque para o baixista e para a Ibanez Jem branca de um dos guitarristas). Abriram com LIKE A STONE, apresentaram composições próprias (que não foram do meu agrado - mas respeitei bastante o fato de que eles baixaram a afinação da sexta corda para D), e fizeram uns covers muito bons de Foo Fighters entre outros. Fecharam com KILLING IN THE NAME do Rage Agains the Machine, que ficou muito legal e empolgou a galera. Aliás, a presença do público, surpreendentemente, foi muito boa.
Enquanto nos arrumávamos para assumir o palco, tocou no som mecânico belas músicas: ROAD TO HELL, LONG LIVE ROCK´N´ROLL, entre outras.
Nosso set list foi inteiro apresentado corrido, com pequenas pausas entre as músicas. Foi uma estratégia espontânea e certeira - não demos descanso aos ouvidos de ninguém. A afinação em D ficou com peso e vigor na medida. O público reagiu bem a todas as nossas músicas, mas teve algumas que a empolgação foi geral.
ACE´S HIGH se confirmou como uma ótima escolha para abrir shows. Em seguida puxei NOISE GARDEN, cujo riff principal fica otimizado pela afinação. Rolou algum alvoroço do público, que balançou a cabeça no ritmo cadenciado da música. BLACK DRESSING SOUL ficou boa também. A essas alturas eu já não ouvia mais o baixo do Luís Carlos e a guitarra do Cláudio, mas tenho convicção de que mandaram muito bem. Sem ouvi-los, o jeito foi confiar no instinto e na bateria do Bruce e seguir adiante.
Fizemos uma ótima versão para HIDDEN. Dessa vez, eu senti aquele riff inicial melhor do que nunca. No meio da música, naquela parada, fizemos o trecho AS I AM do último do Dream Theater. Vinícius e Cris assumiram teclado e vocal, e a música ficou muito bem executada. Nesta a galera se empolgou também. A meu juízo, é o tipo de música que é mais legal de tocar do que de ouvir no cd.
Vinícius, então, fez a clássica introdução de PERFECT STRANGERS, e ali eu percebi que a sensação de tocar com o cara é o mais próximo do que se pode chegar à sensação de tocar com o próprio Jon Lord ou Don Airey. O Luís Carlos referiu que se arrepiou nessa introdução; e não é sem razão. Eu não me arrepiei, mas tremi-a-perninha nessa (e em todas as músicas do set list). A execução foi brilhante, e causou comoção na galera. E o teclado fez toda a diferença, pois nos ensaios, só com as guitarras, a música perde bastante o brilho.
Pausa para anunciar o show da banda do Vinícius - Hiléia - no dia 21/08. Não há dúvidas de que o cara é o MVP de qualquer show, de modo que a apresentação da Hiléia, com músicas próprias e covers de Dream Theater, é bastante aguardada. O Henrique, responsável pelas (belas) fotos do show, não perdeu tempo e gritou SPECTREMAN.
A galera pediu mais Deep Purple - teve quem gritou BURN. E seguimos exatamente com essa, que ficou uma bala. Mais uma vez o Vinícius tocou o solo do Blackmore; e o Cláudio, o do Jon Lord. Finalizamos com HUNTING HIGH AND LOW.
O cara da mesa de som já estava prestes a colocar o som mecânico, quando puxei SPECTREMAN. A música não tinha sido ensaiada com o Luís Carlos, por isso não estava prevista. Mas, realmente, não podia faltar. E tocamos assim mesmo. O Lukee tentou acompanhar - não deu muito certo - mas o importante mesmo era tocar. Risos por toda parte. Aí sim, acabamos a apresentação, e o cara da mesa botou MAN IN THE BOX no som mecânico - coincidentemente, é a música que eu venho palpitando para tocar nos shows.
A Coyote Junkie fez uma bela apresentação, só com covers de rock. Os caras estavam muito bem ensaiados, e tinham um guitarrista muito bom, com pentatônicas certeiras. O vocalista eu também curti, deu conta de alcançar o timbre de Brian Johnson e Axl Rose em músicas difíceis como BACK IN BLACK, WELCOME TO THE JUNGLE, entre outras. Rolou até JAILBREAK do AC/DC, que foi a música que me impulsionou para o hard rock/metal em 1993.
Os melhores comentários do show quem ouviu foi o Cláudio. Um dos guitarristas da 1.ª banda (Ultrasônica) achou que a nossa afinação era em B, porque segundo ele "eu toco em D, mas não fica assim tão pesado"; perguntou também se a Cris era da banda, referindo que ela tinha se apresentado bem. Eu, particularmente, fiquei bastante satisfeito com os comentários elogiosos sobre as composições próprias e ao peso das guitarras. De fato, foi uma noite memorável em que tudo deu certo.
quinta-feira, 12 de agosto de 2004
Ensaio BURNIN´ BOAT - Na hora a gente acerta
- Foi das 0h às 2h, da madrugada de 11 para 12/08, no estúdio Hurricane (Av. Pernambuco, 1900). Na verdade, o início atrasou uns bons 15 minutos, pois a banda do dono do estúdio estava ocupando o espaço, com um death metal surpreendentemente bom (riffs muito inspirados e inspiradores).
Desta feita, contamos com o retorno do Cláudio. Novamente eu me utilizei da Digitech + Jackhammer, mas não achei bom o timbre (muito saturado).
As músicas próprias rolaram tranqüilamente. Cláudio estava em forma, e a execução não apresentou dificuldades. Tivemos contratempos com os covers, especialmente na hora dos solos, pois estamos deixando espaço para o Vinícius (tecladista) fazê-los. Pelo menos, aparentemente, AS I AM vai rolar bem, pois o Cláudio tirou os riffs, e praticamos bastante no ensaio. A Cris vai cantar essa.
terça-feira, 10 de agosto de 2004
Ensaio BURNIN´ BOAT - Cafezes (aka cafezinho)
- Às 14:00, no estúdio Hurricane, na Av. Pernambuco, perto do Bruce. A sala era bem escura - só tinha uma lâmpada - mas tinha bons equipamentos e boa acústica. Desta feita, usei o ampli que tinha lá no canal limpo - reativei a Digitech (utilizei 2 efeitos que eu gostava bastante quando entrei na banda, em 1998), com a distorção do Jackhammer - o timbre ficou mais abelhudo, mas eu curti.
A boa notícia é que Cláudio se fará presente no show de quinta-feira. Tudo indica que amanhã ele se juntará aos outros 4 (eu, Bruce, Luciano, Luis Carlos) para um único ensaio.
