- esta é a banda que eu assisti mais vezes ao vivo. A maioria dos integrantes estudou no meu colégio (uma ou duas séries mais adiantado), e posso dizer que os acompanhei desde os seus primórdios. No início os caras atendiam por Malthusian (não sei se é essa a grafia correta), e mudaram o nome para o atual em 1996, aproximadamente. Acho que só trocaram a formação, algumas vezes, nos postos de guitar e vocalista. A primeira apresentação deles que eu vi foi ainda no colégio, com a formação primitiva, e lembro que eles tocaram THE EVIL THAT MEN DO (do Iron). Senti-me extremamente privilegiado quando assisti, algum tempo depois, um ensaio da banda no salão de festas da casa do baterista, o grande Sávio Sordi (o cara é grande mesmo, e toca muito), com a formação um pouco mais evoluída (vocal). Neste ensaio, as músicas tocadas fizeram parte, posteriormente, da demo-tape Metal Heart da Hibria. Já com esse nome, e com o meu grande amigo Diego Kasper na guitar, assisti os caras no Garagem Hermética, lá por 1996. Os caras mandaram bem, e lembro com clareza de alguns momentos, como o solo do baixista em THRONE OF GLORY (não sei ao certo se é essa), além do cover de TORNADO OF SOULS (do Megadeth) que não foi cantada pelo vocalista (que, aparentemente, não sabia a letra - acho que quem cantou foi a Dige). Aliás, o baixista é sempre um destaque à parte, com visual (e jeito de tocar) lembrando muito o Steve Harris, até no empenho nos backing vocals (geralmente inaudíveis).
Assisti o show de despedida da banda no Bar João antes da viagem para a turnê na Europa. Foi num domingo à tarde, e acho que foi no dia da final da Copa América de 1999 (Brasil 3x0 Uruguai, em 18/08/1999). O show foi brilhante - os caras têm presença de palco, e a galera (animada, e que lotou o local), para minha surpresa, conhecia as músicas (até cantaram o refrão de STARE AT YOURSELF). A música de abertura foi MR. CROWLEY, para minha total surpresa (na época, achava que não era o ideal para uma banda com músicas próprias abrir um show com um cover). Teve ainda os covers indefectíveis de TORNADO OF SOULS e THE EVIL THAT MEN DO. Já se fazia perceptível, quanto aos guitarristas os guitarristas, extremamente técnicos, algumas características que os distinguiam: o Abel tocava muitos arpejos, de modo que o seu jeito de tocar era mais expressivo e impressionante visualmente; já o Diego se mostrava mais contido, sem perder em técnica e segurança (não é para qualquer magrão tirar o solo de TORNADO igual ao original). Nos covers, reparei que os solos que eu mais curtia (tipo nas músicas do Iron, com 2 solos) eram tocados pelo Diego. Acho que a partir dessa época os caras deixaram de tocar DRAFT, que eu considero uma grande música, mas reconheço que se ressente um pouco de forte influência do Iron, que talvez não se encaixe mais no estilo da banda.
Aliás, o estilo da banda é muito difícil de descrever. Esse foi o primeiro show que eu assisti no Bar João, numa época em que a BURNIN´ BOAT ainda se resumia a eu-e-o-Bruce e lutava por estabilizar a formação ideal, e naquele dia me deu um estalo do tipo "um dia vou tocar no Bar João". Acredito que, grosso modo (e num sentido jocoso), é a mesma sensação que o Paul Stanley teve quando assistiu ao Led Zeppelin no Madison Square Garden.
Outro show que me ocorre foi um que também se deu no Bar João, num domingo à tarde extremamente chuvoso. Dessa vez, me fiz acompanhar do grande Bruce. Novamente o local estave lotado, com o público muito vibrante. A primeira música foi THE HELLION/ELETRIC EYE, e teve outros covers como FEAR OF THE DARK, THE TROOPER, acho que 2 MINUTES, um MANOWAR, entre as músicas próprias. Depois da metade do show, nos posicionamos atrás do palco (naquela parte da sinuca) e ficamos só com a visão da bateria - e eu posso dizer que aprendi bastante vendo o Sávio tocar, com uns truques e levadas bem interessantes, que geralmente são imperceptíveis pra quem só ouve nos headphones as músicas.
O último show que eu assisti foi o que se deu em 11/05/2003 no Bar Opinião, no RS Metal, com outras bandas (que eu não fiquei para assistir). A banda investiu numa produção mais forte (rolou um vídeo de introdução no telão). Tocaram algumas músicas novas (que eu não conhecia), bem como a minha favorita de todas STEEL LORD ON WHEELS (essa é uma das melhores músicas que eu já ouvi de hard rock, totalmente do meu estilo, com um baita riff). O vocalista Iuri é realmente o melhor que já tocou com a banda - e o cara é muito bom mesmo (me lembra muito o Rob Rock - aquele que cantou com o Impellitteri, Axel Rudi Pell, MARS -, grita um monte, é carismático com a galera, e segura o pique até o final. Outra de minhas favoritas do repertório da banda, a STARE AT YOURSELF foi apresentada em versão bastante alterada; rolou uma atualização que eu considerei um tanto perniciosa, que tirou bastante a característica orinal da música (que eu curtia bastante). O fato rudinei da apresentação foi quando eles estavam começando a última música, mas que tiveram de interromper por causa do limite de tempo do show que já havia esgotado. Foi um verdadeiro anti-clímax. Nesse show eu encontrei muito poucos conhecidos no público, diferentemente do que ocorria tempos atrás. Acho que isso demonstra que a banda conseguiu renovar o seu público durante esses anos, mesmo não fazendo shows muito regulares.
terça-feira, 27 de abril de 2004
domingo, 25 de abril de 2004
Shows XVII - DEEP PURPLE - SEPULTURA - HELLACOPTERS (18/03/2003 - Gigantinho)
- neste passo, reporto-me à resenha lançada neste blog à época do show.
sábado, 24 de abril de 2004
Fórmula 1 - 1986
- nesse feriado de Tiradentes aluguei na Espaço Vídeo um documentário sobre a temporada de Fórmula 1 do ano de 1986, vencida por Alain Prost. Sabidamente, sou fã de F1 desde a mais tenra infância, de modo que tenho lembranças vivas de alguns momentos das temporadas dos anos 80. Mas a experiência de ver esses vídeos das temporadas passadas é ainda mais impressionante hoje em dia, em que os campeonatos andam unilaterais (só o Schumacher ganha). Em 1986 as coisas eram muito diferentes.
Com efeito, a McLaren-Porsche era a melhor equipe, e tinha o campeão do ano anterior Prost, ao lado de Keke Rosberg. A Williams-Honda, por outro lado, tinha o melhor carro e uma dupla brilhante: Nigel Mansell e Nelson Piquet. A Lotus-John Player Special-Renault despontava com o Ayrton Senna (ao lado do inexpressivo Johnny Dumfries). A Ferrari não era de nada, com Michele Alboreto e Stefan Johansson. A recém criada Benetton (adquirira a Toleman) tinha Teo Fabi e o novato à época Gerhard Berger. A Ligier-Renaul, com René Arnoux e Jacques Laffite, assim como a Lola-Hart com Patrick Tambay e Alan Jones ainda são dignos de comentários. Nota-se, de pronto, a grande qualidade e quantidade de carros competitivos e pilotos de ponta.
Em 1986, Senna conquistou a maioria das poles. As corridas eram bastante disputadas - claro que sempre havia o líder que ficava alguns segundos à frente dos demais, mas nada que tornasse as corridas previsíveis. Aliás, os abandonos por quebras de motor e falhas mecânicas eram mais freqüentes, sem contar que os pneus não eram muito duráveis, forçando paradas nos boxes seguidas.
Nessa temporada que se registrou a segunda menor diferença entre o primeiro e segundo colocado - foi no GP da Espanha, o segundo da temporada, vencido por Senna com Mansell em segundo por 0.014secs. Outros momentos foram duas ultrapassagens memoráveis de Nelson Piquet: uma sobre Senna na Hungria (atrasou violentamente a freada na entrada da curva, saindo de lado como se fosse um kart, muito impressionante), e outra sobre Mansell em Monza (essa eu lembro perfeitamente - Piquet deu um "chega pra lá" no inglês). Outros fatos que eu lembro da época: o acidente na largada do GP de Brands Hatch, em que Jacques Laffite quebrou as pernas (a corrida só reiniciou mais de uma hora depois, devido à necessidade de esperar a volta do helicóptero que levara o francês ao hospital), e a morte do italiano Elio de Angelis, nos testes particulares da Brabham em Paul Ricard.
Vendo a fita, reparei que Keke Rosberg era mesmo bom piloto, pontuando, liderando e fazendo boas corridas, contrariamente ao que eu pensava, em que pese aquele ano fosse o de sua despedida dos circuitos. Um Momento Lucky Strike da temporada foi na Hungria, quando Piquet entrou nos boxes quando a equipe estava preparada para trocar os pneus de Mansell - a imagem mostra claramente a irritação de Patrick Head com a malandragem do brasileiro, que venceu a corrida.
O campeonato só foi decidido na última corrida, em Adelaide (Austrália), num lance de muita sorte. Três pilotos tinham chance: Mansell, que liderava com folga, Piquet e Prost, que só podiam pensar em vencer e tirar o inglês da corrida (na época a vitória valia 9 pontos). Senna havia saído da disputa na corrida anterior (Portugal). Prost não tinha o melhor carro, mas foi premiado pela regularidade - pontuou em quase todas as corridas.
Durante a temporada, a Williams, que tinha o melhor carro, se viu dividida entre Mansell e Piquet. O contrato deste último era para ser o primeiro piloto, mas a equipe de ingleses, capitaneada pelo projetista Patrick Head, tomou preferência por Mansell. Mas não havia uma tomada de posição definitiva - na pista não tinha essa de deixar o outro passar. Frank Williams, dono da equipe, tinha preferência pelo brasileiro, mas devido ao acidente que o deixou paraplégico, não se fazia presente às corridas, pelo menos até perto do final da temporada. Piquet, então, teve de lutar sozinho contra toda a equipe, e essa briga interna da Williams custou o campeonato de pilotos. A Williams, diga-se, é conhecida por não tomar preferência por tal ou qual piloto - o que interessa é o título de construtores.
Em dado momento da prova de Adelaide, o pneu Goodyear de Prost furou, mas como o piloto estava perto dos boxes, pode realizar um pit-stop oportuno. Entretanto, essa parada não prevista parecia ter expurgado do francês as chances do bicampeonato.
Logo em seguida, Rosberg também parou com seu pneu Goodyear furado. Outros pilotos com a mesma marca de pneu tiveram problemas. Quando Mansell teve o pneu explodido em plena reta, Piquet liderava e corria para o tricampeonato. Entretanto, devido aos precedentes na prova, e em atenção ao perigo de vida dos pilotos, a Goodyear comunicou a todas as equipes que entrassem nos boxes imediatamente para troca de pneus. Então se revelou a sorte do francês, que foi o único que não precisou parar. Piquet resolveu não arriscar, entregando a Prost a vitória e o título.
Com efeito, a McLaren-Porsche era a melhor equipe, e tinha o campeão do ano anterior Prost, ao lado de Keke Rosberg. A Williams-Honda, por outro lado, tinha o melhor carro e uma dupla brilhante: Nigel Mansell e Nelson Piquet. A Lotus-John Player Special-Renault despontava com o Ayrton Senna (ao lado do inexpressivo Johnny Dumfries). A Ferrari não era de nada, com Michele Alboreto e Stefan Johansson. A recém criada Benetton (adquirira a Toleman) tinha Teo Fabi e o novato à época Gerhard Berger. A Ligier-Renaul, com René Arnoux e Jacques Laffite, assim como a Lola-Hart com Patrick Tambay e Alan Jones ainda são dignos de comentários. Nota-se, de pronto, a grande qualidade e quantidade de carros competitivos e pilotos de ponta.
