
A sucessão de vocalistas no Sabbath é muito interessante de acompanhar; afinal, a formação clássica é com Ozzy Osbourne, mas a formação seguinte, com Ronnie James Dio é inegavelmente tão clássica quanto. Dio caiu fora para se dedicar a uma produtiva carreira solo, e então Ian Gillan, do mark II do Deep Purple, entrou para a gravação de "Born Again". Gillan não durou mais que esse disco e a turnê para se juntar ao Deep Purple em 1984. O Sabbath ainda teve oportunidade para fazer uma apresentação com sua formação original no lendário Live Aid de 1985; a idéia de Ozzy retornar não vingou e cada um foi para um lado. Iommi começou a se dedicar a um disco solo, para o qual chamaria vários vocalistas (cada um ficaria com uma faixa), sendo que existe um bootleg com versões de músicas para o disco "Seventh Star" com um vocalista que ninguém conhece, chamado Jeff Fenholt (o cara canta muito mal, sempre atingindo as mesmas notas e do mesmo jeito - o registro é sempre alto). Final das contas, Glenn Hughes cantou todas as faixas e a gravadora exigiu que o álbum fosse lançado como Black Sabbath (por isso na capa consta o bizarro "Black Sabbath featuring Tony Iommi"). Hughes enfrentava problemas com drogas e com excesso de peso, então os shows da turnê foram muito ruins (aparentemente houve ainda uma briga com um empresário, que também teria afetado seu desempenho). Ray Gillen foi chamado para completar a turnê, e a história seguiu ainda mais interessante a partir daí até a gravação de "The Eternal Idol".
Desde logo gostei bastante de "Seventh Star". Afinal, lá estão os riffs de Iommi ("In For the Kill", "Turn to Stone", "Danger Zone"), a condução segura de Eric Singer na batera (em todas as faixas), e a interpretação vocal de Glenn Hughes; seja lá qual for o estado em que o cara se encontrava na época, e mesmo considerando que o cara não se puxou muito nos agudos e nos registros mais altos (predomina um Hughes "low profile"), fato é que Hughes conseguiu tornar muitos versos bem marcantes como nas partes em que ele entoa (a) "Thundeeer... shattered the dawn" e "Innn for the killll" (em "In For the Kill"), (b) a letra toda de "No Stranger to Love", (c) "Burn your eyes... turn your heart ... into stoooooooooone" e "She put a spell on yooouu" (em "Turn to Stone"), (d) "It´s the caaall... of the Seeeveeenth Staaar" (em "Seventh Star"), (e) "Midnight... something don´t feel riiight" e toda vez que ele fala "Daaaaaaanger Zone" (em "Danger Zone"), e (f) "It´s stilll haaaaaaaaaaaaaaaaunting meeeeeee" (em "In Memory....").
Acima de tudo, um dos grandes acertos de "Seventh Star" é a ordem das faixas: começa com uma rápida ("In For the Kill"), segue a mais comercial e lenta ("No Stranger to Love"), outra rápida ("Turn to Stone"), a épica ("Seventh Star"), outra rocker ("Danger Zone"), um blues ("Heart Like a Wheel"), outra rocker ("Angry Heart"), e finaliza com uma bem sentimental ("In Memory...").
Além disso, particularmente, todas as faixas têm momentos marcantes. É um disco divertido de ouvir (um dos meus favoritos), com boa interpretação de Glenn Hughes, bons riffs de Tony Iommi, e Eric Singer mandando bem na batera.
3 comentários:
FINALMENTE UMA CRÍTICA JUSTA AO "SEVENTH STAR", EU GOSTO MUITO DESTE ALBUM, TANTO DAS FAIXAS COMO DAS INTERPRETAÇÕES , A FORÇA E O TIMBRE DA GUITARRA DE iOMMI; EM GERAL, ESTE ALBUM É SUBESTIMADO, MAS CADA QUAL TEM SEU GOSTO, NÉ ??
Execelente disco! porem muito substimado... uma das grandes interpretaçoes de Hughes...
Excelente disco!porem muito subestimado... grande interpretação de Hughes.
Postar um comentário