Iniciamos o ensaio sem o Luciano - tocamos as 4 nossas, com bom aproveitamento. Fiz só alguns solos - NOISE GARDEN e BLACK DRESSING SOUL. Com o Cláudio, posso me concentrar nos riffs e nas bases, que é a função que eu pretendo me seguir. As músicas estão muito boas - o Luis Carlos (aka Lukee) está se saindo muito bem, acompanhando com desenvoltura todas as músicas, e arriscando até os sonhados backing vocals (BLACK DRESSING SOUL e BURN). O Luciano modificou um pouco os vocais em NOISE GARDEN (na 1.ª vez), com resultados bem expressivos.
Acredito que o set list esteja formado nesta ordem: ACE´S HIGH (mais curta, com um solo apenas), NOISE GARDEN (sem a introdução aquela), BLACK DRESSING SOUL, HIDDEN w/AS I AM, PERFECT STRANGERS, BURN e HUNTING HIGH AND LOW.
Não nos permitimos jams neste ensaio; só rolou a música egípcia (RAMSES).
As afinações são drop-D nas 4 nossas, e normal nos covers.
Ao que tudo indica, repetiremos a participação especial do tecladista fenômeno Vinícius, nos 3 covers.
segunda-feira, 9 de agosto de 2004
domingo, 8 de agosto de 2004
Ensaio Burnin´ Boat - Improvisando
- foi neste sábado, 14:00, no Estúdio Cidade Baixa (pertíssimo da minha casa). Preparatório para o show de 12/08 (próxima quinta!). Por uma série de razões alheias a nossa vontade, a formação da banda estará completamente descaracterizada: o Luís Carlos será o baixista, e eu o único guitarrista. O repertório será curto e pesado.
O Estúdio Cidade Baixa ficou grande para nós quatro (estou acostumado a tocar com alguém batendo na minha guitar, tanto em shows como em outros estúdios). Eu, particularmente, estava destreinado, de modo que a minha atuação ficou bastante comprometida, especialmente nos solos - que eu já julgava não precisar mais fazê-los. Pois vou ter que reaprender licks e tudo mais, a fim de fazer o menos feio possível. Toquei direto no ampli do estúdio.
O repertório não foge muito do que vimos tocando: ACE´S HIGH, NOISE GARDEN, BLACK DRESSING SOUL e HIDDEN. Nesta última, acertamos tocar parte de AS I AM do Dream Theater. Quanto a covers: PERFECT STRANGERS, BURN e HUNTING HIGH AND LOW. Acredito que esse repertório ultrapassa além do aceitável o limite de 35 minutos estipulados para a nossa apresentação. No próximo ensaio, melhor entrosados, poderemos ajeitar as coisas.
A atuação do Luís Carlos, diferentemente da minha, foi bastante inspirada. Logicamente, enfrentamos algumas dificuldades com as músicas próprias, uma vez que o baixista recém está se familiarizando com as mesmas. Ainda assim, tocamos todas do começo ao fim, de modo que só se fazem necessários pequenos ajustes.
HIDDEN foi a que se prestou a maiores improvisações - justamente a que o Luís Carlos não tinha nenhuma referência de tablatura ou cifra. Achei interessante esse fato, pois assim HIDDEN é uma música que cada baixista que já passou pela banda tocou de um jeito diferente (cada qual imprimindo suas próprias influências e - por que não - o seu feeling).
Em tempo: ao final, depois de tocarmos 2 vezes cada música do show, fizemos uma jam muito boa; rolou, essencialmente, Metallica: SEEK AND DESTROY (dos tempos da Ruligans), tentativa de CREEPING DEATH, e uma bela versão de FOR WHOM THE BELL TOLLS (o Bruce finalmente acompanhou certinho boa parte das viradas do Lars). Outro destaque foi SYMPHONY OF DESTRUCTION (nunca havia tocado com um baixista que a soubesse inteira).
O Estúdio Cidade Baixa ficou grande para nós quatro (estou acostumado a tocar com alguém batendo na minha guitar, tanto em shows como em outros estúdios). Eu, particularmente, estava destreinado, de modo que a minha atuação ficou bastante comprometida, especialmente nos solos - que eu já julgava não precisar mais fazê-los. Pois vou ter que reaprender licks e tudo mais, a fim de fazer o menos feio possível. Toquei direto no ampli do estúdio.
O repertório não foge muito do que vimos tocando: ACE´S HIGH, NOISE GARDEN, BLACK DRESSING SOUL e HIDDEN. Nesta última, acertamos tocar parte de AS I AM do Dream Theater. Quanto a covers: PERFECT STRANGERS, BURN e HUNTING HIGH AND LOW. Acredito que esse repertório ultrapassa além do aceitável o limite de 35 minutos estipulados para a nossa apresentação. No próximo ensaio, melhor entrosados, poderemos ajeitar as coisas.
A atuação do Luís Carlos, diferentemente da minha, foi bastante inspirada. Logicamente, enfrentamos algumas dificuldades com as músicas próprias, uma vez que o baixista recém está se familiarizando com as mesmas. Ainda assim, tocamos todas do começo ao fim, de modo que só se fazem necessários pequenos ajustes.
HIDDEN foi a que se prestou a maiores improvisações - justamente a que o Luís Carlos não tinha nenhuma referência de tablatura ou cifra. Achei interessante esse fato, pois assim HIDDEN é uma música que cada baixista que já passou pela banda tocou de um jeito diferente (cada qual imprimindo suas próprias influências e - por que não - o seu feeling).
Em tempo: ao final, depois de tocarmos 2 vezes cada música do show, fizemos uma jam muito boa; rolou, essencialmente, Metallica: SEEK AND DESTROY (dos tempos da Ruligans), tentativa de CREEPING DEATH, e uma bela versão de FOR WHOM THE BELL TOLLS (o Bruce finalmente acompanhou certinho boa parte das viradas do Lars). Outro destaque foi SYMPHONY OF DESTRUCTION (nunca havia tocado com um baixista que a soubesse inteira).
sexta-feira, 6 de agosto de 2004
Site com resenhas de shows do Dr. Sin
- finalmente as resenhas que postei neste blog serviram para algo positivo. Agora aquelas que fiz dos dois shows do Dr. Sin (e um do Tritone) em Porto Alegre também se encontram em um belo site dedicado ao Dr. Sin, mantido pelo Marlon (seção "Matérias"). Pretendo, com o tempo, contribuir com resenhas dos cds da banda. Avante Dr. Sin!
terça-feira, 3 de agosto de 2004
Os discos do KISS - parte VI (Crazy Nights)
- disputando com Asylum e Hot in the Shade o posto de pior disco do Kiss, Crazy Nights sofre com os excessos tão caros aos anos 80. A produção de Ron Nevison (bem sucedido com outras bandas, como Ozzy Osbourne e Heart) neutralizou totalmente as guitarras (a mixagem é péssima e o timbre indefinido - sem contar que, na época, Bruce Kulick possuia um timbre horrível nos solos), assim como adotou (dispensáveis) teclados em quase todas as faixas, provavelmente para torná-lo ainda mais radiofônico. A minha convicção é de que se trata de um disco com boas músicas, que teria sido um clássico nas mãos do Bob Rock (seria tão bom quanto Slippery When Wet).
