sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

CD - Black Sabbath “Forbidden” (1995)

Seja qual for a motivação, o fato é que Tony Iommi manteve o Black Sabbath em atividade lançando discos regularmente entre a segunda metade dos anos 1980 e a primeira metade dos anos 1990. Sem o apelo de Ozzy ou Dio, e com o domínio de bandas grunge (já em declínio, mas ainda não se falava em nu-metal), é provável que as vendas dos discos na época já não fossem expressivas, mas isso não impediu o cara a lançar “Forbidden”.

Trata-se do último disco com participação de Tony Martin. Além dele tocou o lendário Cozy Powell, e o baixista foi Neil Murray no lugar de Geezer Butler (a formação é a mesma que gravou "Tyr" em 1990). O single, que teve boa rotação na MTV daqui, era “Get a Grip” (o vídeo era todo em desenho animado). E é lícito dizer que se trata da melhor música do disco, pois conta com mais um belo riff de Iommi (simples e com notas cromáticas), refrão adequado, e uma acelerada no final - espécie de outro (muda o riff para um ainda mais simples, com power chords) - o efeito ficou muito legal. A música é interessante, pois. Mas o disco comporta ainda outros bons momentos.

Sou dos caras que acham que Tony Martin canta bem, então “Can´t Get Close Enough” é uma baita composição. Começa com um dedilhado e voz que vão criando a tensão que se resolve num riff arrasa-quarteirão de Iommi. Sobre ele são cantados os versos, seguindo-se o refrão. A fórmula é conhecida e se repete mais uma vez com sucesso.

A faixa-título tem um dos melhores refrões do Sabbath, cantado sobre o riff principal. A guitarra está com afinação bem pesada e toda a estrutura da música é perfeita. Durante os versos Iommi toca uns riffs no estilo start-stop ou call-response, e não faço a idéia de como reproduzir isso na guitarra. Dia desses li a letra da música e fiquei com a impressão (posso bem estar enganado) de que é um desabafo de Martin a respeito dos que desgostam do seu trabalho no Sabbath.

Gosto de "I Won´t Cry for You", que tem estrutura parecida com "Can´t Get Close Enough" (por causa do início com dedilhado), mas admito que não tem tanto impacto pela ausência de um riff forte. Em todo o caso, o vocal de Martin é muito bom.

Lamentavelmante esse é o último disco de estúdio com músicas inéditas do Black Sabbath - há 13 anos, portanto. Pelo menos vivemos com a notícia de que Iommi, Butler, Dio e Appice pretendem lançar um disco novo em 2009.

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