quarta-feira, 10 de março de 2010

Discografia Deep Purple – Parte XIII “In Concert – King Biscuit Flower Hour” (1995 - bootleg)

Até onde sei, “King Biscuit Flower Hour” é um programa de rádio dos EUA no qual eram transmitidas apresentações ao vivo de bandas de rock, muitas das quais foram lançadas em CD. Numa loja da Gal. Chaves (a excelente Porto Alegre CDs que ficava no 2.º andar, depois mudou-se para o térreo, e há um lustro aproximadamente mudou de dono e de foco) encontrei essa preciosidade, com o registro de uma apresentação do Mark IV. A qualidade da gravação é excelente, e mostra um show de fevereiro de 1976 em Long Beach.

Nenhuma novidade em dizer que o estilo de Tommy Bolin é completamente do de Ritchie Blackmore. Então não há surpresa no fato de que Bolin toca ao seu jeito as músicas antigas do Deep Purple, e “tocar a seu jeito” significa muitas vezes “tocar de qualquer jeito” os riffs de músicas como “Burn” ou “Smoke on the Water”, sendo que nos solos as diferenças ficam ainda mais marcantes (é certo que Blackmore improvisa muito os solos, e nem ele costumava executá-los da mesma forma que em estúdio, mas alguns solos são definitivos, como o de “Highway Star”). Então músicas como “Burn”, “Smoke on the Water”, “Stormbringer” e “Highway Star” ficam marcadas pelo timbre único de Bolin e uma execução meio bagunçada em alguns momentos. De outro lado, no entanto, é legal ouvi-lo tocando “Lazy” (o riff é executado praticamente igual, mudando apenas algumas notas nas partes mais rápidas – o riff é bem trabalhado e trabalhoso), e mais legal ouvir Glenn Hughes e David Coverdale cantando alternadamente os versos.

As melhores faixas de “Come Taste the Band” foram eleitas para o set list: “Lady Luck”, “Gettin´ Tighter” (encompridada com uma jam que inclui a parte “Dance to the Rock´n´roll”), “Love Child”, “This Time Around” – faltou “You Keep on Moving”.

Aqui localizei a origem da fenomenal performance de Glenn Hughes no final de “Smoke on the Water” cantando “Georgia On My Mind”, a qual ouvi pela primeira vez, com qualidade sonora inferior, no bootleg “Live Storm I & II).

"This Time Around" é dedicada por Hughes a Steve Wonder, e a passagem para "Owed to G" é perfeita. Tommy Bolin, então, assume o centro do palco e conduz uma barulheira por 10min. Ao final de "Stormbringer" a banda engata em mais uma jam funky. Há espaço para interpolar "Not Fade Away" em "Highway Star". O segundo disco abre espaço para músicas de outra apresentação, de janeiro em Springfield/Mass. Os caras tocam "Goin´ Down" antes de "Highway Star", e uma versão melhorada de "Smoke on the Water" (Bolin para de tocar pouco antes de entrarem os versos, provavelmente por ter arrebentado a corda, ou algum problema com o cabo, e achei muito legal ouvir só vocal, baixo, teclado e bateria). O momento de Hughes em "Georgia On My Mind" é repetido, mas não tão quanto do outro show (que foi muito melhor), embora o cara alcance os agudos arrepiantes.

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