Em 1987, quando Crazy Nights foi lançado, a banda encontrava-se dividida como nunca entre o batalhador e compositor incansável Paul, e o aspirante a ator de Hollywood Gene. As contribuições deste para o álbum são muito pouco inspiradas, refletindo uma falta de interesse pela banda. Por seu lado, Paul insiste em compor hinos do hard rock, simples, mas sem jamais deixar de adicionar alguns elementos de requinte.
CRAZY CRAZY NIGHTS já denuncia toda a intenção do disco. É um hino anos 80 de Paul, com refrão pegajoso e contagiante, e letra ufanista. Ganhou um vídeo na MTV bem colorido e grandioso.
I´LL FIGHT HELL TO HOLD YOU é uma música obscura, mas muito boa. Tem vários riffs, é bem construída, e não previsível. Acho espetacular a parte que precede o refrão, com a Eric Carr dobrando as guitarras. No solo de Bruce, o riff da base é sensacional, mas quase inaudível. O refrão é cantado em registro altíssimo. Provavelmente é a que se daria melhor numa versão atualizada.
BANG BANG YOU é outra do Paul, datadíssima. Ainda assim eu gosto bastante, especialmente o pre-chorus "and we go one, two, three, four/when midnight come I´ll be at your door". Não é por nada que a música foi composta por Paul e Desmond Child. Funciona muito bem ao vivo.
NO NO NO é do Gene, e começa com Eric e Bruce tentando reproduzir a introdução de HOT FOR TEACHER do Van Halen, com a batera correndo e a guitar solando (tappings e tudo mais). O bumbo duplo de Eric fica totalmente submerso na mixagem, um desperdício. Aqui, quem gravou o baixo foi o próprio Gene, e isso fica claro pelo timbre do instrumento, bem diferente do que os das outras faixas (especialmente, é óbvio, as composições de Paul).
Típica música do Gene na época é HELL OR HIGH WATER. E isso é o tanto quanto basta para que eu me faça entender. Uma das poucas de Gene que foi reproduzida ao vivo (em raros shows).
MY WAY: outra naquele estilo contagiante de Paul. No refrão, o registro da voz é muito alto - é quase inacreditável como ele consegue atingir com naturalidade um tom tão alto. Se fosse o Bon Jovi, com produção do Bob Rock, seria um clássico (como o seria o disco inteiro nessas condições).
WHEN YOUR WALLS COME DOWN é uma das piores músicas da banda. Aqui Paul se deixou levar por uma excessiva empolgação, e o clima festivo é risível (o pre-chorus naquele estilo pergunta e resposta diz tudo).
REASON TO LIVE é uma balada belíssima, como em regra são as baladas de Paul. Toda ela é bem construída, uma parte leva à outra com naturalidade. O solo de Bruce Kulick é o melhor do disco (ele costuma caprichar nas lentas). Não é por nada que é mais uma música da dupla Paul e Desmond Child.
GOOD GIRL GONE BAD surpreende - não é ruim, em se tratando de Gene nos anos 80. Tem uma parte no meio que ficou muito boa - a música fica "suspensa", Gene canta sobre alguns acordes, com a bateria apenas "esperando" o retorno da música.
TURN ON THE NIGHT é outro hit de Paul. A música inteira é boa, e o solo de Bruce, correto.
THIEF IN THE NIGHT, curiosamente, é uma música do Gene que remonta à época do Creatures of the Night. Uma demo dessa música, com Eric Carr, Paul e Gene foi utilizada no primeiro disco da cantora Wendy O. Williams (WOW, 1984), e difere pouco da versão de Crazy Nights. Seria uma baita música se tivesse sido gravada para o Creatures, com aquele som inigualável de bateria, e peso nas guitarras.
quinta-feira, 22 de julho de 2004
Megadeth "The System Has Failed"
- há algumas semanas, o Whiplash deu conta de uma declaração atribuída a Kerry King do Slayer, no seguinte sentido: "Dave Mustaine é um ditador". Tanto isso não é novidade nenhuma, como é a mais pura verdade. E digo mais: é bom que continue assim. Mustaine escreve quase todas as letras e compõe quase todas as músicas do Megadeth. As piores músicas e os piores álbuns da banda saíram quando Mustaine resolveu dar ouvidos às idéias dos outros (Risk, v.g., que não é um disco ruim... mas não é Megadeth).
Depois de encerrar as atividades musicais, após destruir os nervos do braço em um acidente pouco esclarecido, Mustaine e banda voltam com um disco matador. BLACKNAIL THE UNIVERSE abre no melhor estilo do "So Far, So Good, So What", já antecipando que aquela sucessão infernal de riffs enfurecidos está de volta. Acho que o primeiro solo é do Chris Poland, e o que vem sem seguida é do Mustaine.
DIE DEAD ENOUGH tem um refrão bom e pegajoso, e a música segue a tendência do último disco ("The World Needs a Hero"). No meio do solo (que eu acredito seja do Poland, com uma stratocaster), o Mustaine muda levemente o riff, fazendo coincidir a 6.ª corda solta com o bumbo duplo da bateria (é um recurso que sempre funciona, e fica melhor ainda quando utilizado na hora certa). Algumas partes da música, e o jeito de cantar, me lembraram o King Diamond em carreira solo (não os agudos, por óbvio, mas quando KD canta em timbre "normal").
KICK THE CHAIR é, indiscutivelmente, a melhor música do disco. É uma verdadeira paulada, que começa com um belo riff (a bateria espancando) e segue com outro inacreditável (que serve, posteriormente, de refrão). Como se não bastasse, o riff dos versos é daqueles que só o Mustaine consegue compor, e depois tocar e cantar ao mesmo tempo. A letra é uma daquelas críticas contundentes do músico, desta vez direcionada ao sistema judiciário norte-americano. O melhor solo é o que encerra a música.
THE SCORPION começa bem - mas o resto é bastante fraco. Não costuma funcionar a técnica de cantar os versos exatamente em cima dos acordes. O pre-chorus tem um lance interessante, pois ao invés de ser cantado, tem um solo (não identifiquei o guitarrista).