Em 1986, Senna conquistou a maioria das poles. As corridas eram bastante disputadas - claro que sempre havia o líder que ficava alguns segundos à frente dos demais, mas nada que tornasse as corridas previsíveis. Aliás, os abandonos por quebras de motor e falhas mecânicas eram mais freqüentes, sem contar que os pneus não eram muito duráveis, forçando paradas nos boxes seguidas.
Nessa temporada que se registrou a segunda menor diferença entre o primeiro e segundo colocado - foi no GP da Espanha, o segundo da temporada, vencido por Senna com Mansell em segundo por 0.014secs. Outros momentos foram duas ultrapassagens memoráveis de Nelson Piquet: uma sobre Senna na Hungria (atrasou violentamente a freada na entrada da curva, saindo de lado como se fosse um kart, muito impressionante), e outra sobre Mansell em Monza (essa eu lembro perfeitamente - Piquet deu um "chega pra lá" no inglês). Outros fatos que eu lembro da época: o acidente na largada do GP de Brands Hatch, em que Jacques Laffite quebrou as pernas (a corrida só reiniciou mais de uma hora depois, devido à necessidade de esperar a volta do helicóptero que levara o francês ao hospital), e a morte do italiano Elio de Angelis, nos testes particulares da Brabham em Paul Ricard.
Vendo a fita, reparei que Keke Rosberg era mesmo bom piloto, pontuando, liderando e fazendo boas corridas, contrariamente ao que eu pensava, em que pese aquele ano fosse o de sua despedida dos circuitos. Um Momento Lucky Strike da temporada foi na Hungria, quando Piquet entrou nos boxes quando a equipe estava preparada para trocar os pneus de Mansell - a imagem mostra claramente a irritação de Patrick Head com a malandragem do brasileiro, que venceu a corrida.
O campeonato só foi decidido na última corrida, em Adelaide (Austrália), num lance de muita sorte. Três pilotos tinham chance: Mansell, que liderava com folga, Piquet e Prost, que só podiam pensar em vencer e tirar o inglês da corrida (na época a vitória valia 9 pontos). Senna havia saído da disputa na corrida anterior (Portugal). Prost não tinha o melhor carro, mas foi premiado pela regularidade - pontuou em quase todas as corridas.
Durante a temporada, a Williams, que tinha o melhor carro, se viu dividida entre Mansell e Piquet. O contrato deste último era para ser o primeiro piloto, mas a equipe de ingleses, capitaneada pelo projetista Patrick Head, tomou preferência por Mansell. Mas não havia uma tomada de posição definitiva - na pista não tinha essa de deixar o outro passar. Frank Williams, dono da equipe, tinha preferência pelo brasileiro, mas devido ao acidente que o deixou paraplégico, não se fazia presente às corridas, pelo menos até perto do final da temporada. Piquet, então, teve de lutar sozinho contra toda a equipe, e essa briga interna da Williams custou o campeonato de pilotos. A Williams, diga-se, é conhecida por não tomar preferência por tal ou qual piloto - o que interessa é o título de construtores.
Em dado momento da prova de Adelaide, o pneu Goodyear de Prost furou, mas como o piloto estava perto dos boxes, pode realizar um pit-stop oportuno. Entretanto, essa parada não prevista parecia ter expurgado do francês as chances do bicampeonato.
Logo em seguida, Rosberg também parou com seu pneu Goodyear furado. Outros pilotos com a mesma marca de pneu tiveram problemas. Quando Mansell teve o pneu explodido em plena reta, Piquet liderava e corria para o tricampeonato. Entretanto, devido aos precedentes na prova, e em atenção ao perigo de vida dos pilotos, a Goodyear comunicou a todas as equipes que entrassem nos boxes imediatamente para troca de pneus. Então se revelou a sorte do francês, que foi o único que não precisou parar. Piquet resolveu não arriscar, entregando a Prost a vitória e o título.
sexta-feira, 23 de abril de 2004
Shows XVI - YNGWIE J. MALMSTEEN (03/10/2001 - Bar Opinião)
- seguramente, este é o show mais controvertido que eu assisti. O evento se deu poucas semanas depois dos ataques-do-11-de-setembro-nos-EUA. Pelo que me lembro, o show aconteceria bem na semana do meu aniversário... e também estava prevista para a mesma época o show do Megadeth (que, devido aos ataques, acabou cancelando todas as datas da turnê fora dos EUA). O YJM, pelo menos, não se tremeu tanto, e só adiou em algumas semanas as apresentações.
Estava prevista, ainda, a abertura da banda Hibria, dos grandes Diego Kasper e Sávio Sordi, que, no entanto, restou abortada sem maiores esclarecimentos durante o dia do show pela produção do sueco. Foi um pouco decepcionante, mas todos éramos (e somos mais do que nunca) sabedores das excentricidades (e juquices) do guitarrista.
Fiquei um bom tempo na fila, mas consegui me posicionar na pista de dança do Opinião, um pouco à esquerda do centro do palco (perspectiva da platéia), do lado contrário ao que estavam os amplis do YJM. Fiquei, pois, bem perto do palco, mas não tanto quanto o Bruce e Raquel, que inclusive conseguiram contatos mais imediatos com o Doogie White durante a apresentação. Aliás, a banda de apoio que o Malmsteen formou para aquela turnê, e que posteriormente entraria em estúdio para gravar o cd Attack (lembremos que a formação anterior era os não menos admirados Jorn Lande, John Macaluso, e o tecladista Mats Olausson - que em seguida formariam o Ark), aguçou ainda mais a expectativa sobre a apresentação, uma vez que além do precitado vocalista, estaria no palco o legendário Derek Sherinian. Realmente, não tinha como dar errado.
Antes de entrar no palco, Malmsteen provocou a galera com a introdução da Nona (ou Quinta?) sinfonia de Beethoven. Seguiu, então, a 1.ª música, RISING FORCE. Bem, a partir da 3.ª ou 4.ª música já havia ficado um pouco enfadonha aquela repetição ad nauseam de escalas rapidíssimas. O Christian, meu colega do TJRS, resumiu bem a sensação: "ele só faz isso". Em que pese tocar com rapidez e precisão escalas e arpejos não seja pouca coisa, eu, como fã do sueco, admito que em seguida que as emoções do início do show se arrefeceram, a técnica (única) do Malmsteen cansou. Outra engraçadíssima do Christian: como ele chegou no instante imediatamente anterior à entrada no palco dos músicos, não sabia nada do cancelamento do show da Hibria. Assim, quando o palco estava vazio, mas com aquelas fumaças (gelo seco, embora não seja esse o nome científico), e o YJM tocou aquele trechinho da Quinta (ou Nona) sinfonia, o nosso amigo disse ter pensado "Nossa, esses caras da Hibria são f*da!".
Como se tratava da turnê do cd War to End All Wars, mais da metade de suas músicas ocuparam o set list. No meu caso, senti falta das músicas da época do Michael Vescera (Seventh Sign e Magnum Opus). Do Fire and Ice já sabia que não ia rolar nada, assim como o Marching Out (com exceção da excelente I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT - não lembro se rolou I AM A VIKING). As músicas mais empolgantes, sem dúvida, foram o cover do Rainbow ALL NIGHT LONG (pulei muito nessa) e YOU DON´T REMEMBER I´LL NEVER FORGET.
O solo de bateria foi o Momento Lucky Strike da noite. Patrick Johanssen tocou os trechos mais clássicos de bateria - Painkiller, I Love it Loud, Sacrifice, entre outros que não lembro agora (Rock and Roll? Territory?). Desprezível, por outro lado, foi o solo de baixo.
Todos sabemos e lembramos do rolo entre o guitarrista e o público por causa do hino americano, de modo que não vou ingressar de novo nesse mérito (já foi objeto do post de 06/10/03). Quero só, neste passo, me reportar ao post sobre o show do Steve Vai, que eu aditei recentemente, para acrescentar que Vai tocou o Hino Nacional Brasileiro durante a música LIBERTY.
Estava prevista, ainda, a abertura da banda Hibria, dos grandes Diego Kasper e Sávio Sordi, que, no entanto, restou abortada sem maiores esclarecimentos durante o dia do show pela produção do sueco. Foi um pouco decepcionante, mas todos éramos (e somos mais do que nunca) sabedores das excentricidades (e juquices) do guitarrista.
Fiquei um bom tempo na fila, mas consegui me posicionar na pista de dança do Opinião, um pouco à esquerda do centro do palco (perspectiva da platéia), do lado contrário ao que estavam os amplis do YJM. Fiquei, pois, bem perto do palco, mas não tanto quanto o Bruce e Raquel, que inclusive conseguiram contatos mais imediatos com o Doogie White durante a apresentação. Aliás, a banda de apoio que o Malmsteen formou para aquela turnê, e que posteriormente entraria em estúdio para gravar o cd Attack (lembremos que a formação anterior era os não menos admirados Jorn Lande, John Macaluso, e o tecladista Mats Olausson - que em seguida formariam o Ark), aguçou ainda mais a expectativa sobre a apresentação, uma vez que além do precitado vocalista, estaria no palco o legendário Derek Sherinian. Realmente, não tinha como dar errado.
Antes de entrar no palco, Malmsteen provocou a galera com a introdução da Nona (ou Quinta?) sinfonia de Beethoven. Seguiu, então, a 1.ª música, RISING FORCE. Bem, a partir da 3.ª ou 4.ª música já havia ficado um pouco enfadonha aquela repetição ad nauseam de escalas rapidíssimas. O Christian, meu colega do TJRS, resumiu bem a sensação: "ele só faz isso". Em que pese tocar com rapidez e precisão escalas e arpejos não seja pouca coisa, eu, como fã do sueco, admito que em seguida que as emoções do início do show se arrefeceram, a técnica (única) do Malmsteen cansou. Outra engraçadíssima do Christian: como ele chegou no instante imediatamente anterior à entrada no palco dos músicos, não sabia nada do cancelamento do show da Hibria. Assim, quando o palco estava vazio, mas com aquelas fumaças (gelo seco, embora não seja esse o nome científico), e o YJM tocou aquele trechinho da Quinta (ou Nona) sinfonia, o nosso amigo disse ter pensado "Nossa, esses caras da Hibria são f*da!".
Como se tratava da turnê do cd War to End All Wars, mais da metade de suas músicas ocuparam o set list. No meu caso, senti falta das músicas da época do Michael Vescera (Seventh Sign e Magnum Opus). Do Fire and Ice já sabia que não ia rolar nada, assim como o Marching Out (com exceção da excelente I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT - não lembro se rolou I AM A VIKING). As músicas mais empolgantes, sem dúvida, foram o cover do Rainbow ALL NIGHT LONG (pulei muito nessa) e YOU DON´T REMEMBER I´LL NEVER FORGET.
O solo de bateria foi o Momento Lucky Strike da noite. Patrick Johanssen tocou os trechos mais clássicos de bateria - Painkiller, I Love it Loud, Sacrifice, entre outros que não lembro agora (Rock and Roll? Territory?). Desprezível, por outro lado, foi o solo de baixo.
