- Há muito que não ouvia Helloween (aliás nunca fui dos ouvintes mais fervorosos), de modo que este foi mais um show que não estava nos meus planos. Efetivamente, decidi ir ao Opinião minutos antes do início da apresentação. Quando cheguei no local, não havia fila - todos já estavam lá dentro. Ingressos esgotados, não havia como fugir dos cambistas. Se não me engano, como os outros shows no Opinião, em média, custaram 30 pila, foi 30 pila que eu levei pra comprar um ingresso pro Helloween. Naturalmente, os cambistas recusaram minha oferta, tentando extorquir bem mais. Mas eu resisti, e continuei pacificamente aguardando na esquina da R. José do Patrocínio, até que um cambista se deu por vencido e me vendeu o ingresso pelo que eu tinha disponível mesmo (seria burrice o cara deixar de vender, por qualquer dinheiro que fosse - todo mundo que tinha de ir ao show já estava lá dentro, e não fosse por eu estar ali, o cara ia voltar pra casa sem ter vendido o ingresso).
O fato é que eu entrei, e foi realmente difícil achar um lugar, quanto mais um lugar decente. Acomodei-me lá do outro lado, perto da escada, no lado direito do palco (esquerdo para quem assiste). Assim como fora no show do Deep Purple, fiquei o tempo todo nas pontas dos pés, mas, seguindo a linha "esse show não vai mudar a minha vida", não esquentei a cabeça por não conseguir acompanhar integralmente os músicos da banda.
O show era da turnê do fraquíssimo The Dark Ride (em comparação com o Better Than Raw, que é muito melhor mesmo, e com o Time of the Oath). Assim, quase metade do set list foi comprometida com músicas desse Dark Ride. No entanto, abriram com POWER do Time of the Oath, o que me surpreendeu até - mas a música é empolgante, e agitou muito a galera. Aliás, sobre o set list, aparentemente foi este (não lembro em que site encontrei): Beyond the Portal, Power, Salvation, I Live for your Pain, Mr. Torture, Eagle Fly Free, Escalation 666, Steel Tormentor, The Departed (Sun is Goin' Down), I Want Out, Revelation, Future World, Mirror Mirror, The Dark Ride, Dr. Stein, How Many Tears.
De todas, a mais surpreendente foi I WANT OUT, pois, ao que parece, nunca mais havia sido cantada após da saída do Kai Hansen. De qualquer maneira, nunca foi das minhas favoritas. Senti falta de muitas outras, especialmente do Master of the Rings (SOUL SURVIVOR) e do Better Than Raw (FALLING HIGHER). Das antigas (Michael Kiske e Kai Hansen), não senti falta de nenhuma.
Na verdade, ninguém imaginava que seria a única oportunidade de ver o Helloween com Roland Grapow e Uli Kusch, muito embora eles já delineassem projetos paralelos para dar vazão às suas criações musicais que não encontravam espaço no Helloween. Honestamente, acho que quem perdeu com a história foi mesmo o Helloween, pois Grapow é um excelente guitarrista, técnico e inventivo, e o Kusch não fica atrás como baterista, além de compositor de boas músicas, com riffs empolgantes (tipo REVELATION do Better Than Raw, que foi a única deste disco tocada no show).
Quem levou o troféu empolgação foi o baixista Markus Grosskopf, que agitou o tempo todo, com expressão bastante faceira. Já o guistarrista Michael Weikath mostrou-se o extremo oposto.
O Helloween voltaria ao Bar Opinião anos depois (em 2003), com novo disco (que eu não curti) e nova formação.
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