TEARS IN A VIAL começa com um belo riff hard rock. Mas quem brilha é o baterista Vinnie Colaiuta, com um belo acompanhamento. Aqui estão os melhores solos, especialmente um lá pelo meio, do Poland com uma stratocaster. Quando parece que a música acabou, começa de novo em ritmo bem acelerado - é o tipo de recurso que engrandece sobremaneira a composição.
I KNOW JACK é uma vinheta (menos de um minuto), bem legal, que introduz a faixa seguinte. BACK IN THE DAY tem um riff bastante simples na corda solta, e me lembrou imediatamente uma música do disco "Powerslave" do Iron Maiden (FLASH OF THE BLADE). Mas não fica nisso: lá pelas tantas o andamento muda, fica mais cadenciado, lembrando até as cavalgadas do Iron. Mas essas referências são sutis, e a música é boa.
SOMETHING I´M NOT tem um início clássico em se tratando de Megadeth: riff & vocal; depois entra a banda. Destaque para o timbre do baixo, que confere um peso extra às guitarras. Em determinado momento do solo há uma clara reprodução do início do solo de Yngwie Malmsteen em RISING FORCE.
TRUTH BE TOLD é a mais fraca do disco; o dedilhado e a bateria em slow motion arruinaram a faixa. Mas as coisas melhoram sensivelmente a partir do solo (3min) até o final, com o clássico duelo entre os guitarristas. Daí em diante a música fica realmente muito boa.
OF MICE AND MAN é simples, e muito boa. Aqui fica claro que Mustaine é uma exceção - não perdeu nada da voz com o passar dos anos (é a mesma desde "Rust in Piece"), ao contrário de outro vocalista/guitarrista de uma grande banda de metal, cuja voz definha a cada disco.
SHADOW OF DEATH é outra vinheta, no estilo de DAWN PATROL. Retrata um campo de batalha. A voz de Mustaine foi modificada, lembrando a do atual governador do estado da Califórnia. Termina com um teminha bacana.
MY KINGDOM COME é emendada ao final da anterior, e os primeiros segundos são ocupados tão somente por uma nota insistente, com um timbre muito ouro, criando uma tensão perfeita. Quando muda o riff e entra o solo, lembrou imediatamente o King Diamond em carreira solo (do riff ao jeito que a bateria entra, bem como a forma como pára e volta ao riff anterior). A música é muito boa, mas acaba abruptamente.
"The System Has Failed" é o melhor Megadeth desde "Countdown...".
sexta-feira, 9 de julho de 2004
UM ANO
de ERGA OMNES. Quem diria!
Agradeço a todos os (poucos) amigos que comentam e/ou visitam esporadicamente este espaço. Thank you all!
Agradeço a todos os (poucos) amigos que comentam e/ou visitam esporadicamente este espaço. Thank you all!
School of Rock
- é o mais divertido filme que eu vi nos últimos tempos, e não consigo
lembrar de outro sobre rock que seja melhor. As citações e as referências
são perfeitas, especialmente os riffs que o Jack Black "ensina" ao
guitarrista-mirim quando está formando a banda - IRON MAN, SMOKE ON THE
WATER, HIGHWAY TO HELL. Tem ainda o tecladista-mirim usando a capa do Rick
Wakeman (e isso numa época em que o lugar-comum é detonar impiedosamente os
grandes representantes do rock progressivo dos anos 70).
Por tudo isso, aí vai a letra da música que é tocada por Jack Black e a
School of Rock no final do filme, enquanto aparecem os créditos (melhor
momento disparado).
AC/DC - It`s A Long Way To The Top
Ridin` down the highway
Goin` to a show
Stop in all the by-ways
Playin` rock `n` roll
Gettin` robbed
Gettin` stoned
Gettin` beat up
Broken boned
Gettin` had
Gettin` took
I tell you folks
It`s harder than it looks
It`s a long way to the top
If you wanna rock `n` roll
If you think it`s easy doin` one night stands
Try playin` in a rock roll band
Hotel, motel
Make you wanna cry
Lady do the hard sell
Know the reason why
Gettin` old
Gettin` grey
Gettin` ripped off
Under-paid
Gettin` sold
Second hand
That`s how it goes
Playin` in a band
It`s a long way to the top
If you wanna rock `n` roll
If you wanna be a star of stage and screen
Look out it`s rough and mean
lembrar de outro sobre rock que seja melhor. As citações e as referências
são perfeitas, especialmente os riffs que o Jack Black "ensina" ao
guitarrista-mirim quando está formando a banda - IRON MAN, SMOKE ON THE
WATER, HIGHWAY TO HELL. Tem ainda o tecladista-mirim usando a capa do Rick
Wakeman (e isso numa época em que o lugar-comum é detonar impiedosamente os
grandes representantes do rock progressivo dos anos 70).
Por tudo isso, aí vai a letra da música que é tocada por Jack Black e a
School of Rock no final do filme, enquanto aparecem os créditos (melhor
momento disparado).
AC/DC - It`s A Long Way To The Top
Ridin` down the highway
Goin` to a show
Stop in all the by-ways
Playin` rock `n` roll
Gettin` robbed
Gettin` stoned
Gettin` beat up
Broken boned
Gettin` had
Gettin` took
I tell you folks
It`s harder than it looks
It`s a long way to the top
If you wanna rock `n` roll
If you think it`s easy doin` one night stands
Try playin` in a rock roll band
Hotel, motel
Make you wanna cry
Lady do the hard sell
Know the reason why
Gettin` old
Gettin` grey
Gettin` ripped off
Under-paid
Gettin` sold
Second hand
That`s how it goes
Playin` in a band
It`s a long way to the top
If you wanna rock `n` roll
If you wanna be a star of stage and screen
Look out it`s rough and mean
sábado, 19 de junho de 2004
quarta-feira, 9 de junho de 2004
Black Sabbath - Cross Purposes Live
- cd e vídeo cobiçados, pois retratam a turnê de um dos melhores discos da banda sem Ozzy ou Dio nos vocais. Além disso, a formação também é excelente, com Tony Martin, Bobby Rondinelli, Geezer Butler e Tony Iommi (e Geoff Nichols), o que permite um set list com músicas de todas as fases.
O dvd traz músicas diferentes em relação ao cd, e a duração não chega a uma hora. Defeitos graves são a defasagem do áudio em relação ao vídeo, além de falhas (cortes) no áudio durante todo o dvd. Mas a performance e as músicas compensam. A 1.ª música é a excelente TIME MACHINE, uma das favoritas do Dehumanizer. Segue uma boa performance de CHILDREN OF THE GRAVE. Do Cross Purposes eles tocam a boa (e underrated) I WITNESS.