Todos sabemos e lembramos do rolo entre o guitarrista e o público por causa do hino americano, de modo que não vou ingressar de novo nesse mérito (já foi objeto do post de 06/10/03). Quero só, neste passo, me reportar ao post sobre o show do Steve Vai, que eu aditei recentemente, para acrescentar que Vai tocou o Hino Nacional Brasileiro durante a música LIBERTY.
quinta-feira, 22 de abril de 2004
Shows XV - JUDAS PRIEST (04/09/2001 - Bar Opinião)
- essa é uma das minhas bandas favoritas, pela quantidade de músicas boas, onde há total predominância de riffs absolutamente marcantes, e que abriram caminho, junto com outras bandas clássicas, para o heavy melódico dos anos 90. Realmente teve uma época, lá por 98/99 que eu ouvi bastante o Judas, especialmente os discos STAINED CLASS e PAINKILLER. O BRITISH STEEL é outro clássico. Curiosamente, fui apresentado à banda através daquele tributo com 2 volumes, com versões do Angra, Mercyful Fate, Iced Earth, Helloween, Stratovarius, entre muitas outras.
Era a turnê do cd Demolition, que se não era melhor que o Jugulator, pelo menos ainda trazia os bons vocais de Ripper Owens (que, com pequena margem de diferença, eu prefiro ao Rob Halford). O show abriu com uma surpresa: METAL GODS - e Ripper Owens adentrou ao palco com uma bela capa brilhante. Seguiram outras clássicas, além de umas poucas que eu desconhecia, tipo DESERT PLAINS. De resto, a apresentação não fugiu muito ao set list do cd duplo ao vivo da turnê do Jugulator. Guitarras com afinação mais pesada. KK Downing e Glenn Tipton bastante carismáticos, cada um do seu jeito. Todos os riffs e solos mais legais são tocados por Tipton. Downing é realmente um coadjuvante, mas daquele tipo de coadjuvante indispensável (mal comparando, seria um Malcolm Young, no AC/DC).
O mais impressionante foi mesmo o novato Ripper Owens, com total domínio da voz e alcance irrepreensível. O cara gritou a noite inteira, mas exasperou alguns fãs mais ardorosos do Halford pela falta de movimentação mais agressiva no palco (ele é um pouco durão, parecia um robocop andando), além de uma certa apatia entre uma música e outra.
O set list foi bom, sem surpresas como um show do Kiss/Iron Maiden (até as falas do vocalista nos intervalos entre as músicas eram previsíveis), sendo que a empolgação rolou em BREAKING THE LAW.
Era a turnê do cd Demolition, que se não era melhor que o Jugulator, pelo menos ainda trazia os bons vocais de Ripper Owens (que, com pequena margem de diferença, eu prefiro ao Rob Halford). O show abriu com uma surpresa: METAL GODS - e Ripper Owens adentrou ao palco com uma bela capa brilhante. Seguiram outras clássicas, além de umas poucas que eu desconhecia, tipo DESERT PLAINS. De resto, a apresentação não fugiu muito ao set list do cd duplo ao vivo da turnê do Jugulator. Guitarras com afinação mais pesada. KK Downing e Glenn Tipton bastante carismáticos, cada um do seu jeito. Todos os riffs e solos mais legais são tocados por Tipton. Downing é realmente um coadjuvante, mas daquele tipo de coadjuvante indispensável (mal comparando, seria um Malcolm Young, no AC/DC).
O mais impressionante foi mesmo o novato Ripper Owens, com total domínio da voz e alcance irrepreensível. O cara gritou a noite inteira, mas exasperou alguns fãs mais ardorosos do Halford pela falta de movimentação mais agressiva no palco (ele é um pouco durão, parecia um robocop andando), além de uma certa apatia entre uma música e outra.
O set list foi bom, sem surpresas como um show do Kiss/Iron Maiden (até as falas do vocalista nos intervalos entre as músicas eram previsíveis), sendo que a empolgação rolou em BREAKING THE LAW.
quarta-feira, 21 de abril de 2004
Shows XIV - THE WISE - EPITAPH - SPARCATUS - FIGHTERLORD (13/07/2001 - Teatro de Elis)
- PRELIMINARMENTE: acredito que agora posso retomar a ordem cronológica dos shows.
Honestamente, não lembro como surgiu a idéia de assitir a esse show. Mas tenho boas lembranças - fomos eu, Bruce e Luciano Gillan - e vimos quatro bandas de metal de relevo da cena porto-alegrense, com músicas boas. A que mais nos causava curiosidade era a The Wise, pois o Bruce chegou a iniciar contatos com o baixista da banda a fim de integrá-lo à BURNIN´ BOAT, quando nossa formação ainda era precária (98/99). Mas a que mais nos apeteceu foi a Epitaph, que se valeu com elegância da influência de Black Sabbath, com paradas certeiras nas músicas para emersão de riffs matadores. O guitarrista era talentoso e o baterista seguia bem a linha dos grandes bateras das grandes bandas de hard rock dos anos 70, nomeadamente o próprio Sabbath. A The Wise tinha um vocalista fantástico, com timbre bem alto, e surpreenderam com o cover de TRASHED da multicidada banda do Ozzy/Butler/Iommi/Ward. Também apresentou bons momentos, com músicas mais trabalhadas (o baixista era bom mesmo). Da Spartacus não tenho muitas lembranças, mas apresentaram boas músicas e boas idéias também. Já a Fighterlord causou alguma decepção - a banda tinha 2 guitarristas e um tecladista, e tocava um heavy melódico que, para mim, soava datado já na época. Nada contra, mas entendo preferível um punhado de riffs bons do que várias correrias insandecidas com teminhas que reproduzem o refrão ou alguma parte cantável, que um sem-número de bandas já faz há tempo. Em todo o caso, o baterista era o grande Sávio Sordi, que foi meu contemporâneo no colégio, toca na Hibria desde sempre, e por quem eu guardo muito respeito (o cara toca muito). Ao final da noite, voltamos os três à pé, descendo toda a Av. Protásio Alves até o Hospital Pronto Socorro.
Honestamente, não lembro como surgiu a idéia de assitir a esse show. Mas tenho boas lembranças - fomos eu, Bruce e Luciano Gillan - e vimos quatro bandas de metal de relevo da cena porto-alegrense, com músicas boas. A que mais nos causava curiosidade era a The Wise, pois o Bruce chegou a iniciar contatos com o baixista da banda a fim de integrá-lo à BURNIN´ BOAT, quando nossa formação ainda era precária (98/99). Mas a que mais nos apeteceu foi a Epitaph, que se valeu com elegância da influência de Black Sabbath, com paradas certeiras nas músicas para emersão de riffs matadores. O guitarrista era talentoso e o baterista seguia bem a linha dos grandes bateras das grandes bandas de hard rock dos anos 70, nomeadamente o próprio Sabbath. A The Wise tinha um vocalista fantástico, com timbre bem alto, e surpreenderam com o cover de TRASHED da multicidada banda do Ozzy/Butler/Iommi/Ward. Também apresentou bons momentos, com músicas mais trabalhadas (o baixista era bom mesmo). Da Spartacus não tenho muitas lembranças, mas apresentaram boas músicas e boas idéias também. Já a Fighterlord causou alguma decepção - a banda tinha 2 guitarristas e um tecladista, e tocava um heavy melódico que, para mim, soava datado já na época. Nada contra, mas entendo preferível um punhado de riffs bons do que várias correrias insandecidas com teminhas que reproduzem o refrão ou alguma parte cantável, que um sem-número de bandas já faz há tempo. Em todo o caso, o baterista era o grande Sávio Sordi, que foi meu contemporâneo no colégio, toca na Hibria desde sempre, e por quem eu guardo muito respeito (o cara toca muito). Ao final da noite, voltamos os três à pé, descendo toda a Av. Protásio Alves até o Hospital Pronto Socorro.
terça-feira, 20 de abril de 2004
Shows XIII - APOCALYPSE (data incerta inverno 2000 - Salão de Atos da UFRGS)
- esse show foi num final de tarde/início de noite de um domingo de inverno. Acho que nesse a BURNIN´ BOAT se fez quase inteiramente presente (juntamente com as respectivas namoradas, não lembro bem), dentre outros amigos, parceiros e conhecidos (até o grande Jorge Gordo tava lá), motivados que estávamos de conhecer a banda de rock progressivo gaúcha, além do fato de que o show foi gratuito. Antes da apresentação, adquiri o cd duplo ao vivo gravado no Progfest nos EUA.
Todas as músicas tocadas eram próprias da banda, e em português - não teve cover, o que nos decepcionou grandemente; esperávamos, no mínimo, um cover do Yes. Como estávamos em bom número, fizemos muitas palhaçadas, e a que ganhou total destaque, a ponto de se tornar o Momento Lucky Strike da noite, foi quando o Nilton gritou "aí Rafael do Polegar" na hora em que o Eloy Fritsch empunhou um teclado daqueles presos no ombro pra tocar em pé. Risos pelo auditório inteiro, até do tecladista. Aliás, que tecladista! O cara tinha uns 15 teclados, além de um grande piano. Mandou muito bem no mini-moog, do qual sou fã. O vocalista/baixista decepcionou, com sua voz extremamente limitada, que restou ainda mais prejudicada pelas letras, que não pareciam se encaixar com o som. O guitarrista era técnico, mas insistiu demasiadamente nos vanhalenismos (os harmônicos - naturais e artificiais - ficaram irritantes a certa altura). Mas a banda é boa, e curti alguns momentos.
Esperamos até o bis (ou encore) - mas fomos embora quando percebemos que eles não iriam tocar nenhum cover, limitando-se a reproduzir alguma música que já fora tocada no set normal.
Todas as músicas tocadas eram próprias da banda, e em português - não teve cover, o que nos decepcionou grandemente; esperávamos, no mínimo, um cover do Yes. Como estávamos em bom número, fizemos muitas palhaçadas, e a que ganhou total destaque, a ponto de se tornar o Momento Lucky Strike da noite, foi quando o Nilton gritou "aí Rafael do Polegar" na hora em que o Eloy Fritsch empunhou um teclado daqueles presos no ombro pra tocar em pé. Risos pelo auditório inteiro, até do tecladista. Aliás, que tecladista! O cara tinha uns 15 teclados, além de um grande piano. Mandou muito bem no mini-moog, do qual sou fã. O vocalista/baixista decepcionou, com sua voz extremamente limitada, que restou ainda mais prejudicada pelas letras, que não pareciam se encaixar com o som. O guitarrista era técnico, mas insistiu demasiadamente nos vanhalenismos (os harmônicos - naturais e artificiais - ficaram irritantes a certa altura). Mas a banda é boa, e curti alguns momentos.
Esperamos até o bis (ou encore) - mas fomos embora quando percebemos que eles não iriam tocar nenhum cover, limitando-se a reproduzir alguma música que já fora tocada no set normal.
segunda-feira, 19 de abril de 2004
Shows XII - LABYRINTH - VISION DIVINE (data incerta 12-01-2000 ou 26-11-2000 - Bar Opinião)
- foi num domingo, e resolvi assistir a esse show de duas bandas de heavy melódico stricto sensu. Em todo o caso, eu já tinha alugado o cd mais recente do Labyrinth na época (acho que Sons of Thunder), e já tinha comprado o cd mais recente do Vision Divine na época (o primeiro), fruto de uma época (97/98/99) em que eu alugava muitos cds na Mad Sound (a locação era muito barata, além da promoção que rolava - 5 cds por uma semana). Eu realmente alugava muito cd, tanto de bandas que eu conhecia só de nome, como de outras que eu alugava o cd pela capa (a capa, em geral, denuncia o estilo de som da banda) - na época era o jeito de conhecer bandas novas, e eu me empolgava bastante, mesmo que um dado cd tivesse só UM riff bom (quanto mais uma música boa).
