quarta-feira, 3 de março de 2010

Discografia Deep Purple – Parte X “Archive Alive!” (1996 - bootleg)

Procurei com entusiasmo os bootlegs com shows do Deep Purple, sobretudo os da época do Mark III, pois apesar do repertório com poucas músicas, o resultado era sempre imprevisível dadas as notáveis e notórias improvisações dos integrantes daquela formação. Esse “Archive Alive!” foi adquirido numa extinta loja de CDs do Praia de Belas, e o preço era o de um CD simples importado (30pila – localizei no Mercado Livre para venda por 110reais) apesar de se tratar de um CD duplo bootleg, então tratou-se de uma barbada. O registro é de alta qualidade, pois sabe-se que esse material foi a base do “Made in Europe”, com desvantagem para este (o som deste bootleg é melhor). Para diferenciar do que foi um lançamento oficial da gravadora, o bootleg contém registros das performances de Paris e Graz, e a vantagem é que reproduz com fidelidade o repertório daquelas apresentações. Então começa com “Burn” (não difere muito do "California Jam" e do próprio "Made in Europe"), segue com “Stormbringer" (também não difere muito do "Made in Europe"), “The Gypsy” (excelentes vocais em uníssono de Coverdale e Hughes, e assim a música ficou bem melhor que a versão de estúdio), “Lady Double Dealer” (até o início é igual ao "Made in Europe", mas há diferenças nos vocais - talvez seja o mesmo take, mas com overdubs de estúdio para o lançamento oficial - Coverdale e Hughes se alternam no "Lady Double Dealer, get out of my way", “Mistreated” (incrivelmente Blackmore erra grotescamente no mítico riff introdutório - a guitarra engasga, parece que não vai sair nada, mas enfim o cara consegue iniciar a música), “Smoke on the Water” (início com uma jam curta sobre o riff de "Lazy", e ao final momento para demonstração do alcance vocal de Glenn Hughes, com uns agudos fora do comum), “You Fool No One” (no show de Paris, Jon Lord toca "A Marselhesa" no solo introdutório, que segue com umas jams muito legais; depois do riff e na hora de tocar o acorde antes dos versos, Blackmore erra o acorde - o cara estava distraído nessa noite... no mais, solo de bateria e riff de "The Mule"), “Space Truckin” (Momento Lucky Strike é Jon Lord tocando o tema de "Assim Falou Zaratustra" - é por essas que é bom ouvir os shows dessa época. Além disso, várias jams inusitadas, incluída breve execução instrumental de "Child in Time", e outra "Dance to the Rock´n´roll", que não sei como não virou música do "Come Taste the Band", além de barulheiras infernais) e “Going Down/Highway Star”, além de versões adicionais de “Mistreated” (pequeno discurso de Hughes - "It´s a song about everyday life", e Blackmore executa as primeiras notas do hino nacional alemão - achei melhor essa versão) e de “You Fool No One” (introdução completa de Coverdale, apresentando todos os músicos, e Jon Lord executa um tema clássico de Mozart, e depois uma jam jocosa ao seu estilo na época - essa versão também ficou melhor que a outra disponível neste bootleg, com solo de Blackmore ao invés do solo de bateria de Ian Paice).

Um comentário:

Jefferson Dieckmann disse...

Ótimas resenhas! O Purple é a banda com a qual eu comecei a ouvir rock, lá pelos anos 70. Retorno às origens... Um abraço!

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