Da fase Dio, tocam THE MOB RULES, que, curiosamente, eu acho melhor tocada pelos guitarristas do Dio em carreira solo. Da fase Ozzy tem INTO THE VOID, SYMPTON OF THE UNIVERSE e PARANOID (que é a última música). Felizmente fomos poupados de mais uma versão das consagradas e decoradas IRON MAN, BLACK SABBATH, WAR PIGS entre outras, que são magníficas, mas não precisam ser tocadas em todos os shows e discos ao vivo (dá o mesmo efeito ouvi-las na versão de estúdio).
Surpresa é a execução integral de ANNO MUNDI, que ficou legal. Outra empolgante é HEADLESS CROSS, que tem um dos melhores riffs do Sabbath. Como bônus do dvd, tem o clip (horrível) de FEELS GOOD TO ME, totalmente datado (anos 80), mas que pelo menos mostra Cozy Powell tocando.
O dvd traz músicas diferentes em relação ao cd, e a duração não chega a uma hora. Defeitos graves são a defasagem do áudio em relação ao vídeo, além de falhas (cortes) no áudio durante todo o dvd. Mas a performance e as músicas compensam. A 1.ª música é a excelente TIME MACHINE, uma das favoritas do Dehumanizer. Segue uma boa performance de CHILDREN OF THE GRAVE. Do Cross Purposes eles tocam a boa (e underrated) I WITNESS.
Da fase Dio, tocam THE MOB RULES, que, curiosamente, eu acho melhor tocada pelos guitarristas do Dio em carreira solo. Da fase Ozzy tem INTO THE VOID, SYMPTON OF THE UNIVERSE e PARANOID (que é a última música). Felizmente fomos poupados de mais uma versão das consagradas e decoradas IRON MAN, BLACK SABBATH, WAR PIGS entre outras, que são magníficas, mas não precisam ser tocadas em todos os shows e discos ao vivo (dá o mesmo efeito ouvi-las na versão de estúdio).
Surpresa é a execução integral de ANNO MUNDI, que ficou legal. Outra empolgante é HEADLESS CROSS, que tem um dos melhores riffs do Sabbath. Como bônus do dvd, tem o clip (horrível) de FEELS GOOD TO ME, totalmente datado (anos 80), mas que pelo menos mostra Cozy Powell tocando.
terça-feira, 8 de junho de 2004
Joe Satriani - The Satch Tapes
a Espaço Vídeo anda com um belo catálogo de DVD´s musicais. Esse "The Satch Tapes" parecia bom, mas a verdade é que mostra muito pouco em relação aos outros DVD´s (os G3 e o Live in San Francisco) e ao que já sabemos sobre o guitarrista.
O vídeo não tem nem uma hora cheia. É basicamente um veículo para reunir os clips que o cara filmou, desde o álbum Surfing With the Alien até o The Extremist. Tem comentários sobre origens (Hendrix é muito citado nesta parte), além dá inevitável "revelação" de que Satch foi professor de STeve Vai (toda revista de guitarra menciona isso, ou variando para "Vai foi aluno de Satriani"). Pelo menos, no DVD, aparece o Vai em pessoa dando seu depoimento a respeito dos primeiros contatos com o Satch, as primeiras lições aprendidas e sobre como ajudou-o a lançar seus primeiros discos.
Quem também aparece é outro ex-aluno (para mim, desconhecido): Jeff Tyson, que conta uma historinha interessante sobre o "método" do Satch. Mas os depoimentos mais legais, que aparecem constantemente no vídeo (e encerram o mesmo, nos créditos finais), são do guitarrista do Spinal Tap. "Não tenho inveja dele, pois não consigo ver seus dedos; não faço idéia do que ele está tocando", ou então "As revistas, para conseguirem vender alguma coisa, trazem todos os meses um guitar hero diferente. Deve haver uns 6.000 por aí, e eu devo ser o número 356".
Além dos clips (SATCH BOOGIE, ALWAYS WITH ME..., BIG BAD MOON, I BELIEVE, THE EXTREMIST, SUMMER SONG, entre outros), o vídeo ainda traz uma bela versão correria-insandecida-ao-vivo de SURFIN WITH THE ALIEN de 1989, com Stu Hamm e Jonathan Mover (não estou muito certo quanto ao batera).
O mais legal, no entanto, foi pouco explorado: as imagens das gravações dos discos Flying in a Blue Dream e The Extremist (principalmente este último). Nessas partes, em que Satch comenta como foram as gravações de cada disco, surgem bons comentários, especialmente sobre o The Extremist, em que à época, o guitarrista andava descontente com algumas coisas e resolveu chamar o produtor do Van Halen Andy Johns, além de outros músicos para gravar (os brilhantes irmãos Bissonette). Os caras tocavam numa sala enorme, sendo que Satch ficava numa espécie de aquário, tocando de frente para os outros. Seria o ouro se mostrassem, de fato, algum trecho da gravação ou dos ensaios com os caras tocando.
Além disso, há algumas boas tomadas de Satch explorando técnicas tipo tapping e two-hands.
Mas é o tipo de DVD descartável - é curto e basta ver uma vez (mas é bom que seja visto).
O vídeo não tem nem uma hora cheia. É basicamente um veículo para reunir os clips que o cara filmou, desde o álbum Surfing With the Alien até o The Extremist. Tem comentários sobre origens (Hendrix é muito citado nesta parte), além dá inevitável "revelação" de que Satch foi professor de STeve Vai (toda revista de guitarra menciona isso, ou variando para "Vai foi aluno de Satriani"). Pelo menos, no DVD, aparece o Vai em pessoa dando seu depoimento a respeito dos primeiros contatos com o Satch, as primeiras lições aprendidas e sobre como ajudou-o a lançar seus primeiros discos.
Quem também aparece é outro ex-aluno (para mim, desconhecido): Jeff Tyson, que conta uma historinha interessante sobre o "método" do Satch. Mas os depoimentos mais legais, que aparecem constantemente no vídeo (e encerram o mesmo, nos créditos finais), são do guitarrista do Spinal Tap. "Não tenho inveja dele, pois não consigo ver seus dedos; não faço idéia do que ele está tocando", ou então "As revistas, para conseguirem vender alguma coisa, trazem todos os meses um guitar hero diferente. Deve haver uns 6.000 por aí, e eu devo ser o número 356".