Não lotou o Opinião, de modo que consegui ficar sossegado na pista de dança observando atentamente a técnica dos guitarristas italianos (muito embora os caras do Vision Divine assumam nomes alemães!). O mais conhecido de todos era o vocalista do Vision Divine Fabio Lione, devido ao sucesso que o Rhapsody alcançou entre os fãs do gênero (eu não curti nenhum cd do Rhapsody - mas o cara canta bem).
O Labyrinth abriu a noite, com dois guitarristas que abusavam dos arpejos, muito bem executados. Um dos guitars era o Olaf Thorsen, que também é o líder do Vision Divine. O vocalista era Rob Tyrant, um baixinho barrigudo que gritava muito. No final de uma das músicas ele alcançou um agudo muito violento, de modo que eu suspeitei imediatamente da presença de algum recurso (tecnológico) extra para adivitivar a performance.
Vision Divine tinha melhores músicas, e eu conhecia quase todas. O cover de WASTED YEARS do Iron levantou a galera. Rolou, ainda, um cover de Savatage - GUTTER BALLET. O vocalista Fabio Lione confirmou as expectativas - o cara é muito bom mesmo, apesar de se ressentir um pouco do sotaque.
Depois desse show, não ouvi mais nenhum som dessas bandas, nem de outras neófitas que surgiram na onda do estilo.
Não lotou o Opinião, de modo que consegui ficar sossegado na pista de dança observando atentamente a técnica dos guitarristas italianos (muito embora os caras do Vision Divine assumam nomes alemães!). O mais conhecido de todos era o vocalista do Vision Divine Fabio Lione, devido ao sucesso que o Rhapsody alcançou entre os fãs do gênero (eu não curti nenhum cd do Rhapsody - mas o cara canta bem).
O Labyrinth abriu a noite, com dois guitarristas que abusavam dos arpejos, muito bem executados. Um dos guitars era o Olaf Thorsen, que também é o líder do Vision Divine. O vocalista era Rob Tyrant, um baixinho barrigudo que gritava muito. No final de uma das músicas ele alcançou um agudo muito violento, de modo que eu suspeitei imediatamente da presença de algum recurso (tecnológico) extra para adivitivar a performance.
Vision Divine tinha melhores músicas, e eu conhecia quase todas. O cover de WASTED YEARS do Iron levantou a galera. Rolou, ainda, um cover de Savatage - GUTTER BALLET. O vocalista Fabio Lione confirmou as expectativas - o cara é muito bom mesmo, apesar de se ressentir um pouco do sotaque.
Depois desse show, não ouvi mais nenhum som dessas bandas, nem de outras neófitas que surgiram na onda do estilo.
domingo, 18 de abril de 2004
Shows XI - KISS MY ASS - PARASITE KISS COVER BAND (10/04/1999 - Bar Opinião)
- PRELIMINARMENTE: pelos mesmos motivos expostos no post abaixo, onde se lê "Shows XI" entenda-se "Shows IV".
Para quem não sabe, ou não lembra, eu cheguei a tocar na Parasite por alguns poucos meses (janeiro/fevereiro de 1999). Naquela época (final de 98/início de 99) estávamos tentando estabilizar a formação da BURNIN´ BOAT com o Pedro no baixo e o "Paul Stanley" da Parasite (banda de cover do Kiss, anos 70) na guitar e vocais. Num dos primeiros ensaios tocamos várias músicas do Kiss - o que era natural para nós na época - de modo que quando os caras da Parasite tiveram que substituir o "Ace Frehley" deles, o Felipe Stanley me fez convite, que foi aceito com orgulho pela lembrança e apreensão pela responsabilidade. Entretanto, as coisas não funcionaram como deveriam, e logo a Parasite se acertou com o grande Daniel Ace, muito mais talentoso, e com maior disponibilidade para a banda.
Algumas semanas depois a ZH noticiou a confirmação do show do Kiss em Porto Alegre, que mobilizou rádios e jornais por um bom tempo. No meio desse espaço, surgiu a oportunidade de um show no Opinião com bandas cover do Kiss - a Parasite e a Kiss My Ass (do Jacques Maciel e seu irmão, além do lendário baterista Beat Barea, todos do Rosa Tattooada). Rolou até uma cobertura prévia do show, com fotos, na ZH. Foi realmente notável.
No dia do show, à tarde, eu casualmente passei pelo Opinião, e pude acompanhar a passagem de som da Parasite. Dentre os presentes, tinha um também fanático, que havia levado uma réplica da guitar do Paul Stanley. Até hoje não entendo porque ele levou a guitar na passagem de som, uma vez que não foi usada no show (acho que até poderia ter rolado um empréstimo, mas o Felipe Stanley é canhoto).
O evento mobilizou grande número de fãs de Kiss, ainda mais pelo fato de que uma semana depois o próprio Kiss faria show no Jockey. Presença do Tatata Pimentel entrevistando a galera na fila. Apesar de tudo, não lotou, e foi bom, pois permitiu circulação e boas conversas entre a galera (muitos conhecidos presentes).
Para minha surpresa, quem abriu a noite foi a Kiss My Ass. Os caras não são estranhos a esses shows, e contagiaram o público com som potente (Marshalls gigantes da Good Music, sem contar as Les Paul e Flying V que os caras usaram), além da excelente performance e execução das músicas. Jacques Maciel tem presença de palco brilhante, além de tocar e cantar muito. O Ace Frehley deles era muito bom, e ainda fazia backing vocals com competência. Não lembro muito do repertório, a não ser que eles tocaram WAR MACHINE, a única que não era da época da formação original. Lembro também da reação do Jacques em BLACK DIAMOND, quando a galera fez o "uh-uh-uhhhh"; in verbis: "afudê!".
O show da Parasite, por outro lado, foi severamente prejudicado pelo baixo som do equipamento, potencializado pelo nervosismo dos músicos. Felipe Stanley surpreendeu, tocou e cantou com segurança, apesar das condições adversas. Daniel Ace desempenhou bem o papel de Ace Frehley, assim como o Erico Simmons mandou bem como Gene. O batera Love acho que era o mais nervoso. Mas, realmente, o que prejudicou foi essa pouca potência do equipamento dos caras, que não deu conta de cobrir o Opinião. Durante a apresentação dava pra conversar sem dificuldades com qualquer pessoa a alguns passos de distância, algo impensável na maioria dos shows. Entretanto, o público foi paciente e acompanhou a apresentação dos caras com interesse. Pelo que sei, a banda fez um baita show alguns dias depois no Garagem Hermética.
Para quem não sabe, ou não lembra, eu cheguei a tocar na Parasite por alguns poucos meses (janeiro/fevereiro de 1999). Naquela época (final de 98/início de 99) estávamos tentando estabilizar a formação da BURNIN´ BOAT com o Pedro no baixo e o "Paul Stanley" da Parasite (banda de cover do Kiss, anos 70) na guitar e vocais. Num dos primeiros ensaios tocamos várias músicas do Kiss - o que era natural para nós na época - de modo que quando os caras da Parasite tiveram que substituir o "Ace Frehley" deles, o Felipe Stanley me fez convite, que foi aceito com orgulho pela lembrança e apreensão pela responsabilidade. Entretanto, as coisas não funcionaram como deveriam, e logo a Parasite se acertou com o grande Daniel Ace, muito mais talentoso, e com maior disponibilidade para a banda.
Algumas semanas depois a ZH noticiou a confirmação do show do Kiss em Porto Alegre, que mobilizou rádios e jornais por um bom tempo. No meio desse espaço, surgiu a oportunidade de um show no Opinião com bandas cover do Kiss - a Parasite e a Kiss My Ass (do Jacques Maciel e seu irmão, além do lendário baterista Beat Barea, todos do Rosa Tattooada). Rolou até uma cobertura prévia do show, com fotos, na ZH. Foi realmente notável.
No dia do show, à tarde, eu casualmente passei pelo Opinião, e pude acompanhar a passagem de som da Parasite. Dentre os presentes, tinha um também fanático, que havia levado uma réplica da guitar do Paul Stanley. Até hoje não entendo porque ele levou a guitar na passagem de som, uma vez que não foi usada no show (acho que até poderia ter rolado um empréstimo, mas o Felipe Stanley é canhoto).
O evento mobilizou grande número de fãs de Kiss, ainda mais pelo fato de que uma semana depois o próprio Kiss faria show no Jockey. Presença do Tatata Pimentel entrevistando a galera na fila. Apesar de tudo, não lotou, e foi bom, pois permitiu circulação e boas conversas entre a galera (muitos conhecidos presentes).
Para minha surpresa, quem abriu a noite foi a Kiss My Ass. Os caras não são estranhos a esses shows, e contagiaram o público com som potente (Marshalls gigantes da Good Music, sem contar as Les Paul e Flying V que os caras usaram), além da excelente performance e execução das músicas. Jacques Maciel tem presença de palco brilhante, além de tocar e cantar muito. O Ace Frehley deles era muito bom, e ainda fazia backing vocals com competência. Não lembro muito do repertório, a não ser que eles tocaram WAR MACHINE, a única que não era da época da formação original. Lembro também da reação do Jacques em BLACK DIAMOND, quando a galera fez o "uh-uh-uhhhh"; in verbis: "afudê!".
O show da Parasite, por outro lado, foi severamente prejudicado pelo baixo som do equipamento, potencializado pelo nervosismo dos músicos. Felipe Stanley surpreendeu, tocou e cantou com segurança, apesar das condições adversas. Daniel Ace desempenhou bem o papel de Ace Frehley, assim como o Erico Simmons mandou bem como Gene. O batera Love acho que era o mais nervoso. Mas, realmente, o que prejudicou foi essa pouca potência do equipamento dos caras, que não deu conta de cobrir o Opinião. Durante a apresentação dava pra conversar sem dificuldades com qualquer pessoa a alguns passos de distância, algo impensável na maioria dos shows. Entretanto, o público foi paciente e acompanhou a apresentação dos caras com interesse. Pelo que sei, a banda fez um baita show alguns dias depois no Garagem Hermética.
sábado, 17 de abril de 2004
Shows X - TRITONE (18/03/1999 - Bar Opinião)
- PRELIMINARMENTE: a partir deste post sou forçado a abandonar o meu intento inicial de rememorar em ordem cronológica os shows que eu assisti. Efetivamente, tem alguns shows em que foi difícil localizar a data precisa (tem outros que eu não descobri ainda), de modo que quando comecei, ainda não tinha providenciado a ordem exata. Enfim, onde se lê, portanto, "Shows X", entenda-se, na verdade, "Shows III".
Não lembro como surgiu a idéia de assistir a esse show. Só sei que se tratava da estréia em palco do trio de guitarristas brasileiros - Frank Solari, Edu Ardanuy e Sérgio Buss - que se juntaram na esteira do G3 (Satch, Vai, Eric Johnson). A diferença fundamental é que os brasileiros gravaram um disco com músicas inéditas.
Eu e o Bruce chegamos bem cedo, de modo que nos posicionamos colados junto ao palco, logo abaixo dos músicos, e esperamos muito até começar o show. Não lotou o Opinião - nem perto. Esperávamos que os caras fizessem uns covers - eu esperava algo do Hendrix. O set list foi o repertório do cd recém lançado, sendo que o cover foi a última música - o tema do PETER GUNN (o que me decepcionou severamente).
Sérgio Buss tinha o estilo mais diferente - virtuoso contido, se preocupa mais em experimentar do que fazer aquele sobe-desce de escalas. Edu Ardanuy exibiu técnica impecável - o cara tem uma das melhores palhetadas do meio guitarrístico. Frank Solari também exibe boa técnica, e, se não me engano, tocou com uma guitar de 7 cordas em uma das músicas.
