- seguramente, este é o show mais controvertido que eu assisti. O evento se deu poucas semanas depois dos ataques-do-11-de-setembro-nos-EUA. Pelo que me lembro, o show aconteceria bem na semana do meu aniversário... e também estava prevista para a mesma época o show do Megadeth (que, devido aos ataques, acabou cancelando todas as datas da turnê fora dos EUA). O YJM, pelo menos, não se tremeu tanto, e só adiou em algumas semanas as apresentações.
Estava prevista, ainda, a abertura da banda Hibria, dos grandes Diego Kasper e Sávio Sordi, que, no entanto, restou abortada sem maiores esclarecimentos durante o dia do show pela produção do sueco. Foi um pouco decepcionante, mas todos éramos (e somos mais do que nunca) sabedores das excentricidades (e juquices) do guitarrista.
Fiquei um bom tempo na fila, mas consegui me posicionar na pista de dança do Opinião, um pouco à esquerda do centro do palco (perspectiva da platéia), do lado contrário ao que estavam os amplis do YJM. Fiquei, pois, bem perto do palco, mas não tanto quanto o Bruce e Raquel, que inclusive conseguiram contatos mais imediatos com o Doogie White durante a apresentação. Aliás, a banda de apoio que o Malmsteen formou para aquela turnê, e que posteriormente entraria em estúdio para gravar o cd Attack (lembremos que a formação anterior era os não menos admirados Jorn Lande, John Macaluso, e o tecladista Mats Olausson - que em seguida formariam o Ark), aguçou ainda mais a expectativa sobre a apresentação, uma vez que além do precitado vocalista, estaria no palco o legendário Derek Sherinian. Realmente, não tinha como dar errado.
Antes de entrar no palco, Malmsteen provocou a galera com a introdução da Nona (ou Quinta?) sinfonia de Beethoven. Seguiu, então, a 1.ª música, RISING FORCE. Bem, a partir da 3.ª ou 4.ª música já havia ficado um pouco enfadonha aquela repetição ad nauseam de escalas rapidíssimas. O Christian, meu colega do TJRS, resumiu bem a sensação: "ele só faz isso". Em que pese tocar com rapidez e precisão escalas e arpejos não seja pouca coisa, eu, como fã do sueco, admito que em seguida que as emoções do início do show se arrefeceram, a técnica (única) do Malmsteen cansou. Outra engraçadíssima do Christian: como ele chegou no instante imediatamente anterior à entrada no palco dos músicos, não sabia nada do cancelamento do show da Hibria. Assim, quando o palco estava vazio, mas com aquelas fumaças (gelo seco, embora não seja esse o nome científico), e o YJM tocou aquele trechinho da Quinta (ou Nona) sinfonia, o nosso amigo disse ter pensado "Nossa, esses caras da Hibria são f*da!".
Como se tratava da turnê do cd War to End All Wars, mais da metade de suas músicas ocuparam o set list. No meu caso, senti falta das músicas da época do Michael Vescera (Seventh Sign e Magnum Opus). Do Fire and Ice já sabia que não ia rolar nada, assim como o Marching Out (com exceção da excelente I´LL SEE THE LIGHT TONIGHT - não lembro se rolou I AM A VIKING). As músicas mais empolgantes, sem dúvida, foram o cover do Rainbow ALL NIGHT LONG (pulei muito nessa) e YOU DON´T REMEMBER I´LL NEVER FORGET.
O solo de bateria foi o Momento Lucky Strike da noite. Patrick Johanssen tocou os trechos mais clássicos de bateria - Painkiller, I Love it Loud, Sacrifice, entre outros que não lembro agora (Rock and Roll? Territory?). Desprezível, por outro lado, foi o solo de baixo.
Todos sabemos e lembramos do rolo entre o guitarrista e o público por causa do hino americano, de modo que não vou ingressar de novo nesse mérito (já foi objeto do post de 06/10/03). Quero só, neste passo, me reportar ao post sobre o show do Steve Vai, que eu aditei recentemente, para acrescentar que Vai tocou o Hino Nacional Brasileiro durante a música LIBERTY.
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