Além dos clips (SATCH BOOGIE, ALWAYS WITH ME..., BIG BAD MOON, I BELIEVE, THE EXTREMIST, SUMMER SONG, entre outros), o vídeo ainda traz uma bela versão correria-insandecida-ao-vivo de SURFIN WITH THE ALIEN de 1989, com Stu Hamm e Jonathan Mover (não estou muito certo quanto ao batera).
O mais legal, no entanto, foi pouco explorado: as imagens das gravações dos discos Flying in a Blue Dream e The Extremist (principalmente este último). Nessas partes, em que Satch comenta como foram as gravações de cada disco, surgem bons comentários, especialmente sobre o The Extremist, em que à época, o guitarrista andava descontente com algumas coisas e resolveu chamar o produtor do Van Halen Andy Johns, além de outros músicos para gravar (os brilhantes irmãos Bissonette). Os caras tocavam numa sala enorme, sendo que Satch ficava numa espécie de aquário, tocando de frente para os outros. Seria o ouro se mostrassem, de fato, algum trecho da gravação ou dos ensaios com os caras tocando.
Além disso, há algumas boas tomadas de Satch explorando técnicas tipo tapping e two-hands.
Mas é o tipo de DVD descartável - é curto e basta ver uma vez (mas é bom que seja visto).
quarta-feira, 2 de junho de 2004
Top 5 - Dr. Sin
1) Time After Time
2) Fire
3) Karma
4) Down in the Trenches
5) Isolated
Bonus track
6) Emotional Catastrophe
2) Fire
3) Karma
4) Down in the Trenches
5) Isolated
Bonus track
6) Emotional Catastrophe
segunda-feira, 31 de maio de 2004
Shows XIX - DR. SIN (30/05/2004 - Bar Opinião)
- nós já deveríamos saber, mas a verdade é que um show do Dr. Sin é sempre imprevisível. Acredito que até os seus integrantes sabem, por mais ensaiados que estejam, que um show (do Dr. Sin) nunca é igual ao outro - essa álea é inevitável. Por essas e outras é que eu considero este show memorável para o público e para a banda.
Lamentável foi a pífia divulgação do show, prejudicando sobremaneira a presença de maior público. Eu só fui porque o Bruce ligou avisando no início da noite - não fosse por ele, até agora eu não saberia do show. Dirigi-me ao Opinião perto das 20h, disposto a comprar o ingresso e voltar pra casa (não estava muito a fim de ficar naquela fila, nem de ver as bandas de abertura). No começo da fila estava o Luis Carlos, baixista de muitas bandas da Capital (nomeadamente, Silent Storm, Worldengine e um tributo ao Guns´n´Roses). Deu tempo do cara contar o fato de ter encontrado os irmãos Busic na Av. Borges de Medeiros, perto da Esquina Democrática, ocasião em que rolou um papo de leve. Maiores detalhes sobre a conversa com o próprio Luis “parceiro-dos-Busic” Carlos. Mais além, já no Opinião, encontrei o Abel, guitarrista da Hibria, que confirmou a expectativa de lançamento do 1.º cd da banda, com nove músicas, para setembro. Eu e o Bruce esperamos que siga a linha da música STEEL LORD ON WHEELS, que é uma das melhores de todos os tempos (baita riff).
Antes do Dr. Sin, entretanto, 3 bandas locais se apresentaram: Spartacus, Predator e Magician. Só não assisti a primeira. A Predator era um power trio da Gringolândia, com um death/black metal competente. Não é, nem de perto, o meu som, mas reconheço que nestas bandas de metal superpesado sempre há boas idéias de riffs. Destaque para o baterista, muito presença. Em seguida subiu a Magician, na linha metal melódico, bem poser. Não ouvi nenhum riff inspirado – os caras investem mais nos teminhas e arpejos, que cansam já na primeira música. Das bandas de metal melódico, só curto as que tocam riffs de verdade, tipo Stratovarius em LEGIONS, REIGN OF TERROR e FATHER TIME. Mas valeu para assistir dois conhecidos no palco: um, o guitarrista Cristiano Schmitt, que tocava nos primórdios da Hibria (quando a banda ainda não tinha esse nome); o outro, o baterista Zé Cabelo (não sei o nome de fato dele), que demonstrou muita segurança e domínio invulgares da bateria – realmente, parecia um Mike Terrana.
Depois de algum tempo, surgiu o Dr. Sin. Eu achava que ainda seria a Spartacus – só então descobri que a banda havia sido a 1.ª da noite, de modo que tomei um susto quando vi o Edu bem à direita do palco (eu estava bem afastado). Consegui me posicionar bem, de frente para o meio do palco – Andria à minha esquerda, Ivan ao centro, Edu à direita e o tecladista “Gollum” bem na ponta esquerda. Esperava que os caras abrissem com TIME AFTER TIME, como no dvd/cd duplo, mas, como os caras são imprevisíveis, a primeira música foi mesmo FLY AWAY. Se não é das minhas favoritas, pelo menos é uma boa música, com um belíssimo solo do Edu. Essa fica bem melhor no vocal de Andria. Em seguida rolou SOMETIMES. Nestas duas primeiras pudemos notar que os irmãos Busic estava muito empolgados, especialmente o Ivan que ria e espancava com muita vontade a bateria. Foi um belo início de show.
A terceira música foi a minha favorita: TIME AFTER TIME. Passei o tempo todo reparando como o Edu toca essa. Legal que rolou um espaço para solo de teclado (o segundo solo da música). O tecladista (não guardei o nome) merece um destaque, pois toca completamente insandecido, parece que vai quebrar tudo. Performático e virtuoso. Não demorou e veio outro petardo: KARMA, na versão do “Alive” (com aquela introdução, que é um riff de outra música do Brutal, se não me engano). É outra das favoritas, muito empolgante.
NO RULES seguiu. Edu impressionava bastante com uns agudos muito expressivos, nos quais ele puxava a primeira corda (mais aguda) pra fora da escala (se eu faço isso, minha corda arrebenda na primeira...). Andria não é frontman, mas é perfeito na interação com a galera. Chamou ETERNITY, na qual Edu trocou a guitar laranja pela preta (que tinha mais “ação” – soava mais alto que a outra). Foi a mais fraca do repertório, mas parece que os caras da banda curtem bastante.