O Momento Lucky Strike I foi quando, lá pelas tantas, eles convidaram 3 caras da platéia pra subir ao palco e fazer um mini-concurso: solar enquanto a banda fazia um acompanhamento de 8 compassos estilo blues (shuffle?). Nesse momento, quando os caras perguntavam "e aí, quem vai querer subir?", o Bruce chamou a atenção do Sérgio Buss e apontou pra mim. O guitarrista me olhou, e perguntou algo "ah é, tu quer vir?" e já estava se aproximando pra me ajudar a subir ao palco, mas nessa hora eu me tremi, apertei mesmo, e declinei o convite. O Bruce, naturalmente, tentou insistir e incentivar ("bah, tu vai te arrepender"), mas eu realmente estava convencido de que não ia dar certo.
O Momento Lucky Strike II foi em dado momento do show que os caras serviram um tipo de coquetel pra galera: trouxeram umas bandejas com uns salgados, tipo sanduíche-aberto. O Bruce se valeu da sua altura e de seu braço pra alcançar um, ao que, incontinenti, passou pra mim ("certo que esse troço tem coisas que eu não curto" - nós que o conhecemos perfeitamente não nos surpreendemos mais com essas restrições alimentares - entretanto, hoje em dia, certamente ele não recusaria, contanto que fosse o famigerado picadinho-do-Milano).
O Momento Lucky Strike III foi no dia seguinte, quando saiu a resenha do show no 2.º Caderno da ZH - na foto que ilustrou a reportagem, nossas cabeças privilegiadas aparecem no canto da foto, que eu coloquei lá no CONTRA LEGEM.
Não lembro como surgiu a idéia de assistir a esse show. Só sei que se tratava da estréia em palco do trio de guitarristas brasileiros - Frank Solari, Edu Ardanuy e Sérgio Buss - que se juntaram na esteira do G3 (Satch, Vai, Eric Johnson). A diferença fundamental é que os brasileiros gravaram um disco com músicas inéditas.
Eu e o Bruce chegamos bem cedo, de modo que nos posicionamos colados junto ao palco, logo abaixo dos músicos, e esperamos muito até começar o show. Não lotou o Opinião - nem perto. Esperávamos que os caras fizessem uns covers - eu esperava algo do Hendrix. O set list foi o repertório do cd recém lançado, sendo que o cover foi a última música - o tema do PETER GUNN (o que me decepcionou severamente).
Sérgio Buss tinha o estilo mais diferente - virtuoso contido, se preocupa mais em experimentar do que fazer aquele sobe-desce de escalas. Edu Ardanuy exibiu técnica impecável - o cara tem uma das melhores palhetadas do meio guitarrístico. Frank Solari também exibe boa técnica, e, se não me engano, tocou com uma guitar de 7 cordas em uma das músicas.
O Momento Lucky Strike I foi quando, lá pelas tantas, eles convidaram 3 caras da platéia pra subir ao palco e fazer um mini-concurso: solar enquanto a banda fazia um acompanhamento de 8 compassos estilo blues (shuffle?). Nesse momento, quando os caras perguntavam "e aí, quem vai querer subir?", o Bruce chamou a atenção do Sérgio Buss e apontou pra mim. O guitarrista me olhou, e perguntou algo "ah é, tu quer vir?" e já estava se aproximando pra me ajudar a subir ao palco, mas nessa hora eu me tremi, apertei mesmo, e declinei o convite. O Bruce, naturalmente, tentou insistir e incentivar ("bah, tu vai te arrepender"), mas eu realmente estava convencido de que não ia dar certo.
O Momento Lucky Strike II foi em dado momento do show que os caras serviram um tipo de coquetel pra galera: trouxeram umas bandejas com uns salgados, tipo sanduíche-aberto. O Bruce se valeu da sua altura e de seu braço pra alcançar um, ao que, incontinenti, passou pra mim ("certo que esse troço tem coisas que eu não curto" - nós que o conhecemos perfeitamente não nos surpreendemos mais com essas restrições alimentares - entretanto, hoje em dia, certamente ele não recusaria, contanto que fosse o famigerado picadinho-do-Milano).
O Momento Lucky Strike III foi no dia seguinte, quando saiu a resenha do show no 2.º Caderno da ZH - na foto que ilustrou a reportagem, nossas cabeças privilegiadas aparecem no canto da foto, que eu coloquei lá no CONTRA LEGEM.
sexta-feira, 16 de abril de 2004
Shows IX - HELLOWEEN (20/06/2001 - Bar Opinião)
- Há muito que não ouvia Helloween (aliás nunca fui dos ouvintes mais fervorosos), de modo que este foi mais um show que não estava nos meus planos. Efetivamente, decidi ir ao Opinião minutos antes do início da apresentação. Quando cheguei no local, não havia fila - todos já estavam lá dentro. Ingressos esgotados, não havia como fugir dos cambistas. Se não me engano, como os outros shows no Opinião, em média, custaram 30 pila, foi 30 pila que eu levei pra comprar um ingresso pro Helloween. Naturalmente, os cambistas recusaram minha oferta, tentando extorquir bem mais. Mas eu resisti, e continuei pacificamente aguardando na esquina da R. José do Patrocínio, até que um cambista se deu por vencido e me vendeu o ingresso pelo que eu tinha disponível mesmo (seria burrice o cara deixar de vender, por qualquer dinheiro que fosse - todo mundo que tinha de ir ao show já estava lá dentro, e não fosse por eu estar ali, o cara ia voltar pra casa sem ter vendido o ingresso).
O fato é que eu entrei, e foi realmente difícil achar um lugar, quanto mais um lugar decente. Acomodei-me lá do outro lado, perto da escada, no lado direito do palco (esquerdo para quem assiste). Assim como fora no show do Deep Purple, fiquei o tempo todo nas pontas dos pés, mas, seguindo a linha "esse show não vai mudar a minha vida", não esquentei a cabeça por não conseguir acompanhar integralmente os músicos da banda.
O show era da turnê do fraquíssimo The Dark Ride (em comparação com o Better Than Raw, que é muito melhor mesmo, e com o Time of the Oath). Assim, quase metade do set list foi comprometida com músicas desse Dark Ride. No entanto, abriram com POWER do Time of the Oath, o que me surpreendeu até - mas a música é empolgante, e agitou muito a galera. Aliás, sobre o set list, aparentemente foi este (não lembro em que site encontrei): Beyond the Portal, Power, Salvation, I Live for your Pain, Mr. Torture, Eagle Fly Free, Escalation 666, Steel Tormentor, The Departed (Sun is Goin' Down), I Want Out, Revelation, Future World, Mirror Mirror, The Dark Ride, Dr. Stein, How Many Tears.
De todas, a mais surpreendente foi I WANT OUT, pois, ao que parece, nunca mais havia sido cantada após da saída do Kai Hansen. De qualquer maneira, nunca foi das minhas favoritas. Senti falta de muitas outras, especialmente do Master of the Rings (SOUL SURVIVOR) e do Better Than Raw (FALLING HIGHER). Das antigas (Michael Kiske e Kai Hansen), não senti falta de nenhuma.
Na verdade, ninguém imaginava que seria a única oportunidade de ver o Helloween com Roland Grapow e Uli Kusch, muito embora eles já delineassem projetos paralelos para dar vazão às suas criações musicais que não encontravam espaço no Helloween. Honestamente, acho que quem perdeu com a história foi mesmo o Helloween, pois Grapow é um excelente guitarrista, técnico e inventivo, e o Kusch não fica atrás como baterista, além de compositor de boas músicas, com riffs empolgantes (tipo REVELATION do Better Than Raw, que foi a única deste disco tocada no show).
Quem levou o troféu empolgação foi o baixista Markus Grosskopf, que agitou o tempo todo, com expressão bastante faceira. Já o guistarrista Michael Weikath mostrou-se o extremo oposto.
O Helloween voltaria ao Bar Opinião anos depois (em 2003), com novo disco (que eu não curti) e nova formação.
O fato é que eu entrei, e foi realmente difícil achar um lugar, quanto mais um lugar decente. Acomodei-me lá do outro lado, perto da escada, no lado direito do palco (esquerdo para quem assiste). Assim como fora no show do Deep Purple, fiquei o tempo todo nas pontas dos pés, mas, seguindo a linha "esse show não vai mudar a minha vida", não esquentei a cabeça por não conseguir acompanhar integralmente os músicos da banda.
O show era da turnê do fraquíssimo The Dark Ride (em comparação com o Better Than Raw, que é muito melhor mesmo, e com o Time of the Oath). Assim, quase metade do set list foi comprometida com músicas desse Dark Ride. No entanto, abriram com POWER do Time of the Oath, o que me surpreendeu até - mas a música é empolgante, e agitou muito a galera. Aliás, sobre o set list, aparentemente foi este (não lembro em que site encontrei): Beyond the Portal, Power, Salvation, I Live for your Pain, Mr. Torture, Eagle Fly Free, Escalation 666, Steel Tormentor, The Departed (Sun is Goin' Down), I Want Out, Revelation, Future World, Mirror Mirror, The Dark Ride, Dr. Stein, How Many Tears.
De todas, a mais surpreendente foi I WANT OUT, pois, ao que parece, nunca mais havia sido cantada após da saída do Kai Hansen. De qualquer maneira, nunca foi das minhas favoritas. Senti falta de muitas outras, especialmente do Master of the Rings (SOUL SURVIVOR) e do Better Than Raw (FALLING HIGHER). Das antigas (Michael Kiske e Kai Hansen), não senti falta de nenhuma.
Na verdade, ninguém imaginava que seria a única oportunidade de ver o Helloween com Roland Grapow e Uli Kusch, muito embora eles já delineassem projetos paralelos para dar vazão às suas criações musicais que não encontravam espaço no Helloween. Honestamente, acho que quem perdeu com a história foi mesmo o Helloween, pois Grapow é um excelente guitarrista, técnico e inventivo, e o Kusch não fica atrás como baterista, além de compositor de boas músicas, com riffs empolgantes (tipo REVELATION do Better Than Raw, que foi a única deste disco tocada no show).
Quem levou o troféu empolgação foi o baixista Markus Grosskopf, que agitou o tempo todo, com expressão bastante faceira. Já o guistarrista Michael Weikath mostrou-se o extremo oposto.
O Helloween voltaria ao Bar Opinião anos depois (em 2003), com novo disco (que eu não curti) e nova formação.
Shows VIII - DR. SIN (24/11/2000 - Teatro de Elis)
- mesmo antes do cd Dr. Sin II, que marcaria a presença do lendário Michael Vescera, já aguardávamos com esperança o dia que a banda desceria até aqui, de modo que a confirmação do show causou algum alvoroço.
Dessa vez, o show não foi no Opinião - foi no Teatro de Elis, onde a Burnin´ Boat se apresentou pela primeira vez com sua formação clássica.
A espera foi longa pelo início da apresentação. Pelo menos o som mecânico amenizou a situação, com cds clássicos do Purple (Burn). Aliás, era esse o disco que estava tocando quando os músicos preparavam-se para ingressar no palco (Andria chegou a acompanhar o riff de SAIL AWAY). A 1.ª música foi DANGER do disco novo. Os caras mandaram muito bem. O Momento Lucky Strike da noite foi quando eles abriram espaço numa música para uma jam, além de outros momentos de improviso, que realmente engrandeceram a performance, e aumentou a nossa admiração pelos músicos.
Ainda hoje me arrependo de passar o show inteiro berrando por FIRE, a melhor música dos caras. Estávamos posicionados bem junto ao palco, de modo que não havia como não se fazer ouvir - e deve ser muito chato fazer um show em que a platéia pede insistentemente a música que vai encerrar o show. Mas parece que isso não incomodou os caras, que são profissionais, e certamente já estão acostumados a isso. Ademais, como eu poderia saber que eles efetivamente tocariam a música, e que seria a última (ou das últimas, não lembro ao certo)?
