- algumas semanas depois do Kiss, outra banda memorável desembarcou em Porto Alegre. Não lembro da divulgação na imprensa, mas como o Metallica é uma banda em muito maior evidência, foi fácil lotar o Jockey Club.
Dessa vez, fomos em grupo reduzido, e com estratégia diferente: chegar no Jockey no final da tarde, pois não fazíamos questão de ficar lá na frente para sermos pisoteados e soqueados (tinha o show de abertura qualificado do Sepultura). Os ingressos foram também baratos e à venda nos postos Ipiranga.
Ao desembarcarmos do ônibus, na frente do Big Shop, nos deparamos com uma fila gigantesca - instaurou-se a dúvida: vamos pro final da fila, ou vamos pro COMEÇO da fila? Após alguma hesitação, fomos em frente, e contamos com a sorte que proporcinou um Momento "Lucky Strike" da noite: correria na fila, e um imenso buraco, onde nos enfiamos descaradamente, furando uns 800 metros.
Em seguida, prudentemente, nos posicionamos a salvo de incomodações com o público durante o show - queríamos VER e OUVIR as bandas. O Sepultura me impressionou pelo peso das músicas, potencializados pelos amplficadores - realmente parecia não ser possível que se tocasse som mais pesado que o produzido pela guitar do Andreas Kisser. Ao que parece, eles começaram com a música-título do álbum Against, o 1.º sem o Max. Mas a que nós queríamos ouvir foi TERRITORY e os caras mandaram muito bem.
O Metallica veio em seguida. THE GOOD, THE BAD AND THE UGLY aumentou a expectativa de qual seria a 1.ª música - e os caras abriram com BREADFAN, uma paulada. Bah, foi destruidor. Pulei e gritei muito nessa hora (foi uma constante na noite), quase derrubei um tiozinho do isopor de ceva/refri (o cara passou pelo lado e, no meio da empolgação, dei um socão - acidentalmente - no isopor). Achei um site com o set-list, e tem um bootleg do show de Buenos Aires com as mesmas músicas e qualidade de som boa.
Ficamos intrigados quando tocou THE THING THAT SHOULD NOT BE. Foi a única que levamos um tempo para lembrar do nome da música e do disco respectivo (Master of Puppets). Surpreendeu a ausência de covers (era turnê do Garage Inc); só tocaram BREADFAN e DIE DIE MY DARLING. Do Master... tocaram quase todas. Poucas do Load/Reload. Teve ainda OF WOLF AND MAN. Enfim, o Metallica é banda que inova o repertório (e surpreende) a cada turnê.
Momento ouro foi o solo groovie do Jason Newsted - sem dúvida, o cara mais "parceiro" que poderia ter numa grande banda de rock.
Foi sensacional ver os caras no auge da forma musical (James já não estava mais com aquela voz do Black Album, mas mandou muito bem). Os caras tocaram muito, dominando totalmente os instrumentos. No final, restou aquela vontade de tocar todas as músicas dos caras.
No dia seguinte, aula do Aronne.
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