sábado, 17 de abril de 2004

Shows X - TRITONE (18/03/1999 - Bar Opinião)

- PRELIMINARMENTE: a partir deste post sou forçado a abandonar o meu intento inicial de rememorar em ordem cronológica os shows que eu assisti. Efetivamente, tem alguns shows em que foi difícil localizar a data precisa (tem outros que eu não descobri ainda), de modo que quando comecei, ainda não tinha providenciado a ordem exata. Enfim, onde se lê, portanto, "Shows X", entenda-se, na verdade, "Shows III".

Não lembro como surgiu a idéia de assistir a esse show. Só sei que se tratava da estréia em palco do trio de guitarristas brasileiros - Frank Solari, Edu Ardanuy e Sérgio Buss - que se juntaram na esteira do G3 (Satch, Vai, Eric Johnson). A diferença fundamental é que os brasileiros gravaram um disco com músicas inéditas.

Eu e o Bruce chegamos bem cedo, de modo que nos posicionamos colados junto ao palco, logo abaixo dos músicos, e esperamos muito até começar o show. Não lotou o Opinião - nem perto. Esperávamos que os caras fizessem uns covers - eu esperava algo do Hendrix. O set list foi o repertório do cd recém lançado, sendo que o cover foi a última música - o tema do PETER GUNN (o que me decepcionou severamente).

Sérgio Buss tinha o estilo mais diferente - virtuoso contido, se preocupa mais em experimentar do que fazer aquele sobe-desce de escalas. Edu Ardanuy exibiu técnica impecável - o cara tem uma das melhores palhetadas do meio guitarrístico. Frank Solari também exibe boa técnica, e, se não me engano, tocou com uma guitar de 7 cordas em uma das músicas.

O Momento Lucky Strike I foi quando, lá pelas tantas, eles convidaram 3 caras da platéia pra subir ao palco e fazer um mini-concurso: solar enquanto a banda fazia um acompanhamento de 8 compassos estilo blues (shuffle?). Nesse momento, quando os caras perguntavam "e aí, quem vai querer subir?", o Bruce chamou a atenção do Sérgio Buss e apontou pra mim. O guitarrista me olhou, e perguntou algo "ah é, tu quer vir?" e já estava se aproximando pra me ajudar a subir ao palco, mas nessa hora eu me tremi, apertei mesmo, e declinei o convite. O Bruce, naturalmente, tentou insistir e incentivar ("bah, tu vai te arrepender"), mas eu realmente estava convencido de que não ia dar certo.

O Momento Lucky Strike II foi em dado momento do show que os caras serviram um tipo de coquetel pra galera: trouxeram umas bandejas com uns salgados, tipo sanduíche-aberto. O Bruce se valeu da sua altura e de seu braço pra alcançar um, ao que, incontinenti, passou pra mim ("certo que esse troço tem coisas que eu não curto" - nós que o conhecemos perfeitamente não nos surpreendemos mais com essas restrições alimentares - entretanto, hoje em dia, certamente ele não recusaria, contanto que fosse o famigerado picadinho-do-Milano).

O Momento Lucky Strike III foi no dia seguinte, quando saiu a resenha do show no 2.º Caderno da ZH - na foto que ilustrou a reportagem, nossas cabeças privilegiadas aparecem no canto da foto, que eu coloquei lá no CONTRA LEGEM.

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