Outro momento legal foi a participação do Frank Solari, para uma versão de YOU SHOOK ME ALL NIGHT LONG do AC/DC (o Ivan ao apresentar a música, disse que era uma composição dele, hehe). Quem cantou foi o Andria (Vescera retirou-se do palco).
Também foi notável a grande presença de público, que me surpreendeu - não achei que o Dr. Sin tinha tanta repercussão por aqui.
Dessa vez, o show não foi no Opinião - foi no Teatro de Elis, onde a Burnin´ Boat se apresentou pela primeira vez com sua formação clássica.
A espera foi longa pelo início da apresentação. Pelo menos o som mecânico amenizou a situação, com cds clássicos do Purple (Burn). Aliás, era esse o disco que estava tocando quando os músicos preparavam-se para ingressar no palco (Andria chegou a acompanhar o riff de SAIL AWAY). A 1.ª música foi DANGER do disco novo. Os caras mandaram muito bem. O Momento Lucky Strike da noite foi quando eles abriram espaço numa música para uma jam, além de outros momentos de improviso, que realmente engrandeceram a performance, e aumentou a nossa admiração pelos músicos.
Ainda hoje me arrependo de passar o show inteiro berrando por FIRE, a melhor música dos caras. Estávamos posicionados bem junto ao palco, de modo que não havia como não se fazer ouvir - e deve ser muito chato fazer um show em que a platéia pede insistentemente a música que vai encerrar o show. Mas parece que isso não incomodou os caras, que são profissionais, e certamente já estão acostumados a isso. Ademais, como eu poderia saber que eles efetivamente tocariam a música, e que seria a última (ou das últimas, não lembro ao certo)?
Outro momento legal foi a participação do Frank Solari, para uma versão de YOU SHOOK ME ALL NIGHT LONG do AC/DC (o Ivan ao apresentar a música, disse que era uma composição dele, hehe). Quem cantou foi o Andria (Vescera retirou-se do palco).
Também foi notável a grande presença de público, que me surpreendeu - não achei que o Dr. Sin tinha tanta repercussão por aqui.
quinta-feira, 15 de abril de 2004
Shows VII - JOE SATRIANI (19/08/2000 - Araújo Viana)
- foi num sábado. A compra do ingresso foi ingrata e proporcionou um momento bizarro - foi numa dessas lojas de surf do Praia de Belas, e o atendedor se dirigiu a mim com um "iaíiiiii véio". Encaminhei-me só no final da tarde ao Araújo Viana; peguei uma fila sem demora, e consegui um belíssimo lugar reservado na frente por um parceiro.
O show começou com uma música improvável - TIME do álbum Crystal Planet. Não acho que tenha sido uma escolha feliz. Mas o que seguiu foi um set list bem completo, com músicas boas de todos os discos (é essencialmente o mesmo do cd/dvd Live in San Francisco). As músicas nós (o público) conhecíamos, de modo que o que causou espanto mesmo foi a técnica do cara. Foi uma constante durante o show aquelas expressões do tipo "bah, que fdp tocar desse jeito" ou "depois desse solo, vou largar a guitar" (esta última também rolou no show do Vai). Os mais exaltados mostraram o dedo-médio pro guitarrista, que parecia entender a gozação e retribuia solando e sorrindo.
Os truques do cara são geniais: aqueles harmônicos artificiais (gritinhos) com alavanca, dando toda a impressão de que a corda vai arrebentar (na minha guitar arrebentou sempre que eu tentei...), especialmente em SURFING WITH THE ALIEN, THE EXTREMIST e outras, sem contar os licks com two hands, ou mesmo com as "two hands" invertidas (como naquela parte inacreditável de COOL #9), e os arpejos ligados (em THE MYSTICAL POTATOE GROOVE HEAD THING).
Era turnê do ENGINES OF CREATION, álbum em que Satch investiu nos recursos eletrônicos, abandonando a formação tradicional guitar-baixo-bateria. O disco não (me) agradou nem um pouco, mas as músicas deste disco, tocadas no show, sem teclados, ficaram boas, especialmente DEVIL´S SLIDE, que é das melhores da discografia do músico (e contou com participação do público bem ativa, diferentemente do cd/dvd Live in San Francisco).
Momento Lucky Strike do show foi o solo do Stu Hamm (ainda não descobri porque ele é vaiado pela platéia do cd/dvd já referido).
Satriani não é tão teatral e performático quanto Steve Vai, mas suas músicas são muito melhores (menos bizarras - MÚSICAS mesmo, simples e efetivas, sem prejuízo da qualidade e do virtuosismo). É um dos meus guitarristas favoritos de todos os tempos.
O show começou com uma música improvável - TIME do álbum Crystal Planet. Não acho que tenha sido uma escolha feliz. Mas o que seguiu foi um set list bem completo, com músicas boas de todos os discos (é essencialmente o mesmo do cd/dvd Live in San Francisco). As músicas nós (o público) conhecíamos, de modo que o que causou espanto mesmo foi a técnica do cara. Foi uma constante durante o show aquelas expressões do tipo "bah, que fdp tocar desse jeito" ou "depois desse solo, vou largar a guitar" (esta última também rolou no show do Vai). Os mais exaltados mostraram o dedo-médio pro guitarrista, que parecia entender a gozação e retribuia solando e sorrindo.
Os truques do cara são geniais: aqueles harmônicos artificiais (gritinhos) com alavanca, dando toda a impressão de que a corda vai arrebentar (na minha guitar arrebentou sempre que eu tentei...), especialmente em SURFING WITH THE ALIEN, THE EXTREMIST e outras, sem contar os licks com two hands, ou mesmo com as "two hands" invertidas (como naquela parte inacreditável de COOL #9), e os arpejos ligados (em THE MYSTICAL POTATOE GROOVE HEAD THING).
Era turnê do ENGINES OF CREATION, álbum em que Satch investiu nos recursos eletrônicos, abandonando a formação tradicional guitar-baixo-bateria. O disco não (me) agradou nem um pouco, mas as músicas deste disco, tocadas no show, sem teclados, ficaram boas, especialmente DEVIL´S SLIDE, que é das melhores da discografia do músico (e contou com participação do público bem ativa, diferentemente do cd/dvd Live in San Francisco).
Momento Lucky Strike do show foi o solo do Stu Hamm (ainda não descobri porque ele é vaiado pela platéia do cd/dvd já referido).
Satriani não é tão teatral e performático quanto Steve Vai, mas suas músicas são muito melhores (menos bizarras - MÚSICAS mesmo, simples e efetivas, sem prejuízo da qualidade e do virtuosismo). É um dos meus guitarristas favoritos de todos os tempos.
quarta-feira, 14 de abril de 2004
Shows VI - PAUL DI´ANNO - HANGAR (17/05/2000 - Bar Opinião)
- mais um show que eu não estava programando assistir. Mas é aquela coisa: "pô, nunca tem show de banda internacional. Quando rola, tem que ir". Sem contar, ainda, alguma curiosidade sobre o primeiro vocalista do Iron. O esquema de ida foi igual ao do Motorhead - jogo do Grêmio (conforme este site, o Grêmio ganhou por 2x0 do 15 de Novembro de Campo Bom), caminhada até o Opinias, ingresso na hora, e logo após, o show.
Quem abriu foi a Hangar, banda de heavy melódico da Capital, que tava apresentando guitarrista novo (parecia um frankenstein - magrão alto e careca), que tocava muito. Eu tinha o primeiro cd, Last Time, então conhecia algumas músicas. Alguns bons riffs e algumas boas idéias. Mas, em geral, é mais uma banda de heavy melódico (com alguns momentos que remetem a Pantera), sem maiores inspirações. Não lembro bem, mas acho que teve covers de Stratovarius e Helloween - e Iron, claro.
Di´anno apresentou algumas músicas bem decentes, mas causou comoção quando tocou WRATHCHILD entre outras de sua época no Iron. O cara se mostrou bastante emocionado com a receptividade do público, que vibrou muito em TODAS as músicas. O vocalista se mostrou fisicamente irreconhecível - gordo, careca e com cavanhaque. Mas cantou bem, e demonstrou boa interação com o público. A banda de apoio era toda de brasileiros, que haviam recém gravado o disco que Di´anno estava promovendo na época. O baterista era o Aquiles Priester, que também tocara com a Hangar (até então, sua banda oficial). O baixista era Felipe Andreoli, que mandou muito bem. Posteriormente, todos sabemos, os dois músicos se juntaram aos guitarristas do Angra.
Quem abriu foi a Hangar, banda de heavy melódico da Capital, que tava apresentando guitarrista novo (parecia um frankenstein - magrão alto e careca), que tocava muito. Eu tinha o primeiro cd, Last Time, então conhecia algumas músicas. Alguns bons riffs e algumas boas idéias. Mas, em geral, é mais uma banda de heavy melódico (com alguns momentos que remetem a Pantera), sem maiores inspirações. Não lembro bem, mas acho que teve covers de Stratovarius e Helloween - e Iron, claro.
Di´anno apresentou algumas músicas bem decentes, mas causou comoção quando tocou WRATHCHILD entre outras de sua época no Iron. O cara se mostrou bastante emocionado com a receptividade do público, que vibrou muito em TODAS as músicas. O vocalista se mostrou fisicamente irreconhecível - gordo, careca e com cavanhaque. Mas cantou bem, e demonstrou boa interação com o público. A banda de apoio era toda de brasileiros, que haviam recém gravado o disco que Di´anno estava promovendo na época. O baterista era o Aquiles Priester, que também tocara com a Hangar (até então, sua banda oficial). O baixista era Felipe Andreoli, que mandou muito bem. Posteriormente, todos sabemos, os dois músicos se juntaram aos guitarristas do Angra.
terça-feira, 13 de abril de 2004
Shows V - MOTORHEAD (10/05/2000 - Bar Opinião)
- nunca foi das minhas bandas favoritas. Na verdade, passei a ouvir exclusivamente por causa do baterista da formação mais recente (dos últimos 10 anos), o sueco Mikkey Dee, porque este era o fantástico baterista do grande King Diamond. Em nenhum momento eu pensei que iria ao show. Mas de manhã cedo, antes de ir pra aula, o Segundo Caderno da ZH deu um espaço para o show daquele dia no Opinião, com foto da banda e tal. Aí me empolguei - fui para conferir o grande baterista ao vivo.
Se não me engano, naquele dia teve jogo do Grêmio - e eu fui com meu pai (pesquisei num site, e naquele dia o Grêmio empatou em 4x4 com o Esportivo de Bento Gonçalves, pelo Gauchão). Voltamos do Olímpico, e ato contínuo, me dirigi ao Opinião e comprei o ingresso na bilheteria. Instantes depois os caras entraram no palco e ensurdeceram a galera.
O show foi bom, não conhecia quase nada, mas curti um punhado de músicas - fiquei atento aos refrões para descobrir o nome das músicas. As melhores: SACRIFICE (bateria matadora do Mikkey Dee, uma das melhores levadas que eu já ouvi, acompanhada pela 6.ª corda solta - sempre funciona essa jogada), OVER YOUR SHOULDER (belo riff), BURNER (correria ouro), algumas com afinação drop-D. Outra massa foi OVERNIGHT SENSATION.
O show foi bastante satisfatório. Lemmy, realmente, não precisa fazer esforço nenhum pra ser carismático - a empatia com o público é imediata. E o grande Mikkey Dee superou minhas expectativas - o cara é uma locomotiva, só se via a cabeça chacoalhando o tempo todo com o andamento da música. Momentos de empolgação.
