- esta é a banda que eu assisti mais vezes ao vivo. A maioria dos integrantes estudou no meu colégio (uma ou duas séries mais adiantado), e posso dizer que os acompanhei desde os seus primórdios. No início os caras atendiam por Malthusian (não sei se é essa a grafia correta), e mudaram o nome para o atual em 1996, aproximadamente. Acho que só trocaram a formação, algumas vezes, nos postos de guitar e vocalista. A primeira apresentação deles que eu vi foi ainda no colégio, com a formação primitiva, e lembro que eles tocaram THE EVIL THAT MEN DO (do Iron). Senti-me extremamente privilegiado quando assisti, algum tempo depois, um ensaio da banda no salão de festas da casa do baterista, o grande Sávio Sordi (o cara é grande mesmo, e toca muito), com a formação um pouco mais evoluída (vocal). Neste ensaio, as músicas tocadas fizeram parte, posteriormente, da demo-tape Metal Heart da Hibria. Já com esse nome, e com o meu grande amigo Diego Kasper na guitar, assisti os caras no Garagem Hermética, lá por 1996. Os caras mandaram bem, e lembro com clareza de alguns momentos, como o solo do baixista em THRONE OF GLORY (não sei ao certo se é essa), além do cover de TORNADO OF SOULS (do Megadeth) que não foi cantada pelo vocalista (que, aparentemente, não sabia a letra - acho que quem cantou foi a Dige). Aliás, o baixista é sempre um destaque à parte, com visual (e jeito de tocar) lembrando muito o Steve Harris, até no empenho nos backing vocals (geralmente inaudíveis).
Assisti o show de despedida da banda no Bar João antes da viagem para a turnê na Europa. Foi num domingo à tarde, e acho que foi no dia da final da Copa América de 1999 (Brasil 3x0 Uruguai, em 18/08/1999). O show foi brilhante - os caras têm presença de palco, e a galera (animada, e que lotou o local), para minha surpresa, conhecia as músicas (até cantaram o refrão de STARE AT YOURSELF). A música de abertura foi MR. CROWLEY, para minha total surpresa (na época, achava que não era o ideal para uma banda com músicas próprias abrir um show com um cover). Teve ainda os covers indefectíveis de TORNADO OF SOULS e THE EVIL THAT MEN DO. Já se fazia perceptível, quanto aos guitarristas os guitarristas, extremamente técnicos, algumas características que os distinguiam: o Abel tocava muitos arpejos, de modo que o seu jeito de tocar era mais expressivo e impressionante visualmente; já o Diego se mostrava mais contido, sem perder em técnica e segurança (não é para qualquer magrão tirar o solo de TORNADO igual ao original). Nos covers, reparei que os solos que eu mais curtia (tipo nas músicas do Iron, com 2 solos) eram tocados pelo Diego. Acho que a partir dessa época os caras deixaram de tocar DRAFT, que eu considero uma grande música, mas reconheço que se ressente um pouco de forte influência do Iron, que talvez não se encaixe mais no estilo da banda.
Aliás, o estilo da banda é muito difícil de descrever. Esse foi o primeiro show que eu assisti no Bar João, numa época em que a BURNIN´ BOAT ainda se resumia a eu-e-o-Bruce e lutava por estabilizar a formação ideal, e naquele dia me deu um estalo do tipo "um dia vou tocar no Bar João". Acredito que, grosso modo (e num sentido jocoso), é a mesma sensação que o Paul Stanley teve quando assistiu ao Led Zeppelin no Madison Square Garden.
Outro show que me ocorre foi um que também se deu no Bar João, num domingo à tarde extremamente chuvoso. Dessa vez, me fiz acompanhar do grande Bruce. Novamente o local estave lotado, com o público muito vibrante. A primeira música foi THE HELLION/ELETRIC EYE, e teve outros covers como FEAR OF THE DARK, THE TROOPER, acho que 2 MINUTES, um MANOWAR, entre as músicas próprias. Depois da metade do show, nos posicionamos atrás do palco (naquela parte da sinuca) e ficamos só com a visão da bateria - e eu posso dizer que aprendi bastante vendo o Sávio tocar, com uns truques e levadas bem interessantes, que geralmente são imperceptíveis pra quem só ouve nos headphones as músicas.
O último show que eu assisti foi o que se deu em 11/05/2003 no Bar Opinião, no RS Metal, com outras bandas (que eu não fiquei para assistir). A banda investiu numa produção mais forte (rolou um vídeo de introdução no telão). Tocaram algumas músicas novas (que eu não conhecia), bem como a minha favorita de todas STEEL LORD ON WHEELS (essa é uma das melhores músicas que eu já ouvi de hard rock, totalmente do meu estilo, com um baita riff). O vocalista Iuri é realmente o melhor que já tocou com a banda - e o cara é muito bom mesmo (me lembra muito o Rob Rock - aquele que cantou com o Impellitteri, Axel Rudi Pell, MARS -, grita um monte, é carismático com a galera, e segura o pique até o final. Outra de minhas favoritas do repertório da banda, a STARE AT YOURSELF foi apresentada em versão bastante alterada; rolou uma atualização que eu considerei um tanto perniciosa, que tirou bastante a característica orinal da música (que eu curtia bastante). O fato rudinei da apresentação foi quando eles estavam começando a última música, mas que tiveram de interromper por causa do limite de tempo do show que já havia esgotado. Foi um verdadeiro anti-clímax. Nesse show eu encontrei muito poucos conhecidos no público, diferentemente do que ocorria tempos atrás. Acho que isso demonstra que a banda conseguiu renovar o seu público durante esses anos, mesmo não fazendo shows muito regulares.
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