Definido o repertório, o Marcão se dedicou a selecionar algumas das melhores performances e gravar CDs para que todos pudessem dominar as composições, e aperfeiçoar os ensaios. O Marcelo apontou que o ensaio anterior não foi dos mais inspirados, ao que o Marcão ponderou que se tratava da primeira vez que tocamos 10 músicas na sequência, sem colocar muito pensamento nas execuções. Sob sugestão do Marcelo, para esse ensaio tocaríamos metade do set list, tentando acertar o máximo possível de pendências. O Marcão lembrou ainda que o baixo poderia ser empregado em algumas músicas; de fato, essa era uma ideia que eu tinha, de além do set list, eleger quais instrumentos o Alemão (teclado ou violão) e eu tocaríamos (guitarra, baixo ou violão). Além disso, estamos tentando nos pautar em relação à duração das músicas, estabelecendo limites para as “viagens”. Para cada música dedicamos no mínimo duas versões, chegando a três em alguns casos. Então foi um ensaio do tipo “hard work”. Ando praticando bastante em casa alguns exercícios de palhetada alternada, e acho que estou um pouco mais confortável com a guitarra. Assim, desde logo, empreguei o wah-wah em toda a música introdutória da banda e tentei criar uns licks e melodias marcantes. Nas demais fizemos ajustes: n.º de repetições, n.º de versos, quando entra o solo, quem sola, mudanças de partes e finalizações. Muito importante foram as convenções com o Marcão, que vai ditar todas essas mudanças com rolos na bateria, chamando a atenção de todos e facilitando o ingresso simultâneo em nova parte da música. Acho que conseguimos acertar aquela na qual o Alemão toca acordes G e C9 no violão, com letra impublicável do Marcelo (na verdade, a letra está publicada no blog da banda, que o Marcelo prometeu atualizar). Da mesma forma, ajeitamos uma com letra hilária sobre uma importante personalidade do meio político nacional, e tivemos tempo para criar uma dinâmica muito boa: a introdução é calma, com dedilhados em Bm e A, mais ou menos como é a nossa versão para “Fear of the Dark” do Iron Maiden; depois o Marcão dá a dica para o ingresso de todos com mais agressividade, com os acordes sendo tocados “strumming”. A clássica desde o primeiro ensaio provavelmente vai contar com a minha contribuição no baixo, pelo que pude conferir no CD. Uma outra em B-A-G-F# está praticamente dominada. Totalmente dominada está aquela com letra cantada com sotaque do centro do país, na qual faço um solo rock´n´roll na pentatônica de Am, pois tocamos a música em qualquer velocidade e andamento e via de regra sem erros significativos. No mais, relatos do show do Dream Theater e de como o tecladista da banda caminhou perto de onde nós ensaiamos.
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