terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Resenha de CD - Iron Maiden "The Eternal Flame" (1996, bootleg)


Talvez maior que a curiosidade de saber como seria o Iron Maiden com o vocalista novo (Blaze Bailey) era saber como seriam as músicas antigas com o vocalista novo. Afinal, Bruce Dickinson é um espetacular frontman, totalmente identificado com a banda, e Bailey, desde o lançamento de "The X Factor", tem estilo completamente diferente. Quais músicas do repertório antigo seriam eleitas para combinar com a voz de Bailey e como o cara mandaria esses clássicos? Lembro bem de todas essas inquietações em 1995, e me recordo da surpresa de ver na TV3 um bootleg com parte dos shows da banda em 01 e 05 de novembro de 1995 em Gothenburg e Glasgow, respectivamente. Boa parte do set list era das músicas do disco novo ("Man on the Edge", "Lord of the Flies", "The Aftermath", "Sign of the Cross", "Fortunes of War"), em relação ao qual houve pouca alteração em relação à versão original (entretanto, fica mais evidente o limitado alcance de Bailey, que repete sempre a mesma melodia no refrão, pouco mudando as notas para dar um novo colorido, além do fato de que o cara parece murmurar a letra - por tê-la esquecido - antes dos solos de "The Aftermath"); das antigas, "Wrathchild", "Heaven Can Wait", "Afraid to Shoot Strangers", "The Evil That Men Do", e "Iron Maiden". Em boa parte delas, Bailey desafina, mas tenta manter a animação durante os shows. O som, em geral, é bom para o padrão bootleg, e é da distribuidora que colocava na contracapa uma etiqueta informando a fonte ("source: soundboard digital recording") e a qualidade da gravação (quatro sinais de positivo). A guitarra de Dave Murray é mais evidente na mixagem. Seja como for, a banda estava bem ensaiada e tocando com perfeição.

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