Andria, então, anunciou DOWN IN THE TRENCHES, antecipando, ainda, que haveria uma surpresa lá pelo meio. Realmente, há um espaço para jam no meio da música, e no caso desse show foi preenchida com a presença do Frank Solari. A partir do momento em que este baixinho guitarrista foi chamado ao palco, rolou uma jam duns 20 minutos, com apresentação dos músicos, solo de baixo/bateria (destaque para aquele andamento com slaps do Andria, entrosadíssimo com o Ivan), solo de bateria e longo solo de Frank Solari, com intervenções do Edu. Depois os caras começaram a trocar licks, e o melhor momento foi no duelo de bends. Terminaram com uma sessão de arpejos harmonizados (em terças?), que ficou muito legal e encerrou a música e a jam.
Ainda com Frank, tocaram HAVE YOU EVER SEEN THE RAIN, que ficou legal com os dois guitarristas. Frank despediu-se, e então a banda retomou com REVOLUTION. A música se desenvolvia bem até o segundo verso (depois do primeiro refrão), quando notamos que o Andria ficava tentando afinar uma corda do baixo enquanto cantava. Não estava dando certo, e na hora do refrão não conseguia acertar as notas. O Edu foi o primeiro a parar, e parece ter reclamado com o roadie. Ivan dava risada e parou. Andria desculpou-se fazendo umas piadas (se não me engano, falou algo do tipo “estou cantando em fu bemol essa”), enquanto Edu trocava de guitar (a laranja pela preta). Pelo modo como se resolveu a situação, fiquei com a impressão de que a guitar do Edu (a laranja, que havia sido afinada nos bastidores) é que estava em outra afinação. Se foi esse o caso, acho que o roadie não dura muito nessa turnê. O Andria manteve a galera cantando o refrão da música, que seguiu de onde parou quando os problemas estavam resolvidos.
Andria, então, anunciou a “última” música: “quem conhece o primeiro clip da banda?”. EMOTIONAL CATASTROPHE foi executada com perfeição – é uma das melhores músicas de hard de todos os tempos, não deixa nada a dever a qualquer Van Halen. Quando sairam do palco eu e o Bruce concordamos que o bis seria FUTEBOL, MULHER E ROCK´N´ROLL e FIRE. Eu ainda gritei para os que estavam perto - “ISOLATED!”.
Não demorou, e os caras voltaram ao palco. O tecladista fez uma introdução no piano, que ninguém estava entendendo, mas em seguida o Ivan (bem mais magro do que no outro show, no Teatro de Elis) assumiu os vocais e cantou (bem) IT´S ALRIGHT do Black Sabbath. Quem tocou batera foi o seu roadie, e se saiu muito bem. Foi uma bela surpresa. Depois os caras surpreenderam de novo, e tocaram ISOLATED (essa é uma que eu nem tento tirar, porque já naquele riff inicial me dá dor nas mãos, de tantas inversões de dedos que são exigidas). Andria, ao anunciar essa, revelou que o solo do Edu era um dos seus favoritos – e de fato, é um baita solo, com um arpejo violentíssimo lá pelo final (esse e o de TIME AFTER TIME são dos mais violentos que já ouvi – são, realmente, arpejos estúpidos de tão bem colocados e executados, dando a dimensão exata do virtuosismo e da musicalidade do Edu, que não precisa se utilizar do recurso toda hora e com 4 ou 8 repetições, como alguns costumam fazer). Já é hora de ressaltar o fato de que Andria, mesmo depois de todos esses anos, não perdeu nada do alcance da sua voz – atingiu todos os agudos, e cantou perfeitamente e com facilidade todas as músicas.
A última música foi mesmo FUTEBOL, MULHER E ROCK´N´ROLL, e serviu muito bem para encerrar a apresentação. Pode não ser a melhor da banda, nem a favorita de ninguém, mas é a ideal para shows, ainda mais no encerramento. É o tipo de música que funciona ao vivo, e não no cd em casa. É realmente muito divertida aquela parte “eta, eta, eta, brasileiro quer...”, na qual eu gritei com vontade a rima em todas as vezes. O solo do Edu é matador, bem rocker com viruose. Sem muita cerimônia, os caras se retiraram do palco e o roadie começou a desmontar a batera. Não rolou FIRE, mas estávamos exaustos e satisfeitos.
Quem estiver lendo este blog pela primeira vez, e quiser ler mais sobre Dr. Sin por aqui, pode procurar o post de 16/04/2004, onde fiz uma resenha do outro show da banda em Porto Alegre (no Teatro de Elis, em 2000, com Mike Vescera), e o post de 23/03/2004, onde se lê um comentário sobre o cd duplo “Dez anos ao vivo”.
Lamentável foi a pífia divulgação do show, prejudicando sobremaneira a presença de maior público. Eu só fui porque o Bruce ligou avisando no início da noite - não fosse por ele, até agora eu não saberia do show. Dirigi-me ao Opinião perto das 20h, disposto a comprar o ingresso e voltar pra casa (não estava muito a fim de ficar naquela fila, nem de ver as bandas de abertura). No começo da fila estava o Luis Carlos, baixista de muitas bandas da Capital (nomeadamente, Silent Storm, Worldengine e um tributo ao Guns´n´Roses). Deu tempo do cara contar o fato de ter encontrado os irmãos Busic na Av. Borges de Medeiros, perto da Esquina Democrática, ocasião em que rolou um papo de leve. Maiores detalhes sobre a conversa com o próprio Luis “parceiro-dos-Busic” Carlos. Mais além, já no Opinião, encontrei o Abel, guitarrista da Hibria, que confirmou a expectativa de lançamento do 1.º cd da banda, com nove músicas, para setembro. Eu e o Bruce esperamos que siga a linha da música STEEL LORD ON WHEELS, que é uma das melhores de todos os tempos (baita riff).
Antes do Dr. Sin, entretanto, 3 bandas locais se apresentaram: Spartacus, Predator e Magician. Só não assisti a primeira. A Predator era um power trio da Gringolândia, com um death/black metal competente. Não é, nem de perto, o meu som, mas reconheço que nestas bandas de metal superpesado sempre há boas idéias de riffs. Destaque para o baterista, muito presença. Em seguida subiu a Magician, na linha metal melódico, bem poser. Não ouvi nenhum riff inspirado – os caras investem mais nos teminhas e arpejos, que cansam já na primeira música. Das bandas de metal melódico, só curto as que tocam riffs de verdade, tipo Stratovarius em LEGIONS, REIGN OF TERROR e FATHER TIME. Mas valeu para assistir dois conhecidos no palco: um, o guitarrista Cristiano Schmitt, que tocava nos primórdios da Hibria (quando a banda ainda não tinha esse nome); o outro, o baterista Zé Cabelo (não sei o nome de fato dele), que demonstrou muita segurança e domínio invulgares da bateria – realmente, parecia um Mike Terrana.
Depois de algum tempo, surgiu o Dr. Sin. Eu achava que ainda seria a Spartacus – só então descobri que a banda havia sido a 1.ª da noite, de modo que tomei um susto quando vi o Edu bem à direita do palco (eu estava bem afastado). Consegui me posicionar bem, de frente para o meio do palco – Andria à minha esquerda, Ivan ao centro, Edu à direita e o tecladista “Gollum” bem na ponta esquerda. Esperava que os caras abrissem com TIME AFTER TIME, como no dvd/cd duplo, mas, como os caras são imprevisíveis, a primeira música foi mesmo FLY AWAY. Se não é das minhas favoritas, pelo menos é uma boa música, com um belíssimo solo do Edu. Essa fica bem melhor no vocal de Andria. Em seguida rolou SOMETIMES. Nestas duas primeiras pudemos notar que os irmãos Busic estava muito empolgados, especialmente o Ivan que ria e espancava com muita vontade a bateria. Foi um belo início de show.
A terceira música foi a minha favorita: TIME AFTER TIME. Passei o tempo todo reparando como o Edu toca essa. Legal que rolou um espaço para solo de teclado (o segundo solo da música). O tecladista (não guardei o nome) merece um destaque, pois toca completamente insandecido, parece que vai quebrar tudo. Performático e virtuoso. Não demorou e veio outro petardo: KARMA, na versão do “Alive” (com aquela introdução, que é um riff de outra música do Brutal, se não me engano). É outra das favoritas, muito empolgante.
NO RULES seguiu. Edu impressionava bastante com uns agudos muito expressivos, nos quais ele puxava a primeira corda (mais aguda) pra fora da escala (se eu faço isso, minha corda arrebenda na primeira...). Andria não é frontman, mas é perfeito na interação com a galera. Chamou ETERNITY, na qual Edu trocou a guitar laranja pela preta (que tinha mais “ação” – soava mais alto que a outra). Foi a mais fraca do repertório, mas parece que os caras da banda curtem bastante.
Andria, então, anunciou DOWN IN THE TRENCHES, antecipando, ainda, que haveria uma surpresa lá pelo meio. Realmente, há um espaço para jam no meio da música, e no caso desse show foi preenchida com a presença do Frank Solari. A partir do momento em que este baixinho guitarrista foi chamado ao palco, rolou uma jam duns 20 minutos, com apresentação dos músicos, solo de baixo/bateria (destaque para aquele andamento com slaps do Andria, entrosadíssimo com o Ivan), solo de bateria e longo solo de Frank Solari, com intervenções do Edu. Depois os caras começaram a trocar licks, e o melhor momento foi no duelo de bends. Terminaram com uma sessão de arpejos harmonizados (em terças?), que ficou muito legal e encerrou a música e a jam.
Ainda com Frank, tocaram HAVE YOU EVER SEEN THE RAIN, que ficou legal com os dois guitarristas. Frank despediu-se, e então a banda retomou com REVOLUTION. A música se desenvolvia bem até o segundo verso (depois do primeiro refrão), quando notamos que o Andria ficava tentando afinar uma corda do baixo enquanto cantava. Não estava dando certo, e na hora do refrão não conseguia acertar as notas. O Edu foi o primeiro a parar, e parece ter reclamado com o roadie. Ivan dava risada e parou. Andria desculpou-se fazendo umas piadas (se não me engano, falou algo do tipo “estou cantando em fu bemol essa”), enquanto Edu trocava de guitar (a laranja pela preta). Pelo modo como se resolveu a situação, fiquei com a impressão de que a guitar do Edu (a laranja, que havia sido afinada nos bastidores) é que estava em outra afinação. Se foi esse o caso, acho que o roadie não dura muito nessa turnê. O Andria manteve a galera cantando o refrão da música, que seguiu de onde parou quando os problemas estavam resolvidos.
Andria, então, anunciou a “última” música: “quem conhece o primeiro clip da banda?”. EMOTIONAL CATASTROPHE foi executada com perfeição – é uma das melhores músicas de hard de todos os tempos, não deixa nada a dever a qualquer Van Halen. Quando sairam do palco eu e o Bruce concordamos que o bis seria FUTEBOL, MULHER E ROCK´N´ROLL e FIRE. Eu ainda gritei para os que estavam perto - “ISOLATED!”.
Não demorou, e os caras voltaram ao palco. O tecladista fez uma introdução no piano, que ninguém estava entendendo, mas em seguida o Ivan (bem mais magro do que no outro show, no Teatro de Elis) assumiu os vocais e cantou (bem) IT´S ALRIGHT do Black Sabbath. Quem tocou batera foi o seu roadie, e se saiu muito bem. Foi uma bela surpresa. Depois os caras surpreenderam de novo, e tocaram ISOLATED (essa é uma que eu nem tento tirar, porque já naquele riff inicial me dá dor nas mãos, de tantas inversões de dedos que são exigidas). Andria, ao anunciar essa, revelou que o solo do Edu era um dos seus favoritos – e de fato, é um baita solo, com um arpejo violentíssimo lá pelo final (esse e o de TIME AFTER TIME são dos mais violentos que já ouvi – são, realmente, arpejos estúpidos de tão bem colocados e executados, dando a dimensão exata do virtuosismo e da musicalidade do Edu, que não precisa se utilizar do recurso toda hora e com 4 ou 8 repetições, como alguns costumam fazer). Já é hora de ressaltar o fato de que Andria, mesmo depois de todos esses anos, não perdeu nada do alcance da sua voz – atingiu todos os agudos, e cantou perfeitamente e com facilidade todas as músicas.
A última música foi mesmo FUTEBOL, MULHER E ROCK´N´ROLL, e serviu muito bem para encerrar a apresentação. Pode não ser a melhor da banda, nem a favorita de ninguém, mas é a ideal para shows, ainda mais no encerramento. É o tipo de música que funciona ao vivo, e não no cd em casa. É realmente muito divertida aquela parte “eta, eta, eta, brasileiro quer...”, na qual eu gritei com vontade a rima em todas as vezes. O solo do Edu é matador, bem rocker com viruose. Sem muita cerimônia, os caras se retiraram do palco e o roadie começou a desmontar a batera. Não rolou FIRE, mas estávamos exaustos e satisfeitos.
Quem estiver lendo este blog pela primeira vez, e quiser ler mais sobre Dr. Sin por aqui, pode procurar o post de 16/04/2004, onde fiz uma resenha do outro show da banda em Porto Alegre (no Teatro de Elis, em 2000, com Mike Vescera), e o post de 23/03/2004, onde se lê um comentário sobre o cd duplo “Dez anos ao vivo”.
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