Antes de deixar o palco, para não mais voltar, Lemmy deixou todos os botões do amplificador no 10 e deu uma pancada no baixo. Que dor nos ouvidos!
Se não me engano, naquele dia teve jogo do Grêmio - e eu fui com meu pai (pesquisei num site, e naquele dia o Grêmio empatou em 4x4 com o Esportivo de Bento Gonçalves, pelo Gauchão). Voltamos do Olímpico, e ato contínuo, me dirigi ao Opinião e comprei o ingresso na bilheteria. Instantes depois os caras entraram no palco e ensurdeceram a galera.
O show foi bom, não conhecia quase nada, mas curti um punhado de músicas - fiquei atento aos refrões para descobrir o nome das músicas. As melhores: SACRIFICE (bateria matadora do Mikkey Dee, uma das melhores levadas que eu já ouvi, acompanhada pela 6.ª corda solta - sempre funciona essa jogada), OVER YOUR SHOULDER (belo riff), BURNER (correria ouro), algumas com afinação drop-D. Outra massa foi OVERNIGHT SENSATION.
O show foi bastante satisfatório. Lemmy, realmente, não precisa fazer esforço nenhum pra ser carismático - a empatia com o público é imediata. E o grande Mikkey Dee superou minhas expectativas - o cara é uma locomotiva, só se via a cabeça chacoalhando o tempo todo com o andamento da música. Momentos de empolgação.
Antes de deixar o palco, para não mais voltar, Lemmy deixou todos os botões do amplificador no 10 e deu uma pancada no baixo. Que dor nos ouvidos!
Scans de flyers, ingressos e notícias de jornal
no CONTRA LEGEM. Na esteira dessa série de memórias sobre shows, achei algumas tranqueiras que materializam boa parte dos comentários que ando fazendo nos posts mais recentes.
Desse material "escaneado", destacam-se 1) a foto de capa da ZH do show do KISS; 2) a resenha do show do Tritone (também da ZH). Notem que em ambas eu e o Bruce aparecemos (na foto do KISS, eu já não consigo mais achar - mas na foto do Tritone tá lá eu e o popular Walmortz).
Tem ainda scans da resenha da ZH do show do Satriani, além dos ingressos do Tritone, Dr. Sin, e flyers de shows que eu acabei não indo (mas que assisti as respectivas bandas em outras datas) - Hibria, Hangar e Parasite.
Desse material "escaneado", destacam-se 1) a foto de capa da ZH do show do KISS; 2) a resenha do show do Tritone (também da ZH). Notem que em ambas eu e o Bruce aparecemos (na foto do KISS, eu já não consigo mais achar - mas na foto do Tritone tá lá eu e o popular Walmortz).
Tem ainda scans da resenha da ZH do show do Satriani, além dos ingressos do Tritone, Dr. Sin, e flyers de shows que eu acabei não indo (mas que assisti as respectivas bandas em outras datas) - Hibria, Hangar e Parasite.
segunda-feira, 12 de abril de 2004
Shows IV - METALLICA - SEPULTURA (06/05/1999 - Jockey Club, Hipódromo do Cristal)
- algumas semanas depois do Kiss, outra banda memorável desembarcou em Porto Alegre. Não lembro da divulgação na imprensa, mas como o Metallica é uma banda em muito maior evidência, foi fácil lotar o Jockey Club.
Dessa vez, fomos em grupo reduzido, e com estratégia diferente: chegar no Jockey no final da tarde, pois não fazíamos questão de ficar lá na frente para sermos pisoteados e soqueados (tinha o show de abertura qualificado do Sepultura). Os ingressos foram também baratos e à venda nos postos Ipiranga.
Ao desembarcarmos do ônibus, na frente do Big Shop, nos deparamos com uma fila gigantesca - instaurou-se a dúvida: vamos pro final da fila, ou vamos pro COMEÇO da fila? Após alguma hesitação, fomos em frente, e contamos com a sorte que proporcinou um Momento "Lucky Strike" da noite: correria na fila, e um imenso buraco, onde nos enfiamos descaradamente, furando uns 800 metros.
Em seguida, prudentemente, nos posicionamos a salvo de incomodações com o público durante o show - queríamos VER e OUVIR as bandas. O Sepultura me impressionou pelo peso das músicas, potencializados pelos amplficadores - realmente parecia não ser possível que se tocasse som mais pesado que o produzido pela guitar do Andreas Kisser. Ao que parece, eles começaram com a música-título do álbum Against, o 1.º sem o Max. Mas a que nós queríamos ouvir foi TERRITORY e os caras mandaram muito bem.
O Metallica veio em seguida. THE GOOD, THE BAD AND THE UGLY aumentou a expectativa de qual seria a 1.ª música - e os caras abriram com BREADFAN, uma paulada. Bah, foi destruidor. Pulei e gritei muito nessa hora (foi uma constante na noite), quase derrubei um tiozinho do isopor de ceva/refri (o cara passou pelo lado e, no meio da empolgação, dei um socão - acidentalmente - no isopor). Achei um site com o set-list, e tem um bootleg do show de Buenos Aires com as mesmas músicas e qualidade de som boa.
Ficamos intrigados quando tocou THE THING THAT SHOULD NOT BE. Foi a única que levamos um tempo para lembrar do nome da música e do disco respectivo (Master of Puppets). Surpreendeu a ausência de covers (era turnê do Garage Inc); só tocaram BREADFAN e DIE DIE MY DARLING. Do Master... tocaram quase todas. Poucas do Load/Reload. Teve ainda OF WOLF AND MAN. Enfim, o Metallica é banda que inova o repertório (e surpreende) a cada turnê.
Momento ouro foi o solo groovie do Jason Newsted - sem dúvida, o cara mais "parceiro" que poderia ter numa grande banda de rock.
Foi sensacional ver os caras no auge da forma musical (James já não estava mais com aquela voz do Black Album, mas mandou muito bem). Os caras tocaram muito, dominando totalmente os instrumentos. No final, restou aquela vontade de tocar todas as músicas dos caras.
No dia seguinte, aula do Aronne.
Dessa vez, fomos em grupo reduzido, e com estratégia diferente: chegar no Jockey no final da tarde, pois não fazíamos questão de ficar lá na frente para sermos pisoteados e soqueados (tinha o show de abertura qualificado do Sepultura). Os ingressos foram também baratos e à venda nos postos Ipiranga.
Ao desembarcarmos do ônibus, na frente do Big Shop, nos deparamos com uma fila gigantesca - instaurou-se a dúvida: vamos pro final da fila, ou vamos pro COMEÇO da fila? Após alguma hesitação, fomos em frente, e contamos com a sorte que proporcinou um Momento "Lucky Strike" da noite: correria na fila, e um imenso buraco, onde nos enfiamos descaradamente, furando uns 800 metros.
Em seguida, prudentemente, nos posicionamos a salvo de incomodações com o público durante o show - queríamos VER e OUVIR as bandas. O Sepultura me impressionou pelo peso das músicas, potencializados pelos amplficadores - realmente parecia não ser possível que se tocasse som mais pesado que o produzido pela guitar do Andreas Kisser. Ao que parece, eles começaram com a música-título do álbum Against, o 1.º sem o Max. Mas a que nós queríamos ouvir foi TERRITORY e os caras mandaram muito bem.
O Metallica veio em seguida. THE GOOD, THE BAD AND THE UGLY aumentou a expectativa de qual seria a 1.ª música - e os caras abriram com BREADFAN, uma paulada. Bah, foi destruidor. Pulei e gritei muito nessa hora (foi uma constante na noite), quase derrubei um tiozinho do isopor de ceva/refri (o cara passou pelo lado e, no meio da empolgação, dei um socão - acidentalmente - no isopor). Achei um site com o set-list, e tem um bootleg do show de Buenos Aires com as mesmas músicas e qualidade de som boa.
Ficamos intrigados quando tocou THE THING THAT SHOULD NOT BE. Foi a única que levamos um tempo para lembrar do nome da música e do disco respectivo (Master of Puppets). Surpreendeu a ausência de covers (era turnê do Garage Inc); só tocaram BREADFAN e DIE DIE MY DARLING. Do Master... tocaram quase todas. Poucas do Load/Reload. Teve ainda OF WOLF AND MAN. Enfim, o Metallica é banda que inova o repertório (e surpreende) a cada turnê.
Momento ouro foi o solo groovie do Jason Newsted - sem dúvida, o cara mais "parceiro" que poderia ter numa grande banda de rock.
Foi sensacional ver os caras no auge da forma musical (James já não estava mais com aquela voz do Black Album, mas mandou muito bem). Os caras tocaram muito, dominando totalmente os instrumentos. No final, restou aquela vontade de tocar todas as músicas dos caras.
No dia seguinte, aula do Aronne.
sábado, 10 de abril de 2004
Shows III - KISS (15/04/1999 - Jockey Club, Hipódromo do Cristal)
- nunca esperávamos que o Kiss retornasse ao Brasil, muito menos que descesse até Porto Alegre. O evento era ainda mais inacreditável e fantástico porque se tratava, no meu caso particular, da banda do coração. O Kiss havia voltado com as maquiagens, com Ace e Peter, e lançado disco novo - Psycho Circus.
O show foi antecipado vários meses na imprensa, sem previsão de venda de ingressos ou data/local do show (Bruce: lembra quando estávamos andando pelo Iguatemi, cada um com sua respectiva camiseta do Kiss, quando fomos interpelados no meio da nossa marcha por uma gurizada perguntando se já sabíamos da venda de ingressos?). De qualquer maneira, os ingressos foram disponibilizados nos postos Ipiranga, por um preço extremamente barato - tipo uns 20 pila. A isso somou-se uma ampla divulgação nos meios de comunicação (ZH e rádio), e o Jockey Club reuniu grande público - que se dividia em fãs (como nós) e curiosos (a maioria). Nas rádios a música que tocava era WE ARE ONE, a mais improvável do disco recém lançado.
Como se tratava de um evento especial (se não me engano, foi uma quinta-feira), reunimos uma grande turma no Praia de Belas, e nos dirigimos ao Jockey às 14:00, e lá ficamos até a abertura dos portões perto das 18:00. Recebemos, na entrada, nossos óculos 3-D. Apesar da antecipação, não logramos alcançar posicionamento muito privilegiado, acho que pela numerosidade do nosso grupo, e também por uma atitude conservadora - talvez, se fôssemos mais agressivos, teríamos ficado mais à frente. Mas, enfim, a localização foi boa o suficiente pra acompanhar o show e não se incomodar.
Antes da apresentação do Kiss, ainda tivemos de agüentar a banda de abertura - os alemães do Rammstein. Totalmente desconhecidos para a maioria do nosso grupo, os caras até tinham algumas boas idéias nos riffs (pesados). Mas o som era repetitivo, sem maiores destaques, que não a performance de palco, de gosto extremamente duvidoso. No final, essa apresentação dos alemães foi o anti-clímax da noite.
Chegada a hora do Kiss, não houve surpresas - as músicas foram as de sempre. Paul estava em grande forma, e durante as músicas gritava o nome da cidade. Ace mandou bem. Peter foi patético, não tem pique nenhum para acompanhar as músicas. Mas isso tudo já sabíamos bem. O que valeu mesmo foi o momento histórico - o que emocionou foi o evento em si, muito mais do que o show propriamente dito. Estávamos ali como fãs, para ver Ace/Gene/Paul/Peter, e não para assistir a um simples show de rock. Cantamos as músicas (sim, eu cantei também).
Ao final, aquisição de uma camiseta da turnê (dos modelos à venda, as mais legais não estavam mais disponíveis - tive que comprar a mais ajeitada, do tamanho G, ou melhor, L).
No dia seguinte, aula do Aronne.
O show foi antecipado vários meses na imprensa, sem previsão de venda de ingressos ou data/local do show (Bruce: lembra quando estávamos andando pelo Iguatemi, cada um com sua respectiva camiseta do Kiss, quando fomos interpelados no meio da nossa marcha por uma gurizada perguntando se já sabíamos da venda de ingressos?). De qualquer maneira, os ingressos foram disponibilizados nos postos Ipiranga, por um preço extremamente barato - tipo uns 20 pila. A isso somou-se uma ampla divulgação nos meios de comunicação (ZH e rádio), e o Jockey Club reuniu grande público - que se dividia em fãs (como nós) e curiosos (a maioria). Nas rádios a música que tocava era WE ARE ONE, a mais improvável do disco recém lançado.
Como se tratava de um evento especial (se não me engano, foi uma quinta-feira), reunimos uma grande turma no Praia de Belas, e nos dirigimos ao Jockey às 14:00, e lá ficamos até a abertura dos portões perto das 18:00. Recebemos, na entrada, nossos óculos 3-D. Apesar da antecipação, não logramos alcançar posicionamento muito privilegiado, acho que pela numerosidade do nosso grupo, e também por uma atitude conservadora - talvez, se fôssemos mais agressivos, teríamos ficado mais à frente. Mas, enfim, a localização foi boa o suficiente pra acompanhar o show e não se incomodar.
Antes da apresentação do Kiss, ainda tivemos de agüentar a banda de abertura - os alemães do Rammstein. Totalmente desconhecidos para a maioria do nosso grupo, os caras até tinham algumas boas idéias nos riffs (pesados). Mas o som era repetitivo, sem maiores destaques, que não a performance de palco, de gosto extremamente duvidoso. No final, essa apresentação dos alemães foi o anti-clímax da noite.
Chegada a hora do Kiss, não houve surpresas - as músicas foram as de sempre. Paul estava em grande forma, e durante as músicas gritava o nome da cidade. Ace mandou bem. Peter foi patético, não tem pique nenhum para acompanhar as músicas. Mas isso tudo já sabíamos bem. O que valeu mesmo foi o momento histórico - o que emocionou foi o evento em si, muito mais do que o show propriamente dito. Estávamos ali como fãs, para ver Ace/Gene/Paul/Peter, e não para assistir a um simples show de rock. Cantamos as músicas (sim, eu cantei também).
Ao final, aquisição de uma camiseta da turnê (dos modelos à venda, as mais legais não estavam mais disponíveis - tive que comprar a mais ajeitada, do tamanho G, ou melhor, L).
No dia seguinte, aula do Aronne.
quinta-feira, 8 de abril de 2004
Shows II - STEVE VAI (16/03/1997 - Salão de Atos da UFRGS)
- poucas semanas depois do Purple, mal podia acreditar que Steve Vai se apresentaria em Porto Alegre. O cara estava no auge de sua forma, tendo recém lançado um cd (Fire Garden) com ampla repercussão nos EUA. Mas o cara veio (e retornaria uns 5 anos depois) e trouxe uma banda fantástica: Mike Kennealy (guitarras, teclados e chapéus esquisitos), Philip Bynoe (baixo) e o grande Mike Mangini (bateria).
Comprei um dos últimos ingressos na bilheteria do Salão de Atos, com a poltrona localizada na antepenúltima fila lá do canto direito (esquerdo do palco). Mas a visão e a qualidade do som foram muito boas, não perdi nada.
O show atrasou no mínimo 2 horas, devido a problemas com horários de vôos de equipamento e banda. E ficamos todos na fila (enorme), esse tempo todo, do lado de fora do Salão de Atos da UFRGS. Em determinado momento, surgiu uma van, de onde sairam uns caras notadamente estrangeiros, e concluímos que eram os roadies da banda de Vai - na verdade, eram os próprios músicos, que passaram bem na frente dos nossos narizes ranhentos.
Na fila, encontrei o meu colega de colégio e grande guitarrista da Hibria Diego Kasper. Quando finalmente entramos, ainda deu tempo de adquirir uma camiseta da turnê (o vídeo era muito caro, não deu para concorrer a uma guitarra autografada).
O show começou com THERE´S A FIRE IN THE HOUSE, uma das minhas favoritas. Outras das minhas prediletas foram executadas - BAD HORSIE, TENDER SURRENDER - mas o momento da noite, não podia deixar de ser diferente, foi mesmo FOR THE LOVE OF GOD, acompanhada pela platéia inteira de pé. No meio da apresentação, o guitarrista ficou brincando com a banda - esta tentava acompanhar musicalmente os passos e gestos de Vai. Não satisfeito, o cara chamou ao palco um magrão da primeira fila pra comandar a banda - foi surpreendente e legal essa interação.
Enfim, Vai é isso aí mesmo - um exímio guitarrista e um baita showman. As músicas são só o fato gerador, o suporte fático de uma histeria guitarrística. E parece que nunca esgota os truques e efeitos - sempre tem um arpejo furioso ou uma escala inquietante, uma alavancada gloriosa ou um harmônico gritante. Trata-se de um músico completo e um guitarrista excepcional. Mas depois do show, levei meses para ouvir de novo um cd do Vai... não é a mesma coisa. A música de Vai é melhor apreciada ao vivo, ou em vídeo - no headphone ou na caixa de som fica faltando uma parte grande da expressividade e do alcance das músicas.
Em tempo: durante uma música (acho que LIBERTY), Steve Vai tocou um trecho do Hino Nacional Brasileiro. Foi um momento belíssimo que emonionou ainda mais os presentes. Ninguém imaginava que um baita guitarrista como ele, americano, reconhecido internacionalmente, se preocuparia em agradar ainda mais os fãs (já satisfeitíssimos com a qualidade do show) tocando o nosso Hino.
Isso, entendo, só demonstra a grandiosidade de espírito do guitarrista, que é sensível o suficiente para entender que os símbolos nacionais de um país são muito importantes para qualquer população, sendo despiciendo, inoportuno e até indelicado enaltecer símbolos nacionais de outros países gratuitamente. Já ouvi, de outro lado, um bootleg do guitarrista na Argentina em que o guitarrista toca uma música tradicional do país no meio da mesma música (LIBERTY).
Trata-se, realmente, de um espírito elevado, que tem consciência de que apesar de ser americano, e de os EUA serem o país mais poderoso e desenvolvido dos nossos tempos, tais fatos não são suficientes para ignorar o resto do mundo, tratando os territórios dos outros Estados como prolongamentos seus, como se fossem canteiros de obras ou uma mera província subordinada ao seu poderio.
Comprei um dos últimos ingressos na bilheteria do Salão de Atos, com a poltrona localizada na antepenúltima fila lá do canto direito (esquerdo do palco). Mas a visão e a qualidade do som foram muito boas, não perdi nada.
O show atrasou no mínimo 2 horas, devido a problemas com horários de vôos de equipamento e banda. E ficamos todos na fila (enorme), esse tempo todo, do lado de fora do Salão de Atos da UFRGS. Em determinado momento, surgiu uma van, de onde sairam uns caras notadamente estrangeiros, e concluímos que eram os roadies da banda de Vai - na verdade, eram os próprios músicos, que passaram bem na frente dos nossos narizes ranhentos.
Na fila, encontrei o meu colega de colégio e grande guitarrista da Hibria Diego Kasper. Quando finalmente entramos, ainda deu tempo de adquirir uma camiseta da turnê (o vídeo era muito caro, não deu para concorrer a uma guitarra autografada).
O show começou com THERE´S A FIRE IN THE HOUSE, uma das minhas favoritas. Outras das minhas prediletas foram executadas - BAD HORSIE, TENDER SURRENDER - mas o momento da noite, não podia deixar de ser diferente, foi mesmo FOR THE LOVE OF GOD, acompanhada pela platéia inteira de pé. No meio da apresentação, o guitarrista ficou brincando com a banda - esta tentava acompanhar musicalmente os passos e gestos de Vai. Não satisfeito, o cara chamou ao palco um magrão da primeira fila pra comandar a banda - foi surpreendente e legal essa interação.
Enfim, Vai é isso aí mesmo - um exímio guitarrista e um baita showman. As músicas são só o fato gerador, o suporte fático de uma histeria guitarrística. E parece que nunca esgota os truques e efeitos - sempre tem um arpejo furioso ou uma escala inquietante, uma alavancada gloriosa ou um harmônico gritante. Trata-se de um músico completo e um guitarrista excepcional. Mas depois do show, levei meses para ouvir de novo um cd do Vai... não é a mesma coisa. A música de Vai é melhor apreciada ao vivo, ou em vídeo - no headphone ou na caixa de som fica faltando uma parte grande da expressividade e do alcance das músicas.
Em tempo: durante uma música (acho que LIBERTY), Steve Vai tocou um trecho do Hino Nacional Brasileiro. Foi um momento belíssimo que emonionou ainda mais os presentes. Ninguém imaginava que um baita guitarrista como ele, americano, reconhecido internacionalmente, se preocuparia em agradar ainda mais os fãs (já satisfeitíssimos com a qualidade do show) tocando o nosso Hino.
Isso, entendo, só demonstra a grandiosidade de espírito do guitarrista, que é sensível o suficiente para entender que os símbolos nacionais de um país são muito importantes para qualquer população, sendo despiciendo, inoportuno e até indelicado enaltecer símbolos nacionais de outros países gratuitamente. Já ouvi, de outro lado, um bootleg do guitarrista na Argentina em que o guitarrista toca uma música tradicional do país no meio da mesma música (LIBERTY).
Trata-se, realmente, de um espírito elevado, que tem consciência de que apesar de ser americano, e de os EUA serem o país mais poderoso e desenvolvido dos nossos tempos, tais fatos não são suficientes para ignorar o resto do mundo, tratando os territórios dos outros Estados como prolongamentos seus, como se fossem canteiros de obras ou uma mera província subordinada ao seu poderio.
terça-feira, 6 de abril de 2004
Shows I - DEEP PURPLE (05/03/1997 - Bar Opinião)
- depois de ter perdido o show do Rainbow, com Blackmore e Doogie White (turnê do Stranger in us All), no Bar Opinião, em 1996, eu me comprometi a nunca mais faltar a um show de qualquer grande banda de rock, especialmente, qualquer uma que eu tivesse pelo menos UM cd (todavia, acabou não dando muito certo, pois deixei de acompanhar bandas como Yes - turnê do Open Your Eyes, no Opinião -, Savatage, Rush, Eric Clapton, entre outros).
Enfim, comprei meu ingresso na C&A do Centro, e fui ao show desacompanhado de galera. O show foi bom e surpreendente - abriram com HUSH, e tocaram outras como NO ONE CAME, WHEN A BLIND MAN CRIES, PICTURES OF HOME, além das clássicas habituais.
Jon Lord fez seu solo, mas interrompeu-o abruptamente, ao meu sentir um pouco irritado com as manifestações do público, que não ficou quieto enquanto o cara destruia o hammond.
Fizeram-se presentes todas as "personalidades" da capital, desde o "Boca-do-disco" até os caras da Grammy (da Gal. Chaves). Na minha ingenuidade, não esperava que fosse lotar, tanto que cheguei uma hora antes da hora marcada para começar (o show não atrasou significativamente) e não tive uma visão muito privilegiada (só via Roger Glover quando este se punha mais à frente no palco).
Quanto ao show, propriamente, as performances não diferem muito do cd "Live at Olympia", nem dos dvd´s que foram lançados com essa formação (Gillan, Glover, Lord, Morse, Paice).
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