Há cinco anos fiz uma resenha sobre discos do Stratovarius, mas na época ainda não seguia a regra de escrever apenas sobre os discos que tenho em casa. Pois em data recente na Fnac, por um belo preço, achei o primeiro cd do Stratovarius que ouvi, aquele que para muitos é o disco definitivo da banda: "Visions". O disco foi lançado em 1997, e mais ou menos por essa época que aluguei na extinta Mad Sound. Essa locadora tinha um bom acervo de bandas de todos os gêneros do metal, e no local onde estavam os cds do Stratovarius constavam outros de bandas de heavy melódico como Helloween. O nome "Stratovarius", espécie de sacada-genial, já antecipa o que se pode esperar da banda, e isso somado à capa e ao nome das faixas dava indícios de que seria uma boa alugar para ouvir o som que esses caras mandavam.
Sabe-se que essa banda finlandesa foi capitaneada pelo guitarrista Timo Tolkki, e esse disco foi o registro definitivo da sua formação clássica (mas não original): Tolkki (além de guitarrista, é o principal compositor, uma espécie de Blackmore/Malmsteen), Timo Kotipelto (vocalista com boa interpretação e registro muito alto), Jari Kaiulanien (baixista figuraça), Jörg Michael (baterista alemão já conhecido pelo seu trabalho com Rage) e o lendário Jens Johanson (sueco tecladista que se tornou conhecido por formar a Rising Force de Yngwie Malmsteen).
Para mim é líquido e certo que Rainbow fundou as bases para o heavy melódico, que ganhou nome a partir do Helloween, que, por sua vez, deu ares definitivos a essa tendência do metal. Muitas bandas se dedicaram a reproduzir o som do Helloween, e a mim parece que a mais bem sucedida foi o Stratovarius.
Particularmente gosto bastante de boa parte da discografia da banda, e agora vejo que isso se deve ao fato de que diferentemente de outras bandas do estilo, Tolkki compõe riffs excelentes e boas músicas. As outras bandas acabam, invariavelmente, caindo na rotina de compor sempre o mesmo tipo de música (que não tolero), que assume a seguinte fórmula: início à toda velocidade, com bumbo duplo da bateria pegando, guitarras base com power chords executados na velocidade do bumbo duplo da bateria, e uma ou mais guitarras harmonizadas tocando um teminha (depois disso vem o grito high pitch do vocalista, versos, refrão grandioso, solos, etc.). O maior exemplo disso é"I Want Out" (embora o andamento não seja tão rápido), que não por acaso é um dos maiores clássicos do Helloween. Mas esse padrão é tão manjado, e a fórmula tão desgastada, que me parece despiciendo tentar repetir, a não ser que se trate de uma composição muito qualificada. E esse é o caso de "Black Diamond", que também não por acaso é o maior clássico do Stratovarius. "Visions" sempre foi conhecido pelo notório erro na ordem das faixas na contracapa do cd: ali constava como 1.a faixa "Kiss of Judas", mas o disco iniciava com "Black Diamond". Nesta o teminha é um riff executado no teclado com som de harpischord, sob o qual as guitarras, bateria e baixo fazem os power chords à toda velocidade, e o refrão é grandioso. É a tal fórmula, mas aqui o resultado foi muito bom.
Tolkki é um compositor com bom gosto para riffs, e todos os seus discos contêm um punhado de excelentes exemplares. No caso de "Visions", os melhores são os que abrem "Legions" e "Forever Free". Nesses casos, Tolkki se vale da influência de Blackmore ("Burn" e até "Smoke on the Water") e Malmsteen ("I'll See the Light Tonight" e "Never Die"), e já faz abrir a música com o riff principal, só com a guitarra, e depois ingressam os demais instrumentos. Geralmente são esses primeiros instantes que me fazem ter vontade de ouvir toda a faixa.
A essencialidade reside, pois, no som monumental das guitarras, na pegada dos riffs, e na boa interação geral dos instrumentistas em cada faixa. Tratou-se de um daqueles momentos raros em que todos os caras estavam perfeitamente sintonizados e compenetrados para registrar um álbum importante.
Sabe-se que essa banda finlandesa foi capitaneada pelo guitarrista Timo Tolkki, e esse disco foi o registro definitivo da sua formação clássica (mas não original): Tolkki (além de guitarrista, é o principal compositor, uma espécie de Blackmore/Malmsteen), Timo Kotipelto (vocalista com boa interpretação e registro muito alto), Jari Kaiulanien (baixista figuraça), Jörg Michael (baterista alemão já conhecido pelo seu trabalho com Rage) e o lendário Jens Johanson (sueco tecladista que se tornou conhecido por formar a Rising Force de Yngwie Malmsteen).
Para mim é líquido e certo que Rainbow fundou as bases para o heavy melódico, que ganhou nome a partir do Helloween, que, por sua vez, deu ares definitivos a essa tendência do metal. Muitas bandas se dedicaram a reproduzir o som do Helloween, e a mim parece que a mais bem sucedida foi o Stratovarius.
Particularmente gosto bastante de boa parte da discografia da banda, e agora vejo que isso se deve ao fato de que diferentemente de outras bandas do estilo, Tolkki compõe riffs excelentes e boas músicas. As outras bandas acabam, invariavelmente, caindo na rotina de compor sempre o mesmo tipo de música (que não tolero), que assume a seguinte fórmula: início à toda velocidade, com bumbo duplo da bateria pegando, guitarras base com power chords executados na velocidade do bumbo duplo da bateria, e uma ou mais guitarras harmonizadas tocando um teminha (depois disso vem o grito high pitch do vocalista, versos, refrão grandioso, solos, etc.). O maior exemplo disso é"I Want Out" (embora o andamento não seja tão rápido), que não por acaso é um dos maiores clássicos do Helloween. Mas esse padrão é tão manjado, e a fórmula tão desgastada, que me parece despiciendo tentar repetir, a não ser que se trate de uma composição muito qualificada. E esse é o caso de "Black Diamond", que também não por acaso é o maior clássico do Stratovarius. "Visions" sempre foi conhecido pelo notório erro na ordem das faixas na contracapa do cd: ali constava como 1.a faixa "Kiss of Judas", mas o disco iniciava com "Black Diamond". Nesta o teminha é um riff executado no teclado com som de harpischord, sob o qual as guitarras, bateria e baixo fazem os power chords à toda velocidade, e o refrão é grandioso. É a tal fórmula, mas aqui o resultado foi muito bom.
Tolkki é um compositor com bom gosto para riffs, e todos os seus discos contêm um punhado de excelentes exemplares. No caso de "Visions", os melhores são os que abrem "Legions" e "Forever Free". Nesses casos, Tolkki se vale da influência de Blackmore ("Burn" e até "Smoke on the Water") e Malmsteen ("I'll See the Light Tonight" e "Never Die"), e já faz abrir a música com o riff principal, só com a guitarra, e depois ingressam os demais instrumentos. Geralmente são esses primeiros instantes que me fazem ter vontade de ouvir toda a faixa.
A essencialidade reside, pois, no som monumental das guitarras, na pegada dos riffs, e na boa interação geral dos instrumentistas em cada faixa. Tratou-se de um daqueles momentos raros em que todos os caras estavam perfeitamente sintonizados e compenetrados para registrar um álbum importante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário