- PRELIMINARMENTE: pelos mesmos motivos expostos no post abaixo, onde se lê "Shows XI" entenda-se "Shows IV".
Para quem não sabe, ou não lembra, eu cheguei a tocar na Parasite por alguns poucos meses (janeiro/fevereiro de 1999). Naquela época (final de 98/início de 99) estávamos tentando estabilizar a formação da BURNIN´ BOAT com o Pedro no baixo e o "Paul Stanley" da Parasite (banda de cover do Kiss, anos 70) na guitar e vocais. Num dos primeiros ensaios tocamos várias músicas do Kiss - o que era natural para nós na época - de modo que quando os caras da Parasite tiveram que substituir o "Ace Frehley" deles, o Felipe Stanley me fez convite, que foi aceito com orgulho pela lembrança e apreensão pela responsabilidade. Entretanto, as coisas não funcionaram como deveriam, e logo a Parasite se acertou com o grande Daniel Ace, muito mais talentoso, e com maior disponibilidade para a banda.
Algumas semanas depois a ZH noticiou a confirmação do show do Kiss em Porto Alegre, que mobilizou rádios e jornais por um bom tempo. No meio desse espaço, surgiu a oportunidade de um show no Opinião com bandas cover do Kiss - a Parasite e a Kiss My Ass (do Jacques Maciel e seu irmão, além do lendário baterista Beat Barea, todos do Rosa Tattooada). Rolou até uma cobertura prévia do show, com fotos, na ZH. Foi realmente notável.
No dia do show, à tarde, eu casualmente passei pelo Opinião, e pude acompanhar a passagem de som da Parasite. Dentre os presentes, tinha um também fanático, que havia levado uma réplica da guitar do Paul Stanley. Até hoje não entendo porque ele levou a guitar na passagem de som, uma vez que não foi usada no show (acho que até poderia ter rolado um empréstimo, mas o Felipe Stanley é canhoto).
O evento mobilizou grande número de fãs de Kiss, ainda mais pelo fato de que uma semana depois o próprio Kiss faria show no Jockey. Presença do Tatata Pimentel entrevistando a galera na fila. Apesar de tudo, não lotou, e foi bom, pois permitiu circulação e boas conversas entre a galera (muitos conhecidos presentes).
Para minha surpresa, quem abriu a noite foi a Kiss My Ass. Os caras não são estranhos a esses shows, e contagiaram o público com som potente (Marshalls gigantes da Good Music, sem contar as Les Paul e Flying V que os caras usaram), além da excelente performance e execução das músicas. Jacques Maciel tem presença de palco brilhante, além de tocar e cantar muito. O Ace Frehley deles era muito bom, e ainda fazia backing vocals com competência. Não lembro muito do repertório, a não ser que eles tocaram WAR MACHINE, a única que não era da época da formação original. Lembro também da reação do Jacques em BLACK DIAMOND, quando a galera fez o "uh-uh-uhhhh"; in verbis: "afudê!".
O show da Parasite, por outro lado, foi severamente prejudicado pelo baixo som do equipamento, potencializado pelo nervosismo dos músicos. Felipe Stanley surpreendeu, tocou e cantou com segurança, apesar das condições adversas. Daniel Ace desempenhou bem o papel de Ace Frehley, assim como o Erico Simmons mandou bem como Gene. O batera Love acho que era o mais nervoso. Mas, realmente, o que prejudicou foi essa pouca potência do equipamento dos caras, que não deu conta de cobrir o Opinião. Durante a apresentação dava pra conversar sem dificuldades com qualquer pessoa a alguns passos de distância, algo impensável na maioria dos shows. Entretanto, o público foi paciente e acompanhou a apresentação dos caras com interesse. Pelo que sei, a banda fez um baita show alguns dias depois no Garagem Hermética.
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